sexta-feira, 7 de junho de 2013

Procurador recomenda cassação de Afif

Vice-governador acumula cargo com o de ministro no governo federal. Dupla função é contestada pelo MP diário sp

O procurador-geral de Justiça de São Paulo, Márcio Fernando Elias Rosa, mandou expedir ofício para a Assembleia Legislativa de São Paulo onde recomenda “promoção das medidas necessárias à perda do mandato do vice-governador” Guilherme Afif Domingos (PSD), que acumula o cargo com o de ministro da Secretaria da Micro e Pequena Empresa do governo federal. A representação havia sido feita ao Ministério Público pelo deputado estadual Carlos Gianazzi (PSOL).
O chefe do Ministério Público paulista afirmou que a acumulação, remunerada ou não, de cargos, funções e empregos públicos é admitida apenas com permissão da Constituição Federal. “Sendo assim, não há espaço para cúmulo de funções públicas”, diz no parecer.

Na terça-feira, a maioria dos integrantes da Comissão de Ética de São Paulo rejeitou a dupla função de Afif, considerando-a “indevida e altamente inconveniente”.

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quinta-feira, 6 de junho de 2013

Dilma sanciona Lei dos Portos com vetos 

  •  06 Junho 2013 por:
Horizonte MS/Foto: Divulgação
 
 
 
A presidenta Dilma Rousseff sancionou a nova Lei dos Portos, com dez vetos ao texto aprovado pelo Congresso Nacional em maio. Os vetos englobam 13 pontos, e os principais referem-se a dispositivos que tratavam da renovação e prorrogação de concessões de portos e da garantia de concorrência que o novo marco regulatório quer implementar. O texto sancionado foi publicado nesta quarta-feira (5), em edição extra do Diário Oficial da União.
 
"Os vetos foram feitos para garantir o objetivo principal da lei, que é garantir a abertura e a competitividade do setor e afastar qualquer insegurança jurídica”, justificou a ministra Gleisi Hoffmann, chefe da Casa Civil.
 
Entre os vetos estão trechos do Artigo 57 da lei, que tratava da prorrogação de contratos firmados a partir de 1993. Dilma vetou o dispositivo que permitia a prorrogação desses contratos desde que o arrendatário promovesse os investimentos para expansão e modernização dos portos.
 
Na justificativa do veto, a presidenta argumentou que o texto “extrapola os termos dos contratos de arrendamento vigentes” e tenta estabelecer “salvaguardas contra a ampliação do setor” para os terminais que já estão em funcionamento, inviabilizando o aumento da concorrência no setor.
 
Também foi vetado o Parágrafo 1º do Artigo 5º, que também tratava da prorrogação dos contratos de concessão e arrendamento vigentes. O Congresso retirou do texto a expressão “a critério do Poder Concedente”, o que, na prática, criaria um mecanismo de prorrogação automática. “Tal modificação retira do Poder Executivo a prerrogativa de avaliar a conveniência e a oportunidade de cada prorrogação, prejudicando sua capacidade de planejamento e gestão do setor portuário e violando o princípio constitucional da separação dos poderes."
 
Outro veto retira da lei o conceito de“terminal indústria”, para dar fim à distinção entre carga própria e de terceiros. Na avaliação do governo, a restrição da utilização de um terminal apenas para carga própria reduziria a competitividade e poderia travar o setor.
 
A presidenta também vetou o trecho que dava exclusividade da segurança dos portos à Guarda Portuária e um artigo relativo ao cadastro de mão obra avulsa para trabalho nos portos, porque não deixava claro o alcance do novo cadastro e dava margem à conflito com as funções do Órgão Gestor de Mão de Obra (Ogmo).
 
Segundo Gleisi Hoffmann, o governo está trabalhando na regulamentação da nova lei, que deverá sair em 15 dias. A regulamentação de trechos relativos aos trabalhadores será discutida separadamente, com a participação dos representantes do setor e de representantes da Previdência e do Trabalho.
 
Com a sanção, o governo espera publicar os estudos para as primeiras concessões de arrendamento de portos no começo de julho. No primeiro bloco estarão 52 terminais do Porto de Santos e da Companhia Docas do Pará. Já o primeiro lote de autorizações para novos portos deverá sair em outubro.
 
 
Agência Brasil

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Ministro da Justiça chega a MS com tropa da Força Nacional às 7h30

Campo Grande News - ‎há 16 minutos‎
 
 

O ministro da Justiça José Eduardo Cardozo e cerca de 50 da Força Nacional chegam nesta manhã na Base Aérea de Campo Grande para atuar na região de Sidrolândia, cenário de conflitos entre índios terena e fazendeiros. Eles chegam em duas aeronaves, entre 7h30 e 7h45.
A tropa federal saiu de Brasília às 4h da manhã (horário local). Segundo apuração do Campo Grande News, estes 50 homens serão incorporados aos que já trabalham em Mato Grosso do Sul. O tempo de estadia é indeterminado.
O envio da tropa é um pedido do governador André Puccinelli (PMDB). Nesta quarta-feira (5), vence o prazo para a reintegração de posse da fazenda Buriti a favor do proprietário, o ex-deputado Ricardo Bacha.
Ontem o terena Josiel Gabriel Alves, de 34 anos, levou um tiro no ombro que ficou alojado na coluna cervical. Ele é primo de terceiro grau de Osiel, morto na última quinta-feira (30), em confronto com a Polícia durante a reintegração de posse da fazenda Buriti.
Depois desse incidente, os índios voltaram a entrar na Buriti, e também ocuparam a fazenda Cambará, e na tarde desta terça-feira na fazenda São Sebastião.

terça-feira, 4 de junho de 2013

Produção industrial avança 1,8% em abril

04/06/2013 - 10h08
Flávia Villela
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - A produção industrial avançou 1,8% em abril na comparação com março, informou hoje (4) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Este é o segundo resultado positivo consecutivo nesse tipo de comparação, um ganho de 2,7% nesse período, segundo a Pesquisa Industrial Mensal.
A categoria bens de capitais (máquinas e equipamentos) foi a principal influência para esse aumento, ao apresentar a maior variação em abril, com alta de 3,2%, quarto resultado positivo consecutivo, com ganho acumulado de 15,5%.  
Na comparação com abril do ano passado, a indústria cresceu 8,4% em abril de 2013, taxa mais elevada nesse tipo de comparação desde agosto de 2010 (8,6%). O estudo informa que todas as categorias de uso, 23 das 27 atividades, 58 dos 76 subsetores e 63,4% dos produtos pesquisados apontaram expansão na produção.
No acumulado deste ano, o setor industrial teve expansão de 1,6%, revertendo a queda de 1,1% assinalada nos quatro últimos meses do ano passado, nas comparações com os períodos equivalentes do ano anterior. Dos 27 ramos investigados, 13 apontaram expansão na produção.
Ainda segundo o IBGE, no acumulado em 12 meses, a produção das indústrias recuou 1,1% em abril, uma diminuição do ritmo de queda registrado em janeiro (-2%), fevereiro (-1,9%) e março (-2%).
A expansão da atividade industrial em abril deste ano, na comparação com março, alcançou todas as categorias de uso e 17 dos 27 ramos pesquisados. Os maiores aumentos de produção foram identificados nas atividades: veículos automotores (8,2%), máquinas e equipamentos (7,9%) e alimentos (4,8%). O primeiro setor avançou 15,6% nos dois últimos meses de expansão, o segundo acumulou ganho de 19,3% entre janeiro e abril, e o terceiro eliminou a perda de 4,5% verificada entre fevereiro e março.
Entre as nove atividades que reduziram a produção, entre março e abril, merecem destaque: bebidas (-5,9%) e material eletrônico, aparelhos e equipamentos de comunicações (-6,5%), que reverteram as taxas positivas do mês anterior: 1,5% e 0,6%, respectivamente.
Edição: José Romildo
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segunda-feira, 3 de junho de 2013

Pezão e Lindbergh travam batalha nos bastidores

  • Os dois pré-candidatos ao governo do Rio protagonizam impasse na aliança PT-PMDBir
Cássio Bruno e Marcelo Remígio (O GLOBO)

Luiz Fernando Pezão e Lindbergh Farias, pré-candidatos ao governo do Rio
Foto: Montagem
Luiz Fernando Pezão e Lindbergh Farias, pré-candidatos ao governo do Rio Montagem
RIO - A eleição de 2014 no Estado do Rio se transformou no maior impasse para a manutenção da aliança nacional entre PT e PMDB. Bombeiros dos dois partidos saíram em campo para tentar selar a paz e buscar um acordo entre os pré-candidatos Lindbergh Farias (PT) e Luiz Fernando Pezão (PMDB). Por enquanto, conseguiram apenas promessas de não agressão pública. Mas longe dos olhos dos eleitores, o senador petista e o vice-governador peemedebista agem de modo agressivo na costura de apoios para a disputa do Palácio Guanabara.


Em entrevista ao GLOBO, Pezão, que critica a antecipação da campanha, detalhou a estratégia de fortalecimento de sua candidatura, que vai de investimentos do governo do estado nos municípios com maior potencial eleitoral a cooptar petistas de correntes adversárias de Lindbergh. Já o senador petista, que não concedeu entrevista seguindo recomendações do PT nacional para estancar a crise, busca apoio no primeiro escalão da presidente Dilma Rousseff e se vale de aliados para criticar a administração Cabral. Ele tenta a aproximação com o ministro da Pesca, Marcelo Crivella (PRB), que se distanciou do PMDB fluminense e ensaiou uma pré-candidatura. Aliados do cacique do PRB já participam da caravana de Lindbergh pelo estado. O ministro fortaleceria os laços do petista com os evangélicos.
Enquanto a manutenção da aliança PT-PMDB patina no Rio, Pezão tira as primeiras cartas da manga. O vice-governador decidiu pôr nas ruas a conhecida e eficaz política do asfalto, que ajudou Sérgio Cabral a se reeleger, assim como o ex-governador Anthony Garotinho a passar o cargo para sua mulher, Rosinha.
Ainda este mês, Pezão anuncia o início das obras do programa Bairro Novo, que vai injetar R$ 800 milhões em obras de pavimentação e urbanização em 20 municípios da Baixada Fluminense e Região Metropolitana, além de um amplo projeto de recuperação de estradas no interior.
O asfalto chega como resposta às promessas de infraestrutura que Lindbergh tem feito a prefeitos em sua caravana. A região beneficiada pelo Bairro Novo abriga a maior concentração de eleitores. O programa prevê 750 quilômetros asfaltados.
No mesmo compasso, Lindbergh segue em sua caravana pelo estado com a orientação do ex-presidente Lula para que evite ataques a Pezão. Lula teria se irritado com o senador depois que ele participou de um evento do PT, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense há duas semanas. No encontro, organizado para comemorar os dez anos dos governos Lula e Dilma, Lindbergh atacou Pezão e Cabral, contrariando o ex-presidente.
Após o episódio, Lindbergh tem evitado dar declarações que possam alimentar ainda mais a crise PT-PMDB. E se vale de assessoria especializada para cuidar de sua imagem. Nos bastidores, porém, ele trabalha para minar o governo Cabral. Coordenadores da pré-campanha preparam um programa de governo, e determinaram que um grupo de especialistas vasculhe deficiências em setores da administração peemedebista, especialmente em áreas como Transportes, Educação e Saneamento básico. Os problemas encontrados serão usados, mais tarde, por Lindbergh em discursos públicos e em programas do PT na TV e no rádio.
Pezão ainda aposta na interferência do PMDB nacional para manter a aliança com o PT. A retirada da candidatura de Lindbergh eliminaria o principal obstáculo para o projeto político peemedebista no estado. Também facilitaria a composição de uma extensa aliança partidária nos moldes da construída pelo governador Sérgio Cabral e o prefeito do Rio, Eduardo Paes. Cabral e Pezão defendem o discurso de que o rompimento da parceria PT-PMDB limitaria o palanque da presidente Dilma Rousseff no Rio e acabaria com a “aliança que mais deu certo no país”.
Pezão afirma que o PMDB cumpriu todos os acordos previstos na negociação nacional. No Rio, abriu mão da disputa em oito cidades nas eleições municipais de 2012 e mantém o PT em cargos no estado e na prefeitura. A negociação vai incluir a cobrança da fatura da disputa municipal.
— O Rio atingiu um grau de maturidade política que garante a aliança. A questão não é ter esperança em manter a coligação, mas garantir a participação na aliança nacional, pensar num projeto nacional para o Brasil. O PMDB trabalhou para a eleição da presidente Dilma e vamos lutar até o último momento pela aliança. O PT continua no governo do estado e com duas pastas importantes.
Ainda faz parte da estratégia pré-eleitoral de Pezão a não agressão a adversários. Pezão tem dito “não esperem um discurso de ataque ao senador Lindbergh, pelo menos agora”.
Com pesquisas qualitativas nas mãos, ele identifica como algo positivo o que seria uma barreira para sua candidatura: o desconhecimento de seu nome por parte do eleitorado. O atual vice quer tirar proveito do que, hoje, pesa contra:
— Dos nomes que estão na disputa, sou o menos conhecido. Mas os que me conhecem me identificam com o trabalho. Mais de 70% dos entrevistados relacionam meu nome ao trabalho. Cabe aos marqueteiros explorarem essa marca.
Petista busca apoio de prefeitos do PMDB
Além de Crivella, de evangélicos e de ex-aliados de Cabral e Pezão, como o deputado estadual Domingos Brazão (PMDB) e seu grupo, Lindbergh prioriza um entendimento com dois partidos de sua preferência: o PSB, do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, pré-candidato à Presidência, e o PDT, que anunciou a possibilidade de candidatura do deputado federal Miro Teixeira ao estado. Os dois partidos pertencem às bases aliadas de Cabral e de Paes, inclusive com indicações a cargos no primeiro escalão. Na semana passada, em evento no Rio, Campos declarou que a manutenção da aliança do PSB com o PMDB no Rio ainda não está garantida.
A pré-candidatura de Lindbergh tem o peso do apoio de Dilma e de Lula, apesar do impasse com o PMDB. O ex-presidente, por exemplo, já disse publicamente que o petista tem o direito de ser candidato ao governo do Rio. Enquanto isso, Dilma reduziu as suas idas ao estado e, consequentemente, as aparições ao lado de Cabral e Pezão. Dentro do grupo de Lindbergh, o pensamento não é romper como todo o PMDB. O petista também tem se aproximado de prefeitos da legenda e de outros partidos aliados de Cabral.
O senador já dedica a maior parte do tempo à pré-campanha. Ele só fica em Brasília três vezes por semana (terça, quarta e quinta-feira). O restante dos dias é usado para encontros com prefeitos e vereadores.
— Com a caravana, conheceremos as necessidades de cada região. Não é uma caravana eleitoral. É apenas um diálogo com moradores e empresários — afirmou o deputado federal Jorge Bittar, coordenador da pré-campanha e do programa de governo de Lindbergh.


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/pais/pezao-lindbergh-travam-batalha-nos-bastidores-8572080#ixzz2V95DyDr3
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domingo, 2 de junho de 2013

Consumidores começam a ser informados sobre custo de geração de energia elétrica

01/06/2013 - 11h26
Sabrina Craide
Repórter da Agência Brasil

 
Brasília - A partir de hoje (1º), as distribuidoras de energia elétrica deverão informar, por meio das faturas emitidas aos consumidores, as bandeiras tarifárias (verde, amarela e vermelha) que indicarão o custo da energia usada em função das condições de geração de eletricidade. De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), para o mês de junho foram acionadas bandeiras vermelhas nos quatro subsistemas de geração de energia: Sudeste/Centro-Oeste, Norte, Nordeste e Sul.
As bandeiras tarifárias funcionarão como um semáforo de trânsito: a verde significa custos baixos de geração, portanto, a energia elétrica estará mais barata naquele mês. A bandeira amarela indicará um sinal de atenção, pois os custos estão aumentando. Já a bandeira vermelha mostra que a energia necessária para atender a demanda dos consumidores tem sido gerada com custos maiores – um exemplo é o maior acionamento de termelétricas, uma fonte mais cara do que as usinas hidrelétricas para gerar energia. Nesse período, o custo da energia poderá aumentar.
A aplicação das bandeiras tarifárias deverá ser efetivada pelas distribuidoras do país a partir de janeiro de 2014, mas, neste mês, começa o período de testes. Com a sistemática, haverá uma sinalização mensal do custo de geração de energia elétrica, dando ao cidadão a oportunidade de gerenciar melhor o seu consumo de energia e reduzir o valor da conta de luz.

Edição: Lílian Beraldo

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sábado, 1 de junho de 2013

Dólar encerra no maior nível desde maio de 2009


Apesar da intervenção, moeda fecha em alta de 1,75%, a R$ 2,147 e encerra maio com alta de 7,24% e o ano com +4,99%SÃO PAULO - O Banco Central (BC) finalmente interveio. Após o dólar escalar o patamar de R$ 2,00 para perto de R$ 2,15 durante o mês de maio, a autoridade monetária fez nesta sexta-feira, 31, um leilão de swap cambial tradicional (equivalente à venda de dólares no mercado futuro). Assim, o dólar desacelerou momentaneamente os ganhos ante o real no mercado de balcão, mas ainda fechou em alta de 1,75%, cotado a R$ 2,1470. Este é o maior patamar de fechamento desde 5 de maio de 2009, quando terminou a R$ 2,1480. Para profissionais ouvidos pelo Broadcast, o serviço de tempo real da Agência Estado, ainda é cedo para afirmar que o BC estabeleceu um novo teto para a moeda, em R$ 2,15, mas parece claro que há um desconforto em relação a esse nível, considerando o atual cenário para a inflação.

No mês, o dólar acumulou avanço 7,24% e, no ano, alta de 4,99%. Na mínima de hoje, verificada às 9h32, a moeda marcou R$ 2,1200 (+0,47%) e, na máxima, perto do fechamento, atingiu R$ 2,1520 (+1,99%). Às 16h41 (horário de Brasília), a clearing de câmbio da BM&F registrava giro financeiro de US$ 1,447 bilhão. Os volumes foram inferiores aos verificados no início da semana, já que esta sexta-feira ficou espremida entre o feriado e o fim de semana. No mercado futuro, o dólar para junho era cotado a R$ 2,13150, em alta de 0,97%, enquanto a moeda para julho estava em R$ 2,15650, com ganho de 1,53%.

Pela manhã, perto das 11 horas, a moeda chegou a ser cotada a R$ 2,1460 (+1,71%), o que fez o Banco Central entrar em ação. A autoridade monetária fez uma consulta de demanda sobre leilão de swap cambial tradicional - o que já desacelerou a moeda no balcão - e, perto das 12h30, anunciou um leilão de 30 mil contratos de swap tradicional com vencimento em 1/7/2013. O BC vendeu 17.600 contratos, o equivalente a US$ 876,7 milhões.

Chamou a atenção do mercado o fato de o BC ter feito o leilão ainda sem a definição oficial da Ptax - a taxa de câmbio que servirá para a liquidação de contratos derivativos na segunda-feira, 03. No momento do leilão, ainda faltava a última coleta para determinação da Ptax (ocorrida às 13h09). No fim, a Ptax fechou com alta de 2,03%, cotada a R$ 2,1319, favorecendo os investidores que estavam comprados em dólar no mercado futuro.

Como não vendeu todos os contratos, profissionais disseram que a tendência é que o Banco Central volte à carga na semana que vem. Não está claro, porém, qual seria o novo "teto informal" para a moeda. "Não dá para afirmar nada porque hoje a liquidez foi baixa. O BC pode entrar de novo a qualquer momento no mercado, não dá para saber", comentou um operador da mesa de câmbio de um grande banco.

Na visão de analistas, um dólar acima de R$ 2,15 não seria de interesse do Banco Central, em função do impacto disso sobre a inflação.