sábado, 31 de maio de 2014

Renúncia de Joaquim Barbosa relembra saída de Jânio Quadros do poder

 
Parecia um dia normal na rotina do Supremo Tribunal Federal até o presidente da casa, o ministro Joaquim Barbosa, ocupar a sua cadeira na manhã desta quinta-feira (29/5) para anunciar uma decisão que pegou o povo brasileiro e o colegiado de surpresa. A forma de renúncia de Barbosa, nomeado na expectativa da contribuição de um grande jurista que prestou serviços relevantes ao país, remeteu a um outro episódio histórico: o ato de saída do presidente Jânio Quadros do governo, no dia 25 de agosto de 1961. 
>> Joaquim Barbosa diz que causa de sua saída foi apenas 'livre arbítrio'
>> Barbosa anuncia aposentadoria na sessão do STF
O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil-RJ (OAB-RJ), o advogado Felipe de Santa Cruz, encontra semelhanças nos perfis de atuação de Joaquim Barbosa e do ex-presidente Jânio Quadros, que também renunciou em meio a muitas polêmicas e questionamentos. "Os dois personagens se parecem. São dados a rompantes e atitudes autoritárias. O Joaquim Barbosa, por exemplo, teve sérias dificuldades com a advocacia. Mas isso não é desmérito as suas conquistas no STF. Teve uma trajetória brilhante e conquistou uma posição de muito respeito e profissionalismo", considerou Santa Cruz, lembrando ainda que JB foi o primeiro ministro negro a ocupar a presidência do STF. 
"Os dois personagens se parecem. São dados à rompantes e atitudes autoritárias", comentou presidente da OAB-RJ, Felipe de Santa Cruz
"Os dois personagens se parecem. São dados à rompantes e atitudes autoritárias", comentou presidente da OAB-RJ, Felipe de Santa Cruz
Felipe de Santa Cruz recebeu a notícia da renúncia de JB durante um encontro das seccionais da OAB em Recife, realizado nesta quinta-feira. Ele avalia que, do ponto de vista pessoal, é um direito de Joaquim Barbosa se aposentar. Santa Cruz comentou que nos corredores do STF já se cogitava há algum tempo o afastamento do presidente da casa, por causa das fortes dores na coluna que o impediam de permanecer sentado por muito tempo nas sessões. 
No entanto, na análise jurídica de Santa Cruz, a renúncia gerou um "estranhamento" pela falta de justificativas do presidente do STF, que nos últimos anos conquistou uma posição de destaque no cenário nacional, especialmente em torno do Mensalão.
>> O aproveitador
No dia 12 de maio de 2014, o Jornal do Brasil publicou um artigo na editoria Opinião ressaltando que as decisões monocráticas de autoridades permitem uma reflexão sobre esses personagens, que apostam na estratégia de chamar a atenção da opinião pública através da mídia, para serem transformados em heróis. Porém, é justamente esse caminho que coloca em risco os seus cargos nas instituições, abrindo a possibilidade de abandonarem os postos antes do tempo previsto. Citamos que um mandato que encerraria em novembro deste ano, poderia ser abandonado muito antes, para uma saída como líder.
Tags: barbosa, jânio, joaquim, presidente, superior, Tribunal

sexta-feira, 30 de maio de 2014

EUA, Brasil e México somam a metade dos obesos do planeta, diz estudo

Quase um terço da população mundial tem sobrepeso ou obesidade

 
El País Brasil 29 Mai de 2014 - 20:48

Foto: AP
Duas mulheres obesas conversam em Nova York
Duas mulheres obesas conversam em Nova York
A epidemia de sobrepeso e obesidade avança desenfreada pelo mundo afora e já atinge 2,1 bilhões de pessoas no planeta, quase um terço da população mundial, segundo um estudo publicado quinta-feira na revista médica The Lancet. O texto alerta que, entre 1980 e 2013, os índices de obesidade em adultos passaram de 28,8% para 36,9% nos homens, e de 29,8% para 38% nas mulheres em todo o mundo. O índice de massa corporal de pessoas com sobrepeso oscila entre 25 e 30, enquanto o dos obesos é superior a 30.
O estudo, realizado pelo Instituto de Medições Sanitárias (IHME, na sigla em inglês) da Universidade de Washington, com dados colhidos em 188 países durante os últimos 30 anos, confirmou um aumento “significativo e generalizado” de pessoas obesas e com sobrepeso desde 1980, quando o número total era de 857 milhões. “Em 30 anos, nenhum país conseguiu reduzir os números da obesidade”, diz Christopher Murray, diretor do IHME.
De acordo com a pesquisa, a epidemia desacelerou entre os adultos dos países desenvolvidos, mas tende a se deslocar para os jovens. A parcela de crianças e adolescentes com este problema aumentou quase 50% em todo o mundo desde 1980. Em 2013, tinham sobrepeso ou obesidade 23,8% dos meninos e 22,6% das meninas dos países desenvolvidos. A prevalência da epidemia também cresceu nos jovens dos países em desenvolvimento, alcançando 12,9% dos meninos e 13,4% das meninas em 2013. “A obesidade é um problema que afeta pessoas de todas as idades e rendas em qualquer lugar”, diz Murray. O informe indica que, nos países desenvolvidos, a obesidade afeta mais os homens, enquanto nas áreas em desenvolvimento, a epidemia tem mais incidência entre as mulheres.
Com 13% da população mundial de obesos, os Estados Unidos são o país com maior número de pessoas nessa condição. EUA, Brasil e México somam a metade do total mundial.
Na Espanha, a obesidade ou o sobrepeso afeta 27% dos jovens do sexo masculino abaixo de 20 anos, e 23,8% das jovens nessa idade. Em adultos, as cifras sobem para 62,3% dos homens e 46,5% das mulheres.
Os pesquisadores calculam que a epidemia causou 3,4 milhões de mortes em 2010 e as expectativas não parecem otimistas. “Os estilos de vida modernos e o aumento da renda disponível”, somado à falta de “estratégias eficientes” por parte dos países para conter a epidemia, afirma o estudo, agravarão o problema: “Os números aumentarão com o crescimento da renda nos países de baixa ou média renda”, conclui Murray.

quinta-feira, 29 de maio de 2014

Câmara aprova por unanimidade texto-base do Plano Nacional de Educação

PNE estabelece 20 metas para a educação a serem cumpridas nos próximos dez anos

UOL / Agência Câmara 29 Mai de 2014 - 00:31

 
Foto: Thinkstock / Getty Images
O Plano Nacional de Educação coloca como meta que, até 2020, 85% dos jovens de 15 a 17 anos estejam matriculados no ensino médio
O Plano Nacional de Educação coloca como meta que, até 2020, 85% dos jovens de 15 a 17 anos estejam matriculados no ensino médio
O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou por unanimidade na noite desta quarta-feira (28) o texto-base do PNE (Plano Nacional da Educação). O plano tramita no Congresso há três anos e meio. A votação continua na segunda-feira (2), quando os destaques serão debatidos pelos deputados.
O PNE estabelece 20 metas para a educação a serem cumpridas nos próximos dez anos. Entre as diretrizes, estão a erradicação do analfabetismo e a universalização do atendimento escolar.
A votação foi interrompida porque não houve acordo entre os líderes do partido em uma reunião realizada mais cedo para a votação dos destaques, que podem modificar vários pontos do projeto. O texto aprovado hoje é do relator Angelo Vanhoni (PT-PR).
Dois itens prometem gerar discussão na próxima segunda-feira: a complementação da união do CAQ (Custo Aluno Qualidade) e a contabilização em parcerias e em isenção de impostos como investimento público.
Avaliação do PNE
O PNE institui avaliações a cada dois anos para acompanhamento da implementação das metas. Essa fiscalização será feita pelo MEC, pelas comissões de Educação da Câmara e do Senado, pelo Conselho Nacional de Educação e pelo Fórum Nacional de Educação. Os dados serão publicados nos sites dessas instituições.
O projeto, no entanto, não fixa penalidades para os gestores que não cumprirem as metas estabelecidas. As punições serão definidas na proposta da chamada Lei de Responsabilidade Educacional (PL 7420/06 e apensados) que está sendo analisada na Câmara.
O texto estabelece prazo de um ano, a partir da vigência da nova lei, para que Estados, Distrito Federal e municípios elaborem seus planos de educação ou façam as adequações necessárias aos planos existentes para que eles fiquem de acordo com as metas do PNE. Esses documentos devem ser elaborados com a ampla participação da sociedade.
Vai e vem
O PNE foi enviado pelo governo federal ao Congresso em 15 de dezembro de 2010 e só foi aprovado pela Câmara dos Deputados quase dois anos depois, em outubro de 2012, após ter recebido cerca de três mil emendas.
No Senado, o texto foi aprovado em plenário no dia 17 de dezembro de 2013. Em seguida, foi encaminhado para a Comissão Especial da Câmara, onde teve o texto-base aprovado em 22 de abril.

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Desoneração permanente da folha estimula investimentos da indústria

SÃO PAULO - A decisão do governo de tornar permanente a desoneração da folha de pagamento atende a um pleito da indústria para elevar a competitividade do setor

Da redação

SÃO PAULO -  A decisão do governo de  tornar permanente a desoneração da folha de pagamento atende a um pleito da indústria para elevar a competitividade do setor, avalia a Confederação Nacional da Indústria (CNI). A manutenção do benefício dá mais segurança para as empresas planejarem seus negócios e deve resultar em acréscimo nos investimentos.
"É uma decisão importante para elevar a competitividade do produto brasileiro e dos investimentos. A manutenção da desoneração da folha reduz os custos das empresas com o trabalho, mantendo os direitos dos trabalhadores", afirma o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade.
Pouco mais de dois anos após a medida de desoneração da folha de pagamentos começar a ser adotada, os efeitos positivos são sentidos pela grande maioria dos empresários, segundo levantamento feito em janeiro  pela CNI com representantes de 24 setores industriais beneficiados - atualmente, a medida contempla 56 setores ou segmentos de setores. O levantamento mostra que 96% dos entrevistados consideram a medida positiva e 92% dizem que ela deveria ser permanente. Para 84% dos setores, o nível de emprego aumentou ou vai aumentar e para 67% os investimentos cresceram ou vão crescer. O principal benefício apontado é a melhora do fluxo de caixa da empresa (91%) e a redução no valor da contribuição (87%) - era possível dar mais de uma resposta.

terça-feira, 27 de maio de 2014

Rio deve receber um milhão de turistas na Copa
Governo anuncia ações de sustentabilidade para a Copa>Administração da Arena, Couto e Janguito terá mudanças
A cidade do Rio receberá quase um milhão de pessoas (entre turistas nacionais e internacionais e jornalistas) durante a Copa do Mundo. A estimativa da secretaria municipal de Turismo (RioTur) é de que mais de R$ 1 bilhão seja injetado na economia carioca. A capital será a sede das seleções da Inglaterra, Holanda e Itália (a seleção brasileira está em Teresópolis, na região serrana), da imprensa internacional e hospedará os dirigentes da Fifa e os 90 árbitros e assistentes que comandarão os jogos. O Maracanã será palco de seis jogos e da final do mundial.

Serão 400 mil visitantes estrangeiros, 450 mil brasileiros e 18 mil jornalistas, que já ocupam 80% da rede hoteleira municipal. Com capacidade para 20 mil pessoas por dia, o Fifa Fan Fest funcionará nos 25 dias de jogos com transmissão ao vivo e shows.
Com material informativo, sinalização e pessoal, serão gastos R$ 5,7 milhões, segundo a RioTur. Em toda a cidade haverá 31 postos de informações distribuídos nos aeroportos, rodoviária, estações de metrô e BRT, no Maracanã e nos principais bairros e pontos turísticos (como Copacabana, Ipanema, Centro e Lapa).
Serão instaladas 3.700 placas e adesivos de sinalização em toda a cidade, principalmente em locais com grande circulação de visitantes (como estações de trem e metrô, pontos turísticos e no entorno do estádio). A expectativa da RioTur é que tudo esteja instalado até dia 5 de junho, bem próximo ao início dos jogos "para evitar desgaste" do material, como foi feito em eventos anteriores como Jornada Mundial da Juventude e Copa das Confederações.
Pontos de ônibus, postes, estações de metrô e trem, entre outros locais de visibilidade receberão placas e adesivos com informações sobre dias e horários dos sete jogos que serão realizados no Rio. A RioTur disponibilizará, até 5 de junho, o aplicativo Rio Guia Oficial (para celulares com sistema operacional iOS e Android) com informações sobre a cidade, principais pontos turísticos, bares, restaurantes e hotéis, além dos guias impressos (4,1 milhões de exemplares).
A imprensa terá três espaços: o International Broadcast Center (IBC), no Riocentro, na Barra, com capacidade para 18 mil jornalistas; o Presentations Studios, em Copacabana, na zona sul, que terá dez estúdios de diferentes emissoras de televisão de todo o mundo; e o Centro Aberto de Mídia (CAM), no Forte de Copacabana, que será disponibilizado para todos os profissionais. A expectativa da RioTur é que 3,6 bilhões de espectadores assistam aos 64 jogos via TV ou internet.
Preparação
Não é apenas a prefeitura que está se preparando para a chegada da Copa do Mundo. Os vendedores ambulantes do entorno do Maracanã também querem receber bem os turistas. O ambulante Cláudio Silva, de 42 anos, vende bebidas, camisas e acessórios do Brasil perto do estádio e, apesar de misturar inglês e espanhol, aprendeu a se comunicar com os turistas. "Sei falar algumas coisas do meu jeito. É o inglês Joel Santana. Por exemplo: uno é três reales, dois é cinco", brincou.
Já Lourival Carvalho, de 43, está mais empenhado em agradar os visitantes. Há um ano, trabalhando nos arredores do Maracanã, ele comprou um livro de inglês para aprender os números de um a 20, o equivalente aos "preços das mercadorias". "Direta e indiretamente, trabalhamos com turismo. Então, temos que saber o básico, pelo menos, para ter uma comunicação com o turista. Vem chileno, argentino, venezuelano, inglês. O mundo todo vem conhecer o Maracanã. Eu já sei até como é a palavra água em japonês: [aspa]tissum[aspa] (na verdade, seria algo como [aspa]mizu[aspa])".
O inglês Michael Pitzel, de 40, veio aproveitar sete dias no Brasil antes da Copa e aprovou a dedicação dos ambulantes. Ele comprou uma camisa não oficial do Flamengo por R$ 40 depois de intensa negociação com Silva que mostrou os valores apontando os números no livro e com as mãos. "A negociação funcionou, consegui entendê-los, sim. Eu gosto de conhecer pessoas, também faz parte da experiência e esses dois caras me divertiram muito."

segunda-feira, 26 de maio de 2014

Sem PMDB, Dilma perderia pouco na TV
Daniel Bramatti | Agência Estado
     
A eventual neutralidade do PMDB na eleição presidencial, bandeira e ameaça da ala do partido insatisfeita com o governo, teria efeitos limitados sobre a distribuição do tempo de propaganda entre os candidatos. Sem seu principal aliado, a presidente Dilma Rousseff perderia apenas 7% de seu tempo de TV.
Com o PMDB em seu campo, Dilma deve ter 12 minutos de exposição em cada bloco de 25 minutos de propaganda - isso em um cenário com 12 candidatos, o mais provável até o momento. Sem os peemedebistas, ela ficaria com 11 minutos e 8 segundos - um tempo ainda superior ao que teve na campanha presidencial de 2010.A pressão pela neutralidade do PMDB foi explicitada na última reunião da Executiva Nacional da legenda, no dia 14 deste mês. A chamada "ala dissidente" ameaça derrotar na convenção nacional do partido, em junho, a proposta de apoio à reeleição de Dilma - apesar de o peemedebista Michel Temer ser o vice-presidente da República e ter intenção de permanecer no cargo por mais quatro anos."O PMDB participa do governo com cinco ou seis minutos do tempo de televisão, mas não apita nada na construção de políticas públicas do País", declarou o deputado Eduardo Picciani (RJ), um dos líderes da ala dissidente, ao sair da reunião da Executiva. Picciani deixou claro que o tempo de propaganda é um dos principais trunfos do partido nas negociações com Dilma, mas exagerou no cacife da legenda.Regras. O tempo de TV é distribuído com base em dois critérios: 1/3 igualmente entre todos os candidatos, e 2/3 proporcionalmente ao tamanho das bancadas eleitas no pleito anterior.Como elegeu a segunda maior bancada em 2010, o PMDB é detentor do segundo maior tempo de propaganda eleitoral, atrás apenas do PT. Descontadas as defecções para legendas criadas recentemente, seus 71 deputados dão direito a 2 minutos e 18 segundos em cada bloco de propaganda, ou 4 minutos e 36 segundos por dia - menos, portanto, do que o citado pelo deputado Picciani.Para de fato dispor desse tempo, porém, o PMDB precisará entrar em alguma coligação ou lançar candidato próprio. Se ficar neutro, sua bancada será desconsiderada na conta da distribuição, e o peso proporcional das outras legendas subirá.Os 86 deputados do PT, por exemplo, equivalem a 16,4% dos 513 membros da Câmara. Excluídos os peemedebistas, a Câmara passa a ter 442 cadeiras, para efeito de cálculo do horário eleitoral - e a participação dos 86 petistas sobe para 19,5%.Com o PMDB fora da conta, portanto, todos os demais partidos passariam a ter uma cota maior de TV - e a coligação de Dilma, que tem mais legendas, abocanharia a maior parcela do tempo redistribuído.Não seria uma situação inédita. Em 2010, o PP, que integrava a base do governo do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, rachou e decidiu não apoiar ninguém na eleição presidencial. Seus 43 deputados foram descontados no momento em que o Tribunal Superior Eleitoral calculou a distribuição da propaganda.Efeito surpresa. Os mesmos critérios da distribuição do tempo dos blocos de propaganda no rádio e na televisão são adotados no rateio das chamadas inserções, as peças de 30 segundos exibidas ao longo da programação normal das emissoras.As inserções são vistas pelos marqueteiros políticos como as armas mais poderosas de propaganda porque elas chegam de surpresa aos eleitores, misturadas à publicidade comercial e em horários diversos. Mesmo os espectadores desinteressados em política as assistem.Nos 45 dias de propaganda no primeiro turno, os brasileiros serão submetidos a um bombardeio de 4 horas e meia de inserções em cada emissora de rádio ou televisão. Se mantiver o PMDB em sua coligação, Dilma terá 130 minutos de inserções. contra 40 minutos para Aécio e 21 minutos para Campos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
        

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domingo, 25 de maio de 2014

Inflação é uma das poucas nuvens no céu de Dilma Rousseff

23/5/2014 9:46
Por Redação, com Reuters - de Brasília

Dilma acena aos fotógrafos após desembarcar em Havana
Dilma busca o maior tempo possível no horário
da propaganda eleitoral gratuita

O plano de voo de Dilma Rousseff para buscar a reeleição ganhou contornos mais claros depois que dificuldades políticas e econômicas reduziram seu favoritismo durante um breve período, nos meses anteriores. A futura candidata ajusta, agora, o foco para minimizar os efeitos da inflação nas suas chances de vitória, que continuam grandes. Busca, também, garantir um tempo de TV na propaganda eleitoral que a permita mostrar, ao longo da campanha, as vitórias obtidas em várias frentes de governo.
Dilma e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tendem, doravante, fazer agendas políticas conjuntas, com o pré-candidato tucano Aécio Neves (MG) como principal adversário. As viagens em direção aos grandes eleitorados, nas capitais, ainda não estão completamente definidas.
– O campo de batalha não é o BNDES, não é o superávit (primário)… Saímos dessa disputa onde temos deficiências. Fomos para onde temos força: no emprego, no crescimento da renda e nos avanços sociais. Fomos falar com os nossos eleitores – disse à agência inglesa de notícias Reuters um ministro, que pediu para não ser identificado.
No entorno da petista, porém, a inflação – que desde o início do governo ficou no incômodo patamar de 6 por cento ao ano, perto do teto da meta oficial – é motivo de preocupação para as chances eleitorais de Dilma, com pesquisas internas tendo mostrado o efeito negativo da alta de preços sobre o eleitorado que apoia o governo. Nessa frente, o Banco Central elevou o juro em 3,75 pontos percentuais desde abril do ano passado, para 11% ao ano, e o governo tem se esforçado para controlar os preços que administra. No caso dos preços de alimentos, o governo trabalha com um cenário de arrefecimento.
‘E muito mais’
Agora, com o cenário político-eleitoral um pouco mais claro e com os incêndios um pouco mais controlados, há duas tarefas imediatas para Dilma e o núcleo de sua campanha: garantir uma super aliança que lhe dê um tempo “avassalador na propaganda eleitoral”, disse o ministro, e ter palanques fortes em todos os Estados.
– Garantir isso é fundamental, porque enquanto os outros terão poucos minutos para se apresentar, nós teremos um enorme tempo para mostrar o que já está sendo feito, o que podemos fazer e muito mais – argumentou o ministro.
Mas conseguir esses minutos e os palanques não são tarefas fáceis. Dilma cultivou rancores entre os aliados nos últimos três anos, irritou partidos inteiros de sua ampla coalizão e corre o risco de sofrer traições durante a corrida eleitoral. O caso mais emblemático é o PMDB.
No Planalto, é dado como certo que o partido manterá a aliança nacional com o PT, mas no seio peemedebista ainda há dúvidas. Em reunião, na semana passada, a cúpula da legenda deixou evidente uma divisão no partido que pode ter um desfecho ruim para Dilma na convenção marcada para 10 de junho. No governo, a maior preocupação é com a renovação da aliança com PR e PP.
O presidente do PR, senador Alfredo Nascimento (AM), se reuniu com Dilma nesta semana e disse que não sabe qual rumo o partido tomará na convenção de junho.
– Há uma divisão muito forte no partido – disse a jornalistas após o encontro. No caso do PP, alguns expoentes do partido entendem que a sigla deveria se aproximar de Aécio.
Em campanha
As estrelas do horário eleitoral gratuito da presidente serão os programas Minha Casa, Minha Vida, Pronatec e Mais Médicos.
– São marcas dela – sustentou o ministro.
Dilma já anunciou inclusive que lançará novas fases do Pronatec e do Minha Casa, Minha Vida. A extensão do programa habitacional deverá ser divulgada ainda em junho. Isso tudo recheado com o debate político sobre os projetos do governo petista e dos adversários, em especial os tucanos, que já governaram o país. Há, porém, quem veja riscos nas escolhas do PT para a campanha na TV e no rádio.
Para um aliado ouvido pela Reuters sob condição de anonimato, o governo pode ser cobrado, por exemplo, por mais vagas e resultados em relação ao Pronatec, uma vez que o dinheiro para o programa de ensino técnico é arrecadado compulsoriamente das empresas pelo Sistema S, que inclui instituições como Senai, Sesc e Sesi, entre outras.
– No Mais Médicos também há problemas, são médicos cubanos. Talvez seja alvo de crítica. Será uma eleição muito difícil – concluiu o aliado.

sábado, 24 de maio de 2014

Enem tem mais de 9 milhões de inscritos

 

No último balanço divulgado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), às 20h desta sexta-feira, 9.091.013 candidatos já tinham se inscrito para a edição 2014 do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), número recorde e que representa um crescimento de 26,7% em relação ao ano passado. O prazo terminou às 23h59. 
Os candidatos que não têm isenção na taxa de inscrição, no valor de R$ 35, podem pagar o boleto no banco até a próxima quarta-feira (28). Ficam isentos da cobrança todos os alunos de escola pública ou que comprovarem renda familiar mensal inferior a R$ 1.086.
Feita a inscrição, o candidato pode acessar a página pessoal a qualquer momento, a fim de gerar o boleto para o pagamento da taxa, alterar dados cadastrais e o município onde fará a prova. Para isso, é preciso o CPF e a senha cadastrada. Caso tenha esquecido a senha, é possível recuperá-la no local indicado na própria página.
A segurança da edição deste ano do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) será reforçada. Nos locais de prova estarão disponíveis detectores de metais, que serão usados pelos fiscais de acordo com a necessidade. Quem postar fotos ou mensagens em redes sociais será eliminado.
Além disso, a prova será elaborada em local seguro e com segurança máxima. O espaço de acesso restrito localiza-se na sede do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. Segundo o ministro da Educação, Henrique Paim, o espaço está sendo utilizado. Quem ali entra, passa por um scanner e é monitorado por câmeras.
Em relação aos detectores de metal, o número poderá chegar a 18 mil em todo o país. "Trata-se de um instrumento usado em outras provas e concursos. Agora vamos adotar no Enem", diz Paim.
O rigor em relação ao uso de celulares continua o mesmo. Os candidatos devem colocar e lacrar os aparelhos em um porta-objetos. Os candidatos identificados portando ou fazendo uso de celulares serão eliminados, inclusive os que forem identificados após o exame.
As provas serão nos dias 8 e 9 de novembro. O exame será aplicado em 1,6 mil cidades.


Tags: ensino, exame, Médio, nacional, prazo

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Ibope divulga pesquisa sobre a avaliação do governo Dilma Rousseff

Em maio, 35% avaliam o governo Dilma como ótimo ou bom; 30% consideram o governo regular; 33% consideram o governo ruim ou péssimo.



O Ibope divulgou hoje uma pesquisa sobre a avaliação do governo da presidente Dilma Rousseff. O nível de confiança desse levantamento é de 95%. Esse é o nível de certeza do Ibope de que os resultados estão dentro da margem de erro, que é de dois pontos - para mais ou para menos.
Em fevereiro, 39% avaliavam o governo Dilma como ótimo ou bom. Em março, 36%. Em abril ,34%. E agora, 35%.
Os que consideravam o governo regular eram 36% em fevereiro. De novo, 36%, 34% e agora 30%.
Os que consideravam o governo ruim ou péssimo eram 24%. Depois, 27%, 30% e agora 33%.
1% dos entrevistados não soube ou não respondeu em fevereiro e em março. E 2%, em abril e maio.

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quarta-feira, 21 de maio de 2014

Deputado é preso em operação que apreende documentos na casa do governador de MT

20/5/2014 14:13
CORREIO DO BRASIL - Por Redação - de Cuiabá

O deputado Riva foi preso na casa do governador do Mato Grosso, na manhã desta  terça-feira
O deputado Riva foi preso na casa do governador do Mato Grosso, na manhã desta terça-feira
A Polícia Federal (PF) prendeu o deputado estadual José Riva (PSD), um dos alvos da operação deflagrada no início dessa manhã em Mato Grosso. Segundo a assessoria do parlamentar, Riva foi detido em sua casa, onde os policiais também apreenderam documentos. Como a operação corre em segredo de Justiça, nem a PF, nem o Ministério Público Federal (MPF) se pronunciaram até o início da tarde. Além da prisão de Riva, conseguiu confirmar a apreensão de documentos na casa do governador Silval Barbosa (PMDB), na Assembleia Legislativa, na prefeitura de Cuiabá e no gabinete do conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, o ex-deputado estadual Sérgio Ricardo Almeida.
De acordo com a assessoria de José Riva, o motivo da prisão do parlamentar ainda está sendo apurado, enquanto os advogados do deputado tentam obter sua soltura. Procuradas pela Agência Brasil, a assessoria da PF e do MPF informaram que não podem fornecer detalhes sobre a operação porque o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), decretou segredo de Justiça. A assessoria do STF, no entanto, informou não saber nada sobre a operação.
Mais prisões
A PF cumpriu, nesta terça-feira, cerca de 70 mandados de busca e apreensão, dentro da quinta e última etapa da Operação Ararath, que teve início em 2011, com a finalidade de apurar a prática de crimes contra o sistema financeiro nacional (operação clandestina de instituição financeira) e lavagem de dinheiro.
O grupo investigado utilizava-se de empresas de factoring (fomento mercantil) como fachada para concessão de empréstimos a juros a diversas pessoas físicas e jurídicas no Estado, tendo como base operacional a empresa Globo Fomento Mercantil, em Várzea Grande. Na manhã desta terça-feira, a PF prendeu o deputado estadual José Riva (PSD) e o ex-secretário de Fazenda e da Copa, Eder Moraes.
A PF também faz busca e apreensão em um edifício comercial na Avenida do CPA. O objetivo, segundo as informações, é recolher documentos de um escritório de factoring. No início da manhã, os empresários Anildo Lima Barros, ex-prefeito de Cuiabá, e Altevir Magalhães, dono do Supermercados Modelo, chegaram à sede da Policia Federal, no Centro de Cuiabá.
Empréstimos milionários
Briante também é proprietário do jornal Circuito Mato Grosso e, em nota no veículo, foi informado que ele apenas prestou depoimento como testemunha. A PF também confirmou a busca e apreensão na empresa Trimec Construções e Terraplanagem. Não foi informado o que a corporação teria levado. Na sequencia, os agentes também realizaram busca e apreensão na sede regional do Bic Banco. A instituição financeira já teve como gerente o ex-secretário de Estado de Fazenda, Eder Moraes.
A suspeita é que o banco teria avalizado empréstimos milionários para empreiteiras que estão sendo investigadas. O ex-secretário ajunto de Estado de Infraestrututra (Sinfra, atual Secretaria de Cidades), Ezequiel Lara, ajdunto na época que a pasta tinha como titular Vilceu Marchetti, também foi chamado a depor.
O advogado Otacílio Peron, representante da empresa Dimac, informou que foram apreendidos na casa de Eder Moraes algumas planilhas contendo os valores investidos pelo Estado, em 2007, para aquisição de maquinários. À época, o Executivo era comandado pelo atual senador Blairo Maggi (PR). O advogado informou ainda que o valor adquirido pelo Estado relativo a empresa chega a R$ 15 milhões.

terça-feira, 20 de maio de 2014

Líderes do PSD não acreditam em recuo no apoio a Dilma

Por Brasil Econômico - Gilberto Nascimento |

Para eles, haverá desgaste se partido apoiar Aécio Neves e indicar Henrique Meirelles a vice na chapa presidencial

Brasil Econômico
Líderes do PSD não acreditam que o partido vá deixar de apoiar a candidatura da presidente Dilma Rousseff à reeleição, apesar dos comentários de que o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles poderia ser vice na chapa do presidenciável tucano Aécio Neves. Para eles, o desgaste do partido seria maior do que as possíveis vantagens que a nova aliança daria ao partido presidido pelo ex-prefeito paulistano Gilberto Kassab. Ele teria uma reunião ontem com Dilma, mas sua assessoria negou. Na semana passada ele esteve com a presidente. Na época da reforma ministerial, Kassab se antecipou a outros líderes partidários e anunciou o apoio à petista independentemente de novos cargos. O recuo agora deixaria marcas na imagem do partido, que disputa sua primeira eleição nacional.
Se o quadro nacional parece mais claro, a situação do partido em São Paulo segue complicada. As conversas com o PMDB para apoiar a candidatura do presidente da Fiesp, Paulo Skaf, não evoluíram nas últimas semanas. No mesmo período, a aproximação com o governador Geraldo Alckmin (PSDB), que disputará a reeleição, ganhou força. Por outro lado, petistas preferem que Kassab mantenha sua candidatura ou se alie a algum adversário do tucano, na esperança de garantir o segundo turno no Estado. O candidato do PT é o ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha. Em aparições públicas, o ex-prefeito tem feito críticas à atual gestão do governo paulista. Para evitar constrangimentos para seu grupo, Kassab pode acabar mantendo sua candidatura ao Palácio dos Bandeirantes. Oficialmente, pelo menos, ele tem declarado esta preferência.
Chefes de governo confirmam presença em jogos da Copa
Dois chefes de governo e um vice-presidente já confirmaram presença na Copa do Mundo no Brasil. São eles: Angela Merkel, chanceler alemã; Pedro Passos Coelho, primeiro-ministro de Portugal; e Joe Biden, vice-presidente dos Estados Unidos. A presidente Dilma irá receber os três.
Psol: troca de candidato cria polêmica
A decisão do diretório paulista do Psol de lançar a pré-candidatura do cartunista e professor universitário Gilberto Maringoni ao governo do Estado esquentou o clima dentro do partido. A versão oficial é que o professor de Filosofia Vladimir Safatle teria desistido de disputar o cargo, o que é negado pelo próprio e por seus aliados. O partido no Estado é comandado pela ala Unidade Socialista, ligada ao deputado federal Ivan Valente. O caso está sendo levado à direção nacional.
Safatle aponta falta de empenho da direção
Segundo líderes partidários, Safatle teria desistido por causa da falta de condições para fazer a campanha. O professor de Filosofia diz que chegou a indicar possíveis financiadores para a campanha, inclusive entre os partidos aliados, mas o Psol não os procurou. Afirma ainda que queria fechar a aliança com o PSTU e o PCB antes de oficializar seu nome.
Índios organizam ato em Brasília
Líderes indígenas organizam o acampamento “Terra Livre”, em Brasília, entre os dias 26 e 29, para protestar contra “ataque dos ruralistas aos direitos indígenas”. O ato é promovido pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil.
PTB reclama de juiz no CNJ
O deputado estadual paulista Campos Machado, secretário-geral do PTB, encaminhou representação ao Conselho Nacional de Justiça contra o juiz federal Eugênio Rosa Araújo, que considerou que culto afro-brasileiro não seria religião. Machado acionou também o Conselho de Liberdade Religiosa da OAB.
“Agradeço o privilégio de estabelecer um marco de como o Brasil tem tratado a violência de Estado”, Vera Paiva, filha do ex-deputado Rubens Paiva, sobre a denúncia do MPF contra cinco militares responsáveis pelo assassinato de seu pai
*Com Leonardo Fuhrmann
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segunda-feira, 19 de maio de 2014

11 dos 15 nomes para eleições majoritárias já estão definidos

 Últimas peças do quebra-cabeça

Vagas restantes para eleições majoritárias gaúchas dependem de alianças

19/05/2014 | 05h01
Com cinco chapas confirmadas para as eleições majoritárias no Rio Grande do Sul, 11 dos 15 nomes que disputarão os cargos de governador, vice-governador e senador já estão definidos. Como restam poucas peças indecisas no tabuleiro, as nominatas e alianças partidárias devem estar completas nos próximos dias, antes do período destinado às convenções de oficialização das candidaturas, entre 10 e 30 de junho.

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A chapa encabeçada pelo PT está com as três vagas no pleito majoritário preenchidas. O governador Tarso Genro, candidato à reeleição, será acompanhado por um vice do PTB.
A sigla deve confirmar nos próximos dias o nome do deputado estadual Luis Augusto Lara, que chegou a apresentar algumas restrições à indicação, atitude interpretada por correligionários como uma tentativa de "valorizar o passe". Para o Senado, Emília Fernandes foi indicada pelo PC do B, aliado de Tarso desde 2010.
Do lado peemedebista, já é considerada certa a adesão do PSD, que, até o momento, sinalizava com a possibilidade de lançar o empresário José Paulo Cairoli ao Piratini. O ex-prefeito de Caxias do Sul José Ivo Sartori (PMDB) será o candidato ao governo estadual, tendo Cairoli, ex-presidente da Federasul, como possível vice. A coligação terá o deputado federal Beto Albuquerque (PSB) disputando a cadeira de senador.
Assim como o PMDB, as outras três chapas têm uma vaga aberta cada. A senadora Ana Amélia Lemos (PP) confirmou o Solidariedade e o PSDB como principais apoiadores. Embora o PP fale em postergar as decisões para não fechar portas a novos aliados, está consolidada a indicação do deputado estadual Cassiá Carpes (Solidariedade) para o posto de vice.
O PP convidou o deputado federal Nelson Marchezan Júnior (PSDB) para ser o candidato ao Senado. Ele ainda não respondeu, mas está inclinado a aceitar.
Apoiados pelo DEM, o deputado Vieira da Cunha e o comunicador Lasier Martins concorrerão pelo PDT, respectivamente, ao Piratini e ao Senado, restando o cargo de vice em aberto. O posto poderá ser preenchido pelo PSC, com a indicação de Flávio José Gomes, vice-presidente da Fecomércio. A candidatura mais à esquerda será encabeçada pelo professor Roberto Robaina (PSOL). A sigla ainda negocia o ingresso do PCB, que indicaria o vice. Para o Senado, está confirmado o nome do professor Júlio Flores (PSTU).
Candidatos começam a definir equipes
Com a composição das chapas majoritárias encaminhadas, os candidatos ao Palácio Piratini e ao Senado analisam a formação dos núcleos estratégicos de campanha.A equipe com mais nomes definidos até agora é a de Tarso Genro. O presidente do PT estadual, Ary Vanazzi, será o coordenador-geral da candidatura do governador à reeleição e também da campanha da presidente Dilma Rousseff no Rio Grande do Sul.
No início de junho, pelo menos três secretários de Estado do PT deixarão o governo para se dedicarem à eleição: Carlos Pestana (Casa Civil) será o coordenador executivo da campanha, Marcelo Danéris (Conselhão) comandará a equipe do plano de governo e João Ferrer (Comunicação) estará à frente do time de assessoria de imprensa, redes sociais e propagandas de TV e rádio. Já o prefeito de Canoas, Jairo Jorge, será o coordenador da candidatura de Tarso na Região Metropolitana.
Presidente estadual do PP, Celso Bernardi afirma que as indicações para a cúpula que conduzirá a campanha de Ana Amélia Lemos serão debatidas após o lançamento oficial da candidatura. Nos bastidores, é considerada certa a nomeação de Marco Aurélio Ferreira para a coordenação geral. Vinculado ao PP de Ijuí, Ferreira é chefe de gabinete da senadora.
No PMDB, o ex-deputado Ibsen Pinheiro, que conduziu as negociações de alianças, deverá assumir papel de mentor político. As outras funções seguem indefinidas.
Vieira da Cunha (PDT) recrutou Enilto José dos Santos, ex-superintendente-geral da Assembleia, para ser o coordenador de campanha. No time de Roberto Robaina (PSOL), um dos nomes mais cotados é o do vereador Pedro Ruas.
OS CANDIDATOS
Ana Amélia Lemos
- Com a confirmação dos apoios de PSDB e Solidariedade, o PP ainda tenta fechar com PV e PSC.
- Para confirmar o apoio do PSC, teria de ser aberto espaço para a sigla indicar o candidato ao Senado, mas o PP já convidou Nelson Marchezan Júnior (PSDB). Ana Amélia ainda teria de abrir o palanque ao presidenciável Pastor Everaldo (PSC).
- A chapa será lançada no dia 24, com a presença de Aécio Neves (PSDB) e do presidente nacional do Solidariedade, Paulo Pereira da Silva.
José Ivo Sartori (PMDB)
- O PMDB deverá confirmar o apoio de PSB, PSD e PPS. Quatro siglas que se uniram ao PSD em bloco deverão ser agregadas: PSDC, PT do B, PHS e PSL.
- Há negociação com o PRB. A sigla está mais propensa a apoiar Tarso, mas existe dificuldade para fechar uma aliança para a eleição proporcional com os demais parceiros do PT.
- A convenção está marcada para 29 de junho. Um evento de lançamento da candidatura, com a presença de Eduardo Campos e Marina Silva, ambos do PSB, está sendo organizado.
Roberto Robaina (PSOL)
- A vaga de vice da chapa poderá ser destinada ao PCB, mas os comunistas ameaçam lançar candidato ao Piratini. O aliado confirmado até o momento é o PSTU.
- A aliança entre PSOL, PSTU e, possivelmente, PCB será chamada de Frente de Esquerda. A ex-deputada Luciana Genro (PSOL) será candidata a vice na chapa de Randolfe Rodrigues.
- A data da convenção e lançamento das candidaturas não está marcada, mas deverá ser na segunda quinzena de junho.
Tarso Genro
- Além de PTB e PC do B, Tarso deverá contar com PR, PPL e PTC.
- O PRB condiciona a sua participação à confirmação de uma aliança com PTB e PC do B nas eleições para deputado estadual e federal.
- São concretas as possibilidades de o PROS apoiar Tarso. A decisão será tomada pela direção nacional do partido, que, na disputa presidencial, já optou por Dilma.
- A chapa será lançada em pré-convenção no dia 7 de junho.
Vieira da Cunha
- O PDT está em negociações com o PSC, que pretende indicar Flávio José Gomes, vice-presidente da Fecomércio, para ser o companheiro de chapa de Vieira da Cunha.
- O DEM é o único partido que, até o momento, confirmou aliança com os pedetistas. Nacionalmente, o DEM está com Aécio Neves (PSDB).
- A convenção e o lançamento da chapa ocorrerão no dia 21 de junho, em São Borja, na data em que serão lembrados os 10 anos da morte de Leonel Brizola.
Posição em relação à disputa presidencial
Ana Amélia Lemos – Apoiará a candidatura do senador Aécio Neves (PSDB) no Rio Grande do Sul.
José Ivo Sartori – Na contramão do PMDB nacional, que apoia Dilma, estará com Eduardo Campos (PSB), ex-governador de Pernambuco.
Roberto Robaina – Estará ao lado do senador Randolfe Rodrigues (PSOL).
Tarso Genro – Será o palanque da presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição.
Vieira da Cunha – Obteve aval da direção nacional do PDT – que deverá apoiar Dilma – para abrir o palanque a candidatos de partidos aliados. Poderá receber Pastor Everaldo (PSC) e até mesmo Aécio Neves (PSDB), caso seja solicitado pelos aliados do DEM.

quarta-feira, 14 de maio de 2014

MEC confirma início do curso de medicina para agosto Ana Cristina Santos  Foto: Arquivo/JP 

  
 Prédio da Faculdade de Medicina será construído no câmpus II, da UFMS 


No início da noite de ontem, o Ministério da Educação (MEC) confirmou o começo do Curso de Medicina, da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, câmpusde Três Lagoas, para agosto deste ano. A informação foi dada ao Jornal do Povo pelo diretor do Câmpus da UFMS de Três Lagoas, professor José Antônio Menoni, que não escondeu a alegria de receber a confirmação.
Na última semana, o diretor, assim como a direção da reitoria da UFMS, viveram momentos de angústia para garantir que o curso fosse iniciado no segundo semestre deste ano, já que ontem, era o prazo final para que as vagas do curso fossem inseridas no Sistema de Seleção Unificada (Sisu) de 2014. E, no início da noite de ontem, o MEC autorizou o início do curso para o segundo semestre deste ano,  disponibilizando 60 vagas do curso de medicina no Sisu 2014.
 
A autorização da abertura de oito novos cursos de medicina,incluindo o deTrês Lagoas, foi publicada na edição de ontem, 13, do Diário Oficial da União, onde consta a Portaria da Seres nº 274/2014, contendo o anexo com o número de vagas abertas para cada curso em suas respectivas instituições.

terça-feira, 13 de maio de 2014

Dilma visita obras da transposição das águas do Rio São Francisco

Publicação: 14 de Maio de 2014 às 00:00 | Comentários: 0
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São Paulo (AE) - Em tempos de seca em São Paulo, a presidente Dilma Rousseff fez ontem uma visita a obras do projeto de transposição de águas do São Francisco que está sendo tocando para  garantir segurança hídrica em 390 municípios de Pernambuco, Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte, que sofrem com a seca frequentemente. Durante visita ao Túnel Cuncas II, em São José de Piranhas, na Paraíba, Dilma afirmou que a obra é uma demonstração de que o Nordeste se “preparou para conviver com a seca”.
Cleber Caetano/PROperários trabalham na montagem da tubulação da estação de bombeamento de Cabrobó, a primeira no percurso da transposiçãoOperários trabalham na montagem da tubulação da estação de bombeamento de Cabrobó, a primeira no percurso da transposição

Ela aproveitou a oportunidade para citar a situação de São Paulo, que tem sofrido com a seca do reservatório Cantareira. “Estamos vendo uma situação muito difícil ser passada no estado mais rico da Federação”, afirmou Dilma, que estava acompanhada do governador Ricardo Coutinho (PSB) e do atual ministro da Integração Nacional, Francisco José Teixeira, além do titular da pasta no governo Lula, Ciro Gomes (PSB).
A presidente disse que o Nordeste hoje tem o mérito de ter tido consciência do problema da estiagem e ter investido em planejamento para tentar minimizar o impacto da seca. Sem citar nome de adversários políticos, como o governador paulista Geraldo Alckmin (PSDB), Dilma fez críticas “aos que hoje cobram do governo federal” ajuda para a questão hídrica. “Acontece uma coisa engraçada: quem nunca fez desanda a cobrar de quem fez. É isso que estamos assistindo. Gente que nunca fez cobrar de quem está fazendo”, disse.

De acordo com a presidente, o Projeto de Integração do Rio São Francisco vai beneficiar 12 milhões de pessoas. “Não é um obra qualquer, tem uma envergadura fundamental”, afirmou. “Como a seca é recorrente, essas obras são cruciais para garantir o convívio com a seca, não o combate”, reforçou.

Dilma destacou o conjunto de obras que estão sendo feitas na região e afirmou que o governo federal está investindo para “garantir que a falta d’água não seja uma surpresa”. Segundo a presidente, por se tratar de uma obra que tem uma extensão de 477 quilômetros, há uma série de problemas conjugados ao longo da obra, que estão sendo resolvidos.

A presidente visitou ainda a estação de bombeamento de água de Cabrobó, em Pernambuco (EBI-1) e o canal de Jati, no Ceará.

De acordo com o Ministério da Integração, a região possui 28% da população brasileira e apenas 3% da disponibilidade de água. E o rio São Francisco apresenta 70% de toda a oferta regional. O projeto estabelece a interligação da bacia hidrográfica do Rio São Francisco - que apresenta relativa abundância de água (1.850 m2/segundo de vazão garantida pelo reservatório de Sobradinho) - com bacias inseridas no Nordeste Setentrional. O projeto atingiu um efetivo de 10.394 trabalhadores atuando ao longo dos 477 quilômetros de extensão. Com 3.140 equipamentos em operação, novas frentes de serviço em período integral também foram criadas para dar mais celeridade ao empreendimento que é a maior obra de infraestrutura do governo.







segunda-feira, 12 de maio de 2014

Efeito ‘volta, Lula’ ainda pesa contra Dilma em pesquisa de opinião

9/5/2014 12:08
Por Redação - de São Paulo


Dilma e Lula estiveram reunidos, na noite passada, durante festa do PT em Belo Horizonte
Dilma e Lula são os dois presidentes mais queridos dos brasileiros dos últimos 50 anos
O cenário criado por um instituto de pesquisa, no qual o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva seria o candidato do PT no lugar da presidenta Dilma Rousseff, ainda fascina os eleitores. Caso Lula fosse candidato, segundo resultado de estudo do Datafolha, divulgado nesta sexta-feira, as eleições estariam resolvidas no primeiro turno, com a vitória do líder petista com 49% das intenções de voto. Nesta possível realidade, o pré-candidato tucano, senador Aécio Neves (MG), amargaria 17% da preferência do eleitorado e o ex-governador Eduardo Campos, possível candidato do PSB, não passaria de 9%, enquanto os demais candidatos fechariam a eleição com 6%.
Ainda de acordo com o Datafolha, 58% acreditam que Lula deveria ser o candidato do PT, enquanto apenas 19% defendem o nome de Dilma –18% disseram não saber e 5% acham que nenhum dos dois deveria ser o candidato. O percentual que gostaria ver Lula candidato aumenta ainda mais, para 75%, quando os entrevistados são eleitores do PT, contra apenas 23% que apoiam Dilma na legenda.
Outro número desanimador para a presidenta é que, enquanto na pesquisa 74% dos eleitores acreditam que as ações do próximo presidente deveriam ser diferentes, apenas 22% querem que elas sejam iguais. Do universo pesquisado, 38% consideram que Lula é o mais preparado para fazer as mudanças no Brasil, seguido por Aécio com 19%. Dilma aparece depois, com 15%, logo à frente de Campos.
Voo tucano
O voo do tucano Aécio Neves, segundo o estudo, ganhou mais consistência e reduziu a distância que o separa da líder da corrida eleitoral, Dilma Rousseff, aumentando as chances de a disputa ser decidida no segundo turno, segundo a pesquisa Datafolha. Aécio chega a 20% das intenções de voto, ante os 16% registrados no início de abril, enquanto Dilma oscilou para baixo 1 ponto percentual, para 37%. O terceiro colocado, Eduardo Campos, passou para 11% (ante 10%). A única movimentação real, de acordo com as normas da pesquisa, foi a de Neves, que se movimentou 2% fora da margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais.
Embora tenha oscilado dentro da margem de erro da pesquisa entre abril e maio, quando comparado com a sondagem de fevereiro Dilma perdeu 7 pontos percentuais. Somados, os números de Aécio e Campos e dos demais pré-candidatos, que têm intenções de voto entre 1% e 3%, chegam a 38% contra os 37% da presidenta, daí as maiores chances de segundo turno. No início de abril, eram 38% para Dilma e 32% para os demais candidatos.
A pesquisa mostrou também que caiu muito a diferença a favor de Dilma num eventual segundo turno contra Aécio, passando para 47% a 36%, ante 50% a 31% em abril. Contra Campos, o placar foi para 49% a 32%, ante 51% a 27%. A queda de Dilma pelo Datafolha entre fevereiro e agora é praticamente a mesma da pesquisa MDA para a Confederação Nacional do Transporte (CNT), que mostrou a presidenta com 37,0% das intenções de voto no final de abril, em comparação com 43,7% em fevereiro. Nessa pesquisa, Aécio apareceu com 21,6%, ante 17,0%.
Em outro levantamento, do instituto Sensus, divulgado no início deste mês, Dilma aparece com 35,0%, seguida pelo tucano com 23,7% e Campos com 11,0%.
O levantamento do Datafolha ocorreu após a reação da presidenta à perda de terreno na corrida eleitoral. Um de seus principais movimentos foi o pronunciamento à nação na véspera do 1º de Maio, quando anunciou um aumento nos benefícios do Bolsa Família e uma correção na tabela do Imposto de Renda.
Aprovação do governo
Do lado positivo, a avaliação do governo manteve-se praticamente a mesma de abril: ótimo/bom com 35% (era 36%), regular com 38% (39%) e ruim/péssimo com 26% (25%). Além disso, a expectativa de que a inflação vai aumentar recuou para 58%, ante 65% em abril, no primeiro recuo desde o início de 2012.
Diminuiu também o número dos que acham que o desemprego vai aumentar: agora são 42%, contra 45% no mês passado. O Datafolha ouviu 2.844 pessoas entre quarta e quinta-feira, em 174 municípios.