quinta-feira, 31 de julho de 2014

Aécio não diz se pousou com helicóptero dos Perrela em aeroporto ilegal

30/7/2014 19:44
Por Redação - de Brasília

Aécio Neves participou, nesta quarta-feira, de evento na CNI
Aécio Neves participou, nesta quarta-feira, de evento na CNI

Candidato do PSDB à Presidência, o senador Aécio Neves preferiu não responder se usou o helicóptero da família Perrela, o mesmo que foi usado para o transporte de meia tonelada de cocaína, em voos não autorizados pela Agência Nacional de Aviação (Anac) para o aeroporto de Claudio, construído em terreno de seu tio-avô, Múcio Tolentino. Aécio também omitiu, em entrevista após participar de debate com empresários na Confederação Nacional da Indústria (CNI), comentários sobre documento elaborado pela direção de sua campanha que admite o uso do aeroporto construído por cerca de R$ 14 milhões, com dinheiro público.
– Todos os investimentos do meu governo que levaram a ligação de cidades que não tinham asfalto e aproximação do setor aeroviário foram feitos dentro da lei, com absoluto planejamento. (…) Estou aberto a discutir a economia brasileira em fórum tão qualificado como esse – desconversou.
Em sua última edição, o diário conservador paulistano O Estado de S. Paulo afirma que a campanha de Aécio elaborou documento comprovando o uso do aeroporto pelo tucano, apesar dele não ter sido homologado pela Anac. O documento, segundo a reportagem, cita uma norma da Anac que permitiria a “operação ocasional” de helicópteros em aeroportos não homologados. O documento teria sido produzido a pedido do senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), candidato a vice na chapa de Aécio. Desde que o diário conservador paulistano Folha de S.Paulo denunciou a existência do aeroporto, há 10 dias, Aécio recusa-se a responder se já utilizou ou não a pista de pouso e em quais aeronaves, ou mesmo se alguma das aeronaves utilizada era da família Perrela. Na véspera, ao ser questionado se o fato de não responder aos questionamentos pode ser prejudicial para a campanha, ele disse:
– Isso é irrelevante. Vou responder sempre que achar adequado.
A construção do aeroporto ocorreu quando Aécio estava em seu segundo mandato como governador de Minas, num terreno desapropriado pelo Estado e contestado na Justiça por Tolentino, que reclama R$ 3,5 milhões pelo preço da área e não os R$ 1 milhão recebidos do Estado.

quarta-feira, 30 de julho de 2014

Dilma devia ‘parar de dar entrevistas exclusivas’ para mídia conservadora, recomenda economista

29/7/2014 13:38
Por Redação - do Rio de Janeiro

Dilma deu uma aula de economia aos jornalistas da Folha
Dilma deu uma aula de economia aos jornalistas da Folha

A presidenta Dilma Rousseff conseguiu, na véspera, escapar de uma série de ‘pegadinhas’ preparadas contra ela por entrevistadores de um conglomerado de mídia ligado ao capital internacional. Mas não saiu ilesa. Segundo a doutora em Economia pela Sourbone e correspondente do Correio do Brasil, em Paris, Marilza de Melo Foucher, embora a presidenta Dilma tenha conferido “uma aula de economia” aos jornalistas presente, “os argumentos por eles fornecidos foram muitos fracos e distorcidos da realidade”.
Se esta entrevista tivesse, além de jornalistas da mídia conservadora, alguns jornalistas da imprensa alternativa e independente, “certamente o resultado teria sido outro”, afirma a economista.
Leia, a seguir, o texto de Marilza de Melo Foucher:
“Depois de ter lido a matéria escrita da Folha de São Paulo tomei meu tempo pra escutar a entrevista gravada em vídeo no UOL. Vocês podem fazer o mesmo para cruzar as informações entre o que a Folha chama sabatina no vídeo e a síntese do que escrevem. Verifiquem que a síntese escrita e as afirmações nas entrelinhas, de forma em geral, são feitas para desacreditar o discurso ou gerar dupla interpretação. A presidenta Dilma Rousseff, nesta entrevista deu aula de economia aos jornalistas da Folha (o diário conservador paulistano Folha de S. Paulo) e seus associados. Eles fizeram varias tentativas para destabiliza-la, todavia, os argumentos por eles fornecidos foram muitos fracos e destorcidos da realidade. Se esta entrevista tivesse sido realizada com jornalistas da Folha e com alguns jornalistas da imprensa alternativa, certamente o resultado teria sido outro.
“Ela teria sido mais profícua para os leitores brasileiros que poderiam ter tido mais elementos para analise da realidade atual e na certa disporiam de dados para comparar com a administração de Fernando Henrique e, principalmente, teriam melhores condições para ver como diferentes governos agiram face à crise da economia mundial. A presidenta Dilma não é dotada de carisma e não tem uma oratória politiqueira, daquele discurso bem rodado para dar prazer para a platéia. Ela não sabe fazer isto, ela é muito pragmática e por vezes um pouco tecnocrática nas explicações, todavia, isto não pode ser considerado somente como um defeito político. Ela tem um costume, não sei se é mineiro ou gaúcho, de chamar todos de “querido”, como o paulista diz “meu bem”, talvez isto seja incômodo numa relação com jornalistas que estão lhe preparando armadilhas e só esperam lhe fazer atropelar nos verbos. De todo modo, isto faz parte do jornalismo.
“Agora, faço aqui uma observação. A Presidência da República e sua assessoria já estão caducas de saber que os especialistas em manipulação de fatos e reinterpretação de falsas análises são sempre os mesmos. Estes jornalistas trabalham para os mesmos grupos que são adversários políticos declarados do governo, além disso, têm ódio do PT. Isto impede que eles usem da objetividade. Daí, o ideal seria a presidenta parar de dar entrevistas exclusivas para eles, o que não quer dizer boicotá-los. Todavia, sua assessoria de Comunicação Social deveria convidar outros jornalistas da imprensa alternativa que entendam mais de economia internacional e saibam fazer analises comparativas. Além disso, ter como interlocutores jornalistas dotados de senso mais crítico e de maior imparcialidade, isto pode contribuir para ajudar a elevar o nível do debate que a oposição quer que se seja de mais baixo nível possivel.
“Somente teríamos todos a ganhar com a pluralidade dos meios de comunicação, ou seja com a presença de outros jornais que não sejam apenas aqueles da grande midia. Na certa os questionamentos seriam mais pertinentes e as contradições poderiam ser mais bem impostas para melhorar a qualidade das intervenções. O que me chamou atenção e me leva a escrever essas linhas foi a leitura da analise do jornalista carioca, editor-chefe do CdB, Gilberto de Souza. Ele faz certos questionamentos que eu penso, alguns, serem pertinentes”.
Aeroporto sai da mídia
A manipulação da opinião pública por parte das empresas que, num passado recente, apoiaram a ditadura militar no país e para a qual a presidenta Dilma mantém total prestígio e suporte financeiro pesado, segue a marcha de uma bem montada operação na tentativa de desaparecer com o aeroporto dos Neves do noticiário. Pretendem, assim, proteger o candidato do PSDB, da mídia e dos conservadores, ao Planalto, senador Aécio Neves (PSDB/MG). Basta observar a cobertura no final de semana sobre o aeroporto construído pelo então governador de Minas, Aécio (2003-2010), com dinheiro público do Estado, no município de Cláudio (MG).
Estudos junto à opinião pública mostram que Aécio teme o crescimento da rejeição (em média, em 17%, de acordo com as últimas pesquisas) após a divulgação do Aeroporto dos Neves. A revista IstoÉ desta semana, vejam só, uma revista semanal, só publicou uma frase, a do próprio Aécio Neves: “Está tudo explicado já”. Que aliás virou bordão dele. A revista semanal de ultradireita Veja não sonegou a informação a seus leitores, deu uma matéria de quatro páginas, mas, o foco é mostrar que Aécio é vítima. Para a revista, ele é uma vítima do PT, da campanha do partido contra o tucano, principalmente, pelas acusações que circulam nas redes e na blogosfera independente.
“Já o jornalão da família Marinho, O Globo, que nunca deu o caso com destaque, pôs uma pedra em cima no final de semana: nenhuma palavra a respeito. O diário conservador paulistano O Estado de S. Paulo, por sua vez, nos dois dias do fim de semana saiu com meia página em cada um de entrevistas com personalidades que costumam aparecer no noticiário do jornal, como o tio-avô de Aécio, Múcio Tolentino, dono da fazenda em, que o agora candidato a presidente construiu o aeroporto à 6 km da sua própria Fazenda da Mata; e o presidente de uma entidade de classe de Cláudio (MG). Ambos defendendo a construção do aeroporto dos Neves. Claro”, mostra o site Vermelho.org.
Silêncio de FHC
Já o ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso, embora tenha concedido entrevista à IstoÉ na semana passada, um dia depois da Folha denunciar o aeroporto, em sete páginas a ele destinadas pela revista, simplesmente não tocou no caso. Fez o mesmo neste domingo, na página inteira dada a ele pelo Estadão. Pode ser que FHC, ou os veículos de comunicação, ou ambos, consideram dar de presente um aeroporto à família, um mimo de R$ 14 milhões, pago com dinheiro público de Minas, é um negócio de menor importância. Assim, praticamente só a Folha continua no caso. Neste domingo, inclusive, apontou que o QG da campanha Aécio teme o crescimento da rejeição ao tucano (em média, em 17%, de acordo com as últimas pesquisas) depois da divulgação do Aeroporto dos Neves.
O temor, aponta a matéria, levou o QG e assessores tucanos a optarem por operar os desmentidos nas redes sociais, (dai eles chegam aos outros veículos), para que o candidato tucano não se exponha falando a respeito. Nas redes, 80% desaprovaram a atitude de Aécio, de construir o aeroporto da família.
Redes sociais
A estratégia de usar as redes sociais, aponta a Folha, foi idealizada, montada e operada por Andréa Neves, irmã do candidato e que comandou por oito anos a área de Comunicação do governo de Minas, quando ele foi governador. A opção prioritária desta vez pelas redes é porque a mídia em geral já está com Aécio e cumprirá o papel que sempre cumpriu: o fazer de conta que noticia, mas defendendo o tucano; e, no limite, atribuindo ao PT a denúncia com fins eleitorais ou por pura perseguição dado ao “caráter autoritário” que atribuem ao PT.
Enquanto a imprensa some com o aeroporto da família Neves dos noticiários, Aécio come pastel de feira, ao lado do governador tucano paulista e também candidato à reeleição Geraldo Alckmin. Quer e tenta continuar governador, agora pela 4ª vez. No Rio, em campanha na 6ª feira, e em São Paulo, na companhia de Alckmin, o tucano candidato ao Planalto repetiu o bordão de sua campanha: “a reeleição da presidenta Dilma não gera boas expectativas” para o mercado, o mundo econômico. Coincidência, é a mesma toada de FHC em suas entrevistas!
É, também, a mesma campanha do comunicado do Santander encaminhado a seus 40 mil clientes-Select, os mais ricos. É o que disseram a seus clientes as quatro consultorias arroladas pela Folha no sábado (duas do Brasil, uma dos Estados Unidos, outra do Japão), que fazem relatórios a seus clientes espalhando terrorismo em relação à reeleição da presidenta. É a campanha do caos e aquilo que o presidente do PT, Rui Falcão, classificou de “terrorismo eleitoral”

terça-feira, 29 de julho de 2014


Dilma: "Há um pessimismo inadmissível em relação à economia"




Em sabatina conjunta promovida pela Folha de S.Paulo, UOL, Jovem Pan e SBT, a presidente Dilma Rousseff disse que existe no país um pessimismo inadmissível em relação à economia, a exemplo do que aconteceu na organização da Copa do Mundo. Os candidatos Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB), já foram sabatinados na semana retrasada. 
Dilma defendeu a condução da política econômica feita por seu governo, mas se recusou a responder se vai manter nos cargos o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, caso seja reeleita. "Estamos em plena campanha. Não é bem a hora de a gente discutir ministério. Eu definitivamente não discuto meu ministério, até porque sou supersticiosa", enfatizou.
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A presidente destacou que o desemprego está nas suas menores taxas históricas. "O setor em que fizemos mais emprego foi a indústria", disse, ao defender as políticas do governo para a indústria e para o setor de infraestrutura, citando que o Programa de Sustentação de Investimento (PSI) resultou em aportes de R$ 200 bilhões.    
Dilma ressaltou ainda que seu governo será, ao final deste ano, aquele que mais investiu em infraestrutura, e garantiu que o país terá um momento de retomada com um novo ciclo de produtividade.    
Ao avaliar a condução da economia brasileira no seu governo, Dilma comparou o Brasil a outros países e disse que dentro do grupo dos 20 mais ricos, o G20, o país está no rol dos que mais crescem, assim como um dos únicos que fazem superávit primário. “Nenhum país se recuperou. Dizia-se que a recuperação era dos países desenvolvidos. É uma modesta, modestíssima recuperação”, avaliou a presidente. Dilma destacou que na cena internacional, as economias estão decrescendo ou desacelerando. “No mesmo período (de 2008 até hoje), o Brasil sempre esteve com taxa de crescimento acima da média internacional”, alegou.
Dilma negou que o combate à inflação esteja fora de controle. Ela minimizou o fato de o país já ter ultrapassado o teto da meta de inflação (hoje em 6,5%, segundo o IPCA) alegando que o estouro foi de 0,02 ponto percentual. Ao ser indagada sobre erros na condução econômica brasileira, Dilma afirmou que a crise está em curso porque “o mundo errou”.
“O mundo errou porque saiu completamente do controle a crise do sistema financeiro internacional. No Brasil, tentamos impedir que o tradicional efeito da crise, como a geração de desemprego, acontecesse. Minimizamos os efeitos da crise na economia brasileira”, afirmou.
Caso Santander
Dilma Rousseff considerou lamentável a carta do banco Santander aos clientes ricos, de que um eventual sucesso eleitoral da presidente iria piorar a economia do Brasil. "Lamento que o que aconteceu. É inadmissível. Um país não deve aceitar uma interferência de qualquer instituição financeira de qualquer nível", defendeu a presidente.
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Para ela, o pedido de desculpas foi "protocolar". Dilma afirmou que irá tomar medidas sobre a carta, mas não explicou o que será feito. "Sobre o Santander, eu acho inadmissível. Eu não sei o que farei, eu não vou especular", declarou. Dilma disse que deve conversar com o presidente da instituição. "Eu vou conversar primeiro, eu vou ter uma medida bastante séria. Eu sou presidente da República, eu tenho de ter uma atitude mais prudente", declarou. 
Com Portal Terra
Tags: crise, dilma, economia, ministros, sabatina

segunda-feira, 28 de julho de 2014

Botín: Informe sobre reeleição de Dilma

 é de analista

Mariana Sallowicz
 
Em meio à polêmica gerada após o Santander ter enviado neste mês aos clientes de mais alta renda de sua carteira um extrato no qual apontava risco de deterioração da economia brasileira em caso de reeleição da presidente Dilma Rousseff, o presidente mundial do Santander, Emilio Botín, afirmou neste domingo, 27, que o informe "não é do banco, mas de um analista". Segundo o presidente da instituição financeira, foram tomadas medidas internas sobre o episódio.
Botín acrescentou que o presidente da instituição no Brasil, Jesús Zabalza, já prestou esclarecimentos às autoridades e a presidente Dilma Rousseff. Após a declaração do presidente, o banco Santander informou que todas as pessoas responsáveis pela elaboração e aprovação do informe serão demitidas. Não foi informada a data de quando isso ocorrerá, uma vez que o caso ainda está em apuração.
"Para o banco Santander, o Brasil é um País importantíssimo", disse, acrescentando que a instituição financeira já investiu US$ 27 bilhões, montante referente ao valor desde quando está presente no Brasil, em 1982.
No dia 1º de julho, o banco enviou aos seus clientes do segmento Select, que ganham mais de R$ 10 mil por mês, o informe afirmando que se a presidente Dilma Roussef se estabilizar nas pesquisas de opinião para as eleições de outubro ou voltar a subir a Bolsa irá cair, os juros vão subir e o câmbio se desvalorizará.
O presidente do Santander participou de uma coletiva de imprensa no Rio, ao lado do presidente da Telefónica, Cesar Alierta, para o lançamento de uma plataforma de e-learning.
Nesta segunda-feira, 28, terá início o III Encontro Internacional de Reitores Universia 2014, promovido pelo Santander, no Riocentro, no Rio. A Presidência da República foi convidada. O vice-presidente Michel Temer participaria do evento, mas, segundo o Santander, informou que não irá mais do evento.
Espontaneamente, o presidente da Telefónica também se posicionou sobre o caso. Segundo ele, A Telefónica e o Santander são duas empresas que investiram no Brasil "quando ninguém queria apostar e renovaram os seus investimentos". "Estamos convencidos que o futuro do Brasil é espetacular"
Plataforma
Botín anunciou neste domingo o lançamento mundial da MiríadaX, plataforma de e-learning operada em conjunto entre o banco e a Telefónica que oferece ensino superior gratuito aberto a um público potencial de mais de 600 milhões de pessoas de língua espanhola e portuguesa.
Os inscritos na MiríadaX têm à disposição cursos online gratuitos. Atualmente, são somente cursos em espanhol, mas também serão disponibilizados em português. Não há restrições para participar da plataforma, sem horários fixos ou custos. Entre os cursos disponíveis estão de microeconomia, matemática básica, Excel avançado e estratégia avançada para empreendedores. O site da iniciativa é https://www.miriadax.net.



  •  
Itamar de Oliveira Silva, 27/07/2014 às 21:16
Esse banco é da elite e os donos estão enfurecidos com o banco do brasil e a caixa e engoliram eles e democratizaram o acesso ao crédito no brasil. Antes era manipulado pelos poderosos. Vão embora daqui gananciosos.


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domingo, 27 de julho de 2014

Dados do TSE: Candidatos com mais gastos em campanha terminaram à frente

Regra esteve presente nos últimos pleitos dos três maiores colégios eleitorais do Brasil: São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, em 2006 e em 2010
Flavia Ayer
Publicação: 27/07/2014 08:05 Atualização:

O peemedebista Sérgio Cabral gastou muito mais do que os principais rivais nas eleições de 2006 e de 2010 (Fábio Costa/JCom/D.A Press - 3/10/10)
O peemedebista Sérgio Cabral gastou muito mais
do que os principais rivais nas eleições de 2006
e de 2010

Dinheiro na campanha, vitória nas eleições. A regra esteve presente nos últimos pleitos dos três maiores colégios eleitorais do Brasil: São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Em 2006 e em 2010, segundo dados registrados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), os candidatos a governador vencedores nesses estados foram aqueles que mais gastaram nas campanhas. Enquanto o poder econômico dita os resultados, a legislação fica em segundo plano. A Lei nº 9.504/1997, que estabelece normas para as eleições, já determina que regra específica definida em cada pleito estabeleça o máximo de recursos que os concorrentes poderão investir.

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“Esse limite deveria ser definido pelo Congresso Nacional a cada eleição. Enquanto isso não ocorre, o poder econômico entra financiando as campanhas pesadamente”, afirma o coordenador de Controle de Contas Eleitorais e Partidárias do Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG), Júlio César Diniz Rocha. O mesmo artigo que dita a norma também prevê que, caso esse teto não seja escolhido até 10 de junho, caberá a cada partido fixar seu próprio limite de gastos, como ocorre atualmente.

A campanha de Gabeira (PV) investiu R$ 3 milhões em 2010, valor quase seis vezes menos do que o gasto de Cabral (Domingos Peixoto/Agência O Globo - 19/6/10)
A campanha de Gabeira (PV) investiu R$ 3 milhões em 2010, valor quase seis vezes menos do que o gasto de Cabral


Enquanto a regra não é posta em prática, altas cifras são aplicadas em campanhas. Nas últimas eleições a governador em Minas, Antonio Anastasia (PSDB) garantiu a reeleição com gastos de R$ 38 milhões, valor 35% maior em relação ao principal adversário, Hélio Costa (PMDB), que investiu R$ 28 milhões na campanha. Em São Paulo, o atual governador, Geraldo Alckimin (PSDB), desembolsou R$ 34 milhões. O gasto do principal concorrente, Aloizio Mercadante (PT), não chegou a 60% desse valor, num total de R$ 20 milhões.

sábado, 26 de julho de 2014

Governo de Aécio fez só 2 aeroportos novos em MG

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Dos 14 novos aeroportos previstos para Minas Gerais pelo programa ProAero, lançado no governo Aécio Neves (2003-2010), apenas dois saíram do papel: o Regional da Zona da Mata e o da cidade de Cláudio, onde a família do senador possui uma fazenda.
Nas cidades de Itabira, Sete Lagoas, Ouro Preto, Brumadinho, Lagoa da Prata, Barão de Cocais, Monte Santo de Minas, Mantena, Andrelândia, Chapada Gaúcha, Buenópolis e Volta Grande, as obras inicialmente idealizadas não foram executadas.
A construção do Aeroporto Regional da Zona da Mata teve início em 2005 e foi concluída em 2011. A companhia Azul opera voos comerciais no local para duas cidades.
A obra em Cláudio foi concluída em 2010, mas o empreendimento ainda não tem autorização da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) para operar com o público. Empresários da cidade dizem que a demanda por uso de aviões particulares é reduzida.
Desde o governo Aécio, 29 aeroportos receberam investimentos de Minas Gerais. Em 26 deles, o dinheiro foi aplicado em obras de ampliação e adequação. Um novo aeroporto em Itajubá entrou na lista no ano passado, mas as obras ainda não começaram.
A assessoria de imprensa do governo de Minas informou que em 2010 houve reformulação do ProAero, com "revisão de prioridades do setor".
"Os investimentos serão realizados de acordo com a disponibilidade financeira do Estado", disse a assessoria.
Sobre o documento inicial do ProAero, que previa outros 12 novos aeroportos, o governo disse que se tratava de uma "modelagem concebida em 2006 e que, portanto, era suscetível de atualização em razão de novas realidades".
Para o governo, não é correta a avaliação de que o aeroporto de Cláudio seja considerado "novo", já que havia antes uma pista de pouso de terra batida no local.
A pista mencionada foi construída em 1983, quando o avô de Aécio, Tancredo Neves, era governador de Minas e um tio-avô do senador, Múcio Tolentino, era prefeito de Cláudio. A nova pista de pouso, porém, não fica no mesmo lugar que a antiga pista.
De acordo com parecer da Secretaria de Meio Ambiente de 2009, a nova pista foi implantada "a montante (sul) da atual, sendo que dista aproximadamente 70 m a oeste, e a leste, intercepta a atual pista".
A assessoria de Aécio disse que cabe ao governo mineiro responder sobre o assunto.
FAMILIARES
No domingo, a Folha revelou que o aeroporto de Cláudio foi construído num terreno de seu tio-avô, Múcio Tolentino, desapropriado pelo Estado. Minas gastou quase R$ 14 milhões na obra.
A área foi desapropriada, mas o tio de Aécio contesta na Justiça o valor proposto para a indenização, que ainda não foi paga. Com a desapropriação, o governo obteve a posse do terreno, mas ele só poderá ser registrado em seu nome após o pagamento.
Há duas semanas, a prefeitura de Cláudio indicou à Folha familiares de Aécio como responsáveis pela administração do aeroporto e pela guarda das chaves do portão. No domingo (20), a prefeitura afirmou que as chaves ficam sob sua responsabilidade.
Colaborou LUCAS FERRAZ, de São Paulo

Editoria de arte/Folhapress

sexta-feira, 25 de julho de 2014

Paulo Nogueira: Desafeto de Aécio vaza informação sobre aeroporto

24/7/2014 15:04
Por Redação, com DCM - de Londres

Aécio e Serra
Desde a campanha eleitoral, no ano passado, o relacionamento entre Aécio e Serra se deteriorou
A construção de um aeroporto dentro de terras que pertenciam à família do ex-governador e hoje candidato tucano à Presidência da República, Aécio Neves, transformou-se no fato político da semana e levantou suspeitas quanto à autoria do vazamento de informações ao diário conservador paulistano Folha de S. Paulo, autor da denúncia no último domingo. Em artigo no seu blog, Diário do Centro do Mundo, o jornalista Paulo Nogueira destaca que “uma pergunta se alastrou pela internet depois que a Folha publicou a informação de que Aécio mandara construir – ou reformar, segundo ele – um aeroporto numa fazenda de um tio. (Ele afirma que a fazenda já não era do tio quando recebeu a obra)”.
“Quem vazou?”, pergunta Nogueira, para responder, a seguir, em seu artigo:
É um caso antigo, de alguns anos. Não é um fato novo, propriamente. Por que isso não apareceu antes?
A informação não foi fruto de um trabalho de investigação jornalística da Folha.
Alguém passou ao jornal a informação. É assim que as coisas funcionam. Ao contrário do que as mentes ingênuas e românticas acreditam, os maiores furos jornalísticos quase não envolvem repórteres, editores, subeditores, fotógrafos e quem mais for.
Tudo se resume na entrega, para o veículo certo, de um dossiê que comprometa alguém.
Carlinhos Cachoeira é um símbolo disso, com os escândalos que forneceu à Veja. Pode-se dizer que nenhum repórter da Veja, nos últimos anos, foi tão produtivo quanto Cachoeira.
Quem viu House of Cards conhece o mecanismo que leva alguns políticos ao topo, e muitos ao abismo.
Na série, furioso por não ter recebido o cargo prometido pelo novo presidente norte-americano, Francis Underwood vai passando informações comprometedoras sobre desafetos até chegar à Casa Branca.
Alguém entregou Aécio, isto é fato.
Mas quem?
Os internautas se agitaram em torno dessa pergunta.
O primeiro suspeito, nas especulações, é o suspeito de sempre: Serra. Em torno de Serra se construiu a lenda – ou a realidade, para muitos – de que ele é um mestre em produzir dossiês antiadversários.
Mas há pontas soltas nesta hipótese.
Se Serra tinha a informação, por que ele não a vazou quando disputava com Aécio a indicação do PSDB para as eleições presidenciais?
Alguns meses atrás, o aeroporto poderia ser fatal para as pretensões de Aécio de ser o candidato.
É de supor que, se Serra soubesse da história, se movimentaria na hora certa. É um homem inteligente.
Ou seria ele tão vingativo que, mesmo tendo acesso tardiamente a um dado letal para seu rival, optaria por vazá-lo mesmo sem outro proveito pessoal que não a desgraça alheia?
Muitos internautas apostam em Serra, com todas as ponderações que tornam seu nome fraco como suspeito.
A fama, a obra de Serra são maiores que a vulnerabilidade da hipótese de que foi ele o responsável pelo vazamento.
Pessoalmente, não acredito que tenha sido ele. A falta de um benefício claro para Serra do vazamento o inviabiliza, em meus esforços dedutivos, como suspeito.
Terá sido alguém do PT?
Não acredito. As relações entre o PT e as grandes empresas de mídia são muito ruins para que alguém do partido confiasse que um jornal como a Folha publicasse a denúncia.
Haveria o temor, imagino, de que a Folha não apenas rejeitasse o dossiê como o usasse contra o autor. E se Folha dissesse numa manchete que o PT tentara incriminar Aécio?
Toda a mídia cairia matando em cima do PT. Logo surgiria a velha pergunta: “Lula sabia?” O Jornal Nacional encontraria motivos para dar o assunto dias, semanas seguidas.
Haveria, em suma, a movimentação em massa que não existiu no caso do aeroporto. A mídia dá – esconde é um verbo melhor — o mínimo necessário para não passar vergonha.
Alguém viu uma matéria decente sobre a fazenda em si, por exemplo? Ou algum perfil sobre o tio de Aécio?
Se foi Serra – repito: acho que não foi – ele deve estar frustrado com a repercussão.
Seja quem for que tenha vazado, ele pôde comprovar uma máxima do jornalismo brasileiro destes tempos: denúncia só é boa quando é contra um petista.

quinta-feira, 24 de julho de 2014

Vaca mineira bate recorde mundial ao produzir 112 litros de leite em um dia

Uma vaca da raça girolando fez história durante um torneio de gado leiteiro em Uberaba, em Minas Gerais. O animal bateu o recorde mundial de produção de leite com quase 112 litros em um dia, quatro a mais do antigo recorde que já durava 30 anos. Reportagem exibida pelo SBT Brasil. Veja mais recordes. Tags: animais, jornalismo, notícias, tabloide, recorde mundial, tabloide - recordes

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quarta-feira, 23 de julho de 2014

Ibope: Dilma tem 38%; Aécio, 22%; e Campos, 8%





  • Montagem | Ag. A TARDE
    Candidatos tiveram pouca variação na última pesquisa
Pesquisa Ibope mostra estabilidade na disputa presidencial. A presidente Dilma Rousseff (PT) soma 38% das intenções de voto. Na pesquisa anterior, de 15 de junho, Dilma tinha 39%. O candidato do PSDB, Aécio Neves, tem 22% das intenções de voto, ante 21% do levantamento anterior. O candidato do PSB, Eduardo Campos, tem 8% das intenções de voto - eram 10% na pesquisa anterior. As oscilações estão todas dentro da margem de erro. Nas simulações de segundo turno, Dilma venceria tanto Aécio quanto Eduardo, por 8 pontos e por 12 pontos, respectivamente.
Completando a chapa do primeiro turno, o pastor Everaldo (PSC) é escolhido por 3% dos eleitores, mesmo patamar anterior. Luciana Genro (PSOL), José Maria (PSTU) e Eduardo Jorge (PV) têm 1% cada. Outros nanicos somam 1%. Brancos e nulos são 16% e indecisos, 9%. Na pesquisa de junho, brancos e nulos eram 13% e indecisos, 8%.
2º turno
No cenário de segundo turno contra o tucano, Dilma soma 41% das intenções de voto contra 33% de Aécio. Brancos e nulos são 18% e indecisos, 8%. Na pesquisa anterior, de meados de junho, Dilma tinha 43% e Aécio, 30%. No levantamento do início de junho, a petista tinha 42% contra 33% do tucano.
Quando Eduardo é o adversário, a presidente tem 41% das intenções de voto contra 29% do pessebista. Brancos e nulos somam 20% e indecisos, 10%. Na pesquisa imediatamente anterior, Dilma tinha 43% contra 27% de Campos. No levantamento do início de junho, a petista tinha 41% ante 30% de Campos.
Espontânea
Na pesquisa espontânea, Dilma Rousseff é citada por 26% dos eleitores. Aécio Neves é mencionado por 12% e Eduardo Campos, por 4%. Outros somam 2%, brancos e nulos, 17%, e 39% não sabem ou não responderam.
Rejeição
As taxas de rejeição a Dilma e Aécio oscilaram negativamente de junho para cá. No mês passado, 38% dos eleitores disseram que não votariam de jeito nenhum na presidente. Hoje são 36%. No mesmo período, a rejeição ao tucano variou de 18% para 16%.
A taxa de rejeição a Eduardo Campos caiu de 13% para 8%, e a do pastor Everaldo foi de 18% para 11%. Segundo o levantamento, 13% disseram que poderiam votar em todos os candidatos.
Favoritismo
A maioria absoluta dos eleitores acredita que Dilma vai se reeleger em outubro. Para 16%, Aécio Neves, é o favorito na disputa. Apenas 5% acreditam que o próximo presidente será Eduardo Campos. Quase um quarto dos eleitores (24%) não soube responder à questão.
 
Avaliação de governo
A avaliação do governo Dilma manteve-se rigorosamente estável desde antes da Copa, em junho. Segundo o Ibope, a taxa de bom e ótimo do governo se manteve em 31%, enquanto os que classificam o governo de ruim/péssimo seguem sendo 33%. A taxa de regular variou de 34% em junho para 36% agora.
A pesquisa também avaliou a aprovação do governo Dilma pelos eleitores: 44% aprovam a atual gestão, e 50% desaprovam. É exatamente o mesmo patamar da última pesquisa, de 15 de junho.
Desejo de mudança
Aumentou do desejo de mudança do eleitorado em relação à pesquisa anterior. No levantamento anterior, de maio, 65% diziam que gostariam de mudar tudo ou quase tudo no governo. Agora, os mudancistas são 70%. Eles se dividem em dois grupos: 29% gostariam que o próximo presidente mudasse totalmente o governo do País (eram 30% em maio), e outros 41% querem que o próximo governante mantenha alguns programas mas mude muita coisa - ante 35% na pesquisa anterior.
Segundo 18% dos eleitores, o próximo presidente deveria fazer poucas mudanças e manter muitas coisas - ante 21%. Para 10%, a próxima gestão deveria dar total continuidade ao atual governo. Os que queriam total continuidade eram 9% em maio.
Situação econômica
A maior parte dos eleitores classifica a atual situação econômica do Brasil como regular. É a opinião de 48%, segundo o Ibope. Partes equivalentes avaliam que a economia está boa ou ótima (24%), ou julgam que, ao contrário, a situação econômica está ruim ou péssima (25%).
O Ibope também perguntou aos eleitores sobre suas expectativas para a economia do País em 2015. A maior parte (41%) acredita que a situação estará no próximo ano igual a como está hoje. Outros 34% acreditam que estará melhor, e 18%, que ficará pior do que em 2014.
Metodologia
O levantamento do Ibope foi realizado entre os dias 18 e 21 de julho, por encomenda da Rede Globo e do jornal O Estado de S.Paulo. Foram feitas 2002 entrevistas em todas as regiões do Brasil. A margem de erro máxima é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, em um nível de confiança estimado de 95%. Ou seja, se fossem feitas 100 pesquisas idênticas a esta, 95 deveriam apresentar resultados dentro da margem de erro. A pesquisa foi registrada na Justiça eleitoral com o número BR-235/2014.

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terça-feira, 22 de julho de 2014

Interlocutores de Lula e Eduardo Campos conversam sobre apoio a Dilma


21/7/2014 12:37
Por Redação - de São Paulo



Eduardo Campos
Eduardo Campos tenta superar o papel de pêndulo na balança eleitoral
Embora pareça uma situação distante, o possível embate entre os candidatos do PT, Dilma Rousseff, e do PSDB, Aécio Campos, no segundo turno das eleições presidenciais – em um cenário pesquisado no último estudo do Instituto Datafolha junto à opinião dos eleitores – levou interlocutores da campanha petista a conversar com um dos coordenadores do comitê de Eduardo Campos, do PSB, neste final de semana, segundo apurou a reportagem do Correio do Brasil. Campos, que nunca perdeu o contato com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, está mais disposto a conversar.
Os 38% de intenções de voto para o ex-governador pernambucano, caso chegasse a disputar uma edição suplementar das eleições presidenciais, segundo um dos analistas do grupo de marketing do PT, credenciam Campos a ocupar um posto de destaque no provável segundo mandato da atual presidenta da República. Amigo pessoal do ex-presidente Lula, e do candidato tucano, senador Aécio Neves (MG), Campos tem tentado superar a condição de pêndulo na balança eleitoral, mas vê sua situação financeira ficar mais difícil, na medida em que seu desempenho nas pesquisas segue estagnado na casa dos 8% de votos possíveis.
Campos tem percebido a perda de interesse do empresariado e dos grandes grupos econômicos, ligados ao campo da direita – que ele busca acessar com o discurso de que sua campanha está longe dos objetivos outrora socialistas da legenda que o abriga – e percebe que os recursos para a reta final da corrida às urnas estão cada vez menores. O que é o pior, a captação dos últimos meses e as perspectivas de novos financiadores têm seguido na mesma direção.
À Justiça Eleitoral, Campos previu um gasto de até R$ 150 milhões no financiamento da campanha, recurso que esperava captar com mais facilidade junto aos empresários que, cada vez mais, demonstram um profundo aborrecimento com a política econômica da presidenta Dilma Rousseff. Ele esperava se beneficiar com o apoio de quem acredita que o crescimento pífio do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano será o melhor combustível contra sua provável reeleição.
As tendências eleitorais, no entanto, mostram que a direita tende a se concentrar no tucano Aécio Neves, o que deixa a campanha de Campos na posição de coadjuvante em qualquer dos lados para o qual pender, se chegar em terceiro no pódio eleitoral. O tom da conversa de Campos com a equipe de Dilma, segundo observador independente da cena política, tem sido de cautela, pois há ainda o fator Marina Silva, que divide com o PSB a preferência de um eleitorado que, mesmo afastado de Dilma, não fecha com Aécio Neves em um primeiro plano. A ex-senadora e ex-ministra do Meio Ambiente na gestão do presidente Lula ingressou na campanha de Campos em outubro do ano passado e o levou à presença de fazendeiros, banqueiros e investidores, como uma promessa na oposição a Dilma.
Campos, no entanto, tem visto a situação mudar rapidamente nas últimas semanas, quando parte de seus prováveis patrocinadores passaram a ver que Dilma é favorita indiscutível para estas eleições, como demonstram os números das pesquisas eleitorais. Diante dos fatos, os grandes empresários tendem a dividir suas doações entre ela e seu adversário direto, Aécio Neves.
– A campanha está começando agora e há muito para acontecer. O custo da campanha é elevado, mas não é nossa ambição atingir o teto de arrecadação de R$ 150 milhões. É difícil competir com partidos mais estruturados – confessou o economista Henrique Costa, tesoureiro da campanha de Eduardo Campos, ao diário conservador paulistano Folha de S. Paulo, em sua última edição.
A mesma dose de certeza que mobiliza o empresariado para contribuir com a campanha de Dilma Rousseff tem sido suficiente para adoçar a conversa com Eduardo Campos. Desde o lançamento da campanha do pernambucano, Lula tem evitado críticas mais contundentes ao ex-aliado, na esperança de tê-lo de volta caso seja necessário o apoio dele em um segundo turno. A recíproca também é verdadeira para Campos, que rasga elogios a Lula na mesma proporção em que critica a adversária petista.

segunda-feira, 21 de julho de 2014

Conferência da AIDS acontece sob a sombra da queda do avião da Malaysia Airlines

20/7/2014 11:53
Por Redação, com DW - de Melbourne, Austrália

Mais de cem pesquisadores e ativistas morreram na queda do avião da Malaysia Airlines, provavelmente abatido na Ucrânia
Mais de cem pesquisadores e ativistas morreram na queda do avião da Malaysia Airlines, provavelmente abatido na Ucrânia
Proeminentes especialistas em AIDS, cientistas e seus assistentes estavam a bordo do voo MH17 a caminho da 20ª Conferência Internacional sobre a AIDS que acontece em Melbourne, na Austrália. A notícia da queda do avião chocou a todos, principalmente os participantes do evento.
Apesar disso, a conferência foi mantida e, até 25 de julho, será debatido, tanto quanto possível, o lema: “Passos rumo a um mundo sem AIDS”. O evento começou neste domingo com um minuto de silêncio em memória das vítimas.
A bordo do voo MH17 estavam especialistas da Organização Mundial da Saúde (OMS), do AIDS Fonds, da organização Stop AIDS Now, do Instituto de Saúde e Desenvolvimento Global de Amsterdã, além de pesquisadores holandeses, informou a Sociedade Internacional da AIDS (IAS, na sigla em inglês).
Segundo a IAS, o logotipo do evento, quatro pés estilizados por fitas, representa uma maior compreensão científica, médica e social e que pessoas de diferentes idades e sexos são afetadas pela AIDS, mas que todos vão pelo mesmo caminho.
Prevenção abrangente
Pessoas com HIV/AIDS não devem ser discriminadas ou estigmatizadas. Essa exigência é um ponto central da atual conferência. Cerca de 12 mil participantes irão discutir e trocar ideias sobre a situação e o desenvolvimento de pesquisas na área. Enquanto a doença ainda continua sem cura, a profilaxia ocupa cada vez mais o centro das atenções.
A conferência irá tratar de medicamentos que impedem a propagação do vírus no organismo. Na agenda do evento está a chamada profilaxia pré-exposição, afirmou o especialista Norbert Brockmeyer. Segundo ele, com essa medida, uma boa parte das infecções pode ser evitada.
- A forma como nós, seres humanos, podemos nos proteger do HIV ganhará mais importância. Isso inclui também o cuidado com as crianças. Como elas podem ser protegidas, especialmente nos países em desenvolvimento? Como podemos oferecer às mães melhores cuidados? Trata-se de questionamentos medicinais, mas também sociais, que serão discutidos e para os quais os cientistas têm de encontrar respostas  declarou Brockmeyer.
Sucessos e fracassos
Poucos dias antes do início da conferência, a ONU divulgou novos números sobre a doença. No ano passado, houve cerca de 2,1 milhões de novas infecções pelo vírus HIV. O número de pessoas que morreram de AIDS diminuiu mundialmente em 200 mil, caindo para 1,5 milhão.
Políticos e governos nacionais têm grande importância na discussão em torno do HIV e da AIDS. Principalmente, quando se trata das diretrizes sobre como lidar com os grupos de risco, que foram publicadas pela OMS, em meados de julho. Os principais pontos são a discriminação e o estigma de homossexuais, transexuais, prostitutas e viciados em drogas.
Em alguns países, tais pessoas são discriminadas até mesmo em nome da lei. Brockmeyer disse estar convencido de que, assim, o vírus tem uma chance muito maior de se propagar.
Declaração de Melbourne
“Ninguém deixado para trás” é o título da chamada Declaração de Melbourne, que já havia sido concebida antes do evento e deverá ser aprovada no final da conferência. Um fim à discriminação e ao estigma também é um requisito fundamental. Os autores exigem que todos os governos estabeleçam legalmente a igualdade de tratamento para os grupos de risco e que garantam a todos o mesmo direito de prevenção, terapia e esclarecimento.
- Quanto mais pessoas se informarem sobre o HIV/AIDS e quanto melhor forem as campanhas de esclarecimento, mais elas se protegem. E quanto maior a frequência da aplicação de medicamentos antirretrovirais, menos pessoas serão infectadas pelo vírus – opinou Brockmeyer.
Muitas organizações em todo o mundo se juntaram à Declaração de Melbourne, entre elas, o Fundo Global de Luta contra AIDS, Tuberculose e Malária, as organizações francesas Sidaction e Aides, como também a rede AIDS Action Europe.
Ainda deve demorar para que sejam desenvolvidos uma vacina ou um remédio eficaz para a cura da aids. Mas Brockmeyer disse estar convencido de que “estamos no caminho certo.”
O especialista afirmou ainda estar seguro de que a queda desastrosa do avião e a morte de tantos colegas fará com que os pesquisadores se esforcem de forma ainda mais intensa, de acordo com o espírito das vítimas.