sábado, 30 de agosto de 2014



Zé Dirceu sobre Marina Silva: “Ela é o Lula de saias”

Fernando Rodrigues
CEx-ministro cumpre pena em regime semiaberto em Brasília

Petista vê quadro sucessório decidido com Marina vencedora
Marina, Lula e Dirceu durante lançamento de plano contra o desmatamento da Amazônia, no Palácio do Planalto, em 15.mar.2014. Foto: Jamil Bittar/Reuters
Marina, Lula e Dirceu no Palácio do Planalto
durante lançamento de plano contra o 
desmatamento da Amazônia, em 15.mar
2004. Foto: Jamil Bittar/Reuters
O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, que cumpre pena em regime semiaberto em Brasília, tem feito análises sobre o quadro eleitoral para os seus poucos interlocutores. Sua frase mais recorrente é esta: “Marina é o Lula de saias”.
Zé Dirceu diz enxergar o cenário muito consolidado, com Dilma e Marina no segundo turno. Depois, vê uma vitória certa para a candidata do PSB, que teria a força semelhante à de Lula em 2002, quando a origem humilde do petista se juntou ao desejo de mudança da maioria dos eleitores. Daí a expressão “Lula de saias”.
Para Zé Dirceu, a culpa pela iminente derrota do PT é quase exclusivamente de Dilma. A presidente teria tomado decisões erradas ao não construir pontes com a sociedade ao longo dos últimos anos. Também não teria chamado o ex-presidente Lula para ajudá-la, sobretudo agora. Por essa razão, Dilma apenas estaria colhendo o que plantou.
Não é segredo que Zé Dirceu nutre uma mágoa imensa pela forma como Dilma o tratou nos últimos anos, com um distanciamento duro e protocolar. Não está comemorando o fracasso da presidente porque não desejava o PT fora do poder central. Mas tampouco está triste por antever a derrota dilmista em outubro.
Marina e Dirceu no Palácio do Planalto em apresentação de plano de combate ao desmatamento em 7.abr.2004. Foto: Sérgio Lima/Folhapress
Marina e Dirceu no Palácio do Planalto em apresentação de plano de combate ao desmatamento, em 7.abr.2004. Foto: Sérgio Lima/Folhapress
P.S.: apesar de insistentes negativas por parte de amigos de José Dirceu a respeito deste post, o Blog mantém todas as informações aqui relatadas. Há outras, de caráter mais pessoal, que não serão publicadas.
O blog está no Twitter e no Facebook.

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Clima ameno e foco em Marina marcam primeiro debate na TV

A candidata Marina Silva (PSB), favorita a vencer em um eventual segundo turno de acordo com a pesquisa divulgada nesta terça-feira pelo Ibope, propôs hoje no primeiro debate televisivo eleitoral um governo multisetorial e aberto "aos melhores" de todos partidos.
Para ela, que assumiu a cabeça de chapa do PSB após a morte de Eduardo Campos, a questão é envolver as pessoas. "Quero governar unindo o Brasil, com pessoas do bem de todos os setores, governar com pessoas honestas e competentes", declarou no primeiro debate entre os candidatos à presidência, transmitido pela "Band".
O debate contou com a presença da presidente Dilma Roussef (PT), candidata à reeleição, e de Aécio Neves (PSDB), em terceiro lugar nas pesquisas, além de Luciana Genro (PSOL), Levi Fidelix (PR), Eduardo Jorge (PV) e Pastor Everaldo (PSC).
E foi no tema da polarização política que Marina, em segundo lugar nas pesquisas, se aferrou.
A ambientalista voltou a ser atacada no tema da agroindústria, setor com o qual traçou diferenças em sua carreira política.
"Minha posição é que a agroindústria é importante para a balança comercial, mas é preciso atuar com responsabilidade social", argumentou.
Marina focou em Dilma no momento das perguntas diretas, e questionou os avanços em segurança pública e educação.
Já Dilma centrou suas baterias em Aécio Neves, utilizando reiteradamente dados dos programas sociais de sua gestão e da de seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva, como o "Bolsa Família", "Luz para todos", "Mais médicos" e "Minha casa, minha vida".
A presidente, que aparece em primeiro lugar nas pesquisas, apresentou também os avanços das medidas implementadas depois da onda de protestos desencadeada em junho de 2013 por diferentes reivindicações sociais, como os "cinco pactos", entre os quais destacou mais recursos para a educação, vindos do pré-sal.
Mas admitiu que a reforma política proposta dentro desses cinco pactos parou no Congresso e sugeriu um plebiscito para a população "porque é um assunto central para acabar com a corrupção e a sonegação".
O enfrentamento à crise econômica internacional, "sem reduzir salários nem aumentar impostos", foi outro dos pontos destacados por Dilma, que também se referiu à política externa do país com ênfase no fortalecimento das relações com a África e a América Latina principalmente.
Já Aécio, por sua vez, buscou ressaltar a diferença entre os projetos políticos de seu partido, PSDB, e os do PT.
E se colocou a favor de uma "política econômica" que enfrente a "inflação e o baixo crescimento" dos últimos anos.
O ex-governador de Minas foi enfático ao afirmar que caso seja eleito presidente abortará o projeto do trem bala entre São Paulo e Rio de Janeiro.
"Com um orçamento desses, poderemos melhorar a mobilidade em pelo menos dez de nossas grandes cidades", justificou.
Segundo uma pesquisa divulgada hoje pelo Ibope, Dilma venceria o primeiro turno, em 5 de outubro, com 34%, seguida por Marina, que com 29% relegaria Aécio Neves ao terceiro lugar, com 19%.
Esses resultados forçariam um segundo turno, previsto para 26 de outubro, no qual Marina, com 45% venceria Dilma, que obteria 36%.
Também participaram outros quatro candidatos, cujas intenções de voto não chegam aos 2%: Luciana Genro, Eduardo Jorge, Levy Fidelix e Pastor Everaldo.
EFE EFE - Agencia EFE - Todos os direitos reservados. Está proibido todo tipo de reprodução sem autorização escrita da Agencia EFE S/A.

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Marina corre risco de ter candidatura cassada por uso de caixa 2

24/8/2014 15:11
Por Redação - de São Paulo

Avião usado por Eduardo Campos não tem proprietário definido
Avião usado por Eduardo Campos não tem proprietário definido

A Polícia Federal iniciou, neste domingo, uma detalhada investigação sobre possível uso de caixa 2 na campanha do PSB e de sua candidata à Presidência da República, Marina Silva, para o pagamento das despesas de campanha, entre elas, o aluguel do avião que, na queda, matou o ex-governador pernambucano Eduardo Campos. A campanha de Marina precisará explicar a quem pertencia o avião usado por Campos; além da origem dos recursos para as despesas com a aeronave.
A Polícia Federal já investiga a hipótese de que o jatinho teria sido comprado com dinheiro de caixa 2 da campanhas pelo PSB ou pelo próprio Eduardo Campos, através de laranjas. Agora, o PSB terá que indicar, rapidamente, na prestação de contas quem doou a aeronave à sua campanha presidencial.
O grupo AF Andrade, em nome do qual está a propriedade do avião, pertence a um usineiro falido, do interior paulista. Ele alega que a aeronave foi vendida a amigos de Eduardo Campos. O ex-piloto diz que toda a transação foi intermediada por Aldo Guedes, braço direito do ex-governador, que é casado com uma de suas primas e sócio em uma fazenda, além de ter sido nomeado para a presidência da empresa de gás – em Pernambuco, Guedes é também tido como tesoureiro informal do PSB.
Amigos de Campos não possuem patrimônio declarado para comprar uma aeronave avaliada em R$ 18,5 milhões, o que leva a principal suspeita da PF ao uso de caixa dois da campanha. Até agora, ninguém declarou-se proprietário da aeronave ou se responsabilizou pelos danos materiais em Santos e pela reparação que terá de ser paga aos familiares das vítimas.
Investigadores da PF acreditam que ninguém aparecerá para reclamar a propriedade da aeronave acidentada, o que inviabilizaria a prestação de contas do PSB e poderia levar à cassação da candidatura de Marina Silva. Ricardo Tepedino, advogado do grupo AF Andrade, assegura que a aeronave foi repassada aos amigos de Eduardo Campos, que, por sua vez, negam a operação.
– A doação precisa constar de um contrato, com a emissão de recibo eleitoral pela campanha. O contrato deve ser anterior à doação. Se os gastos com o avião não forem declarados, isso pode configurar omissão de despesas e o candidato pode responder a uma ação por abuso de poder econômico – disse Kátia Kufa, presidente do Instituto Paulista de Direito Eleitoral, a jornalistas do diário conservador paulistano Folha de S. Paulo, que publicou matéria sobre o assunto em sua última edição, deste domingo.
A maior dificuldade do PSB, no momento, é convencer algum empresário ou amigo de Campos a assinar um contrato, que lhe imporia a obrigação de arcar com o custo do acidente.

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sábado, 23 de agosto de 2014


Bonner e Poeta interromperam Dilma 8 vezes e usaram 1/3 do tempo de Aécio

Luisa Romano e Vinícius Segalla
Do UOL, em São Paulo


A presidente da República que pleiteia a reeleição, Dilma Rousseff (PT), foi a candidata que mais tempo falou na série de entrevistas com  presidenciáveis feita pelo Jornal Nacional, da Rede Globo de Televisão, conforme mostra levantamento feito pelo UOL.
Dilma foi também a concorrente que mais vezes - e por mais tempo - foi interrompida por seus entrevistadores, Willian Bonner e Patrícia Poeta. Já o candidato Aécio Neves (PSDB) foi o que contou com o menor tempo para responder aos questionamentos, embora tenha sido aquele que por menos vezes foi interrompido.
A série de entrevistas do "JN" deu origem a uma polêmica que tomou conta das redes sociais na internet. Os âncoras não pouparam os presidenciáveis de perguntas "incômodas e desconfortáveis", como definiu o próprio jornalista. Mas, para simpatizantes de cada candidato, o tratamento dado aos presidenciáveis não foi equânime.
Assim, Bonner e Poeta passaram a ser acusados de interromper ou "apertar" mais este ou aquele candidato, favorecendo as candidaturas adversárias.
O âncora não deixou as críticas sem resposta, e também por meio das redes sociais criticou o comportamento e as opiniões dos internautas. Ele afirmou ter sido isento no tratamento dos candidatos e disse que falta respeito "aos que usam o espaço de comentários de uma foto (em uma rede social na internet) para insultar, agredir, praguejar contra o conteúdo eminentemente jornalístico de uma entrevista". 
A reportagem do UOL, então, mediu o tempo que cada candidato teve para dar suas respostas, quantas vezes foi interrompido pelos apresentadores e quanto tempo de sua entrevista teve consumido pelas perguntas dos apresentadores do telejornal. 


Por quanto tempo falaram os presidenciáveis no "JN"
  • Divulgação
    Dilma Rousseff (PT)
    10 minutos e 53 segundos
  • Divulgação
    Aécio Neves (PSDB)
    9 minutos e 18 segundos
  • Folhapress
    Eduardo Campos (PSB)
    10 minutos e 22 segundos
  • Divulgação
    Pastor Everaldo (PSC)
    10 minutos e 36 segundos
Fonte: Levantamento/reportagem do UOL
Para efeito do cálculo, o UOL considerou como interrupção as vezes em que os entrevistadores passaram a falar enquanto o candidato ainda respondia a uma pergunta, fazendo com que ele interrompesse sua fala para ouvir os jornalistas da Globo.
Não entraram na conta as vezes em que os candidatos continuaram falando, e os jornalistas desistiram de concluir suas intervenções.
Além da presidente e do candidato tucano, o Jornal Nacional entrevistou Pastor Everaldo (PSC) e Eduardo Campos (PSB), um dia antes de sua morte em um acidente de avião. A nova presidenciável do PSB, Marina Silva, será entrevistada pelo telejornal na próxima quarta-feira (27).
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Campanha presidencial 2014 127 fotos

109 / 127
18.ago.2014 - A presidente Dilma Rousseff participou da entrevista ao "Jornal Nacional". Durante a entrevista, a candidata à reeleição pelo PT, disse que não iria comentar a condenação de petistas como mensaleiros, ou o tratamento dado a eles por seus companheiros de partido. "Eu respeito a decisão do STF. Isso não é uma questão subjetiva", disse Leia mais Divulgação
A duração das entrevistas deveria ter sido a mesma para todos: 15 minutos.
Dilma Rousseff, porém, recebeu um tempo excedente de 50 segundos para suas considerações finais. Do tempo total da entrevista, a presidente falou por 10 minutos e 53 segundos.
Já os entrevistadores levaram 3 minutos e 19 segundos para formularem suas perguntas. Além disso, Bonner e Poeta interromperam as respostas da presidente em oito oportunidades, consumindo mais um minuto e 27 segundos com essas interrupções.
Se, por um lado, a presidente-candidata à reeleição foi a entrevistada com o maior número de interrupções, foi também aquela que mais tempo levou em uma única resposta: dois minutos e três segundos. Foi a única resposta que ultrapassou os 120 segundos.
Já o candidato do PSDB, Aécio Neves, falou por nove minutos e 18 segundos, considerando o tempo gasto com as respostas e com as considerações finais.
Ele foi interrompido por seus entrevistadores em duas oportunidades, quando os jornalistas consumiram 11 segundos do tempo de entrevista. Já as perguntas de Bonner e Poeta para o tucano levaram 4 minutos e 26 segundos.
O então candidato Eduardo Campos, por sua vez, levou dez minutos e 22 segundos para formular suas respostas e considerações finais, enquanto os jornalistas consumiram três minutos e 31 segundos com suas perguntas. O pessebista foi interrompido por seis vezes, o que consumiu, ao todo, 52 segundos. 
Finalmente, Pastor Everaldo falou por dez minutos e 36 segundos, enquanto os jornalistas perguntaram por 3 minutos e 38 segundos. As oito interrupções de Bonner e Poeta levaram um minuto e 18 segundos. 
O UOL procurou a Rede Globo para comentar as críticas externadas nas redes sociais e também as respostas dadas por William Bonner, mas não recebeu resposta até a publicação desta reportagem. 

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quarta-feira, 20 de agosto de 2014

PSB escolhe líder na Câmara para vice

Gustavo Pinchiaro
Do Diário do Grande ABC

O deputado federal Beto Albuquerque (PSB), do Rio Grande do Sul, foi escolhido ontem como candidato a vice-presidente da República na chapa do PSB, que será assumida pela ex-senadora Marina Silva. A nova composição será anunciada hoje, pela executiva nacional da legenda, depois da morte de Eduardo Campos, ex-governador de Pernambuco e então presidenciável do partido.
Albuquerque assumirá a posição após Renata Campos, viúva de Eduardo, declinar do convite em dividir o projeto presidencial com Marina Silva. A possibilidade de Renata Campos ser vice foi confirmada pelo novo presidente nacional do PSB, Roberto Amaral.
O deputado é líder da sigla na Câmara Federal. Ele é considerado nome para unificar o PSB em torno da candidatura de Marina, que, antes mesmo de aceitar ser vice de Eduardo Campos, anunciara que iria deixar a legenda após efetivação da Rede Sustentabilidade. Esse cenário fez com que socialistas históricos rejeitassem ingressar integralmente à campanha da ex-senadora pelo PT do Acre.
Beto Albuquerque foi líder do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Câmara e, no auge da crise do Mensalão, disse que o escândalo de corrupção não existia. Apesar disso, passou a ser um dos mais críticos à administração petista, principalmente após Dilma Rousseff (PT) assumir a principal cadeira do Palácio do Planalto.
Ele concorria a uma cadeira de senador pelo Rio Grande do Sul em coligação estadual com o PMDB. O socialista tem 51 anos, está filiado ao PSB desde 1986 e está em seu quarto mandato como deputado federal após duas passagens pela Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul. (com Agências)
Missa de sétimo dia da morte de presidenciável fica vazia em S.Paulo
A Catedral da Sé, no Centro da Capital, celebrou na tarde de ontem missa de sétimo dia da morte do presidenciável do PSB, Eduardo Campos, e de seis pessoas que foram vítimas de acidente aéreo em Santos. A celebração, entretanto, não contou com presença de nomes socialistas, que estiveram reunidos em Brasília para acertar o vice na chapa do partido que será encabeçada pela ex-senadora Marina Silva (PSB).
Nem mesmo a organizadora do ato, a deputada federal Keiko Ota (PSB), esteve no ato. Ela foi representada pelo marido, o vereador de São Paulo Masataka Ota (Pros). Gilberto Natalini (PV) foi o único candidato ao governo do Estado presente à solenidade. Missas foram feitas no Rio de Janeiro e em Brasília.
Poucos populares compareceram à cerimônia. Os lugares da catedral, que tem capacidade para 8.000 pessoas, foram ocupados apenas nas primeiras fileiras de frente ao altar, em sua maioria, por aliados da família Ota, que vestiam camisetas com a foto de Ives Ota, assassinado em 1997. 


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terça-feira, 19 de agosto de 2014

Propaganda eleitoral no rádio e na TV começa hoje

  • 19/08/2014 06h22
  • Brasília
André Richter - Repórter da Agência Brasil Edição: Graça Adjuto


A propaganda eleitoral partidária no rádio e na televisão começa hoje (19) e vai até 2 de outubro, três dias antes da votação do primeiro turno, dia 5 de outubro. O espaço foi criado pela Lei Eleitoral para que os candidatos aos cargos de deputado estadual, deputado federal, senador, governador e presidente da República possam mostrar suas propostas ao eleitor.
A ordem de exibição dos programas e o tempo dos 11 candidatos à Presidência da República foram definidos pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). De acordo com O sorteio, o primeiro programa será da coligação Unidos pelo Brasil, do candidato falecido Eduardo Campos (PSB), seguido por Mauro Iasi (PCB), Zé Maria (PSTU), Aécio Neves (PSDB), Dilma Rousseff (PT), Levy Fidelix (PRTB), Eymael (PSDC), Rui Costa Pimenta (PCO), Pastor Everaldo (PSC), Eduardo Jorge (PV) e Luciana Genro (PSOL).
Nos programas seguintes, a ordem seguirá o critério de rodízio. Caso a disputa vá para o segundo turno, o bloco de 20 minutos será dividido de forma igualitária entre as coligações. A ordem para os demais cargos foi feita pelos tribunais regionais eleitorais.
O tempo do programa de cada coligação foi definido com base na representação dos partidos na Câmara dos Deputados. De acordo com a resolução do TSE que trata do assunto, a coligação Com A Força do Povo, da candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT), terá 11 minutos e 24 segundos. A coligação Muda Brasil, do candidato Aécio Neves (PSDB), ficou com quatro minutos e 35 segundos. Eduardo Campos (PSB), da Coligação Unidos pelo Brasil, terá dois minutos e três segundos.
O  tempo restante do horário eleitoral no rádio e na TV ficou dividido entre o PSC, do Pastor Everaldo (um minuto e dez segundos), PV, de  Eduardo Jorge (um minuto e quatro segundos), PSOL, da candidata Luciana Genro (51 segundos), e o PRTB, de Levy Fidelix, que terá 47 segundos. Os candidatos Eymael, do PSDC, Zé Maria (PSTU), Mauro Iasi (PCB) e Rui Costa Pimenta (PCO) terão 45 segundos para expor suas ideias.
Os dias e os horários da propaganda eleitoral foram definidos pela Lei das Eleições (Lei 9.504/97).
Terças, quintas-feiras e sábados:
Presidente da República: no rádio - 7h às 7h25 e das 12h às 12h25; na televisão - 13h às 13h25 e das 20h30 às 20h55
Deputado federal: no rádio: 7h25 às 7h50 e das 12h25 às 12h50; na televisão - das 13h25 às 13h50 e das 20h55 às 21h20

Segundas, quartas e sextas-feiras:
Governador: no rádio: das 7h às 7h20 e das 12h às 12h20, e na televisão das 13h às 13h20 e das 20h30 às 20h50
Deputado estadual e deputado distrital: no rádio:  7h20 às 7h40 e das 12h20 às 12h40: na televisão: 13h20 às 13h40 e das 20h50 às 21h10 Senador: no rádio: 7h40 às 7h50 e das 12h40 às 12h50; televisão: 13h40 às 13h50 e das 21h10 às 21h20

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Com 21% no 1º turno, Marina empataria com Dilma no 2º


Ouvir o texto

Marina Silva (PSB) entra na disputa pela Presidência com 21% das intenções de voto. Segundo o Datafolha, ela larga em segundo lugar na corrida presidencial, um ponto à frente de Aécio Neves (PSDB) –o que os coloca em situação de empate técnico– e 15 pontos atrás de Dilma Rousseff, candidata à reeleição pelo PT.
Inicialmente inscrita como vice na chapa de Eduardo Campos, o presidenciável do PSB morto no último dia 13, a ex-ministra tem um desempenho que afasta a chance de a eleição ser resolvida no primeiro turno.
Já na simulação de segundo turno, Marina, que deve ser oficializada candidata na quarta-feira (20), fica numericamente à frente de Dilma, com 47% das intenções de voto contra 43% da presidente.
É uma situação de empate técnico nos limites máximos da margem de erro, que é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Contra Aécio, Dilma venceria o segundo turno por 47% a 39%. Nesse caso, os oito pontos de diferença representam uma ampliação da vantagem da petista. Em meados de julho, o cenário era de 44% a 40% (empate técnico).
A hipótese de conclusão da eleição no primeiro turno é afastada porque Marina surgiu com quase o triplo das intenções de voto em Campos (8%), porém sem provocar alteração nas taxas dos rivais mais competitivos.
Com Campos no páreo, Dilma também tinha 36%. Aécio alcançava os mesmos 20%.
Na comparação direta entre o cenário atual, com Marina, e o cenário anterior, com Campos, caíram de forma notável os percentuais de eleitores sem candidato.
Intenções de voto nulo ou em branco eram 13%. Com Marina candidata, essa taxa recuou para 8%. Indecisos eram 14% e agora são 9%.
Vários analistas apresentaram Marina como possível herdeira de um grupo crescente de eleitores descontentes com o sistema político. Nos protestos de junho de 2013, um sentimento de rejeição aos partidos ficou explícito.
Os dados da atual pesquisa combinam com esse tipo de interpretação. Muitos que pensavam em fazer um voto de protesto (anular), ou estavam com dificuldade para escolher, vão de Marina se essa opção estiver ao alcance.
Outra informação que reforça essa tese aparece na simulação de primeiro turno da atual pesquisa sem o nome de Marina no cartão de resposta –situação que seria possível caso o PSB deixasse de lançar a ex-ministra de Lula e abrisse mão da candidatura própria.
Nesse cenário, Dilma venceria a eleição já no primeiro turno com 41% (oito pontos a mais que a soma de seus rivais). Mas o percentual de eleitores sem candidato continuaria alto: 13% de brancos e nulos, 12% de indecisos.
Um conjunto de dados da atual rodada do Datafolha sugere que a entrada de Marina na disputa ocorre num momento de recuperação de Dilma. Além da ampliação de sua vantagem sobre Aécio no teste de segundo turno, a avaliação do governo melhorou, sua taxa de rejeição oscilou para baixo (35% para 34%), e as intenções de voto espontâneas com seu nome oscilaram para cima (22% para 24%).
O Datafolha ouviu 2.843 eleitores em 176 municípios nos dias 14 e 15 de agosto.


Editoria de Arte/Folhapress


domingo, 17 de agosto de 2014

Aos gritos de "justiça" e "Marina", cortejo de Campos chega para velório

Carlos Madeiro
Do UOL, no Recife

Velório de Eduardo Campos30 fotos

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17.ago.2014 - A ex-senadora Marina Silva e a família de Eduardo Campos velam o corpo do ex-governador de Pernambuco, no Palácio do Campo das Princesas, sede do governo do Estado. Campos morreu, juntamente com outras seis pessoas, em um acidente de avião na última quarta-feira (13) em Santos, litoral de São Paulo Beto Macário/UOL
O cortejo com os caixões com os corpos de Eduardo Campos (PSB), do assessor Carlos Augusto Leal Filho, do fotógrafo Alexandre Severo Gomes e do cinegrafista Marcelo Lyra chegou ao Palácio do Campo das Princesas, no Recife, às 2h10 deste domingo (18), onde é velado. O avião da FAB (Força Aérea Brasileira) chegou ao Recife às 23h15 deste sábado (16).
Várias autoridades, amigos e líderes de partidos aguardavam a chegada dos corpos, que também foram recepcionados por cerca de 2.000 pessoas que esperavam desde o início da noite do sábado para se despedir do ex-governador. Na chegada, o caminhão do Corpo de Bombeiros foi recepcionado com gritos de "justiça" e "Eduardo, guerreiro do povo brasileiro". Ao descer do carro onde estava, Marina Silva também foi recebida com gritos de seu nome. O caixão de Campos estava coberto por bandeiras de Pernambuco e do Brasil. O hino nacional também foi cantado.
Em cima do carro dos Bombeiros vieram os três filhos mais velhos de Campos, João, Pedro e Maria Eduarda. A viúva Renata Campos estava em um carro atrás com o bebê Miguel, de sete meses, e José, 10. O cortejo percorreu 22 km, passando por bairros da periferia, antes de chegar ao local do velório.
Entre os presidenciáveis, apenas o candidato do PV, Eduardo Jorge, estava presente. "Eu vim aqui em nome do meu partido trazer a solidariedade porque sabemos da importância de Eduardo para o povo de Pernambuco e do Nordeste. Não gostaria de fazer análise política neste momento, em respeito a dor dos familiares", comentou.
Neste domingo, os candidatos Aécio Neves (PSDB) e a presidente Dilma Rousseff (PT) devem comparecer ao velório. O ex-presidente Lula e 12 governadores também confirmaram presença.
Às 10h, está prevista uma missa campal na Praça da República, que será celebrada pelo arcebispo de Recife e Olinda, Dom Fernando Saburido, e outros 10 bispos do interior pernambucano. Às 16h, os caixões devem deixar o palácio em novo cortejo para o cemitério Santo Amaro, que fica a 2km do local do velório. O enterro está marcado para as 17h.

Acidente em Santos matou sete

Sete pessoas, incluindo campos, morreram na última quarta-feira (13) em um acidente de avião em Santos, litoral de São Paulo. Seus corpos haviam deixado o IML (Instituto Médico Legal) de São Paulo, a zona oeste da capital, durante a tarde.
O corpo do cinegrafista Marcelo Lyra chegou a Recife junto com o de Campos e foi levado para o cemitério Morada da Paz, onde terá o velório realizado.
O corpo do assessor Pedro Valadares Neto foi transportado para Aracaju (SE), o do piloto Geraldo da Cunha, para Governador Valadares (MG), e o do do piloto Marcos Martins, para Maringá (PR).
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Brasileiros prestam homenagem a Eduardo Campos49 fotos

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14.ago.2014 - A empregada doméstica Maria Cristina de Moura, 44, homenageia Eduardo Campos em frente ao Palácio do Campo das Princesas, sede do governo de Pernambuco, no Recife. Analfabeta, ela pediu para que uma amiga redigisse um cartaz em que expressa sua admiração por Campos por suas iniciativas voltadas para a população carente Ricardo Moraes/Reuters
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Eduardo Campos morre em acidente com avião no litoral de São Paulo111 fotos

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Bombeiro trabalha em varredura da área em que caiu o avião onde estava o candidato à Presidência da República pelo PSB, Eduardo Campos, em Santos (SP) Corpo de Bombeiros/Divulgação

Eduardo Campos morre em acidente aéreo - 16 vídeos

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