sexta-feira, 31 de julho de 2015

Reunião em Brasília

"Podem contar comigo", diz Dilma em encontro com governadores

Objetivo do encontro era propor pacto pela governabilidade

Por: Andressa Xavier e Silvana Pires
30/07/2015 - 17h47min | Atualizada em 30/07/2015 - 22h15min
"Podem contar comigo", diz Dilma em encontro com governadores Reprodução/
Foto: Reprodução

Com o objetivo de propor um pacto pela governabilidade e pedir ajuda na aprovação de matérias que estarão em pauta no Congresso Nacional, a presidente Dilma Rousseff se reuniu nesta quinta-feira, pela primeira vez no segundo mandato, com os governadores de todas as regiões do país.
Dilma começou a reunião falando sobre economia e crescimento. Disse que o Brasil vive um ano de travessia, que levará o Brasil a um lugar melhor.
— Vamos voltar a crescer com todo nosso potencial. Com preços mais baixos, emprego em alta e saúde e educação com os investimentos necessários.
A presidente afirmou, ainda, que sabe que o povo está sofrendo e o que precisa ser melhorado. Ela apostou na redução da inflação em 2016, criando um "novo ciclo de expansão sustentável do crédito".
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Sobre as oscilações do câmbio, afirmou que a desvalorização do real eleva a competitividade de vários setores da economia brasileira. Com popularidade em baixa, e em meio a crise financeira com direito a aperto nas finanças e investimentos, Dilma disse que sabe conviver com a pressão e que a democracia precisa ser respeitada. Ela propôs aos governadores um pacto pela redução dos homicídios no País.
— O Brasil tem taxa de 23,32 homicídios por 100 mil habitantes. Número aceitável é de 10 por 100 mil.
A abertura foi aberta à imprensa e transmitida pela NBR. O restante do encontro, que ocorreu no Palácio da Alvorada, foi fechado.
Entre os temas que foram pauta na Sala Suprema do Palácio do Planalto, em Brasília, a reforma do Imposto sobre Comercialização de Mercadorias e Serviços (ICMS) teve importância especial, pois uma proposta sobre o tema em vias de ser votada pelos senadores, assim que retornarem do recesso na próxima semana. Além das medidas, Dilma ouviu as demandas dos governadores.
A presidente discutiu as formas de recompensar os Estados que terão perdas com a unificação do imposto, como a medida provisória assinada por ela neste mês criando dois fundos para este fim. Também no Senado está em discussão o projeto de lei que trata da repatriação de valores obtidos de forma ilícita no Brasil, que poderiam ser fonte de recursos para os fundos de compensação.
De acordo com o Palácio do Planalto, Dilma também tratou da relação entre os entes federados, de programas sociais do governo federal e da retomada de investimentos no país, após a implantação do ajuste fiscal. Assim como fez quando se reuniu com ministros de diferentes partidos na última segunda-feira, ela procurou convencer os governadores a obter apoio entre os congressistas para as principais votações do Congresso, evitando assim a chamada pauta-bomba.
Na saída, o governador do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori, avaliou a importância da reunião com Dilma.
— Ficaram explicitados alguns programas do Governo Federal que poderão ser compartilhados entre todos os governadores. Foi importante a convivência, a questão da governabilidade, a questão política, a questão econômica. Os programas e as necessidades dos estados foram apresentados para a presidente. A presidente também apresentou o que o governo pretende fazer daqui para frente para possibilitar o desenvolvimento econômico, possibilitar o crescimento, gerar empregos, oportunidades, cuidar das exportações e de todas as atividades econômicas. E criarmos as condições de um federalismo cooperativo — disse Sartori.
Na opinião do vice-presidente Michel Temer, os governadores serão "bons aliados no interesse da Federação e dos próprios Estados".
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Dilma faz reunião com Temer e ministros para unificar base no Congresso

— Quando você tem aumentos, na área federal, eles repercutem, pelo efeito cascata, nos Estados — disse, após a reunião de segunda.
A avaliação de Temer está alinhada com o tom que Dilma: mostrar o impacto do ajuste e dizer que medidas que enfraquecem a União, como a queda na arrecadação, acabam também fragilizando os Estados. Por isso, a presidente pregou unidade para que o país supere a crise.
Foram debatidos ainda a mudança no índice de correção do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e a isenção do óleo diesel do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins).
Alguns governadores já têm se posicionado favoravelmente à proposta.
— Irei à reunião dos governadores defender pauta de entendimento nacional para sair da crise, com retomada da estabilidade política — publicou no Twitter Flávio Dino (PCdoB), que assumiu o Maranhão em janeiro deste ano.
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Com tema coincidente, o documento final do 11º Fórum dos Governadores da Amazônia, que terminou na semana passada, cita a necessidade de um "pacto por governabilidade para enfrentar crise econômica e política".
— Houve um consenso entre os governadores da gravidade do momento que o país está atravessando, da crise econômica que está aí e da crise política que retroalimenta essa crise e vice-versa. Por isso, há o entendimento de que os governadores não poderiam ficar apenas como espectadores. A questão é contribuir para construir, de forma suprapartidária e coletiva — disse na ocasião o governador do Pará, Simão Jatene (PSDB).
Já o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), manifestou nesta semana a intenção de reunir os mandatários de seu partido antes do encontro com Dilma. Uma parte dos governadores deve se reunir às 13h em um hotel de Brasília. Em entrevistas recentes, Perillo tem dito que defenderá na reunião com a presidente a política de incentivos fiscais como instrumento importante para os estados.
Em uma prévia do que pode ser o encontro dos tucanos, os governadores Beto Richa (Paraná), Reinaldo Azambuja (Mato Grosso do Sul) e Geraldo Alckmin (São Paulo) se reuniram na última terça-feira e mencionaram as dificuldades enfrentadas pelos Estados e municípios com a queda de arrecadação.
— Vamos deixar claro que os governos não aguentam mais a sobrecarga de responsabilidades que, historicamente, é repassada para os Estados sem a devida compensação financeira — afirmou Richa após o encontro.
Além de Dilma e Temer, participaram da reunião os ministros da Fazenda, Joaquim Levy, da Casa Civil, Aloizio Mercadante, e do Planejamento, Orçamento e Gestão, Nelson Barbosa. Na agenda oficial da presidente não estavam previstos encontros separados com governadores, apesar de haver solicitações nesse sentido em seu gabinete.
* Com informações da Agência Brasil

quinta-feira, 30 de julho de 2015

Brasil obtém financiamento sueco para compra de caças Gripen

Agência sueca financiará US$ 5,4 bilhões para a compra de 36 caças-bombardeiros

atualizado às 21h52
 
Autoridades de Brasil e Suécia definiram na quarta-feira (29) os termos do financiamento da operação através da qual a Força Aérea Brasileira (FAB) adquirirá 36 caças-bombardeiros Gripen NG da empresa sueca Saab, segundo informações de fontes oficiais. O negócio, que envolve a soma de US$ 5,4 bilhões, será financiado pela agência sueca de crédito às exportações (SEK), de acordo com anúncio feito pelo Ministério da Defesa brasileiro em comunicado.
 Foto: Johan Nilsson / Reuters
Brasil receberá os 36 caças Gripen entre 2019 e 2024
Foto: Johan Nilsson / Reuters
Um dos pontos que ainda não tinha sido definido era a taxa de juros que seria aplicada, mas hoje ficou decidido que será fixada em 2,19% anual. O contrato de compra foi assinado em outubro passado e prevê que o Brasil receberá os 36 caças entre 2019 e 2024.
Com os aviões suecos, a FAB substituirá os Mirage 2000, de fabricação francesa e cuja vida útil acabou há um ano e meio. Os Gripen NG foram escolhidos em uma licitação na qual também concorreram os Rafale, da empresa francesa Dassault, e os FA-118 Super Hornet, da americana Boeing.
O acordo também estabelece que 15 dos 36 caças-bombardeiros serão fabricados nas fábricas da Embraer, à qual a Saab repassará a tecnologia necessária para o desenvolvimento.
Em meio às negociações para essa operação, Embraer e Saab também chegaram a um acordo para que os aviões fabricados no Brasil sejam oferecidos em conjunto a países da América Latina e da África, embora isso só vá ocorrer depois que termine a entrega dos 36 Gripen NG adquiridos pela FAB.

quarta-feira, 29 de julho de 2015

Em lançamento de plataforma virtual, ministros tentam reforçar agenda
 

Estadão Conteúdo    

Durante o lançamento da plataforma virtual Dialoga Brasil, que tenta aumentar a interlocução do governo com a sociedade, ministros prestaram contas e defenderam os programas do governo Dilma Rousseff. Quatro ministros foram escalados para falar: José Eduardo Cardozo (Justiça), Renato Janine (Educação), Tereza Campello (Desenvolvimento Social) e Arthur Chioro (Saúde). A ação faz parte da estratégia do Palácio do Planalto de criar uma agenda positiva para tentar afastar a gestão da petista da crise política e econômica.

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, afirmou que, para melhorar a segurança pública, é necessário integração. Ele lembrou que, na Copa do Mundo, o País foi elogiado pela segurança e prometeu, até o fim da gestão da presidente Dilma Rousseff, colocar em cada Estado um centro de comando integrado, semelhante ao que existiu no mundial de futebol do ano passado.

Cardozo ainda relatou que o Brasil criou o Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública, Prisionais e sobre Drogas (Sinesp), que aperfeiçoou as estatísticas de violência. O ministro também prometeu um pacto contra a violência que focará no combate aos homicídios nos 81 municípios que concentram a maior parte das mortes violentas. "Vamos fazer um plano baseado na causa do homicídio", disse.

Ele garantiu que, neste segundo semestre, será enviado ao Congresso uma mudança constitucional que permita uma maior participação da União na segurança pública estadual. Cardozo ainda relatou o desenvolvimento do trabalho de escritórios da Polícia Federal especializados no combate ao tráfico de drogas.

Já a ministra do Desenvolvimento Social e Combate a Fome, Tereza Campello, saiu em defesa do Bolsa Família. "É uma política barata que garante alívio à pobreza das famílias", disse a ministra, ressaltando que 22 milhões de pessoas saíram da extrema pobreza no primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff.

Aprendiz

O ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, por sua vez, usou a sua apresentação para comentar o início da implantação do Pronatec Jovem Aprendiz na Micro e Pequena Empresa. A partir deste ano, o governo federal pretende bancar 15 mil vagas para jovens de 14 a 18 anos em situação de vulnerabilidade social.

"Essa ação tem forte teor ético, porque pretende salvar jovens, numa fase em que eles poderiam tender ao crime. O Pronatec é um dos grandes programas, a maior iniciativa de educação técnica que já houve no Brasil", disse Ribeiro. "Com o Pronatec temos milhões e milhões de pessoas que já foram qualificadas e com isso se habilitam a melhorar de salário, de vida. É um jogo em que todos ganham."

Ao comentar o conteúdo da seção de educação do Dialoga Brasil, o ministro destacou dados referentes ao ensino médio, ao ensino superior e as regras para concessão de crédito do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

O ministro da Saúde, Arthur Chioro, defendeu o programa Mais Médicos e disse que outros países se inspiraram na experiência brasileira. "Inicialmente a proposta era de 13 mil médicos, terminamos ano passado com 14,3 mil atendendo prefeituras de todo o País", disse o ministro. Segundo ele, é a primeira vez que a população indígena, os povos das florestas e nas periferias do País podem contar com atendimento médico. Ele ainda exaltou o Samu e o atendimento emergencial pelo 192.

Chioro também relatou a experiência do Farmácia Popular e falou do lançamento do programa Mais especialidades. "Vamos construir o Mais Especialidades, garantindo exames, reabilitação, tudo junto, começando pelas áreas mais críticas, que são ortopedia, cardiologia e oftalmologia", afirmou.

quarta-feira, 22 de julho de 2015

"Aprovando ou rejeitando, não há base para impeachment", diz Adams da AGU

Por Marcel Frota - iG Brasília | - Atualizada às
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Ao entregar defesa do governo no TCU, Luís Inácio Adams afirmou que não se pode embasar pedido de cassação de mandato baseado nas contas apresentadas pela União

Luís Inácio Adams, advogado-geral da União:
Alan Sampaio / iG Brasília
Luís Inácio Adams, advogado-geral da União: "Governo cumpriu a lei de responsabilidade fiscal"
O Advogado-Geral da União, Luís Inácio Adams, afirmou que, independentemente de as contas do governo serem aprovadas pelo Tribunal de Contas da União, um pedido de Impeachment da presidente Dilma Rousseff não poderia ser baseado nisso. Adams esteve no final da tarde desta quarta-feira (22) no gabinete do presidente do TCU, Aroldo Cedraz, para entregar a defesa do governo em relação ao suposto descumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal referente ao ano de 2014.


Leia mais:


http://ultimosegundo.ig.com.br/politica/2015-07-22/aprovando-ou-rejeitando-nao-ha-base-para-impeachment-diz-advogado-da-uniao.html

Quarenta países discutem clima em Paris


Divulgação
Izabella (E) em Paris: clima é o tema
Encontro foi encerrado nesta terça-feira (21/07). Teve a duração de dois dias e reuniu ministros de Estado de 40 nações

DA REDAÇÃO
A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, participou, em Paris, de reunião ministerial de consultas informais sobre mudança do clima, convocada pelo ministro do Meio Ambiente do Peru, Manuel Pulgar-Vidal, presidente da 20ª. Conferência das Partes (COP-20), órgão supremo decisório no âmbito da Convenção sobre Diversidade Biológica – (CDB) e pelo chanceler da França, Laurent Fabius, futuro presidente da COP-21.

O encontro foi encerrado nesta terça-feira (21/07). Teve a duração de dois dias e reuniu ministros de Estado de 40 países, para discutir temas centrais das negociações sobre mudança do clima que se realizam no contexto da Convenção-quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima. A representante brasileira foi uma das coordenadoras dessas consultas ministeriais, a convite do chanceler francês

Assessoria de Comunicação Social (Ascom/MMA) – (61) 2028.1173

terça-feira, 21 de julho de 2015

Derrota de Janot no Senado pode gerar rebelião no Ministério Público

A eventual rejeição do Senado ao nome indicado por Dilma Rousseff para procurador-geral da República, em agosto, não será assimilada em silêncio pelo Ministério Público Federal. A escolha de alternativa que não tenha o endosso da categoria tornará o órgão "rebelado" e "ingovernável", na opinião de integrantes da força-tarefa que investiga políticos envolvidos na Operação Lava Jato.
O ELEITO
Dilma deve escolher o mais votado da eleição em que procuradores indicarão, no próximo mês, listra tríplice para o comando do órgão. O atual procurador-geral, Rodrigo Janot, é o preferido para ganhar o pleito. O Senado pode endossar ou rejeitar a escolha, em votação secreta. Janot estaria ameaçado porque abriu investigação contra vários senadores.

PONTO DE VISTA
Procuradores que integram a equipe de Janot não aceitam que, em caso de rejeição pelo Senado, Dilma possa simplesmente indicar o segundo colocado aos parlamentares. Eles querem que seja realizada nova eleição. A proposta não é consensual na categoria.

NUNCA NA HISTÓRIA
O presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República, Robalinho Cavalcanti, que organiza a eleição da lista tríplice, diz que a hipótese de realização de novo pleito não está em discussão. "Seria um desrespeito aos colegas que concorrem e até à presidente da República", diz. Ele lembra que nunca uma indicação foi rejeitada no parlamento.

ALVO INÚTIL
Robalinho afirma também que a mudança de comando na PGR não mudaria os rumos da Lava Jato, "uma operação que tem o apoio de cem por cento da categoria". Afirma que os senadores, "políticos experientes", sabem que rejeitar Janot para enterrar as investigações seria inútil.

CADEIRA VAGA
O Senado pode também protelar a votação, para que Janot saia e seja substituído por um interino sem a mesma legitimidade de um procurador-geral eleito.

segunda-feira, 20 de julho de 2015

Jarbas Vasconcelos prega afastamento de Cunha da presidência

A denúncia de que Eduardo Cunha (PMDB-RJ) teria recebido US$ 5 milhões em propina no esquema da Petrobras tem sido avaliada como grave por um grupo de deputados federais



Fonte Normal

Eduardo Cunha fala na CPI da Petrobras
Cunha organiza pedidos de impeachment contra Dilma


PUBLICADO EM 19/07/15 - 19h59
 
A denúncia de que Eduardo Cunha (PMDB-RJ) teria recebido US$ 5 milhões em propina no esquema da Petrobras tem sido avaliada como grave por um grupo de deputados federais, que passou a pregar sua saída temporária da presidência da Câmara dos Deputados.
Fundador do PMDB, o deputado federal Jarbas Vasconcelos (PE) uniu-se neste domingo (19) ao vice-líder do governo na Câmara dos Deputados, Sílvio Costa (PSC-PE), e à bancada federal do PSOL na defesa do afastamento imediato do peemedebista.
"Como ele vai ficar na presidência da Câmara dos Deputados acusado como foi, com todas as letras e toda clareza possível, por uma pessoa que diz que ele pediu US$ 5 milhões? Fica difícil, imensamente complicado. Não custa nada deixar o cargo temporariamente", disse.
Na sexta-feira (17), um dia após a revelação do depoimento do lobista Júlio Camargo, a bancada federal do PSOL e o vice-líder do governo na Câmara dos Deputados também defenderam o afastamento do peemedebista.
OPORTUNISTA
Para Vasconcelos, a denúncia contra Cunha é "extremamente grave" e a reação do peemedebista tem sido "oportunista".
"Eu acho que ele está em um comportamento, no meu ponto de vista, extremamente oportunista de aproveitar um governo fragilizado para criar dificuldade", afirmou.
No dia seguinte à revelação do depoimento, Cunha acusou o governo federal de articular seu envolvimento Operação Lava Jato e anunciou seu rompimento com o Palácio do Planalto, decisão não acompanhada pelo PMDB.
Ele também decidiu organizar pedidos de impeachment entregues nos últimos meses à Câmara dos Deputados e pretende ter um parecer sobre o assunto em 30 dias.
O afastamento do cargo de políticos envolvidos na Operação Lava Jato também foi defendido neste domingo (19) pela ex-senadora Marina Silva, candidata à sucessão presidencial em 2014.
Em artigo publicado pelo G1, ela ressaltou, sem citar nomes, a necessidade de que denunciados formalmente por envolvimento no escândalo deixem seus cargos para evitar interferências nas decisões.
"Quando as investigações resultarem em provas e denúncias formais ao Supremo Tribunal Federal, devemos exigir o afastamento dos que ocupam cargos cujos poderes possam interferir nas decisões", escreveu.

domingo, 19 de julho de 2015

Delator revela que levava dinheiro de propina nas meias

Rafael Ângulo Lopes diz que chegou a viajar com R$ 200 mil escondidos.

Um dos delatores da Operação Lava Jato chegou a viajar com R$ 200 mil escondidos nas meias. Ele detalhou aos investigadores como entregava o dinheiro de propina aos políticos.
Rafael Ângulo Lopes, braço direito do doleiro Alberto Youssef, contou em delação premiada que começou em 2009 a fazer viagens frequentes para distribuir o dinheiro de propina desviado da Petrobras. Eram de R$ 50 a R$ 200 mil em cada viagem. E, para não chamar a atenção, ele levava os maços de notas de R$ 100 e R$ 50 escondidos nas pernas, em meiões de futebol. Os encontros para a entrega do dinheiro aconteciam em restaurantes, hotéis, aeroportos e estacionamentos.
Em Brasília, as entregas eram, principalmente, em apartamentos funcionais da Câmara dos Deputados. E Rafael contou que uma vez até ganhou uma gorjeta de R$ 500.
Entre os políticos que, segundo Rafael Ângulo, receberam dinheiro, estão o deputado Nelson Meurer, do Partido Progressista do Paraná, e os ex-deputados pelo mesmo partido João Pizzolatti, Pedro Corrêa – que hoje está preso no Paraná – e Mário Negromonte – que foi ministro das Cidades no governo Dilma e atual conselheiro do Tribunal de Contas dos municípios da Bahia.
Todos esses políticos já estão sendo investigados por corrupção e lavagem de dinheiro no Supremo Tribunal Federal, suspeitos de receber propina do esquema de fraudes na Petrobras. E as investigações continuam a revelar novos indícios contra outros políticos.
Sabe aquele carrão do senador Fernando Collor, por exemplo, o Lamborghini apreendido esta semana pela Polícia Federal? Custou R$ 3,2 milhões. Boa parte do valor, R$ 1,2 milhão, foi paga em dinheiro vivo, segundo as investigações. E os pagamentos, classificados como suspeitos pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).
O carro está registrado em nome de Água Branca Participações, uma empresa de Collor que os investigadores consideram ser "de fachada, usada especificamente para lavagem de dinheiro".
Para a Polícia Federal e para o Ministério Público, há fortes indícios de que o carro foi adquirido com dinheiro de origem ilícita. Por isso, a compra dele e o registro em nome da Água Branca podem ser lavagem de dinheiro.
A assessoria do senador Fernando Collor de Mello disse que a Água Branca é uma empresa regularmente constituída e declarada à Receita Federal junto com os seus bens.
Aa defesa de João Pizzolatti informou que ele nega ter recebido propina, mas admitiu que o ex-deputado sabia do caixa dois feito pelo então tesoureiro do Partido Progressista José Janene e que, por causa disso, pode ter tido despesas de campanha eleitoral pagas pelo doleiro Alberto Youssef.
A defesa do deputado Nelson Meurer disse que o cliente também negou ter recebido dinheiro. O advogado de Pedro Corrêa afirmou que o ex-deputado recebeu dinheiro de Youssef porque tinha negócios no setor de agropecuária com José Janene e que, com a morte de Janene, Youssef assumiu o negócio.
Aa defesa de Mário Negromonte disse que o ex-ministro negou qualquer envolvimento com corrupção.
O Partido Progressista informou que está à disposição para colaborar com a investigação.

sábado, 11 de julho de 2015

Pezão defende aliança entre PMDB e PT

10/7/2015 12:36
Por Redação, com ABr - do Rio de Janeiro

Pezão
O governador criticou as propostas de mudança na aposentoria
O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, defendeu que a aliança entre PMDB e PT continue até o final do governo da presidenta Dilma Rousseff e disse que, em jantar que reunirá representantes e parlamentares do partido na noite desta sexta-feira será pedido apoio as medidas provisórias que estão no Congresso Nacional.
– [Vamos] Pedir solidariedade. O PMDB é importante, está lá com Michel Temer, Paulo Hartung, os governadores todos. Para nos unirmos, conversarmos e ajudar o Brasil a crescer”, disse o governador, que defendeu a aliança do partido com o governo.”A gente ajudou a eleger, agora tem que ajudar a governar, como sempre o PMDB fez. Ainda mais tendo o vice-presidente. Sou favorável que se mantenha [a aliança]. Só quero que em 2018 a gente tenha candidato – disse.
Pezão participou na manhã desta sexta-feira de uma audiência pública para apresentar o projeto da ferrovia que ligará portos do Rio de Janeiro e Espírito Santo, na Associação Comercial do Rio de Janeiro.
O governador criticou as propostas de mudança na aposentadoria em discussão no Congresso Nacional, que estendem a regra de aumento do salário mínino ao benefício, e disse que prejudicam o ajuste fiscal e só jogam o ônus do veto sobre a Presidência da República.
– Não adianta ficar falando em impeachment e ficar discutindo questões dentro do Congresso Nacional que infelizmente a gente tem visto. Algumas medidas sendo votadas botando o ônus para a presidenta vetar. Isso não ajuda. Mexer com aposentadoria hoje, que é o maior déficit dentro dos governos, só prejudica o ajuste dos estados, municípios e do governo – falou.
O governador defendeu que a presidenta Dilma Rousseff vete a alteração, argumentando que é preciso ter uma fonte de financiamento: “Sei que o aposentado lutou e contribuiu, mas onde arranja [esse recurso]?”.


sexta-feira, 10 de julho de 2015

Lula sai em defesa de Dilma em redes sociais

9/7/2015 12:32
Por Redação, com agências de notícias - de Brasília

Lula
Lula disse que “não há espaço para retrocesso”

O ex-presidente Lula saiu defesa da presidenta Dilma Rousseff, na manhã desta quinta-feira , em sua página no Facebook. Lula destaca que “não há espaço para retrocesso: o tempo do golpismo acabou para nunca mais”.
“Hoje, vivemos o período de maior solidez da nossa democracia desde a proclamação da República. O acúmulo das lutas do povo brasileiro forjaram as bases de um país mais rico, menos desigual e consciente de seu potencial. Por isso, não há espaço para retrocesso: o tempo do golpismo acabou para nunca mais”, publicou o ex-presidente, destacando um manifesto assinado por movimentos sociais contra o impeachment.
Após a convenção do PSDB que reelegeu Aécio Neves presidente do partido no último domingo, Dilma recebeu apoio de movimentos sociais, ministros, parlamentares e governadores, inclusive da oposição, como Marconi Perillo (PSDB), de Goiás, contra medidas que tentem tirá-la do poder antes do fim do mandato, em 2018. Lula, porém, não havia saído em defesa da presidente, ou contra o discurso do golpe, até o momento.
Também em decorrência do acirramento do discurso da oposição, o diretório municipal do PT em São Paulo organiza um ato para o dia 14 de julho, reunindo movimentos sociais, sindicais, intelectuais, políticos e jurídicos em defesa da democracia. O objetivo, segundo nota divulgada pelo partido, “é chamar a atenção para a defesa da democracia contra qualquer tipo de atitude que possa representar ameaça ao atual Estado democrático de direito”.
“Não vou cair”
Na terça-feira, em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, a presidenta Dilma Rousseff disse que quer acelerar o ajuste fiscal e fará o possível para a recessão ser a menor possível.
Na entrevista Dilma disse: “Eu não vou cair. Eu não vou, eu não vou. Isso é moleza, isso é luta política. As pessoas caem quando estão dispostas a cair. Não estou. Não tem base para eu cair. E venha tentar, venha tentar. Se tem uma coisa que eu não tenho medo é disso”.
Na matéria a presidenta diz que “para tirar um presidente da República tem que explicar por que vai tirar”.
– Confundiram seus desejos com a realidade, ou tem uma base real? Não acredito que tenha uma base real – completou.
Dilma referiu-se a “uma certa oposição um tanto golpista”, mas disse que não acha que toda oposição “seja assim”.

quinta-feira, 9 de julho de 2015

Para superar crise global, Dilma e líderes dos Brics defendem mais cooperação

atualizado às 08h09

A presidente Dilma Rousseff e os demais líderes dos Brics defenderam nesta quinta-feira a necessidade de aprofundar a cooperação e os investimentos entre as economias dos países do grupo para superar as dificuldades globais.
Na segunda e última rodada da cúpula que está sendo realizada em Ufa, no oeste da Rússia, os representantes dos cinco países (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) participaram do Conselho Empresarial do grupo, um fórum destinado a identificar oportunidades multilaterais de investimentos e preparar projetos em conjunto.
"Devemos reforçar cada vez mais o papel dos Brics, tão importante para o desenvolvimento global. O comércio e os investimentos devem desempenhar um papel fundamental", disse Dilma.
A presidente destacou sua "satisfação" pelos acordos firmados na última cúpula do grupo, realizada no ano passado em Fortaleza, para criar o Novo Banco de Desenvolvimento (NBD) e o Fundo de Reservas em moeda estrangeiras terem sido ratificados e pelo fato de as novas instituições estarem praticamente prontas para funcionarem.
Dilma disse que a situação global é difícil, com uma queda de 50% dos investimentos diretos estrangeiros. E destacou a importância do NBD nesse cenário, avaliando que o banco terá um papel decisivo na intermediação de recursos para projetos de infraestrutura nos Brics e depois em outros países em desenvolvimento.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, usou seu discurso para defender o desempenho da economia do país, que também vive grave crise desde o ano passado devido à queda dos preços do petróleo e às sanções internacionais impostas pelo conflito na Ucrânia.
"Apesar das turbulências que afrontam a economia mundial e a russa, conseguimos manter os fundamentos básicos da economia nacional, que tínhamos fortalecido nos últimos 15 anos", assinalou.
Putin disse que a Rússia está interessada em desenvolver mais intercâmbios comerciais com os parceiros dos Brics nas moedas nacionais.
Já o presidente da China, Xi Jinping, disse em sua intervenção que, depois da grave crise mundial, a economia "se recupera em um ritmo lento", uma situação que coloca novos desafios para o grupo de países emergentes.
O mesmo recado foi dado pelo primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, que defendeu que as economias dos Brics "têm um grande potencial e podem conseguir mais com a cooperação".
"A União Europeia enfrenta grandes problemas, a situação dos mercados financeiros é instável e as sanções prejudicam a economia global. Por isso, é necessário aprofundar seriamente a cooperação entre os Brics", disse Modi.
EFE    

quarta-feira, 8 de julho de 2015

Após encarar oposição, Dilma embarca para Rússia

: Presidente embarcou nesta manhã para a Rússia, onde participará da reunião da cúpula dos Brics, depois de ter desferido críticas, em entrevista, a uma "certa oposição um tanto golpista"; antes Dilma fará uma parada na Cidade do Porto, em Portugal; chegada à cidade russa Ufá está prevista para depois das 18h, em tempo de participar do jantar de abertura oficial da cúpula

7 de Julho de 2015 às 14:33247 — 
A presidente Dilma Rousseff embarcou na manhã desta terça-feira, 7, para a Rússia, onde participará da reunião da cúpula dos Brics - grupo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Antes de chegar a Ufá, na Rússia, Dilma fará uma parada na Cidade do Porto, em Portugal. 
Antes de embarcar para a reunião do Brics, a presidente Dilma enquadrou a oposição golpista, liderada pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG). Em entrevista à Folha de S. Paulo, publicada nesta segunda-feira, Dilma usou a palavra correta para denunciar o movimento antidemocrático que vem sendo liderado por determinada ala da oposição. Ao ser questionada sobre se terminará ou não o mandato, Dilma foi direto ao ponto e disse que isso representa apenas o desejo de uma certa oposição "golpista" (leia mais).
Segundo a assessoria do Palácio do Planalto, o avião presidencial não tem autonomia de voo, sendo necessária a parada técnica, e, por ser uma viagem longa, foi decidido o pernoite. Até agora não está prevista nenhuma agenda oficial na Cidade do Porto. 
Em janeiro do ano passado, entre a Suíça, onde participou do Fórum Econômico Mundial de Davos, e Cuba, Dilma fez uma parada em Lisboa. Ela passou a noite na capital portuguesa e foi a um restaurante. A parada não constava na agenda oficial.
A chegada a Ufá está prevista somente para depois das 18h desta quarta-feira, em tempo de participar do jantar de abertura oficial da cúpula, no restaurante Dasko Garden, junto com os demais líderes do grupo.

terça-feira, 7 de julho de 2015

Reforma política em pauta no Congresso

6/7/2015 11:22
Por Redação, com Vermelho - de Brasília

reforma política
Os deputados deverão retomar as votações dos temas aprovados em primeiro turno
A Câmara dos Deputados retomará as discussões esta semana as votações em segundo turno da reforma política. Os deputados deverão retomar as votações dos temas aprovados em primeiro turno. Entre eles estão o fim da reeleição, os cinco anos de mandato para os ocupantes de todos os cargos eletivos, o acesso ao Fundo Partidário e ao tempo de rádio e TV apenas para legendas com, pelo menos, um deputado eleito.
Estará em discussão também o financiamento privado de campanhas, com doações de empresas a partidos políticos. Sobre esse último ponto, os deputados precisam alterar a legislação ordinária para disciplinar as doações. Como se trata de matéria que altera a Constituição, as votações têm que ocorrer em dois turnos, antes de serem encaminhadas para o Senado.
A Câmara deve votar na terça-feira a Medida Provisória 671/15, que trata do refinanciamento das dívidas fiscais e trabalhistas dos clubes de futebol profissional e das normas de responsabilidade fiscal e gestão.
O plenário poderá votará o Projeto de Lei 1358/15, que muda o índice de correção do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, cuja urgência foi aprovada na última terça-feira. Pela proposta, os depósitos feito0s a partir de 1º de janeiro de 2016 serão corrigidos pela TR mais 0,5% ao mês, quando a taxa Selic for superior a 8,5% (atualmente a taxa está em 13,75%).
Quando os juros forem inferiores a 8,5%, a correção será TR acrescida de 70% da taxa Selic. É o mesmo cálculo aplicado hoje às cadernetas de poupança. Atualmente a correção é feita com base na taxa referencial (TR), em torno de 0,1% ao mês, mais juros de 3% ao ano.
Para representante da OAB, objetivo da reforma é impedir crescimento da esquerda
Na audiência pública da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) que discute durante nesta segunda-feira a reforma política sob a ótica dos pequenos partidos, o representante da comissão da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Cezar Britto disse acreditar que a proposta, em análise pelo Plenário da Câmara dos Deputados, busca “extinguir a possibilidade do crescimento de uma nova esquerda no país”.
– A esquerda vem crescendo em países como a Grécia, a Espanha, como uma resposta à direita representada por governos como o de James Cameron na Inglaterra – observou Cezar Britto, que também já foi presidente do Conselho Federal da OAB.
Ele citou como pontos preocupantes a proibição de acesso ao horário eleitoral e à propaganda em TV e rádio para quem não tiver representação no Congresso, assim como a restrição de acesso ao Fundo Partidário.
– A atual legislação já é restritiva nestes aspectos aos pequenos partidos ideológicos. Mas agora querem transformar o restritivo em “extinguivo” – disse.
Cezar Britto também mencionou como “extremamente preocupante” a proposta de diminuição do tempo das campanhas eleitorais e cláusulas de barreira ligadas a critérios geográficos num país continental como o Brasil.
– Me preocupa muito o estímulo a uma sociedade calada – afirmou.
Para o representante da OAB, se o objetivo é diminuir o campo de atuação das chamadas “legendas de aluguel”, bastaria vedar a cessão do tempo de TV e de rádio nas coligações, proposta defendida pela entidade.
Cezar Britto afirmou que a reforma política faz parte de uma “ofensiva da direita”, representada também por propostas como a ampliação da terceirização, a rediscussão do conceito de “trabalho escravo” e o combate a mais direitos para grupos como o dos homossexuais. Ele ainda criticou a legalização do financiamento privado de campanhas.
– Empresa não é povo, ela não vota. Ela não financia candidatos por preferência, ela faz um investimento que custa muito caro para a sociedade depois – alertou.
Em sua avaliação, seria também uma “ironia” o fato de sindicatos e associações sem fins lucrativos continuarem proibidos de financiar ou apoiar candidaturas, enquanto essa possibilidade continuaria aberta para as grandes empresas.
Brito defendeu a análise pelo Congresso da proposta apresentada pela OAB, que estabelece cotas para a representação feminina no Congresso (50%), além de aumentar o Fundo Partidário para partidos que tenham mais negros e trabalhadores eleitos. A proposta da OAB limita a R$ 700 o valor que um cidadão pode doar para ajudar o candidato de sua preferência, estabelece o voto em lista nos pleitos proporcionais, e prevê a realização de mais plebiscitos e referendos para as decisões sobre políticas públicas.
Outras manifestações
O presidente da CDH, senador Paulo Paim (PT-RS), permitiu a manifestação de outras pessoas presente na audiência pública. O ex-deputado federal Ciro Gadelha, do PSTU, criticou a proposta analisada pela Câmara, afirmando tratar-se de um “escárnio”.
– As legendas de aluguel irão continuar. Só os partidos ideológicos serão calados.
Amanda Gurgel, vereadora pelo PSTU em Natal (RN), também defendeu a continuidade de acesso à TV e ao rádio para os partidos pequenos.
– Deixem a gente falar e deixem a população decidir se querem votar na gente ou não.

segunda-feira, 6 de julho de 2015

Rede, de Marina Silva, conta com liberação de registro no TSE em agosto

Em Brasília
  • Dênio Simões/Agência Brasília
    Rede, grupo de Marina Silva (foto), teve pedido de registro negado pelo TSE em 2013 Rede, grupo de Marina Silva (foto), teve pedido de registro negado pelo TSE em 2013
A Rede Sustentabilidade, grupo político da ex-ministra Marina Silva, espera que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) dê o aval para o registro oficial do partido em agosto, na volta do recesso do Judiciário. Em reunião do diretório nacional neste fim de semana, os integrantes do grupo já começaram a organizar a formalização da legenda e marcaram a data do congresso nacional do partido para novembro, contando com a liberação da Justiça eleitoral.
No final de maio deste ano, a Rede entregou ao TSE mais fichas de apoio para viabilizar a criação do partido. De acordo com Bazileu Margarido, porta-voz do grupo, na última semana a área técnica do Tribunal já certificou a validade de mais 55,7 mil assinaturas. "Esse número ultrapassa as assinaturas necessárias para o registro. Como é o único item que faltava ser cumprido, nossa expectativa é que ainda no mês de agosto seja julgado", afirmou Margarido.
Em 2013, a Rede teve pedido de registro negado pelo TSE por não obter apoio mínimo exigido pela legislação eleitoral para criação de novo partido. Na ocasião, faltaram pouco menos de 50 mil assinaturas para serem validadas. O relator do processo de criação da Rede no TSE atualmente é o ministro João Otávio de Noronha, corregedor-geral da Justiça Eleitoral.
Após o registro oficial, o grupo pretende ainda discutir uma revisão no estatuto e outros pontos como a oficialização dos militantes como filiados do partido.
Durante as reuniões do final de semana, a Rede discutiu também impactos do ajuste fiscal. Marina Silva participou do debate e, de acordo com presentes no encontro, manifestou preocupação com a necessidade de que medidas econômicas sejam desenhadas de forma a poupar os segmentos mais vulneráveis da sociedade.

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domingo, 5 de julho de 2015

onal

Episódio do grampo dos EUA está 'superado' para o governo, diz ministro

Em 05 de julho de 2015 as 05h26
Ministro afirmou ao G1 que nova revelação se refere a fatos antigos.
WikiLeaks divulgou que EUA espionaram 29 telefones do governo Dilma.

Fonte: G1

O ministro da Comunicação Social, Edinho Silva, afirmou neste sábado (4) ao G1 que, mesmo diante da revelação de que os Estados Unidos grampearam 29 telefones do governo brasileiro no início da gestão Dilma Rousseff, para o Palácio do Planalto o episódio da espionagem norte-americana está "superado".

O site WikiLeaks divulgou neste sábado uma lista classificada pela Agência Nacional de Segurança (NSA, na sigla em inglês) dos EUA como "ultrassecreta", a qual revela que, além da própria presidente da República, ministros, diplomatas e assessores do Executivo federal foram espionados pela agência de inteligência.

Edinho Silva relatou ao G1 que conversou com Dilma na manhã deste sábado após a divulgação dos alvos brasileiros da espionagem dos Estados Unidos. Segundo ele, a avaliação do governo é de que as informações são relacionadas a fatos antigos.

"A posição do governo é de que esse episódio é relacionado a episódios antigos. O próprio governo americano reconheceu internacionalmente o erro e assumiu compromisso de mudança de prática. Para o governo [brasileiro], está superado", ressaltou o titular da Comunicação Social.

A GloboNews, em parceria com a publicação online "The Intercept", divulgou neste sábado, simultaneamente com o Wikileaks, a relação de telefones do governo que foram grampeados pela NSA. A lista revelou que o telefone via satélite Inmarsat instalado no avião presidencial, com o qual Dilma se comunica com o mundo quando está a bordo da aeronave, é um dos 29 números monitorados pela NSA. Os números telefônicos foram espionados no início da gestão Dilma.

Entre outros nomes, estavam na lista da NSA o ex-chefe da Casa Civil Antonio Palocci; o atual ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, que, à época, ocupava o cargo de secretário-executivo do Ministério da Fazenda; o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general José Elito Siqueira, responsável pela segurança da presidente da República; e o ex-ministro das Relações Exteriores e atual embaixador do Brasil em Washington, Luiz Alberto Figueiredo, então subsecretário-geral de Meio Ambiente.

A relação vazada pelo WikiLeaks também mostra que quatro números do escritório da presidente no Palácio do Planalto eram monitorados pelos espiões dos EUA, além dos telefones do assessor pessoal da petista, Anderson Dornelles, e da secretária Nilce.

Os grampos norte-americanos, revela a lista do WikiLeaks, também foram instalados em embaixadas, no Banco Central e na residência de diplomatas.

Ao G1, o ministro da Comunicação Social destacou que a presidente da República recém retornou de uma viagem oficial aos Estados Unidos, que, segundo ele, teve com um de seus objetivos a "reaproximação" com Washington. Ao longo dos quatro dias de estadia em território norte-americano, Dilma visitou oficialmente a Casa Branca, se reuniu com empresários em Nova York e foi conhecer a sede do Google, na Califórnia.

"A viagem [aos EUA] foi de reaproximação, construção de uma relação mais qualificada, de parcerias mais importantes", disse Edinho Silva.

Em 2013, a revelação de que Dilma havia sido espionada pela agência norte-americana gerou uma crise diplomática entre Brasil e Estados Unidos. Indignada com a espionagem, a presidente brasileira cancelou, à época, uma visita de Estado (a mais alta da diplomacia) agendada para Washington e condenou duramente as ações de espionagem dos EUA na Assembleia-Geral das Nações Unidas, em Nova York.

No mês passado, quase dois anos depois do início do mal-estar diplomático com a Casa Branca, Dilma afirmou ao jornal belga "Le Soir" que a crise gerada por conta do episódio da espionagem era “uma questão do passado”. Em meio à visita oficial desta semana, o tema não ganhou destaque por parte dos chefes de Estado do Brasil e dos EUA.

Indagada em uma coletiva de imprensa concedida na última terça (30) na Casa Branca sobre se a crise diplomática gerada pelos grampos estava superada, a presidente brasileira chegou a brincar com o fato de ter sido espionada. Ao lado de Barack Obama, Dilma voltou a dizer que o colega norte-americano havia lhe prometido que, se quisesse saber qualquer coisa sobre o Brasil, ele ligaria para ela.

Para Edinho Silva, o governo avalia que as revelações deste sábado são muito semelhantes com as que a imprensa já havia divulgado. De acordo com o ministro, ao conversar com Dilma nesta manhã, eles não discutiram os nomes de pessoas espionadas.

sábado, 4 de julho de 2015

Primeiro projeto da Comissão da Reforma Política pode ser votado em julho

3/7/2015 13:48
Por Redação, com Agência Senado - de Brasília

reforma política
O prazo para a apresentação das sugestões encerra-se em 10 de julho
O projeto que muda regras para coligações nas eleições proporcionais (PLS 430/2015), primeira proposta aprovada pela Comissão da Reforma Política, já está na fase de recebimento de emendas dos senadores. O prazo para a apresentação das sugestões encerra-se em 10 de julho. A partir daí, o projeto pode seguir para votação no Plenário do Senado, sem passar por outras comissões, uma vez que tramita em regime de urgência.
O projeto traz novidades para as coligações nas eleições para vereadores e deputados distritais, estaduais e federais. As mudanças deverão ser feitas na Lei 4.737/1965. De acordo com a proposta, a distribuição de vagas nas eleições proporcionais deve acontecer respeitando o quociente eleitoral, pela votação obtida pelo partido, mesmo quando houver coligações. Assim, as legendas que não alcançarem o quociente não podem disputar as sobras de vagas.
A Comissão da Reforma Política justificou, ao defender a proposta, que o objetivo é permitir que os partidos sejam representados no Parlamento na mesma medida do apoio que têm na sociedade. As regras da legislação vigente, ainda segundo a justificativa, distorcem a vontade dos eleitores, uma vez que a formação de algumas coligações altera a distribuição das cadeiras que devem caber a cada legenda.
CPI da CBF
A CPI da CBF deve ser instalada após a dos Comissão dos Fundos de Pensão. Na quarta-feira, foi apresentado um requerimento aumentando a composição da comissão de 7 para 11 senadores. Esse tipo de pedido não precisa ser votado e produz efeitos imediatos. Até então, faltavam as indicações do Bloco da Maioria. O requerimento foi feito pelo senador Humberto Costa (PT-PE). Ele disse que o Bloco do Governo fará as indicações de titulares e suplentes das duas CPIs na próxima semana.
Mas como houve aumento do número de senadores que integrarão o colegiado, o cálculo da proporcionalidade partidária para indicação de cada bloco terá de ser refeito e todas as lideranças terão de ser notificadas novamente para completarem ou refazerem suas indicações. De qualquer forma, há a possibilidade de o Senado encerrar o primeiro semestre com seis comissões parlamentares de inquérito em funcionamento.
A CPI que investigará a Confederação Brasileira de Futebol e a organização da Copa do Mundo de 2014, no Brasil, foi criada por requerimento do senador Romário (PSB-RJ). A CPI terá como alvo possíveis irregularidades em contratos feitos para a realização de partidas da seleção brasileira de futebol e de campeonatos organizados pela CBF, assim como para a realização da Copa das Confederações de 2013 e da Copa de 2014.


sexta-feira, 3 de julho de 2015

Ex-diretor da Petrobras Jorge Luiz Zelada é preso na Operação Lava Jato

Prisão fez parte da 15ª etapa, batizada de Conexão Mônaco.
Zelada vai ficar preso por tempo indeterminado em Curitiba.

Marcelo Rocha Curitiba, PR
Relógios e dinheiro vivo em várias moedas. Foi o resultado da busca em quatro endereços, no Rio de Janeiro e em Niterói, ligados ao ex-diretor da área internacional da Petrobras, Jorge Luiz Zelada. 
Ele vai ficar preso por tempo indeterminado na carceragem da Polícia Federal, em Curitiba. O juiz responsável pelos processos da Lava Jato destacou como "a prova mais contundente do envolvimento de Jorge Zelada em crimes de corrupção à "descoberta de que ele mantinha contas secretas no exterior com saldos milionários". O dinheiro seria propina, obtida por meio de fraude em contratos de fornecimento de navios sonda na Petrobras. “Ele já transferiu os valores da Suíca para Mônaco e depois nós identificamos também transferências para a China. Quando você interpõe uma conta a mais, muda de país, você está na verdade lavando dinheiro, dificultando o rastreamento desses valores”, disse o procurador Carlos Fernando dos Santos. Onze milhões de euros já foram bloqueados em Mônaco. Na China, a investigação rastreou uma movimentação de um milhão de dólares. Jorge Luiz Zelada é o quarto ex-diretor da Petrobras preso desde o início da Operação Lava Jato. Com essa prisão, os procuradores acreditam que conseguiram chegar às principais diretorias da estatal envolvidas no esquema de corrupção: a de abastecimento, de serviços e a internacional. “Esse grupo de quatro diretores que foram presos, Paulo Roberto Costa, Duque, Cerveró e Zelada constituem um núcleo principal das investigações e das falcatruas e do desvio de dinheiro público ocorridos na Petrobras”, declarou o procurador.      A defesa de Jorge Zelada afirmou que vai tentar libertar o cliente assim que tiver acesso à decisão da justiça.  A defesa de Nestor Cerveró declarou que a afirmação do procurador sobre a existência de uma quadrilha é descabida, porque não há provas contra o cliente dele. NOVAS PROVAS

Também nesta quinta (3), o Ministério Público Federal apresentou à justiça documentos apresentados por Rafael Ângulo, delator da Lava Jato. Ele era funcionário do doleiro Alberto Youssef.
De acordo com os documentos, Marcelo Odebrecht, diretor presidente da Odebrecht SA, Alexandrino de Alencar, ex-diretor da Brasken, e os executivos Rogério dos Santos Araújo e Márcio Faria da Silva abriam empresas no exterior para pagar propina a funcionários da Petrobras. Paulo Roberto Costa teria recebido mais de U$ 1,7 milhão, Renato Duque, quase R$ 1,9 milhão e Pedro Barusco teria recebido R$ 1,1 milhão. Em nome de Marcelo Odebrecht, de Alexandrino de Alencar, de Rogério de Araújo e de Márcio Faria, a Odebrecht negou as acusações de Rafael Ângulo. Especialmente a de ter feito pagamento ou depósito em suposta conta de executivo ou de ex-executivo da Petrobras.

A Brasken declarou que Alexandrino Alencar foi funcionário da empresa até 2007 e que os documentos não correspondem a transferências financeiras da Brasken.
Rafael Ângulo disse que os documentos estavam com ele porque era funcionário do doleiro Alberto Youssef e que só entregava os papéis, sem poder de decisão. Paulo Roberto Costa confirmou que recebeu dinheiro da Odebrecht e que era parte dos valores que foram trazidos de volta, da Suíça para o Brasil. Também citado em delação premiada, o ex-ministro José Dirceu entrou com um pedido de habeas corpus preventivo para não ser preso. O delator Milton Pascowitch disse aos procuradores ter pago propina por meio de repasses à JD Consultoria, que pertence ao ex-ministro Dirceu. Roberto Podval, advogado de José Dirceu, afirmou que não há fundamento jurídico para a prisão de seu cliente, já que ele está em prisão domiciliar em Brasília. O Jornal da Globo não conseguiu entrar em contato com Pedro Barusco e Renato Duque.