segunda-feira, 30 de junho de 2014

TRE tenta barrar Lindberg e ameaça prender Jandira Feghali em ato do PCdoB

26/6/2014 22:19
Por Redação - do Rio de Janeiro

Jandira Feghali tomou conhecimento de que o TSE teria pedido sua prisão
Jandira Feghali tomou conhecimento de que o TSE teria pedido sua prisão
Pouco antes do início do Ato de Lançamento da Frente Popular, às 19h desta quinta-feira, no espaço Via Show, em São João de Meriti, dezenas de agentes do Tribunal Regional Eleitoral do RJ cercaram o local com intuito de impedir, sem sucesso, a entrada de militantes do PCdoB, PSB, PT e PV. Chegou ao conhecimento dos militantes na Convenção Estadual do PCdoB que se tratava de uma ação movida por integrantes do PMDB, o que gerou imediata reação dos mais de 5 mil presentes que conseguiram lotar os principais espaços da casa de show, na Baixada Fluminense. Quem ficou de fora tentou entrar e os agentes da Justiça Eleitoral pediram o reforço da PM, que conteve a multidão com gás de pimenta.
Na mesa diretora do encontro, a deputada Jandira Feghali pediu a quem já estava no recinto para ali permanecer, “para não piorar ainda mais a situação lá fora”, disse. Em seu discurso ao público, que atendeu ao pedido da parlamentar do PCdoB e se manteve firme no local, o candidato pela Frente Popular ao governo do Estado do Rio de Janeiro, Lindberg Farias, não poupou críticas aos adversários do PMDB.
– Soube aqui, por nossos advogados, que foi pedida a prisão da nossa companheira Jandira Feghali. Creio que a juíza responsável por essa ordem desconhece que a deputada tem imunidade parlamentar. Mas, se ainda assim quiserem prender a Jandira, vão ter que prender todos nós. Por aí é possível perceber o nível em que transcorrerá a campanha eleitoral – lamentou o candidato.
Com a presença de Romário, candidato ao Senado, o ato de lançamento da Frente Popular também reuniu dezenas de deputados estaduais e federais da frente para marcando a unidade por mudanças profundas no Estado do Rio. O ato encerrou a Convenção Eleitoral do PCdoB, que começou às 14h no mesmo local.
Segundo o advogado da Frente Popular Raoni Vita, o TRE/RJ alegou que o ato configurava campanha eleitoral antecipada.
– Queriam conferir, um a um, os nomes das pessoas presentes ao ato político, o que gerou todo o tumulto e colocou em risco a integridade física de quem, com todo o direito, queria participar da convenção partidária – afirmou Vita.
A deputada Jandira Feghali, presidenta estadual interina do PCdoB em substituição ao presidente, João Batista Lemos, afirmou que o Partido poderia “ter uma atitude burocrática, mas não, nós optamos pela solução política porque não há base legal nenhuma para o que o TRE está fazendo”. Candidata à reeleição, Jandira também lembrou que, recentemente, o atual governador, Luiz Fernando Pezão, reuniu mais de 60 prefeitos na convenção do seu partido e o TRE não se manifestou.
– Isso é uma agressão política. A guerra política já começou. O ato vai acontecer de qualquer jeito – afirmou.
O clima seguiu tenso dentro e fora do Via Show até o final do ato político, devido à ameaça do TRE de cortar o som e apreender todos os equipamentos caso o ato continuasse. A ameaça não se concretizou. Ainda que o som fosse desligado, segundo Feghali, o encontro iria acontecer “de qualquer jeito, nem que seja no gogó. Lindberg e Romário já estão aqui e vamos seguir em frente”, concluiu.


domingo, 29 de junho de 2014

Campos e Marina atacam PSDB e PT de olho no 2º turno

Aclamado ontem pela convenção do PSB candidato a presidente da República, com a ex-ministra Marina Silva na vice, o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos atacou os governos do PSDB e do PT "pelo que não fizeram nos últimos 20 anos".


 As mais duras críticas, porém, foram direcionadas ao também candidato à Presidência, o tucano Aécio Neves, de quem resolveu se distanciar nos últimos meses com a avaliação de que poderá disputar com ele uma vaga em eventual segundo turno da eleição.
"Conosco vai acabar essa história de suga-suga", disse Campos, numa referência à sugestão feita por Aécio aos partidos aliados à presidente Dilma Rousseff, na semana passada. O tucano disse que as legendas podiam sugar o quanto pudessem do governo nas negociações por mais ministérios em troca de tempo na TV para depois se aliarem a ele. "E tem gente que acha isso bonito, bem bonito", disse o candidato do PSB, numa crítica ao adversário. "O povo é cumpridor de seus deveres e exige respeito à sua luta", afirmou.
Campos, que se apresenta como uma terceira via que pretende vencer a polarização PT-PSDB ocorrida nas últimas campanhas, fez críticas ao governo Dilma. "Vamos salvar os municípios brasileiros da quebradeira que Dilma causou a eles. Os municípios estão de joelhos mendigando em Brasília favores e migalhas que não chegam."
O ex-governador prometeu ainda fazer uma reforma tributária no primeiro ano de mandato, recuperar a indústria brasileira e salvar a Petrobrás e o setor elétrico do País. "Vamos retomar o crescimento sustentável da economia brasileira, jogar a inflação para baixo e o crescimento para cima", afirmou.
Mesmo com alianças do PSB nos Estados firmadas com PSDB (São Paulo) e PT (Rio), Campos disse que os dois partidos - no poder no plano nacional desde 1995, primeiro com Fernando Henrique Cardoso, e depois com Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma - não podem continuar a governar o País e têm de dar lugar às forças políticas renovadoras que, segundo ele, são representadas por sua chapa.
Renovação. "É preciso romper a velha lógica dominante dos que se revezam no poder no Brasil ao longo desses 20 anos. Tentam (PT e PSDB) convencer o povo de que agora vão fazer diferente. Mas já perderam a energia renovadora, porque se deixaram dominar pelo cerco das velhas elites, das práticas mofadas, que não servem para mudar o que as ruas pedem." Segundo Campos, tanto PT quanto PSDB passam o tempo todo olhando para trás, querendo provar que fez mais do que o outro. "Quem quer andar de um novo jeito, rumo a um Brasil mais justo, não pode ficar olhando para trás, não pode ser a eleição a disputa do passado com o passado."
O candidato voltou a dizer que não vai acabar com programas sociais, como o Bolsa Família e o Minha Casa Minha Vida. Afirmou que quem diz isso faz política "rasteira e do medo". "No nosso governo nós vamos é acabar com a corrupção. Nós vamos manter o ProUni, o Minha Casa Minha Vida, manter a estabilidade da moeda, a democracia, que é uma conquista do povo." Com o slogan "Eu já fiz e vou fazer", Campos ressaltou os resultados positivos dos 7 anos e três meses que foi governador de Pernambuco, especialmente no combate à criminalidade.
A coligação que dá apoio a Campos tem, além do PSB, PPS, PRP, PPL e PHS. Juntos, os partidos deverão garantir cerca de dois minutos para a propaganda política do pessebista na TV. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

sexta-feira, 27 de junho de 2014

Por Maria Carolina Marcello
BRASÍLIA (Reuters) - O PSB lança oficialmente neste sábado a candidatura de Eduardo Campos à Presidência da República, tendo como vice a ex-senadora Marina Silva, numa chapa que surge com o discurso de que representa um novo modo de fazer política, em um momento em que a população mostra amplo desejo de mudanças.
Ainda assim, a candidatura que se propõe como via alternativa, e aposta no desgaste da polarização PT x PSDB, ocupa um distante terceiro lugar nas pesquisas eleitorais, com Campos oscilando ao redor dos 10 por cento das intenções de voto.
O patamar é praticamente o mesmo que tinha Marina nessa mesma época da corrida presidencial há quatro anos. Na reta final da campanha do primeiro turno de 2010, porém, ainda que tenha terminado em terceiro lugar, Marina obteve quase 20 milhões de votos e forçou a segunda rodada entre a petista Dilma Rousseff e o então candidato do PSDB, José Serra.
Agora, Dilma, que busca a reeleição, lidera a corrida, tendo até o momento como principal adversário novamente um candidato do PSDB, desta vez Aécio Neves.
Mas como as pesquisas mostram que a população quer mudanças e lembrando a arrancada de Marina há quatro anos, líderes do PSB mantêm o otimismo.
"Há um sentimento muito forte na sociedade brasileira... quem representa a inovação, quem representa essa esperança de mudança em direção a um novo futuro é o Eduardo Campos, junto com a Marina", disse o líder do PSB no Senado e candidato ao governo do Distrito Federal pelo partido, Rodrigo Rollemberg.
O senador acredita que ainda há tempo para mudanças no cenário eleitoral, uma vez que a atenção do eleitor não está, no momento, focada nas eleições. Especialmente nestes tempos de Copa do Mundo.
Para ele, assim como para outros socialistas, há perspectiva de crescimento, ainda que a coligação formada também pelo PPS, PPL, PRP e PHS tenha poucos minutos de televisão, algo considerado essencial pelas campanhas adversárias.
"Essa é mais uma questão importante, o modelo da política brasileira baseado em tempo de televisão e estrutura de campanha. Se o desejo é real de mudança, é possível que uma nova estrutura de campanha sintonize isso", disse o deputado Walter Feldmann (PSB-SP), porta-voz da Rede Sustentabilidade, partido que Marina tentou criar, sem sucesso, antes do prazo limite para disputar a eleição deste ano.
O deputado, próximo da ex-senadora, aposta no uso das redes sociais e nas campanhas nos Estados para apresentar as ideias dos candidatos, a exemplo da campanha de Marina em 2010.
"Será uma campanha de tablado, e não de palanque", disse o deputado à Reuters. "Tem um sentimento, um fluxo, tem um vento favorável a essa terceira via."
O PSB deve tentar aproveitar ao máximo a presença de Marina como vice de Eduardo Campos, mas ainda é incerto a capacidade da ex-senadora de atrair votos para o cabeça de chapa.
Daí surge outra frente de batalha que a campanha de Campos deverá travar: a de torná-lo mais conhecido e colar no candidato a imagem de um bom gestor, respaldada por altos índices de aprovação de suas duas gestões à frente do governo de Pernambuco.
"Tem que divulgar o trabalho que ele fez no Nordeste, mostrar que ele é um grande gestor para que a população brasileiria venha a saber o que ele fez em Pernambuco", disse o senador Antônio Carlos Valadares (PSB-SE).
TENSÃO INTERNA
A filiação da ex-senadora ao PSB surpreendeu muita gente e causou rebuliço nos meios políticos. Ex-petista e ministra do Meio Ambiente do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Marina vinha se esforçando para criar o Rede Sustentabilidade depois de deixar o PV, partido pelo qual disputou a Presidência em 2010.
Mas tendo frustrada sua tentativa de criar o Rede, filiou-se ao PSB, partido que já tinha um nome praticamente certo para concorrer ao Planalto. Campos, presidente nacional do PSB, deixara suas intenções bem claras com a saída de seu partido do governo Dilma, que ele integrou até setembro do ano passado.
A filiação de Marina ao PSB foi acompanhada por aliados seus que trabalhavam na criação do Rede.
Se a aliança entre Marina e do sua ainda inexistente Rede com o PSB inovou do ponto de vista de previsibilidade no campo nacional, por outro lado também tem gerado ruídos, às vezes bem altos, nas negociações estaduais.
Em pelo menos dois importantes colégios eleitorais, o compromisso ideológico e programático pode ter sido deixado de lado para viabilizar alianças do PSB, com o PSDB, em São Paulo, e com o PT, no Rio de Janeiro, justamente partidos a que a dupla se contrapõe no âmbito nacional.
Esses acordos estaduais causaram tensão entre militantes e lideranças da Rede e do PSB. A ponto de, na última quinta-feira, o Rede, que apesar de não ser formalmente um partido, tem estrutura própria, soltar uma nota procurando mostrar sintonia dentro da campanha.
A nota argumenta que tanto a Rede como o PSB são "independentes" e têm "autonomia política", garantindo, no entanto, que Marina participará de atos da campanha em todos os Estados.
O documento, porém, faz questão de lembrar que "os militantes da Rede têm data para deixar o PSB, conforme compromisso firmando entre os partidos no fim do ano passado", explicando que isso ocorrerá quando a Rede obtiver seu registro como partido na Justiça Eleitoral.
Rusgas à parte, pelo menos no campo nacional, a estratégia será a de qualificar o modelo atual como "desgastado" e taxar a oposição, encabeçada pelo PSDB, como mero "contraponto desse modelo".
"Essa é uma via alternativa, uma coligação que se propõe a ter uma posição em relação ao Brasil que modifique sua agenda, o modelo político e o modelo de gestão do Estado", disse Feldmann.
"A gente não se diz nem de oposição nem de situação. A gente recolhe pontos positivos do PT e do PSDB. Mas reconhece que o salto que o Brasil precisa não está mais ligado ao modelo atual", afirmou.
Leia abaixo perfil do candidato publicado pela agência Reuters:
Político obstinado e negociador hábil, Eduardo Campos é candidato em formação

Por Jeferson Ribeiro
BRASÍLIA (Reuters) - Herdeiro político do lendário Miguel Arraes, um dos ícones brasileiros da resistência à ditadura militar, o pré-candidato do PSB à Presidência, Eduardo Campos, é um gestor obstinado e negociador político hábil e duro, mas ainda tenta calibrar melhor o perfil de sua candidatura.
O aprendizado em palanques começou cedo, aos 21 anos, quando participou ativamente da eleição de Arraes, seu avô, para o governo de Pernambuco em 1986. Depois disso, recém-formado em economia, Eduardo Campos foi chefe de gabinete de Arraes, partindo daí para construir sua própria carreira política.
Mas se o ponto de partida foi o avô, quem conheceu um e conhece o outro vê fortes distinções. "Ele gerencialmente é melhor que o avô. Politicamente é mais autoritário que o avô", resumiu um político pernambucano.
Em um campo de futebol, nas palavras de um ex-assessor próximo, Arraes seria um meia cerebral, capaz de lançamentos precisos e com ampla visão de jogo. Campos traz mais um perfil para o ataque, jogaria com a camisa de centroavante, mas não daqueles trombadores.
As diferenças entre eles também são atribuídas ao ambiente político em que os dois foram forjados. Arraes enfrentou a ditadura e aprendeu a fazer política nas dificuldades do sertão. Campos, de 48 anos, desenvolveu seu traquejo político na democracia e com mais condições do que o avô.
A obstinação herdada, porém, provavelmente é seu traço mais marcante.
Depois de ocupar cargos na administração do avô, foi eleito deputado estadual e federal, foi o ministro mais jovem do governo do então presidente petista Luiz Inácio Lula da Silva e se elegeu governador duas vezes.
No início de 2013, embalado pelo desempenho notável do PSB, do qual é presidente nacional, nas eleições municipais do ano anterior, Campos disse à presidente Dilma Rousseff (PT) que não negociaria o apoio do partido à sua reeleição antes de 2014.
Conforme os meses foram passando, porém, Campos mudou de ideia e estratégia. Entre setembro e outubro o PSB deixou seus cargos no governo Dilma e, numa reviravolta eleitoral impressionante, filiou a ex-senadora Marina Silva para ser sacramentada agora em junho companheira de chapa de Campos como candidata a vice na corrida presidencial.
Mas os últimos meses não deixaram claro o perfil do candidato do PSB na corrida presidencial. Campos busca se apresentar como agente de uma nova política e prega o fim da polarização entre PT e PSDB, que completam 20 anos no comando do país no final de 2014, somados os governos dos dois partidos.
Ele e Marina, que tem um capital político maior por ter disputado a eleição presidencial de 2010 e recebido quase 20 milhões de votos, tentam se equilibrar no discurso de oposição ao atual governo, mesmo tendo sido ministros do governo Lula.
Campos também chegou a fazer uma espécie de dobradinha com o candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, em alguns momentos nos últimos meses, mas essa estratégia não funcionou.
"Ele se tornou uma imitação do Aécio. Entre a cópia e o produto original, as pessoas preferem o autêntico", comparou um ministro do governo ao analisar o adversário.
Talvez esse seja um dos motivos que expliquem por que Campos aparece num distante terceiro lugar na disputa, que é liderada por Dilma e tem em Aécio o principal candidato oposicionista. Por outro lado, Campos também terá dificuldades de se descolar do PT, já que apoiou os governos Lula e o governo Dilma até o ano passado.
OBSTINAÇÃO
Em Pernambuco, Campos é visto como um gestor obstinado, que controlava os comandados de perto e cobrava o atendimento de metas quando estava à frente do governo.
Esse controle é visto por adversários como traço de coronelismo, já que a figura do ex-governador parecia onipresente nos demais Poderes e nas administrações municipais.
"Muitos têm medo de dar declaração contrária ao governador", afirmou em novembro à Reuters o deputado estadual Daniel Coelho (PSDB), uma das poucas vozes ativas da oposição à época na Assembleia Legislativa.
Apesar de ser visto como um "trator político", Campos não costuma alimentar ódios pessoais nesse terreno. Exemplo disso é a aliança fechada com o experiente senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), seu antecessor no governo estadual e grande rival de Arraes em Pernambuco.
O que Campos não gosta é de ficar encurralado. Aí, a reação dele não perdoa quem estiver na frente, segundo aliados. Se acuado, "ele não pisca", disse o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a um interlocutor para descrever o pernambucano.

quarta-feira, 25 de junho de 2014

Pros formaliza apoio à candidatura de Dilma Rousseff

Terra
 Com aliança, PT consegue mais 35 segundos na televisão; já formalizaram em convenção apoio a Dilma o PMDB e o PDT

Novato entre as dezenas de partidos políticos brasileiros, o Partido Republicano da Ordem Social (Pros) formalizou nesta terça-feira, com 94,5% dos votos dos seus filiados, apoio à candidatura da presidente Dilma Rousseff à reeleição. Com a aliança, Dilma consegue mais 35 segundos de tempo de televisão para a propaganda eleitoral gratuita.

Já formalizaram apoio a Dilma o PMDB e o PDT. Amanhã, Dilma receberá apoio do PSD. Em encontros informal, o PP também já prometeu manter a parceria na chapa encabeçada por Dilma, que tem Michel Temer (PMDB) como candidato a vice, pela segunda vez.

O apoio do Pros ocorre em um momento em que a presidente acaba de perder a aliança com o PTB, na semana passada. 
Agora, a cúpula do PT, partido de Dilma pretende reforçar seus laços com a base de sustentação do governo para manter superioridade de tempo de televisão diante de seus adversários.

A legenda que tem dado mais trabalho recentemente para a candidatura de Dilma é o Partido da República (PR). Hoje, eles comandam o Ministério dos Transportes, mas já deram o recado à Presidência que o titular da pasta, César Borges, não representa o partido. Trata-se de uma tentativa de pressionar o governo de modo a conseguir substituição de ministros.

O Pros reúne uma bancada de 21 deputados federais e um senador. São filiados à legenda ainda o governador do Ceará, Cid Gomes (ex-PSB), seu vice Domingos Filho, além do vice do Amazonas, José Melo (os dois últimos egressos do PMDB).

terça-feira, 24 de junho de 2014

Eleições 2014: qual o curso que o Rio vai tomar?

23/6/2014 12:56
Por Hayle Gadelha - do Rio de Janeiro

Romário é candidato a uma vaga no Senado, com o apoio de amplos setores da esquerda, no Rio
Romário é candidato a uma vaga no Senado, com o apoio de amplos setores da esquerda, no Rio
Até pouco mais de um ano, o Rio seguia um curso eleitoral tranquilo, tanto para os governos federal, estadual e municipal quanto para a população – o pódio já estava definido na cabeça de cada um. Mas surgiu a primeira curva perigosa quando o PT decidiu ultrapassar seu companheiro de escuderia, o PMDB, e lançou o nome de Lindberg para disputar o Governo do Rio.
Daí em diante, PT e PMDB praticamente deixaram o resto da corrida em segundo plano e cuidaram de um jogar o outro para fora da pista. O prejuízo maior nessa disputa, digamos, fratricida foi da líder petista, Dilma Roussef, e dos líderes peemedebistas, Sérgio Cabral e Pezão, que, até então, contavam com vitória com ampla margem de diferença. Essa corrida maluca continuou disputadíssima – mas de certa forma previsível – até a semana passada, quando tínhamos informações (não comprovadas) de que Crivella, do PRB, ampliava a sua liderança na corrida, seguido do candidato do PR, Garotinho (que viria perdendo terreno), Pezão (na faixa dos 15%-16%, avançando) e Lindberg, que teria estancado a queda na faixa dos 11%.
Quando todo mundo pensava que Lindberg, isolado, iria rodar na primeira curva, ele conseguiu reduzir o efeito do arrasto aerodinâmico abrindo as asas para Romário (PSB) participar de sua chapa como Senador. O público ficou de pé. Alguns, de cabelos em pé. Mas os personagens que estavam no meio do trânsito não se deram por vencido. Crivella intensificou sua busca para o cargo de vice. Garotinho intensificou suas arrancadas, sem grandes alianças (chegaram a comentar que ele seria Senador na chapa de Crivella, algo bastante improvável), mas ainda com bons índices nas pesquisas. E Sérgio Cabral, em manobra igualmente arrojada, saiu da disputa para o Senado e trouxe o líder do DEM, Cesar Maia (que andava meio deslocado na disputa para Governador apoiado pelo tucano Aécio), para o seu lugar, ampliando o apoio a Pezão.
Os comentaristas de plantão reagiram imediatamente. O sempre mal humorado Sirkys, alijado do processo decisório dentro do PSB, esbravejou contra a aliança do seu partido com o PT, qualificando-a como orgia política – em outras palavras, suruba. Na mesma linha orgiástica, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, incomodado com a aproximação com seu antigo mentor e atual inimigo público nº 1, Cesar Maia, qualificou a aliança de seu partido, PMDB, com o DEM de ‘bacanal eleitoral’. Ele certamente está vislumbrando na recuperação de Cesar Maia uma ameaça naseleições municipais de 2016.
Mas uma coisa é certa: ninguém sabe com absoluta segurança o que pode ocorrer no Grand Prix Eleitoral do Rio de Janeiro. Talvez seja o caso de “alguém” lançar um safety car na pista. Ou correr o risco de ter que reescrever Dee Brown e lançar “Enterrem meu coração na curva do Rio”…
Hayle Gadelha é publicitário e editor do Blog do Gadelha.

segunda-feira, 23 de junho de 2014

Portugal empata com EUA e se mantém vivo na Copa

22/6/2014 21:32
Por Redação - de Manaus

Para sobreviver, o time dirigido por Paulo Bento precisa ganhar, torcer por uma derrota norte-americana para os alemães
Para sobreviver, o time dirigido por Paulo Bento precisa ganhar, torcer por uma derrota norte-americana para os alemães
A seleção portuguesa só não foi eliminada matematicamente da Copa do Mundo porque arrancou um empate por 2 a 2 com os Estados Unidos aos 49 minutos do segundo tempo, em Manaus. É muito delicada, porém, a situação da seleção do melhor jogador do planeta na última temporada.
O resultado, obtido com cruzamento de Cristiano Ronaldo e cabeceio de Varela, deixou a formação rubro-verde com um ponto, mesmo número de Gana, seu rival na última rodada do Grupo A. Alemanha e Estados Unidos, com quatro, dividem a primeira posição.
Para sobreviver, o time dirigido por Paulo Bento precisa ganhar, torcer por uma derrota norte-americana para os alemães e tirar uma diferença de cinco gols no saldo. Em caso de triunfo dos Estados Unidos, seria necessário ultrapassar a Alemanha no saldo algo irreal, pois a diferença hoje é de oito tentos.
Na prática, a esperança de Ronaldo é uma nova goleada dos alemães, que fizeram 4 a 0 em seu time na estreia. O atacante teve mais uma atuação relativamente discreta sem grande ajuda de uma equipe fraca, é verdade –, mas participou do lance que manteve alguma esperança.
Os portugueses ganharam um gol de presente logo no início, em falha do beque Cameron aproveitada por Nani, mas erraram seguidamente pelo lado esquerdo da defesa, onde os Estados Unidos buscaram a virada. Praticamente no último lance, chegou o empate definitivo.
Falha de Cameron põe Portugal na frente
A partida ainda era fria na quente Manaus, aos quatro minutos, quando Miguel Veloso fez um mau cruzamento da esquerda, por baixo. Cameron falhou fio na tentativa de cortar e viu Nani dominar na cara de Howard, que facilitou a vida do português caindo bem antes do chute. A bola entrou no alto.
Atrás, os Estados Unidos não tiveram opção a não ser buscar um pouco mais o ataque. Com a lesão de Altidore, era o meia Dempsey que fazia a função de centroavante. Se não tinha presença de área, tinha técnica para levar perigo, como fez ao receber lançamento de Bradley e girar batendo, com pouco ângulo. Beto defendeu.
Aos 15 minutos, logo após agressão de Beckerman em Raul Meireles ignorada pelo árbitro, Paulo Bento se viu obrigado a repetir substituição feita na estreia, trocando o contundido Hélder Postiga por Eder. E os norte-americanos, com dificuldade para entrar na área, começaram a apostar em chutes de fora, sem sucesso.
Embora houvesse equilíbrio na posse de bola e Cristiano Ronaldo atuasse mais livre, sem ficar preso à ponta esquerda, os portugueses pouco fizeram até uma estranha parada determinada pelo árbitro já aos 39. Nos minutos derradeiros do primeiro tempo, no entanto, a formação europeia esteve mais perto do segundo gol.
Em uma das jogadas perigosas, Ronaldo partiu em velocidade pela esquerda e virou para Nani fazer Howard trabalhar. Pouco depois, Howard se atrapalhou em chute de fora de Nani e espalmou a bola na trave. Beto pegou estranho na bola no rebote, e Howard se recuperou com uma defesa com a ponta do dedo.
Norte-americanos viram pela direita e vacilam pelo alto
Portugal voltou do intervalo com o volante William no lugar do lateral esquerdo André Almeida. Era uma preocupação defensiva que levou Miguel Veloso à lateral, porém a alteração não deu o resultado esperado. Foi por ali que os Estados Unidos atacaram com frequência, construindo lances perigosos.
A primeira boa jogada da etapa final foi rubro-verde, em voleio de Eder após nova falha de Cameron, mas os norte-americanos ganharam terreno. Aos nove minutos, Zusi achou Johnson nas costas da marcação, pela direita, e o lateral avançou até a saída de Beto. Bradley recebeu sem goleiro, na pequena área, e bateu de primeira. Ricardo Costa se esticou, rebateu e evitou o gol quase certo.
Com a equipe dirigida por Jurgen Klinsmann no ataque, apareceu o espaço para os contragolpes. Ronaldo avançou no mano a mano após bom passe do ruim Eder e pegou muito mal na bola. Dois minutos depois, aos 18, Jones pegou rebote de escanteio – da direita, onde surgiam as principais jogadas – após mau cabeceio de Nani. Bateu de fora da área e acertou o cantinho esquerdo de Beto.
Meireles apareceu na área para conclusão perigosa pouco depois, parando em Howard, e foi substituído por Varela na sequência. Klinsmann apostou em Yedlin, sacando Bedoya. E os norte-americanos foram mais felizes na busca pelo gol da vitória, que seria o da classificação, não fosse o vacilo no finalzinho.
Aos 35 minutos, em mais uma jogada pela direita, a bola chegou à área e sobrou para Yusi, que bateu para a pequena área. Dempsey completou para a rede de barriga. A equipe de branco protegeu a vantagem sem grandes sustos até os 49, quando Cristiano Ronaldo cruzou da direita, e Varela apareceu nas costas da zaga para marcar de cabeça.

domingo, 22 de junho de 2014

PSD confirmará em convenção apoio à candidatura de Dilma



Estadão Conteúdo
Na convenção nacional que irá realizar na próxima quarta-feira, 25, o PSD deverá confirmar o apoioà presidente Dilma Rousseff (PT), que tentará a reeleição no pleito de outubro. "Palavra dada é palavra empenhada, não tem retorno, já manifestamos apoio à candidatura de Dilma e nosso partido tem compromisso com as bandeiras assumidas", disse ao Broadcast Político, serviço em tempo real da Agênca Estado, uma fonte ligada ao partido. Segundo informações de fontes ligadas ao PSD, a presidente Dilma Rousseff deve ir à convenção do partido, na Câmara dos Deputados, em Brasília. Seria uma repetição do gesto que ela fez ao PMDB e do PDT, ambos aliados em nível nacional.
Segundo esse interlocutor, ao ser referendado na próxima semana, o apoio à candidatura do PT nacional colocará fim às especulações em torno da eventual ida do ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles para compor a chapa do candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves. "Não há como voltar atrás, ser vice em uma chapa presidencial pode ser um desejo de muitos políticos, mas estaremos nesta corrida presidencial com a presidente Dilma Rousseff", reiterou a fonte. O PSD foi o primeiro partido a declarar apoio formal à reeleição da presidente, no dia 20 de novembro do ano passado, e este compromisso tem o apoio de 90% dos correligionários dos 27 diretórios estaduais da sigla.
Além de referendar o apoio à candidatura de Dilma Rousseff na convenção, o PSD deverá liberar seus filiados para realizar as coligações nos Estados baseadas nos arranjos locais. No maior colégio eleitoral do País, São Paulo, o PSD está negociando com os tucanos, o maior adversário do PT nessas eleições presidenciais. "Os arranjos devem ser fechados na prorrogação do segundo tempo", avalia a fonte, para dizer que os acertos estão ainda sendo costurados e muitas chapas deverão ser fechadas apenas no final deste mês, no prazo limite estabelecido pela Justiça Eleitoral.
Em São Paulo, o PSD está próximo de uma coligação com o PSDB do governador Geraldo Alckmin, que é candidato à reeleição neste pleito. "Mas um acordo só deverá ser fechado se tivermos garantida a vaga de vice na chapa majoritária", destaca a fonte. Segundo esse interlocutor, a mesma exigência da sigla não vai ocorrer se o acordo for com o PMDB de Paulo Skaf. "Neste caso, não temos restrição alguma", destaca.
A fonte disse ainda que nem mesmo um acordo com o PT de Alexandre Padilha em São Paulo está descartado. E afirma que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, padrinho político do ex-ministro da Saúde, está em campo para garantir que a oposição tenha uma candidatura competitiva aoPalácio dos Bandeirantes, governado há cerca de 20 anos pelos tucanos. "As conversações em torno das alianças partidárias, principalmente nos Estados, estão a todo vapor, mesmo com a Copa do Mundo", informa.


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sábado, 21 de junho de 2014

Com cidade tomada por


 torcedores ‘hermanos’,


 Argentina joga em BH


Partida contra o Irã, válida pelo grupo F, será às 13h no Mineirão.
Seleção de Messi e companhia é a grande favorita.


Do G1 MG

Argentinos estão em Belo Horizonte para jogo contra o Irã (Foto: Raquel Freitas / G1)Argentinos estão em Belo Horizonte para jogo
contra o Irã (Foto: Raquel Freitas / G1)
O Mineirão, na Região da Pampulha de Belo Horizonte, vai lotar neste sábado (21) para receber o duelo entre Argentina e Irã pela Copa do Mundo. A seleção de Lionel Messi entra em campo pela segunda vez no mundial, às 13h, e defende a liderança no grupo F.
Depois de os argentinos tomarem o Rio de Janeiro para a partida contra a Bósnia, os “hermanos” desembarcaram em massa na capital mineira. Além de jogar em Belo Horizonte, a seleção Albiceleste escolheu a Cidade do Galo, na Região Metropolitana, como casa durante a Copa e a seleção está na cidade desde antes de o começo do Mundial.
O confronto deste sábado coloca frente a frente duas seleções opostas. Enquanto a Argentina tem dois títulos mundiais – 1978 e 1986 –, Messi, eleito por quatro anos o melhor do mundo e um elenco milionário com jogadores nos melhores clubes do mundo. O Irã nunca conseguiu passar para segunda fase nos três mundiais disputados. Esta é a quarta participação dos asiáticos.
No entorno do “Gigante da Pampulha”, um esquema especial de trânsito foi montado, e motoristas têm uma série de restrições. A Prefeitura de Belo Horizonte recomenda o uso de transporte coletivo.
Ônibus
Os torcedores poderão ir ao Mineirão por meio de um serviço especial de ônibus, que tem preço prioritário de R$ 15, ida e volta. Somente a linha que faz o trajeto partindo Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, na Região Metropolitana, terá custo de R$ 20 – ou R$ 10 por trecho.
Dentro da cidade, foram montados quatro terminais: no Centro, na Savassi, no Minas Shopping e no Expominas, onde será realizado o Fan Fest. Os veículos vão começar a circular cinco horas antes das partidas e, ao fim delas, rodarão por mais duas horas. Os bilhetes estão à venda nos postos Transfácil e também poderão ser comprados nos terminais.
Três linhas do Move atenderão os usuários que sairão da região central em direção ao Mineirão: 50, 51 e 52. A primeira, que normalmente segue diretamente pela Avenida Antônio Carlos – umas das principais vias de acesso à Pampulha –, fará paradas nas estações UFMG e Mineirão. No retorno, os torcedores poderão utilizar as linhas 51 e 52.
O público poderá ainda acessar o estado em ônibus regulares. Os veículos destas linhas estarão identificados com adesivos em alusão à Copa.
Táxi
Haverá dois pontos especiais de táxi na Região da Pampulha. Um funcionará perto do Iate Tênis Clube, na Avenida Otacílio Negrão de Lima – na orla da Lagoa da Pampulha –, e o outro ponto será montado nas proximidades do edifício da Usiminas, na Avenida Presidente Carlos Luz.
Estacionamento e circulação de pedestres no Mineirão
Serão instalados mais de cinco pontos de verificação veicular nas proximidades do estádio. Segundo o presidente da Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans), Ramon Victor César, perto do Mineirão, do Mineirinho e do Centro Esportivo Universitário (CEU), só serão permitidos veículos credenciados.
O campus da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) terá restrição de circulação de carros e pessoas. Já no bairro São José, os moradores e comerciantes, previamente cadastrados, poderão trafegar, mas haverá proibição de estacionamento. César acrescenta que, nos bairros Jaraguá, São Luiz e Bandeirantes, o trânsito não será restrito, mas o estacionamento também está proibido.
Previsão do tempo
O tempo neste sábado na capital mineira deve ser parcialmente nublado, mas sem previsão de chuva. A temperatura mínima é de 14° C e a máxima de 25° C. No horário do jogo, das 13h às 15h, a previsão é de 22° C.
Fan Fest
A festa é realizada dentro do Expominas, localizado na Avenida Amazonas, no bairro Gameleira, Região Oeste da Capital. Cinco telões foram montados para o público assistir às partidas do Mundial. Depois do jogo no Mineirão, a partir das 15h tem show dos sertanejos Don e Juan. A grande atração do dia é a Blitz – banda dos anos 80. O show está marcado para as 18h. Nabor e o Bando tocam às 21h. Veja a programação completa do Fan Fest.
O que fazer antes e depois do jogo
Os torcedores, que têm a manhã livre antes do jogo entre Argentina e Irã, apesar do pouco tempo, podem aproveitar para conhecer a cidade e visitar pontos turísticos. O mercado Central, a Praça do Papa e o Parque Municipal são boas dicas. Veja o guia do G1 com dicas de turismo em Belo Horizonte.
Ainda na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, os turistas após o jogo, podem procurar um dos bares e restaurantes na região central, que são garantia de boas comidas. Os argentinos que queiram matar saudade da comida do país deles, podem ir ao Pizza Sur, ao Portenho Central ou ainda no Parrilla del Mercado, no Cruzeiro. 
Na Pampulha, na região do Mineirão, o Aquário São Francisco é uma opção para os turistas. E se faltar algum apetrecho para a torcida antes da partida, a dica é o Shopping Oiapoque – no hipercentro da cidade.
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