domingo, 30 de novembro de 2014

Mais de 13 mil pessoas ainda são escravizadas no Reino Unido

Dados chegam num momento em que o primeiro-ministro David Cameron lançou um plano contra a escravidão moderna

Grilhões utilizados em crianças vítimas da escravidão nem sempre são peças de museu
Foto: Getty Images
Mais de 13.000 pessoas podem estar em situação de escravidão no Reino Unido, um número quatro vezes superior ao de estimativas anteriores, indicou neste sábado o ministério do Interior britânico.
Os dados de 2013 incluem mulheres forçadas a se prostituir e gente obrigada a trabalhar em fábricas e no campo, em sua maioria estrangeiros.
"Que não reste dúvidas, a escravidão está se instalando aqui, no Reino Unido", declarou a ministra do Interior, Theresa May.
"Jovens são estupradas, espancadas, passam de um abusador a outro e são exploradas sexualmente para conseguir dinheiro. Homens vulneráveis são enganados para realizar trabalhos pesados durante horas antes de ser trancados em casas geladas ou em trailers dilapidados", acrescentou.
"Obrigam as pessoas a trabalhar no campo, em fábricas e em barcos pesqueiros (...) e crianças são exploradas", afirmou.
"Devemos mandar uma mensagem contundente a todos os traficantes e fornecedores de escravos de que pagarão por seus crimes".
Os dados chegam num momento em que o primeiro-ministro David Cameron lançou um plano contra a escravidão moderna, com uma nova legislação que deve ser aprovada em 2015.
Os cálculos de outro organismo governamental contabilizavam 2.744 pessoas em situação de escravidão em 2013, mas o número de 13.000 pretende incorporar uma estimativa dos casos ocultos, explicou o assessor cientista principal do ministério, Bernard Silverman.
Ele afirmou que os dados deveriam ser tratados a título indicativo, já que sua análise inclui pressupostos que, embora fossem plausíveis, não são simples de comprovar.
AFP  

sábado, 29 de novembro de 2014

"PT vai disputar espaço no governo", afirma Rui Falcão

Em encontro com militantes, Dilma pediu maturidade para aceitar mudanças

Neste sábado (29), o presidente nacional do PT, Rui Falcão, afirmou que o partido vai disputar espaço no segundo mandato do governo da presidente Dilma Rousseff com as siglas aliadas e partilhar o "protagonismo" nas ações dos próximos anos com os movimentos sociais.
"Um governo de coalizão é um governo de disputa, não é um governo do PT apenas. Ela é filiada ao PT, governo para todos, como deixou claro, mas nós disputamos espaço como os outros partidos disputam", disse.
Para Rui Falcão, não há "contradição" no "protagonismo" pedido pelo partido ser "partilhada com os aliados e os movimentos sociais". Ele acrescentou ainda que o partido "não será beija-mão da situação", mas também não uma "linha auxiliar da oposição".
Dilma pede maturidade à militância do PT para aceitar mudanças
Na noite de sexta-feira (28), durante reunião do Diretório Nacional do PT em Fortaleza, a presidente Dilma Rousseff pediu à militância do partido maturidade para aceitar a mudança na equipe econômica do governo, destacando que ela é imprescindível para se manter a governabilidade. 
"Nós temos que tomar as medidas necessárias, sem rupturas, sem choques, de maneira gradual e eficiente como vem sendo feito. Temos que estar unidos. Preciso do protagonismo de todos vocês e neste protagonismo destaco o PT. O PT tem maturidade e hoje, depois de todo esse período, sabe que precisamos ter legitimidade e governabilidade", disse a presidente.
Dilma acrescentou ainda que a missão do PT é compreender que a conjuntura, a situação do País e as condições da economia do país mudam. “Nós nos adaptamos às novas demandas e damos respostas a cada uma delas. Acho que esta é a grande missão do PT", disse.
A presidente garantiu que a condução ortodoxa da economia não vai afetar a essência do programa  do partido: "Uma coisa deve ficar clara e ninguém deve se enganar sobre isso. Fui eleita por forças progressistas, não para qualquer processo equivocado, mas para continuar mudando o Brasil", garantiu. 
A presidente falou ainda sobre a postura de segmentos da oposição. "Esses golpistas que hoje têm essa característica, eles não nos perdoam por estar tanto tempo fora do poder. Temos que tratar isso com tranquilidade e serenidade, não podemos cair em nenhuma provocação e não faremos radicalismo gratuito, pois temos a responsabilidade de governar."
Tags: dilma, falcão, Governo, PT, rui

quinta-feira, 27 de novembro de 2014


Com Levy, Fazenda terá 'workaholic' de ideias firmes e tão turrão quanto Dilma

  
 
O engenheiro naval Joaquim Levy é obsessivo por trabalho, franco no limite da rudeza e pouco disposto a concessões. Ao contrário do que muita gente esperava, a presidente Dilma Rousseff arrumou um ministro da Fazenda tão turrão quanto ela para dar um jeito na economia.
Quando Dilma anunciou a saída de Guido Mantega, ainda durante a campanha presidencial, esperava-se que chamasse um substituto que pensasse como ela ou que, ao menos, se subordinasse às suas vontades.
Levy não é nada disso.
Diferentemente da presidente, Levy, 53, é liberal, doutor pela ultraortodoxa Universidade de Chicago, com anos de serviços prestados ao FMI e amigo de Armínio Fraga, conselheiro do rival Aécio Neves (PSDB) na eleição.
Até esta semana era diretor do Bradesco. Vai trocar um salário anual de cerca de R$ 1 milhão, podendo chegar a R$ 3 milhões, dependendo do cumprimento de metas, pelos R$ 26.723,13 mensais de ministro de Estado.
Antes mesmo de ser confirmado, o que é previsto para esta quinta (27), ele vem sendo bombardeado pelo "fogo-amigo" de parte do PT.
Fora da ala mais resistente do partido, porém, sua presença na equipe econômica foi interpretada como um sinal de que Dilma reconhece a fragilidade da economia e estaria disposta a uma reviravolta na área -que inclui cortar gastos e elevar impostos, algo muito impopular.
Dentro do Palácio do Planalto, Levy já é chamado de "Joaquim mãos de tesoura".
De trato gentil e bem-humorado, um de seus hobbies é passear no aterro do Flamengo, no Rio. Interessado pela vegetação do local, elabora com a paisagista Denise Monteiro um guia das árvores do parque. "Ele é autodidata, se interessa tanto que conhece algumas espécies pelo nome científico."
Quem conviveu com Levy, no entanto, afirma que esse personagem aparentemente pacato desaparece quando começa a trabalhar.
De sua passagem pela Secretaria do Tesouro no governo Lula, entre 2003 e 2006, ficou lembrança de jornadas que iam até as 3h da madrugada. Com a mulher e as duas filhas morando em Washington (EUA), ele entupia a caixa de e-mails de colegas antes mesmo que acordassem.
Nas reuniões de trabalho, defendia suas opiniões com insistência. Quando não conseguia convencer, voltava ao tema em reuniões seguintes com argumentos renovados. Ia ao limite, mas acatava as determinações de Antonio Palocci, quando o então ministro da Fazenda, seu chefe, precisava arbitrar divergências.
"Ele é muito determinado, gosta de desafios profissionais e trabalha muito, muito duro para atingi-los", diz a ex-diretora do FMI Teresa Ter-Minassian, que conviveu com Levy quando ela chefiava missões do Fundo no Brasil e ele estava no governo.
Com longa experiência no setor público, o novo ministro integrou a equipe econômica das gestões FHC e Lula.
Seu último cargo público fora como secretário de Fazenda do Estado do Rio (2007-2010). Assumiu as contas públicas estaduais em frangalhos. Conseguiu reequilibrar as finanças e abrir espaço para a obtenção de empréstimos. Cortou gastos e chegou a usar artimanhas, como congestionar o sistema de contas do Estado nos últimos dias do ano para adiar despesas e segurar dinheiro em caixa.
Quando esteve no comando do Tesouro Nacional de Lula, Levy conduziu um ajuste fiscal à brasileira -mais baseado em aumento de impostos, corte de investimentos e contenção do salário mínimo do que na redução das despesas do governo.
De início, operou com penúria de receitas -o que se repetirá agora. A economia encolheu nos dois primeiros trimestres de 2003, primeiro ano de Lula, o que comprometeu a arrecadação.
Uma elevação de alíquotas e bases de cálculo das contribuições sociais começou naquele ano, mas a ampliação da poupança pública dependeu do bloqueio de obras públicas e de reajustes salariais.
Restabelecida a confiança do mercado, a recuperação da economia potencializou a alta da carga tributária e permitiu um saldo recorde, até hoje não ultrapassado, das contas federais em 2004.

Fabio Braga/Folhapress
Joaquim Levy, convidado para o Ministério da Fazenda
Joaquim Levy, convidado para o Ministério da Fazenda
CONFLITOS
Durante os pouco mais de três anos com a chave do cofre, ele teve alguns conflitos com colegas de governo.
Criticou diretores do BC, que queriam elevar juros contra a inflação -isso iria aumentar as despesas do governo com o pagamento da dívida, que estava sob sua responsabilidade.
A divergência mais aberta se deu com a própria Dilma, então na Casa Civil. A equipe liderada por Palocci propôs um programa de controle de gastos no longo prazo, com limites para a expansão das despesas permanentes com pessoal, custeio e (suprema heresia) programas sociais.
Dilma foi a público contra a ideia, classificando o ajuste de "rudimentar". "Despesa corrente é vida", disse ela.
Levy contra-atacou, também pela imprensa: "Quero crescer como a Índia, como a China, como a Coreia, ou quero continuar dando aumentos, aposentadorias; vamos inventar novas vinculações, vamos proteger a universidade, o fulano, o beltrano?".
Ele deixou o governo logo depois de Palocci, que saiu em meio a suspeitas de que, ainda como ministro, se reunia com lobistas de Ribeirão Preto, sua cidade.
Levy foi então indicado por Lula ao recém-eleito governador Sérgio Cabral (PMDB), que, mais tarde, começou a perder popularidade ao aparecer em fotos com o empresário Fernando Cavendish, dono da construtora Delta, investigado por corrupção.
As imagens foram tiradas em 2009 em uma festa em Paris, em que Cabral, Cavendish e outros membros do governo do Rio posavam com guardanapos na cabeça.
Levy estava na comitiva que foi a Paris para receber um prêmio do governo francês, mas não aparece nas fotos da festa do guardanapo.
Em 2010, deixou o governo Cabral, após divergências com boa parte do secretariado. Os colegas queriam aumentar os gastos, mas encontraram "Joaquim mãos de tesoura" pela frente. Conforme as pressões políticas aumentaram, Levy preferiu sair.
Quem conviveu com ele afirma que é difícil dobrar Levy. Antes de ir para o governo do Rio, passou pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), em Washington. Com o objetivo de modernizar a administração da instituição, teria ficado incomodado com a morosidade que encontrou e foi embora, em menos de um ano.
Sua trajetória no setor público pode justificar seu interesse no cargo apesar das dificuldades. "Joaquim na essência é um gestor de política econômica. Quem tem esse perfil almeja um dia ser ministro da Fazenda", diz a economista Mônica de Bolle.
A escolha de Levy foi bem recebida pelo empresariado e pelo mercado financeiro. É visto como o profissional certo para arrumar a economia combalida de Dilma.
A dúvida é se, ao encarar o lado amargo do ajuste, como alta do desemprego e crescimento ainda menor, a presidente não terá uma recaída que a faça voltar atrás.
Assessores de Dilma dizem que ela sabe o que está fazendo, até porque uma eventual saída de Levy poderia colocar a perder o plano de tirar a economia do buraco nos próximos dois anos, para voltar a crescer na sequência e turbinar o próximo candidato do PT à Presidência -talvez o próprio Lula, que é fiador de Levy.

Editoria de Arte/Folhapress

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

PIB do Japão surpreende e recua no 3º tri após aumento de impostos

segunda-feira, 17 de novembro de 2014 07:09 BRST

[-] Texto [+]
Por Leila Kihara e Tetsushi Kajimoto

TÓQUIO (Reuters) - A economia do Japão entrou em recessão ao encolher 1,6 por cento no terceiro trimestre deste ano, em dados anualizados, frustrando as previsões de recuperação modesta depois da severa contração no trimestre anterior e consolidando a visão de que o premiê Shinzo Abe vai adiar o segundo aumento de impostos no próximo ano.
Abe disse que os dados do Produto Interno Bruto (PIB) divulgados nesta segunda-feira seriam a chave para sua decisão de prosseguir com o aumento para 10 por cento em outubro do próximo ano. Essa decisão vinha sendo esperada para até o final do ano.
O segundo trimestre consecutivo de contração, diante da previsão de crescimento de 2,1 por cento em pesquisa da Reuters, reforça os sinais de que a terceira maior economia do mundo tem mostrando recuperação lenta do consumo depois do primeiro aumento de impostos em abril.
O aumento de impostos de abril a 8 por cento, ante 5 por cento, levou a uma contração econômica de 7,3 por cento no segundo trimestre, em dados revisados, a maior queda desde a crise financeira global.
Uma autoridade próxima ao premiê disse à Reuters que Abe adiaria o segundo aumento e convocaria eleição geral, num esforço para seguir no poder.
Em comparação com o segundo trimestre, a economia japonesa teve contração de 0,4 por cento ente julho e setembro, após uma queda revisada de 1,9 por cento entre abril e junho. Economistas esperavam crescimento de 0,5 por cento.
 
 

domingo, 16 de novembro de 2014

PT adia escolha de nome para concorrer com Eduardo Cunha



Reunida nesta quinta-feira (13) em Brasília, a bancada de deputados federais do PT não conseguiu chegar a um acordo para anunciar o nome que irá disputar a Presidência da Câmara na eleição do início de fevereiro.
Maior bancada da Casa, o partido sofre uma ameaça que parte de seu principal aliado no governo, o PMDB, que lançou o nome de Eduardo Cunha (RJ) para a disputa.
Apesar de liderar a bancada peemedebista, Cunha não é bem visto pelo Palácio do Planalto pelo fato, entre outros, de ter liderado rebeliões no Congresso contra Dilma Rousseff.
Na reunião desta quinta, quatro nomes de petistas foram citados como possíveis concorrentes: os ex-presidentes da Câmara Arlindo Chinaglia (SP) e Marco Maia (RS) –embora esse tenha sinalizado não pretender concorrer–, o ex-prefeito de Belo Horizonte e ex-ministro Patrus Ananias (MG) e o ex-líder da bancada José Guimarães (CE).
O PT cogita até apoiar um candidato de um outro partido aliado caso ele reúna condições de derrotar Eduardo Cunha.
Além de discutir a sucessão na Câmara, a bancada do PT ouviu a explanação de três ministros de Dilma: Aloizio Mercadante (Casa Civil), Ricardo Berzoini (Relações Institucionais) e Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral).
Este último, embora esteja possivelmente de saída, anunciou que o PT e o governo preparam uma "grande festa" para marcar a posse de Dilma para seu segundo mandato, em 1º de janeiro. A ideia do partido é mobilizar jovens e os movimentos sociais para a solenidade.
Embora petistas tenham negado que a reforma ministerial tenha sido assunto do encontro, alguns disseram que a expectativa geral é a de que Dilma anuncie na semana que vem a nova configuração da Esplanada para seu segundo mandato, especialmente a nova equipe econômica.


Pedro Ladeira/Folhapress
Reunião da Bancada do PT na Câmara dos Deputados com ministros do governo Dilma
Reunião da Bancada do PT na Câmara dos Deputados, com ministros do governo Dilma

sábado, 15 de novembro de 2014

Começa cúpula dos líderes do G20 na Austrália

Economia, mudanças climáticas, ebola devem ser alguns dos temas.
Presidente Dilma Rousseff participa do encontro em Brisbane.


  • Da EFE
Líderes do G20 durante a abertura da cúpula neste sábado (15) na Austrália (Foto: Kevin Lamarque/Reuters) 
Líderes do G20 durante a abertura da cúpula 
neste sábado (15) na Austrália (Foto: Kevin Lamarque/Reuters)
Os líderes dos 19 países mais poderosos do mundo e da União Europeia iniciaram neste sábado (15), na Austrália, a Cúpula do G20 para tratar de temas como o crescimento econômico, a geração de empregos, as mudanças climáticas, o ebola e a crise na Ucrânia.
O primeiro-ministro do país anfitrião, Tony Abbott, recebeu os chefes de estado e de governo de países como Brasil, Estados Unidos, Rússia, China e México no Centro de Convenções de Brisbane, no litoral oeste do país.
"Todos estamos lutando para equilibrar a tensão inerente entre política e políticas. Necessitamos ter uma visão clara sobre para onde queremos ir e construir um consenso", declarou Abbott em comunicado anterior à abertura da cúpula.
O primeiro-ministro australiano defendeu uma agenda reformista que favoreça o mercado de trabalho, as infraestruturas e o pragmatismo acima das ideologias. "Necessitamos criar condições para que seja mais fácil fazer negócios. A coordenação dos membros do G20 é um tema crítico porque nossas economias estão interligadas", afirmou.
Segundo a agência local de notícias 'AAP', a última minuta do comunicado final do G20 eleva o crescimento mundial para 2,1%, com base nas avaliações do FMI e da OCDE das mais de mil iniciativas apresentadas pelos países-membros.
Algumas medidas ainda estão pendentes na luta contra a evasão tributária das grandes empresas multinacionais e na regulação do mercado financeiro.
Antes da cúpula, os responsáveis de Economia dos países do G20 iniciaram as discussões no Centro de Convenções, sob fortes medidas de segurança.
Pouco depois das 15h locais (3h de Brasília), Abbott deu as boas-vindas oficiais a seus colegas, que assistiram a uma cerimônia tradicional aborígine e à abertura oficial no Centro de Convenções de Brisbane.
Apesar de a reunião estar focada em assuntos econômicos, também serão tratados temas como a crise do ebola, os impactos das mudanças climáticas, a ameaça do terrorismo jihadista e o conflito na Ucrânia.
Entre os líderes que participam da cúpula de Brisbane estão a presidente Dilma Rousseff, o líder dos Estados Unidos, Barack Obama; a chanceler alemã, Angela Merkel; o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, e o presidente da China, Xi Jinping.
Também está em Brisbane o presidente russo, Vladimir Putin, que vem sendo alvo de criticas por sua participação no conflito da Ucrânia.
Os países-membros do G20 representam 85% do PIB mundial, 80% do comércio global e concentram dois terços da população do planeta.
O bloco é formado pela União Europeia, pelo G7 (EUA, Canadá, Japão, Alemanha, Reino Unido, Itália e França), e por Brasil, Coreia do Sul, Argentina, Austrália, China, Índia, Indonésia, México, Arábia Saudita, África do Sul, Turquia e Rússia.
Além disso, a Austrália convidou a vizinha Nova Zelândia para o encontro e a Espanha assiste às reuniões, como convidado, desde 2010.

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sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Bancada do governo no Congresso sai em defesa da política econômica

14/11/2014 12:04
Por Redação - de Brasília



Mercadante (segundo da esquerda p/ direita) fez uma visita à bancada petista na Câmara
Mercadante (segundo da esquerda p/ direita) fez uma visita à bancada petista na Câmara
 
Ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante recebeu o apoio da bancada petista na Câmara ao afirmar que “a política econômica do segundo governo não pode ser a que foi derrotada. A nossa prioridade é emprego e renda. A nossa agenda não é a do mercado”. Em reunião com os parlamentares na noite desta segunda-feira, Mercadante afirmou que haverá ajustes, mas sem mudança de rumos na política econômica. Homem forte na campanha da presidenta Dilma Rousseff à reeleição, o ministro pediu que a bancada no Parlamento passe a cobrar da oposição explicações para os cortes demandados no investimento ou na desonerações para manter a meta de superávit primário, destinado ao pagamento de juros da dívida pública.
– O FMI reviu cinco vezes, todas para baixo, a previsão de crescimento da economia mundial para este ano. Essa realidade também se impôs ao Brasil – argumentou.
Segundo o ministro, é descabida a exigência da oposição no Congresso, que visa derrubar a proposta do governo que altera a Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2014 para permitir o abatimento do superávit primário de todo o gasto com ações do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e com as desonerações tributárias concedidas neste ano.
O discurso da extrema direita, tanto na Câmara quanto no Senado, contra a proposta do governo foi encampada pela mídia conservadora. Sem explicar o que é superávit primário, a imprensa patronal tenta deslegitimar a ação do governo e a oposição tucana já pegou carona nesse discurso chamando a medida de “estelionato eleitoral”.
Dívida pública
O superávit primário é tudo que sobra, usando um jargão popular, do Orçamento depois de pagas as despesas (educação, saúde, investimentos, etc.) com exceção dos juros da dívida pública. O mercado financeiro chama essa sobra de “economia para pagar juros da dívida” e, portanto, seguindo o raciocínio do mercado – cuja prioridade é o lucro – o fato de supostamente não ter esse superávit o governo estaria gerando uma desconfiança quanto ao pagamento da dívida pública e o controle da inflação. Esse é mais um mecanismo de camisa de força criado pelo sistema financeiro para pressionar as economias para o rumo que atenda os seus interesses.
A proposta do governo é reduzir a meta de superávit primário no montante das desonerações de tributos e dos gastos relativos aos investimentos do PAC. Na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), o limite fixo dos abatimentos era de R$ 67 bilhões. Vale esclarecer também que essa LDO estabelece regras e parâmetros para que a Lei Orçamentária Anual (LOA) possa ser elaborada, com metas e prioridades do governo. A proposta da LOA é feita de acordo com o Plano Plurianual (PPA), montado no primeiro ano de governo e orientada pela LDO, que a cada ano é obrigatoriamente enviada ao Congresso.
Portanto, a medida do governo Dilma é a reafirmação do compromisso assumido durante a campanha eleitoral, que garantiu a sua vitória nas urnas: promover o crescimento, mas com garantia de emprego e renda e não jogar o peso da crise nas costas do trabalhador.
‘Grande bobagem’
Sobre a necessidade de se produzir o superávit para o pagamento da dívida pública, o doutor em economia Internacional pela UFRJ, José Carlos de Assis, em recente artigo publicado em um site, na internet, afirma:
“É claro que isso é uma grande bobagem. Se não houver superávit – na verdade, mesmo quando há um déficit – o governo paga a dívida velha, e o fluxo dos juros, lançando no mercado dívida nova sem necessidade de superávit primário, que é o resultado de uma receita tributária inferior à despesa corrente. Como essa dívida nova, uma vez lançada, é como dinheiro vivo nas mãos do seu tomador, porque pode ser trocado no BC a qualquer momento por moeda pelo tomador dos papéis, não há possibilidade de calote”.
Sobre a possibilidade de o déficit gerar inflação, Assis também é enfático:
“Outra bobagem. Inflação é um fenômeno do ciclo econômico: se a economia está em baixa, o déficit não só é permitido pela boa macroeconomia como é benéfico por estimular a demanda agregada. A ideia de que todo déficit, em qualquer circunstância, e independentemente do ciclo econômico gera inflação é uma tese recorrente dos neoliberais ortodoxos, produto exclusivo de ideologia, já que um aumento de déficit significa mais poder econômico em mãos do Estado”.
Ainda segundo o professor, “a medida do governo federal de retirar das contas primárias os investimentos no PAC é uma relação fiscal legítima, pois o que foi investido financia o crescimento do país. A desoneração teve o mesmo caráter de investimento, pois o governo deixou de arrecadar para fomentar o mercado interno diante de uma crise internacional”.
“Hoje, as economias mundiais apresentam uma estagnação que tem reflexos no Brasil. O momento é de promover mais investimentos. Economizar para pagar juros, ou seja, manter o superávit no patamar anterior, como quer o mercado, é deixar de investir no desenvolvimento do Brasil”, concluiu.


quinta-feira, 13 de novembro de 2014

JORNAL DO COMMERCIO - Notícias do Portal

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quarta-feira, 12 de novembro de 2014

EUA e China anunciam acordo para reduzir emissão de gases poluentes

EUA pretendem cortar em 28% as emissões de gases em até 11 anos.
China reduzirá poluição a partir de 2030. Até lá, 20% será energia limpa.

Do G1 - São Paulo
Presidentes dos EUA, Barack Obama, e da China, Xi Jinping, em Pequim. (Foto: Mandel Ngan / AFP Photo) 
Presidentes dos EUA, Barack Obama, e da China, Xi Jinping, 
em Pequim. (Foto: Mandel Ngan / AFP Photo)

Os presidentes Barack Obama, dos Estados Unidos, e Xi Jinping, da China, assinaram nesta quarta-feira (12) em Pequim um acordo para a luta contra a mudança climática, que incluirá reduções de suas emissões de gases do efeito estufa na atmosfera.
A iniciativa constitui o primeiro anúncio de corte das emissões de gases poluentes por parte da China e mais um pelos EUA.
Pelo acordo, os EUA pretendem cortar entre 26% e 28% as emissões de gases em até 11 anos, ou seja, até 2025, o que representa um número duas vezes maior que as reduções previstas entre 2005 e 2020.
Os chineses se comprometem a cortar as emissões até 2030, embora possa começar antes. Segundo presidente chinês, até lá 20% da energia produzida no país vai ter origem em fontes limpas e renováveis.
O acordo, que foi negociado durante meses pelos dois países, pretende promover um pacto em nível global, visando a Conferência sobre Mudança Climática que acontecerá em Paris no ano que vem.
Xi Jinping e Obama fizeram o anúncio durante uma entrevista coletiva após dois dias de reuniões, na qual repassaram todos os níveis de sua relação, com o acordo sobre mudança climática como principal resultado tangível.
Trata-se de um "acordo histórico", destacou Obama, que acrescentou que o objetivo dos EUA é "ambicioso, mas alcançável". Além disso, o chefe de estado americano comentou que o pacto é "um marco importante" nas relações entre Washington e Pequim.
O presidente da China, por sua vez, destacou que os dois países empreenderam "um novo modelo" para as relações entre potências e comemorou o nível de entendimento entre os dois governos.
Estados Unidos e China representam juntos 45% das emissões planetárias de CO2, um dos gases apontado como culpado pela mudança climática. A União Europeia representa 11%. No mês passado, o bloco se comprometeu a reduzir em pelo menos 40% as emissões até 2030, na comparação com os níveis de 1990.
Nas negociações sobre o clima, a China defende em nome do desenvolvimento econômico que os países mais desenvolvidos devem reduzir de maneira mais expressiva suas emissões.
Os republicanos, majoritários no Congresso dos Estados Unidos, não demoraram a manifestar dúvidas. Pouco depois do anúncio em Pequim, o líder do Partido Republicano no Senado, Mitch McConnell, chamou o plano de "pouco realista". "Este é um plano pouco realista, que o presidente quer deixar para o sucessor", disse McConnell. Para o republicano, o plano afetará a criação de novos postos de trabalho e o custo da energia.
Esse foi um dos acordos estabelecidos entre os dois presidentes em um encontro bilateral em Pequim, durante o Fórum de Cooperação Econômica da Ásia pacífico (Apec). Os dois países também vão estreitar as relações entre as forças armadas, aumentar o combate ao terrorismo e incrementar estratégias para ajudar no combate à epidemia de ebola na África Ocidental.
Obama e Xi Jinping durante cerimônia em Pequim. (Foto: Greg Baker / AFP Photo)Obama e Xi Jinping durante cerimônia em Pequim. (Foto: Greg Baker / AFP Photo)
 

terça-feira, 11 de novembro de 2014

Alckmin pede ajuda de Dilma para enfrentar seca em SP

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, pediu nesta segunda-feira ajuda à presidente brasileira, Dilma Rousseff, ajuda para desenvolver um plano de investimentos de R$ 3,5 bilhões para enfrentar a pior crise hídrica do estado.
Alckmin se reuniu nesta segunda-feira com Dilma em Brasília para entregar à presidente um plano que reúne oito obras de infraestrutura que ajudariam a minimizar o problema da falta de água na cidade de São Paulo.
Todos os sistemas de represas que abastecem São Paulo e outras cidades da região metropolitana, como Itu e Campinas, apresentam os níveis mais baixos da história e no caso do maior deles, a Cantareira, o volume morto já começou a ser utilizado.
Dilma e Alckmin estiveram reunidos por cerca de uma hora e, segundo a ministra de Planejamento, Miriam Belchior, que participou do encontro, o governo de São Paulo precisa apresentar "mais detalhes dos projetos para podermos discutir cada um deles".
Depois da reunião, ficou definida a criação de um grupo de trabalho com representantes dos governos federal e estadual para acompanhar as discussões sobre os planos.
Alckmin assinalou que a ajuda do governo federal poderá ser mediante a contribuição direta de recursos ou através do financiamento das obras.
As obras propostas são a interconexão dos reservatórios Atibainha-Jaguari, Jaguari-Atibaí e Rio Grande-Guarapiranga; além da construção de novas represas e a exploração de poços artesanais do Aqüífero Guarani.
Além dos projetos apresentados, a Caixa deve liberar nos próximos dias um crédito de R$ 1,8 bilhão para a construção do sistema São Lourenço, que reforçará o abastecimento das zonas críticas e terá interconexão com os principais reservatórios em 2016 e 2018.

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Esquentou o clima

10/11/2014 9:09
Por Leandro Mazzini - de Brasília

Dilma Rousseff e Lula
Dilma Rousseff e Lula

Lula e a presidente Dilma estão rompidos. Uma pequena mostra foi a breve aparição do ex-presidente no palanque da vitória no domingo da eleição. Depois, ele se foi e Dilma discursou sozinha. A razão da pendenga é a que todos pensam: ele capitaliza as duas vitórias dela e quer opinar mais; e Dilma quer independência – pelo menos no segundo governo. Dilma soltou um ‘Desta vez será do meu jeito’, para ministros palacianos. Há poucos dias, ela e Lula tiveram uma conversa numa tentativa de afinação.



domingo, 9 de novembro de 2014


Enem Já é o único vestibular para 48 das 63 federais

Publicação: 2014-11-08 17:00:00 | Comentários: 0


São Paulo, 08 (AE) - Das 63 universidades federais, 48 trocaram o vestibular próprio pelo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), realizado ontem e hoje em todo o País. O balanço mostra a queda de resistência à prova como critério de ingresso desde 2009, quando o Enem foi reformulado. Após falhas, o exame se consolidou como o principal processo seletivo.

O levantamento foi feito pelo Estado em cada instituição. As 63 federais usarão o Enem como parte ou todo o processo seletivo de 2015. Em janeiro, a nota do exame deste fim de semana será utilizada na disputa por cerca de 191 mil vagas. Na edição passada, o Enem era a única forma de seleção de novos alunos em 42 das 59 federais.

Nas 15 universidades que mantêm vestibular paralelo para o ingresso em 2015, o Enem também é válido: o resultado do exame substitui a primeira fase do processo ou serve como parte da nota final. Em alguns cursos, como o de Artes ou Arquitetura, ainda são cobrados testes de aptidões específicas.

Para especialistas, o uso maciço da prova se deve à confiança conquistada sobre o conteúdo do Enem e a capacidade de organização do governo federal. Nas duas últimas edições, não houve registro de problemas graves. Já entre 2009 e 2011 o Ministério da Educação (MEC) havia sofrido com o vazamento de perguntas e erros de impressão da prova, o que colocou o exame em xeque.

O total de universidades que adota só o Enem ainda tende a crescer. A Federal de Viçosa (UFV), em Minas, é uma das que pretendem eliminar o processo seletivo próprio para ingresso em 2016. De acordo com o pró-reitor de Ensino Vicente Lélis, a insegurança anterior em relação à prova foi discutida e superada "Também há um ganho logístico. O custo do vestibular era muito alto", afirma.

Embora o MEC não obrigue que o Enem seja usado, ele é amplamente adotado por universidades estaduais, institutos federais (veja mais nesta página) e faculdades particulares. As estaduais paulistas não usam o exame, mas a Universidade de São Paulo (USP) anunciou que discutirá em 2015 se passa a usar a prova como forma alternativa de seleção, além da Fuvest.

Na opinião de Cipriano Luckesi, especialista em avaliação educacional da Universidade Federal da Bahia (UFBA), a adoção do Enem pelas instituições é positiva. "Estabelece um padrão nacional de ingresso e democratiza", aponta. "Isso também vai exigir da educação brasileira que se pense um currículo nacional "

Outra vantagem do Enem é a possibilidade de tentar a vaga em todos os cantos do País sem sair da cidade natal ou enfrentar uma maratona de vestibulares. A maioria das universidades que adotam o Enem também usa o Sistema de Seleção Unificada (Sisu), plataforma digital do MEC que reúne vagas em instituições públicas de todo o País. Pelo sistema, o candidato verifica os cursos, as notas de corte e faz sua escolha.

Vinicius Araújo, de 17 anos, está disposto a se mudar de São Paulo pela sonhada vaga no ensino superior. Ele tem se preparado oito horas diárias para entrar no curso de Engenharia do Petróleo na Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) com o Enem. "Vou de ‘cara limpa’, não tenho família lá", conta. "Escolhi o Rio porque a faculdade é boa e o mercado é amplo, mas também porque aceita o Enem."

Se não for aprovado no Rio, ele cogita ir mais longe. A segunda opção é Engenharia Civil na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), outra que usa só o Enem como critério de acesso. "Fica mais fácil porque tenho família lá." Pelo Sisu, ele pode se candidatar a até duas graduações por chamada.

O professor da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) Zacarias Gama acredita que o Enem amadureceu, mas a adoção geral tem problemas. "Essa centralização no MEC é prejudicial à autonomia das universidades", pondera. Para ele, outro problema é eliminar a chance de que o vestibular de cada instituição cobre conteúdos específicos. "Perdem a vocação regional."



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sábado, 8 de novembro de 2014

PMDB não é aliado, é o governo, diz Temer

Indagado se o partido continuará com os cinco ministérios, Temer disse que a decisão é da presidente Dilma

Publicado em 07/11/2014, às 21h26


 / Foto: ABr

Foto: ABr

O vice-presidente da República e presidente nacional do PMDB, Michel Temer, reiterou a importância de seu partido neste segundo mandato da presidente Dilma Rousseff (PT) e, em entrevista ao jornal Destak, disse não ter dúvidas de que a legenda ocupará posições de destaque no governo, compatíveis com o seu tamanho. "Não somos aliados do governo, somos o governo", disse Temer, em entrevista ontem ao jornal. O perfil oficial do vice-presidente no Twitter divulgou os principais trechos da entrevista na tarde desta sexta-feira (7), destacando o papel da sigla no novo mandato de Dilma e dizendo que, na disputa pela presidência da Câmara, se tiver um candidato, mesmo do PMDB, que se coloque contra o governo, ele estará se colocando contra ele próprio, que é vice-presidente da República.
Indagado se o partido continuará com os cinco ministérios, Temer disse que a decisão é da presidente Dilma. "Ela terá sensibilidade para verificar o tamanho do PMDB e o que entrega ao PMDB. Não por ser um partido aliado, mas por ser um partido que está no governo. Agora, se serão cinco, seis, sete, quatro, é uma coisa a ser decidida. O que é importante é que o PMDB possa participar da formulação das políticas públicas do País", disse, citando as áreas da educação, saúde, política econômica e cultura. Ao falar da proposta de reforma política, o vice-presidente da República disse que esta é uma decisão do Congresso Nacional, por meio de consulta popular, seja de plebiscito ou de referendo.
Sobre as diversas correntes que seu partido abriga, algumas contrárias ao próprio governo, Temer disse que isso é natural e legítimo e repetiu o discurso da presidente Dilma Rousseff sobre a importância do diálogo. "O que faço como presidente do PMDB e vice-presidente da República? Tento compor estes interesses. Como você compõe? Primeiro o diálogo. Você tem de conversar muito. Na democracia, você tem de conversar. E saber, especialmente, ouvir."
A respeito do imbróglio para a presidência da Câmara, que está opondo seu partido ao PT, em razão da candidatura de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Temer disse que é preciso esperar os acontecimentos. Questionado se apoiará o correligionário, foi taxativo: "Eu só posso apoiar se não ficar na oposição, se tiver um candidato, ainda que seja do PMDB, que se coloque contra o governo, ele está se colocando contra mim, que sou vice-presidente da República."

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sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Fernando Bezerra Coelho é a ponte entre PT e PSB

Ex-ministro de Dilma, o senador eleito tem se colocado como o principal interlocutor entre os partidos

Publicado em 07/11/2014, às 08h00


Do JC Online

Senador eleito já se encontro com representantes do governo federal. Ontem ele se reuniu com governador eleito Paulo Câmara /

Senador eleito já se encontro com representantes do governo federal. Ontem ele se reuniu com governador eleito Paulo Câmara

>Ex-ministro da presidente Dilma Rousseff (PT), o senador eleito Fernando Bezerra Coelho (PSB) está trabalhando para se colocar como a principal ponte entre o governo estadual e a gestão federal. Com o perfil político - diferente do governador eleito Paulo Câmara (PSB)-, Fernando já deu vários sinais de que será o principal interlocutor do processo. O socialista, inclusive, tem evitado fazer críticas ao governo de Dilma, diferente do que foi verificado durante a campanha. A postura dele tem o objetivo de quebrar o clima de tensão que se criou entre PT e PSB na disputa presidencial.
O senador, inclusive, se encontrou com dois ministros da gestão de Dilma durante esta semana. Fernando se reuniu com Paulo Sérgio Passos, que comanda a pasta dos Transportes, e Francisco Teixeira, da Integração Nacional, pasta que já foi comandada pelo próprio Bezerra. O senador ainda se encontrou com o colega de bancada, o senador Humberto Costa (PT), que está no campo oposto em nível estadual. Ele ainda tem encontro marcado com o senador Armando Monteiro Neto (PTB). Humberto é um dos principais nomes do PT no Estado. Fernando tenta abrir um canal de diálogo com o Partido dos Trabalhadores e não nega que o PSB tem que manter uma relação amistosa com os petistas. “Não é o fato de Dilma não ser nossa presidenta (apoiada na campanha) que vai nos impedir de ter diálogo com ela. Vamos buscar o diálogo com ela para promover desenvolvimento para o Estado”, disse em entrevista à Rádio Jornal. 
Fernando ainda procurou rechaçar a informação de que o Estado poderá ser retaliado porque não apoiou a candidatura de Dilma. Ele contou que, durante sua gestão como ministro da Integração Nacional, nenhum gestor de partidos da oposição teve tratamento diferenciado. O socialista ainda disse que prefere ir em busca de solução ao invés de trocar farpas com a gestão federal “pelos jornais”. A declaração vai de encontro ao que faz o prefeito Geraldo Julio (PSB). “Eu prefiro não alimentar e explicitar”, disse, após citar o nome de Geraldo. 
Depois das articulações em Brasília, Fernando teve uma longa reunião com o governador eleito Paulo Câmara na tarde de ontem. Oficialmente, o encontro serviu para que Fernando repassasse informações obtidas nos ministérios a Paulo Câmara. O objetivo é fazer com que o governador eleito tenha acesso ao andamento de obras importantes, como o Arco Metropolitano, o Canal de Entremontes, Transposição do São Francisco e Transnordestina. Com as informações, Paulo estaria ciente dos pontos que podem facilitar o andamento das obras. 
SECRETARIADO
Apesar da longa conversa com Paulo Câmara na tarde de ontem, Fernando nega que tenha tratado sobre composição de secretariado. Nos bastidores, já se fala que o senador eleito tem pleiteado uma vaga para o seu filho, o deputado federal Fernando Filho (PSB), na gestão estadual. 

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Dilma diz que fará o dever de casa no controle da inflação

Em entrevista a jornais, presidente disse também que vai reduzir gastos

Em entrevista coletiva, nesta quinta-feira, no Palácio do Planalto, a presidente Dilma Rousseff afirmou que vai fazer o "dever de casa" e apertar o controle da inflação e que também fará um reajuste em todas as contas do governo. "Vamos fazer o dever de casa, apertar o controle da inflação e teremos limites fiscais. Vamos reduzir os gastos. Vamos olhar todas as contas com lupa e ver o que pode ser reduzido e o que pode ser cortado. Temos que fazer um ajuste em várias coisas, várias contas podem ser reduzidas. Minha visão de corte de gastos não é similar àquela maluca de choque de gestão", disse. 
Dilma sinalizou ainda que não pretende mexer na meta de inflação (4,5% ao ano) ou no intervalo de tolerância, que hoje é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, cujo teto definido pelo Banco Central é de 6,5%. 
A presidente ressaltou ainda que não está fazendo "estelionato eleitoral" ao adotar medidas econômicas como o aumento da taxa de juros, logo após ser eleita, para acalmar o mercado.
Dilma Rousseff também comentou sobre a nomeação do futuro ministro da Fazenda, que substituirá Guido Mantega, e reafirmou que ele só será definido semanas após o G20, encontro com as vinte maiores economias do mundo que será realizado nos dias 15 e 16 deste mês. Ela, contudo, deixou claro que ainda não fez convite nenhum.
Perguntada sobre a operação Lava-Jato que investiga corrupção na Petrobras, a presidente afirmou que trata-se de uma oportunidade  para "acabar com a impunidade”. "A operação trouxe o momento para acabar com a impunidade no país. Não vou engavetar nada, não vou pressionar para não investigar, quero todos os responsáveis punidos".
Dilma voltou a defender a necessidade de saber respeitar o resultado das urnas, enfatizando que é preciso "saber perder e saber ganhar". "Saber ganhar na democracia é tão difícil quanto saber perder, porque existe a tendência das pessoas acharem que é o rei da cocada preta. Não sairá da sua cabeça o que fazer pelo país, tem que ter uma interação. Não estou propondo nenhum diálogo metafísico, sobre quem sou, o que quero, para onde vai", afirmou.
Tags: coletiva, controle, economia, Metas, presidente

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Putin lidera lista da 'Forbes' de pessoas mais poderosas; Dilma é 31ª

Presidente da Rússia superou Barack Obama pelo segundo ano seguido.
Presidente brasileira caiu em relação a 2013, quando estava no 20º lugar.

Do G1, em São Paulo
O presidente russo Vladimir Putin fala após o 10º Encontro Ásia-Europa em Milão, na Itália (Foto: AFP Photo/Vasily Maximov )O presidente russo Vladimir Putin fala após o 10º
Encontro Ásia-Europa em Milão, na Itália (Foto:
AFP Photo/Vasily Maximov)
 
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, foi apontado pela revista “Forbes” pelo segundo ano seguido como a pessoa mais poderosa do mundo, superando novamente o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama.
A lista, composta por 72 personalidades, manteve os cinco primeiros colocados iguais a 2013: em terceiro lugar está o presidente da China Xi Jinping, em quarto o Papa Francisco e em quinto a chanceler alemã, Angela Merkel – considerada a mulher mais poderosa do mundo.
A revista assume que não se pode considerar o presidente russo um exemplo de “boa pessoa”, lembrando que ele se envolveu em conflitos armados na Ucrânia este ano. Entretanto, ressalta que a lista é uma avaliação de poder. No ano passado, quando Putin liderou a lista pela primeira vez, a Forbes justificou a decisão porque ele "continua solidificando seu controle sobre a Rússia e o cenário internacional".
Completam os 10 primeiros lugares Janet Yellen, presidente do Federal Reserve (que saltou do 72º lugar em 2013 para sexto em 2014), Bill Gates, co-presidente da Bill & Melinda Gates Foundation (passou do sexto para o sétimo lugar), Mario Draghi, presidente do Banco Central da Europa (apareceu em nono em 2013), Sergey Brin, co-fundador e diretor de projetos do Google e Larry Page, CEO do Google, empatados em nono lugar (ambos apareciam na 17ª posição no ano passado), e David Cameron, premiê do Reino Unido (em 11º no ano passado). Veja a lista completa (em inglês).
O ranking deste ano nove mulheres, o mesmo número que em 2013, o que representa apenas 12% das pessoas mais poderosas do mundo. Em 2009, a lista tinha somente três mulheres. Esta é a primeira vez que duas mulheres - Merkel e Yellen - aparecem no top 10.
A presidente do Brasil, Dilma Rousseff, aparece em 31º lugar – uma queda em relação à posição do ano passado, quando ela apareceu em 20º lugar. Entre as mulheres, entretanto, ela é considerada a terceira mais poderosa. Dilma está à frente do bilionário Ruper Murdoch e da chefe do FMI, Christine Lagarde.

A Forbes considera quatro fatores para selecionar as 72 pessoas: sobre quantas pessoas exercem poder; os recursos financeiros sob seu controle; se têm influência em mais de uma esfera; e como utilizam seu poder para mudar o mundo.

A lista completa tem 17 chefes de estado, 39 CEOs de empresas (entre eles 14 fundadores das companhias) e 29 bilionários.

Embora os Estados Unidos sejam o país com mais nomes na lista (26), a Forbes destaca a presença de 19 pessoas da região Ásia-Pacífico, incluindo seis empresários.

Entre as doze novidades do ranking de 2014 estão o primeiro-ministro indiano Narendra Modi (15º), o presidente da companhia Alibaba e homem mais rico da China, Jack Ma (30º), e o "califa" do grupo jihadista Estado Islámico (EI), Abu Bakr al-Baghdadi (54º).

 

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