sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Bancada do governo no Congresso sai em defesa da política econômica

14/11/2014 12:04
Por Redação - de Brasília



Mercadante (segundo da esquerda p/ direita) fez uma visita à bancada petista na Câmara
Mercadante (segundo da esquerda p/ direita) fez uma visita à bancada petista na Câmara
 
Ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante recebeu o apoio da bancada petista na Câmara ao afirmar que “a política econômica do segundo governo não pode ser a que foi derrotada. A nossa prioridade é emprego e renda. A nossa agenda não é a do mercado”. Em reunião com os parlamentares na noite desta segunda-feira, Mercadante afirmou que haverá ajustes, mas sem mudança de rumos na política econômica. Homem forte na campanha da presidenta Dilma Rousseff à reeleição, o ministro pediu que a bancada no Parlamento passe a cobrar da oposição explicações para os cortes demandados no investimento ou na desonerações para manter a meta de superávit primário, destinado ao pagamento de juros da dívida pública.
– O FMI reviu cinco vezes, todas para baixo, a previsão de crescimento da economia mundial para este ano. Essa realidade também se impôs ao Brasil – argumentou.
Segundo o ministro, é descabida a exigência da oposição no Congresso, que visa derrubar a proposta do governo que altera a Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2014 para permitir o abatimento do superávit primário de todo o gasto com ações do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e com as desonerações tributárias concedidas neste ano.
O discurso da extrema direita, tanto na Câmara quanto no Senado, contra a proposta do governo foi encampada pela mídia conservadora. Sem explicar o que é superávit primário, a imprensa patronal tenta deslegitimar a ação do governo e a oposição tucana já pegou carona nesse discurso chamando a medida de “estelionato eleitoral”.
Dívida pública
O superávit primário é tudo que sobra, usando um jargão popular, do Orçamento depois de pagas as despesas (educação, saúde, investimentos, etc.) com exceção dos juros da dívida pública. O mercado financeiro chama essa sobra de “economia para pagar juros da dívida” e, portanto, seguindo o raciocínio do mercado – cuja prioridade é o lucro – o fato de supostamente não ter esse superávit o governo estaria gerando uma desconfiança quanto ao pagamento da dívida pública e o controle da inflação. Esse é mais um mecanismo de camisa de força criado pelo sistema financeiro para pressionar as economias para o rumo que atenda os seus interesses.
A proposta do governo é reduzir a meta de superávit primário no montante das desonerações de tributos e dos gastos relativos aos investimentos do PAC. Na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), o limite fixo dos abatimentos era de R$ 67 bilhões. Vale esclarecer também que essa LDO estabelece regras e parâmetros para que a Lei Orçamentária Anual (LOA) possa ser elaborada, com metas e prioridades do governo. A proposta da LOA é feita de acordo com o Plano Plurianual (PPA), montado no primeiro ano de governo e orientada pela LDO, que a cada ano é obrigatoriamente enviada ao Congresso.
Portanto, a medida do governo Dilma é a reafirmação do compromisso assumido durante a campanha eleitoral, que garantiu a sua vitória nas urnas: promover o crescimento, mas com garantia de emprego e renda e não jogar o peso da crise nas costas do trabalhador.
‘Grande bobagem’
Sobre a necessidade de se produzir o superávit para o pagamento da dívida pública, o doutor em economia Internacional pela UFRJ, José Carlos de Assis, em recente artigo publicado em um site, na internet, afirma:
“É claro que isso é uma grande bobagem. Se não houver superávit – na verdade, mesmo quando há um déficit – o governo paga a dívida velha, e o fluxo dos juros, lançando no mercado dívida nova sem necessidade de superávit primário, que é o resultado de uma receita tributária inferior à despesa corrente. Como essa dívida nova, uma vez lançada, é como dinheiro vivo nas mãos do seu tomador, porque pode ser trocado no BC a qualquer momento por moeda pelo tomador dos papéis, não há possibilidade de calote”.
Sobre a possibilidade de o déficit gerar inflação, Assis também é enfático:
“Outra bobagem. Inflação é um fenômeno do ciclo econômico: se a economia está em baixa, o déficit não só é permitido pela boa macroeconomia como é benéfico por estimular a demanda agregada. A ideia de que todo déficit, em qualquer circunstância, e independentemente do ciclo econômico gera inflação é uma tese recorrente dos neoliberais ortodoxos, produto exclusivo de ideologia, já que um aumento de déficit significa mais poder econômico em mãos do Estado”.
Ainda segundo o professor, “a medida do governo federal de retirar das contas primárias os investimentos no PAC é uma relação fiscal legítima, pois o que foi investido financia o crescimento do país. A desoneração teve o mesmo caráter de investimento, pois o governo deixou de arrecadar para fomentar o mercado interno diante de uma crise internacional”.
“Hoje, as economias mundiais apresentam uma estagnação que tem reflexos no Brasil. O momento é de promover mais investimentos. Economizar para pagar juros, ou seja, manter o superávit no patamar anterior, como quer o mercado, é deixar de investir no desenvolvimento do Brasil”, concluiu.


quinta-feira, 13 de novembro de 2014

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quarta-feira, 12 de novembro de 2014

EUA e China anunciam acordo para reduzir emissão de gases poluentes

EUA pretendem cortar em 28% as emissões de gases em até 11 anos.
China reduzirá poluição a partir de 2030. Até lá, 20% será energia limpa.

Do G1 - São Paulo
Presidentes dos EUA, Barack Obama, e da China, Xi Jinping, em Pequim. (Foto: Mandel Ngan / AFP Photo) 
Presidentes dos EUA, Barack Obama, e da China, Xi Jinping, 
em Pequim. (Foto: Mandel Ngan / AFP Photo)

Os presidentes Barack Obama, dos Estados Unidos, e Xi Jinping, da China, assinaram nesta quarta-feira (12) em Pequim um acordo para a luta contra a mudança climática, que incluirá reduções de suas emissões de gases do efeito estufa na atmosfera.
A iniciativa constitui o primeiro anúncio de corte das emissões de gases poluentes por parte da China e mais um pelos EUA.
Pelo acordo, os EUA pretendem cortar entre 26% e 28% as emissões de gases em até 11 anos, ou seja, até 2025, o que representa um número duas vezes maior que as reduções previstas entre 2005 e 2020.
Os chineses se comprometem a cortar as emissões até 2030, embora possa começar antes. Segundo presidente chinês, até lá 20% da energia produzida no país vai ter origem em fontes limpas e renováveis.
O acordo, que foi negociado durante meses pelos dois países, pretende promover um pacto em nível global, visando a Conferência sobre Mudança Climática que acontecerá em Paris no ano que vem.
Xi Jinping e Obama fizeram o anúncio durante uma entrevista coletiva após dois dias de reuniões, na qual repassaram todos os níveis de sua relação, com o acordo sobre mudança climática como principal resultado tangível.
Trata-se de um "acordo histórico", destacou Obama, que acrescentou que o objetivo dos EUA é "ambicioso, mas alcançável". Além disso, o chefe de estado americano comentou que o pacto é "um marco importante" nas relações entre Washington e Pequim.
O presidente da China, por sua vez, destacou que os dois países empreenderam "um novo modelo" para as relações entre potências e comemorou o nível de entendimento entre os dois governos.
Estados Unidos e China representam juntos 45% das emissões planetárias de CO2, um dos gases apontado como culpado pela mudança climática. A União Europeia representa 11%. No mês passado, o bloco se comprometeu a reduzir em pelo menos 40% as emissões até 2030, na comparação com os níveis de 1990.
Nas negociações sobre o clima, a China defende em nome do desenvolvimento econômico que os países mais desenvolvidos devem reduzir de maneira mais expressiva suas emissões.
Os republicanos, majoritários no Congresso dos Estados Unidos, não demoraram a manifestar dúvidas. Pouco depois do anúncio em Pequim, o líder do Partido Republicano no Senado, Mitch McConnell, chamou o plano de "pouco realista". "Este é um plano pouco realista, que o presidente quer deixar para o sucessor", disse McConnell. Para o republicano, o plano afetará a criação de novos postos de trabalho e o custo da energia.
Esse foi um dos acordos estabelecidos entre os dois presidentes em um encontro bilateral em Pequim, durante o Fórum de Cooperação Econômica da Ásia pacífico (Apec). Os dois países também vão estreitar as relações entre as forças armadas, aumentar o combate ao terrorismo e incrementar estratégias para ajudar no combate à epidemia de ebola na África Ocidental.
Obama e Xi Jinping durante cerimônia em Pequim. (Foto: Greg Baker / AFP Photo)Obama e Xi Jinping durante cerimônia em Pequim. (Foto: Greg Baker / AFP Photo)
 

terça-feira, 11 de novembro de 2014

Alckmin pede ajuda de Dilma para enfrentar seca em SP

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, pediu nesta segunda-feira ajuda à presidente brasileira, Dilma Rousseff, ajuda para desenvolver um plano de investimentos de R$ 3,5 bilhões para enfrentar a pior crise hídrica do estado.
Alckmin se reuniu nesta segunda-feira com Dilma em Brasília para entregar à presidente um plano que reúne oito obras de infraestrutura que ajudariam a minimizar o problema da falta de água na cidade de São Paulo.
Todos os sistemas de represas que abastecem São Paulo e outras cidades da região metropolitana, como Itu e Campinas, apresentam os níveis mais baixos da história e no caso do maior deles, a Cantareira, o volume morto já começou a ser utilizado.
Dilma e Alckmin estiveram reunidos por cerca de uma hora e, segundo a ministra de Planejamento, Miriam Belchior, que participou do encontro, o governo de São Paulo precisa apresentar "mais detalhes dos projetos para podermos discutir cada um deles".
Depois da reunião, ficou definida a criação de um grupo de trabalho com representantes dos governos federal e estadual para acompanhar as discussões sobre os planos.
Alckmin assinalou que a ajuda do governo federal poderá ser mediante a contribuição direta de recursos ou através do financiamento das obras.
As obras propostas são a interconexão dos reservatórios Atibainha-Jaguari, Jaguari-Atibaí e Rio Grande-Guarapiranga; além da construção de novas represas e a exploração de poços artesanais do Aqüífero Guarani.
Além dos projetos apresentados, a Caixa deve liberar nos próximos dias um crédito de R$ 1,8 bilhão para a construção do sistema São Lourenço, que reforçará o abastecimento das zonas críticas e terá interconexão com os principais reservatórios em 2016 e 2018.

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Esquentou o clima

10/11/2014 9:09
Por Leandro Mazzini - de Brasília

Dilma Rousseff e Lula
Dilma Rousseff e Lula

Lula e a presidente Dilma estão rompidos. Uma pequena mostra foi a breve aparição do ex-presidente no palanque da vitória no domingo da eleição. Depois, ele se foi e Dilma discursou sozinha. A razão da pendenga é a que todos pensam: ele capitaliza as duas vitórias dela e quer opinar mais; e Dilma quer independência – pelo menos no segundo governo. Dilma soltou um ‘Desta vez será do meu jeito’, para ministros palacianos. Há poucos dias, ela e Lula tiveram uma conversa numa tentativa de afinação.



domingo, 9 de novembro de 2014


Enem Já é o único vestibular para 48 das 63 federais

Publicação: 2014-11-08 17:00:00 | Comentários: 0


São Paulo, 08 (AE) - Das 63 universidades federais, 48 trocaram o vestibular próprio pelo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), realizado ontem e hoje em todo o País. O balanço mostra a queda de resistência à prova como critério de ingresso desde 2009, quando o Enem foi reformulado. Após falhas, o exame se consolidou como o principal processo seletivo.

O levantamento foi feito pelo Estado em cada instituição. As 63 federais usarão o Enem como parte ou todo o processo seletivo de 2015. Em janeiro, a nota do exame deste fim de semana será utilizada na disputa por cerca de 191 mil vagas. Na edição passada, o Enem era a única forma de seleção de novos alunos em 42 das 59 federais.

Nas 15 universidades que mantêm vestibular paralelo para o ingresso em 2015, o Enem também é válido: o resultado do exame substitui a primeira fase do processo ou serve como parte da nota final. Em alguns cursos, como o de Artes ou Arquitetura, ainda são cobrados testes de aptidões específicas.

Para especialistas, o uso maciço da prova se deve à confiança conquistada sobre o conteúdo do Enem e a capacidade de organização do governo federal. Nas duas últimas edições, não houve registro de problemas graves. Já entre 2009 e 2011 o Ministério da Educação (MEC) havia sofrido com o vazamento de perguntas e erros de impressão da prova, o que colocou o exame em xeque.

O total de universidades que adota só o Enem ainda tende a crescer. A Federal de Viçosa (UFV), em Minas, é uma das que pretendem eliminar o processo seletivo próprio para ingresso em 2016. De acordo com o pró-reitor de Ensino Vicente Lélis, a insegurança anterior em relação à prova foi discutida e superada "Também há um ganho logístico. O custo do vestibular era muito alto", afirma.

Embora o MEC não obrigue que o Enem seja usado, ele é amplamente adotado por universidades estaduais, institutos federais (veja mais nesta página) e faculdades particulares. As estaduais paulistas não usam o exame, mas a Universidade de São Paulo (USP) anunciou que discutirá em 2015 se passa a usar a prova como forma alternativa de seleção, além da Fuvest.

Na opinião de Cipriano Luckesi, especialista em avaliação educacional da Universidade Federal da Bahia (UFBA), a adoção do Enem pelas instituições é positiva. "Estabelece um padrão nacional de ingresso e democratiza", aponta. "Isso também vai exigir da educação brasileira que se pense um currículo nacional "

Outra vantagem do Enem é a possibilidade de tentar a vaga em todos os cantos do País sem sair da cidade natal ou enfrentar uma maratona de vestibulares. A maioria das universidades que adotam o Enem também usa o Sistema de Seleção Unificada (Sisu), plataforma digital do MEC que reúne vagas em instituições públicas de todo o País. Pelo sistema, o candidato verifica os cursos, as notas de corte e faz sua escolha.

Vinicius Araújo, de 17 anos, está disposto a se mudar de São Paulo pela sonhada vaga no ensino superior. Ele tem se preparado oito horas diárias para entrar no curso de Engenharia do Petróleo na Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) com o Enem. "Vou de ‘cara limpa’, não tenho família lá", conta. "Escolhi o Rio porque a faculdade é boa e o mercado é amplo, mas também porque aceita o Enem."

Se não for aprovado no Rio, ele cogita ir mais longe. A segunda opção é Engenharia Civil na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), outra que usa só o Enem como critério de acesso. "Fica mais fácil porque tenho família lá." Pelo Sisu, ele pode se candidatar a até duas graduações por chamada.

O professor da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) Zacarias Gama acredita que o Enem amadureceu, mas a adoção geral tem problemas. "Essa centralização no MEC é prejudicial à autonomia das universidades", pondera. Para ele, outro problema é eliminar a chance de que o vestibular de cada instituição cobre conteúdos específicos. "Perdem a vocação regional."



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sábado, 8 de novembro de 2014

PMDB não é aliado, é o governo, diz Temer

Indagado se o partido continuará com os cinco ministérios, Temer disse que a decisão é da presidente Dilma

Publicado em 07/11/2014, às 21h26


 / Foto: ABr

Foto: ABr

O vice-presidente da República e presidente nacional do PMDB, Michel Temer, reiterou a importância de seu partido neste segundo mandato da presidente Dilma Rousseff (PT) e, em entrevista ao jornal Destak, disse não ter dúvidas de que a legenda ocupará posições de destaque no governo, compatíveis com o seu tamanho. "Não somos aliados do governo, somos o governo", disse Temer, em entrevista ontem ao jornal. O perfil oficial do vice-presidente no Twitter divulgou os principais trechos da entrevista na tarde desta sexta-feira (7), destacando o papel da sigla no novo mandato de Dilma e dizendo que, na disputa pela presidência da Câmara, se tiver um candidato, mesmo do PMDB, que se coloque contra o governo, ele estará se colocando contra ele próprio, que é vice-presidente da República.
Indagado se o partido continuará com os cinco ministérios, Temer disse que a decisão é da presidente Dilma. "Ela terá sensibilidade para verificar o tamanho do PMDB e o que entrega ao PMDB. Não por ser um partido aliado, mas por ser um partido que está no governo. Agora, se serão cinco, seis, sete, quatro, é uma coisa a ser decidida. O que é importante é que o PMDB possa participar da formulação das políticas públicas do País", disse, citando as áreas da educação, saúde, política econômica e cultura. Ao falar da proposta de reforma política, o vice-presidente da República disse que esta é uma decisão do Congresso Nacional, por meio de consulta popular, seja de plebiscito ou de referendo.
Sobre as diversas correntes que seu partido abriga, algumas contrárias ao próprio governo, Temer disse que isso é natural e legítimo e repetiu o discurso da presidente Dilma Rousseff sobre a importância do diálogo. "O que faço como presidente do PMDB e vice-presidente da República? Tento compor estes interesses. Como você compõe? Primeiro o diálogo. Você tem de conversar muito. Na democracia, você tem de conversar. E saber, especialmente, ouvir."
A respeito do imbróglio para a presidência da Câmara, que está opondo seu partido ao PT, em razão da candidatura de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Temer disse que é preciso esperar os acontecimentos. Questionado se apoiará o correligionário, foi taxativo: "Eu só posso apoiar se não ficar na oposição, se tiver um candidato, ainda que seja do PMDB, que se coloque contra o governo, ele está se colocando contra mim, que sou vice-presidente da República."

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