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26/01/2015
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Expectativa do mercado para inflação de 2015 sobe para 6,67%Mercado também baixa sua previsão de alta do PIB de 2015 para 0,38%. Expectativa é que juro suba novamente nesta semana, para 12,25% ao ano.19/01/2015
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Inflação de 2014 deve ficar abaixo do teto da meta; IBGE divulga dado hojeÍndice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve ser divulgado às 9h. Expectativa do mercado e do governo é de inflação abaixo do teto de 6,5%.09/01/2015
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Mercado baixa para 0,70% previsão de alta do PIB na 13ª queda seguidaExpectativa dos economistas para PIB de 2014 foi divulgada nesta segunda. Analistas também passaram a prever um pouco mais de inflação neste ano.25/08/2014
segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015
sábado, 7 de fevereiro de 2015
sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015
Corrida demais é tão prejudicial quanto exercício nenhum, diz estudo
Pesquisadores do Hospital Frederiksberg, em Copenhague, estudaram voluntários - todos saudáveis - ao longo de 12 anos: mais de mil praticavam corrida, ao passo que quase 4 mil não praticavam exercícios.
As menores taxas de mortalidade couberam aos praticantes de corrida a ritmo leve e moderado; já os que praticavam corridas intensas não registraram estatísticas muito diferentes das do grupo sedentário.
Quem correu a um ritmo constante durante menos de duas horas e meia por semana teve menos chances de morrer no período.
Já os que correram mais do que quatro horas por semana ou não fizeram exercício nenhum registraram o maior número de mortes.
A corrida ideal
Os cientistas analisaram questionários preenchidos pelos voluntários que participaram da pesquisa.A partir das respostas, eles concluíram que o ritmo ideal de corrida é cerca de oito quilômetros por hora - moderado. Além disso, eles concluíram que é melhor não correr mais do que três vezes por semana, por um total de até 2,5 horas.
As pessoas que praticavam corridas mais intensas - particularmente aqueles que corriam mais de três vezes por semana ou a um ritmo mais forte do que 11 quilômetros por hora - tinham as mesmas chances de morrer que aquelas que não praticavam exercício.
"Você não precisa fazer tanto exercício para sentir um bom impacto na sua saúde. Talvez, na verdade, você não devesse praticar tanto (exercício). Não há no mundo recomendações de um limite máximo para o exercício seguro, mas deveria haver", disse o pesquisador Jacob Louis Marott.
Caminhada vigorosa
Os pesquisadores ainda não sabem o que está por trás desta tendência, mas acreditam que mudanças no coração durante a prática de exercícios extremos podem oferecer uma explicação.Em suas conclusões, os pesquisadores sugerem que "exercícios pesados, de resistência, podem induzir a um remodelamento patológico estrutural do coração e artérias no longo prazo".
"A pesquisa mostra que você não precisa correr maratonas para manter sua saúde", disse Maureen Talbot, enfermeira especializada em problemas cardíacos da organização British Heart Foundation.
"A orientação nacional (britânica) recomenda 150 minutos de atividades moderadas por semana. Pode parecer muito, mas até uma caminhada vigorosa é um bom exercício", acrescentou.
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quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015
Aumenta a adesão de brasileiros ao Mais Médicos
(Divulgação: Fundação Portal do Pantanal)
Prefeitos de todo o Brasil pediram 4.146 médicos ao Programa Mais Médicos para trabalhar na rede pública. Apesar de 1.500 municípios estarem aptos a se inscrever no programa, 1.294 solicitaram profissionais ao governo federal, além de 12 Distritos Sanitários Especiais Indígenas.
Segundo o ministro da Saúde, Arthur Chioro, todos os 1.500 prefeitos foram avisados da possibilidade de solicitarem médicos, mas pode ser que eles tenham conseguido outras formas de contratação, ou não queiram se comprometer com as obrigações do programa.
Diferentemente das outras edições do programa, rejeitadas pelos médicos brasileiros, desta vez 15.747 profissionais formados no Brasil se inscreveram para concorrer a uma vaga, mais de três vezes o número de postos oferecidos.
O grande atrativo desta versão do programa é a possibilidade de o médico receber um bônus de 10% nas provas de residência, por clinicar por um ano em local determinado, na especialização de saúde pública.
Foram 11.736 os médicos que fizeram esta opção, enquanto 3.081 escolherem receber os auxílios do Mais Médicos e permanecer três anos no posto de saúde. Do Programa de Valorização do Profissional a Atenção Básica são 930 participantes.
Para Chioro, o número de inscritos deve ser avaliado com cautela, porque o local onde os médicos desejam trabalhar pode não coincidir com as vagas abertas. Os médicos inscritos poderão indicar até amanhã quatro municípios onde preferem clinicar.
Criado em 2013 para levar médicos a regiões carentes, o Mais Médicos conta hoje com 11.429 profissionais cubanos, 1.846 brasileiros e 1.187 intercambistas de vários países, como Argentina, Portugal, Venezuela, Bolívia, Espanha e Uruguai.
terça-feira, 3 de fevereiro de 2015
Temer diz que Eduardo Cunha está disposto a 'colaborar' com Executivo
Deputado do PMDB foi eleito presidente da Câmara neste domingo (1º).
Desafeto de Dilma, ele prometeu independência ao Palácio do Planalto.
Filipe Matoso
Do G1, em Brasília
Temer e Cunha almoçaram juntos nesta segunda, no Palácio do Jaburu, residência oficial da Vice-presidência. Conforme apurou o G1, Temer sugeriu o “apaziguamento” das relações entre o Planalto e o novo presidente da Câmara e buscou amenizar os recentes atritos durante a campanha pela presidência da Casa.
saiba mais
“Ele [Cunha] me disse que [o almoço] foi a primeira visita que ele
fazia e era exatamente para revelar aquilo que está na Constituição, que
é uma harmonia absoluta entre o Legislativo e o Executivo. E ele queria
até combinar um pouco o procedimento, a fórmula dessa relação.
Conversamos muito sobre isso e a disposição dele realmente é colaborar
com o Executivo. Nós conversamos muito sobre isso”, disse Temer.Desafeto da presidente Dilma Rousseff, Cunha afirmou em seu primeiro discurso após a eleição, neste domingo (1º), que em sua gestão a Câmara será independente e não se submeterá ao Palácio do Planalto. O parlamentar, porém, ressaltou que não fará oposição ao governo.
Segundo Michel Temer, o encontro desta segunda com Cunha no Jaburu serviu para que eles pudessem comentar reportagens que mencionaram possível divergência entre o Legislativo e o Executivo com a eleição do peemedebista.
Ele [Cunha] me disse que [o almoço] foi a primeira visita que ele
fazia e era exatamente para revelar aquilo que está na Constituição, que
é uma harmonia absoluta entre o Legislativo e o Executivo. E ele queria
até combinar um pouco o procedimento, a fórmula dessa relação.
Conversamos muito sobre isso e a disposição dele realmente é colaborar
com o Executivo. Nós conversamos muito sobre isso"
Michel Temer, vice-presidente da Repúblice e presidente nacional do PMDB
Questionado sobre se a atuação de ministros na disputa são “águas passadas” no PMDB, Temer disse que sim e garantiu que, no dia seguinte à eleição, Executivo e Legislativo devem trabalhar pelo bem comum da população.
“Isso é passado. Em matéria eleitoral é assim: você controverte, diverge alguns trabalham para alguns e outros trabalham para outros até o dia das eleições. No dia seguinte às eleições, a busca é em função do bem comum, acho que todos têm que trabalhar em função do bem comum. São águas passadas, não existem mais”, disse o vice-presidente.
Nesta segunda, o ministro das Relações Institucionais, Pepe Vargas, também disse que as divergências da disputa pela presidência da Câmara estão superadas. Ele usou metáforas futebolísticas para definir como será a relação com Eduardo Cunha. "como um jogo de futebol. Quando tem jogo de futebol, tem carrinho, tem puxão na camiseta, tem, às vezes, até uma canelada. Termina o jogo, os amigos sentam e tomam uma cervejinha. É mais ou menos assim", declarou.
Temer disse que conversou “muito rapidamente” sobre a eleição de Cunha com a presidente Dilma Rousseff durante o casamento da ministra da Agricultura, Kátia Abreu, neste domingo (1º), em Brasília, mas não deu detalhes da conversa. “Dei uma brevíssima palavra, mas nada mais que isso”, relatou.
O vice-presidente deixou o palácio e seguiu em direção ao Jaburu, onde recebeu Eduardo Cunha, deputados do PMDB, e alguns senadores do partido, como Renan Calheiros (AL) e o ex-senador José Sarney.
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segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015
Arlindo Cunha ou Eduardo Chinaglia?
2/2/2015 9:15
Por Leandro Mazzini - de Brasília
Por Leandro Mazzini - de Brasília
Dá no mesmo. Quem manda na Câmara é o Palácio do Planalto.
Seja quem for o eleito hoje, em Brasília, para o terceiro cargo mais importante do Brasil na hierarquia do Poder – atrás da presidente Dilma e do vice Michel Temer – vai degustar das benesses servidas pela Presidência da República, quem realmente controla o cardápio há décadas, e não será diferente desta vez.
Só há promessas de independência. E nada mais que isso. E desde que mundo é mundo, promessa não passa de promessa – em especial se tratando de política e políticos.
Os deputados Eduardo Cunha (PMDB) ou Arlindo Chinaglia (PT) vão fazer o jogo do Palácio. Há uma disfarçável independência da Casa Legislativa nos discursos de ambos (escancarada, na voz do peemedebista, e discreta, na do petista).
Mas quem comanda o jogo ali é a horda que grita veladamente ou não por cargos, emendas parlamentares e verbas extras vias ministérios para as obras em suas bases eleitorais – e tudo isso não virá da caneta de Chinaglia ou Cunha, mas de Dilma Rousseff. E ponto.
O que está em jogo até este domingo, antes da eleição, na maratona de reuniões, almoços, jantares e promessas de Cunha e Chinaglia são as vantagens no varejo: o controle de uma comissão aqui, dez cargos comissionados num ministério ali, etc. Vazam para a imprensa o que querem, e isso tornou-se tão natural do jogo do Poder que nem causa mais espanto.
Os candidatos à Presidência da Câmara sabem que com essa turma se negocia no atacado – e quem manda nesse estoque é o depósito central, do outro lado da Praça dos Três Poderes. A dita independência do Legislativo Brasileiro é discurso repetido para a sociedade aplaudir. E nada mais.
O País assistirá a partir de hoje à derrocada desse discurso, gradativamente, no momento em que o petista ou o peemedebista subirem ao trono e começarem a visitar o Palácio. E o brasileiro cairá na real de que nada mudou, por ora, quando o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) for reeleito para o comando do Senado Federal. Um detalhe, o PMDB pode repetir nas duas Casas a supremacia do controle dos dois últimos anos, e escantear o PT que já não é tão unido mais.
O jogo só mudará sob pressão popular. O ‘gigante’ acordou em Junho de 2013, bateu forte à porta do Congresso Nacional, assustou os inquilinos, mas.. voltou para casa e dormiu. Mas há outro ‘gigante’ prestes a acordar. Ele está sendo despertado de seu sono profundo, pela operação Lava Jato, e deve bater às portas de gabinetes de parlamentares eleitos e não-eleitos em breve. Atende pelo nome de Justiça.
O verdadeiro ex-Eike
Muito, mas muito discreto e nada farrista como Eike Batista, o banqueiro André Esteves, controlador do BTG Pactual, tornou-se quase tudo o que Eike propalou que seria: um homem bilionário e de sucesso nos negócios.
Poucos ouvem falar de Esteves. Jovem de menos de 40 anos, tem uma carreira meteórica e brilhante à frente de uma das maiores carteiras de investimentos do Brasil – e soube fazer dela sua mina interminável de ouro.
Esteves não é dado a política. Carioca da Tijuca, cresceu no BTG como técnico, sem se associar a mandatários ou deles depender. Hoje, tem bilhões de reais de patrimônio, voa num jato particular de US$ 50 milhões, é chamado para jantares empresariais em toda parte do planeta e só fez um amigo político – Luiz Inácio Lula da Silva. Para ele, basta.
Ao contrário de Eike, que faliu centenas de acionistas grandes e pequenos, Esteves distribui riquezas em dividendos há anos. Um breve panorama de pagamentos a sócios e funcionários nos últimos três anos mostram o tamanho do império: foram R$ 1,2 bilhão distribuídos em 2014, apenas 10% a menos que em 2013, diante da economia em recessão. Em 2012 foram pagos R$ 1,16 bilhão a 2.195 colaboradores – ou R$ 532 mil em média para cada um, desde acionistas a funcionários.
Marqueteiro, vendendo vento durante anos, Eike acaba de deixar o conselho da OGX, a maior de suas marcas, do setor de petróleo, por pressão dos acionistas. Esteves nada de braçadas em extensos poços de petróleo comprados da Petrobras pelo BTG a preços de banana em países da África.
Entrou na mira dos políticos bajuladores. Por ora, só dos políticos.
_______________________________________
Com Equipe DF
domingo, 1 de fevereiro de 2015
PT teme que voto secreto gere 'traições' em eleição na Câmara
Apesar de apoio oficial, parte do PDT e do PSD-RJ deve votar em Cunha.
Delgado poderá perder votos entre paulistas do PSDB, apesar de aliança.
Nathalia Passarinho
Do G1, em Brasília
Foram muitas as promessas em troca de votos na eleição deste domingo (1º) para presidente da Câmara,
mas a votação secreta preocupa o PT, que teme “traições” de
parlamentares que oficialmente declararam apoio ao candidato do partido,
o deputado Arlindo Chinaglia (SP).
Os 513 políticos deputados eleitos e reeleitos em outubro tomam posse às 10h deste domingo e, no final da tarde, vão às urnas para escolher quem comandará a Casa pelos próximos dois anos.
O principal adversário de Chinaglia é o líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ), que lançou o nome na disputa em novembro do ano passado e empreendeu uma agressiva campanha com viagens por todo o país em um jatinho fretado pelo partido. Também concorrem ao posto, o líder do PSB, Júlio Delgado (MG), conhecido como “candidato da oposição”, e o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ), que faz carreira solo e só conta com o apoio do PSOL.
“Eu só posso me beneficiar com traições. Alguém já viu alguém trair a amante? As pessoas traem a mulher. Eu sou a amante”, disse o peemedebista, que é desafeto da presidente Dilma Rousseff e liderou, em 2013, a criação do blocão, grupo formado por partidos da base insatisfeitos com o governo federal.
O fantasma das “traições” na eleição para presidente da Câmara ronda o PT desde 2005, quando o candidato do partido, Luís Eduardo Greenhald, perdeu para Severino Cavalcanti (PP-PE). Apesar de ter obtido o apoio formal da maioria dos partidos, Greenhald só teve 195 votos no segundo turno enquanto Cavalcanti foi eleito com 300 votos.
Temeroso de perder para Eduardo Cunha, o governo federal colocou o time de ministros em campo e ofereceu aos parlamentares cargos na Mesa Diretora e em comissões temáticas, além da liberação de emendas parlamentares - recursos que os deputados destinam no Orçamento a seus redutos eleitorais.
“O PT está disposto a fazer concessões na Mesa e nas comissões para
agregar o bloco. Se formos eleitos, teremos seis cargos na Mesa Diretora
e a presidência de oito comissões”, disse o vice-líder do partido, José
Guimarães (CE).
'Jogo pesado'
Os adversários admitem que o PT “jogou pesado” e conquistou votos na reta final. Cunha chegou a acusar o governo de “ameaçar” deputados com “retaliação” se não apoiassem Chinaglia, o que foi negado pelo ministro de Relações Institucionais, Pepe Vargas (PT).“O governo não trabalha com ameaças nem compra deputados. Com esse tipo de declaração, o deputado ofende o Congresso Nacional”, rebateu.
Mas, ainda que haja algum tipo de ameaça de retaliação dos candidatos, o sigilo da votação resguarda os deputados de serem cobrados individualmente no futuro. “O líder pode até orientar a nossa bancada para votar no Arlindo Chinaglia, mas ele não garante que haverá fidelidade. O Eduardo Cunha é nosso Wladimir Putin [presidente da Rússia]. Pode falar o que quiser do Putin, mas sem ele os Estados Unidos fariam o que quisessem do mundo”, disse ao G1 um deputado do PR que não quis se identificar.
O líder do governo na Câmara, Henrique Fontana (PT-RS), minimiza, porém, o impacto do voto secreto no resultado. “Nós confiamos dos deputados que se comprometeram conosco e que reconhecem que a candidatura do Arlindo é a melhor no momento”, disse. Na última sexta (30), após obter o apoio do PDT, Chinaglia disse não se preocupar eventuais traições.
“Se eu for me preocupar com as estradas vicinais, eu perco. Eu tenho uma viagem longa, mais importante, é isso que estou perseguindo. Desde quando eu comecei a campanha, curtíssima, você há de convir que a própria imprensa está recuando de um suposto favoritismo [de Eduardo Cunha]”, afirmou. Mas os petistas também apostam em ganhar alguns votos de dissidência na eleição de domingo, sobretudo do PRB, partido que apoia oficialmente Eduardo Cunha.
PSDB
A expectativa é de que o candidato do PSB ao comando da Câmara, Júlio Delgado (PSB-MG), também perca votos com o sigilo da eleição. Delgado tem o apoio oficial de PSB, PSDB, PPS e PV. No entanto, nos bastidores, é esperado que um grupo de tucanos, principalmente da bancada de São Paulo, opte por votar em Eduardo Cunha.
O peemedebista lançou forte ofensiva na semana passada para conquistar os votos do PSDB, principalmente dos parlamentares da capital paulista. A ação chegou a gerar rumores de que o maior partido de oposição desistiria da aliança com Delgado.
Para reforçar o apoio, o senador Aécio Neves, presidente nacional do PSDB, telefonou pessoalmente para colegas de legenda e das siglas que compõem o bloco de sustentação de Delgado. Na última sexta (29), após reunião em Brasília, os partidos declararam novamente que votarão no deputado do PSB.
Apesar da instabilidade gerada com os boatos, Delgado diz que pode se beneficiar com a votação secreta. Segundo ele, muitos parlamentares acreditam em seu projeto de governo, mas já firmaram acordos formais com os adversários e podem “trair” na hora da votação.
“Tem muito deputado com quem converso que diz: ‘Eu tenho compromisso com outro candidato, mas na hora da urna, se eu votar com o coração, vai ser em você'”, disse, em entrevista ao G1.
Para o parlamentar, a votação secreta garante independência aos deputados e evita que eles sejam coagidos a votar em candidatos com amplo poder de manobra. "Claro que ninguém é ingênuo a ponto de achar que não haverá dissidência nas bancadas. Mas, na nossa, haverá a menor dissidência de todas."
Votação
A sessão para eleger presidente da Câmara e membros da Mesa Diretora terá início às 18h. Cada um dos quatro candidatos ao comando da Casa poderá discursar na tribuna para pedir apoio e apresentar propostas.
Foram distribuídas pelo plenário 14 urnas eletrônicas. Cada deputado escolherá, em uma única votação, o candidato para presidente da Câmara e para outros 10 cargos da Mesa Diretora, entre eles o de vice-presidente e 1 º secretário, que cuida das finanças da Casa.
A apuração para o cargo de presidente da Câmara é anunciada antes. A previsão é de que a contagem dos votos termine por volta das 22h. Para ser eleito em primeiro turno, é preciso obter metade mais um dos votos dos deputados presentes à sessão.
Se houver segundo turno, a apuração dos votos para os demais cargos da Mesa só é anunciada depois. Neste caso, ocorre nova votação somente para definir o presidente da Casa. A expectativa em caso de segundo turno é que o resultado só saia depois da meia-noite.
Os 513 políticos deputados eleitos e reeleitos em outubro tomam posse às 10h deste domingo e, no final da tarde, vão às urnas para escolher quem comandará a Casa pelos próximos dois anos.
O principal adversário de Chinaglia é o líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ), que lançou o nome na disputa em novembro do ano passado e empreendeu uma agressiva campanha com viagens por todo o país em um jatinho fretado pelo partido. Também concorrem ao posto, o líder do PSB, Júlio Delgado (MG), conhecido como “candidato da oposição”, e o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ), que faz carreira solo e só conta com o apoio do PSOL.
saiba mais
Até esta sexta (30), o PT obteve o apoio oficial de PCdoB, PDT, PSD e PROS. Parlamentares ouvidos pelo G1
preveem “baixas” significativas no PSD, principalmente entre deputados
de Rio de Janeiro, de parcela do PDT e do PR, que devem votar em
Eduardo Cunha.- Cunha e Chinaglia passam o dia em negociações por voto de indecisos
- Na reta final da eleição, candidato do PMDB é sondado sobre rodízio com PT
- PDT oficializa apoio a Arlindo Chinaglia para presidir Câmara
- PV informa a Eduardo Cunha que manterá apoio a Júlio Delgado
- Cunha diz ouvir relatos sobre 'ameaças' do governo a deputados
“Eu só posso me beneficiar com traições. Alguém já viu alguém trair a amante? As pessoas traem a mulher. Eu sou a amante”, disse o peemedebista, que é desafeto da presidente Dilma Rousseff e liderou, em 2013, a criação do blocão, grupo formado por partidos da base insatisfeitos com o governo federal.
O fantasma das “traições” na eleição para presidente da Câmara ronda o PT desde 2005, quando o candidato do partido, Luís Eduardo Greenhald, perdeu para Severino Cavalcanti (PP-PE). Apesar de ter obtido o apoio formal da maioria dos partidos, Greenhald só teve 195 votos no segundo turno enquanto Cavalcanti foi eleito com 300 votos.
Temeroso de perder para Eduardo Cunha, o governo federal colocou o time de ministros em campo e ofereceu aos parlamentares cargos na Mesa Diretora e em comissões temáticas, além da liberação de emendas parlamentares - recursos que os deputados destinam no Orçamento a seus redutos eleitorais.
O PT está disposto a fazer concessões na Mesa e nas comissões para
agregar o bloco. Se formos eleitos, teremos seis cargos na Mesa Diretora
e a presidência de oito comissões"
Deputado José Guimarães (PT-CE)
'Jogo pesado'
Os adversários admitem que o PT “jogou pesado” e conquistou votos na reta final. Cunha chegou a acusar o governo de “ameaçar” deputados com “retaliação” se não apoiassem Chinaglia, o que foi negado pelo ministro de Relações Institucionais, Pepe Vargas (PT).“O governo não trabalha com ameaças nem compra deputados. Com esse tipo de declaração, o deputado ofende o Congresso Nacional”, rebateu.
Mas, ainda que haja algum tipo de ameaça de retaliação dos candidatos, o sigilo da votação resguarda os deputados de serem cobrados individualmente no futuro. “O líder pode até orientar a nossa bancada para votar no Arlindo Chinaglia, mas ele não garante que haverá fidelidade. O Eduardo Cunha é nosso Wladimir Putin [presidente da Rússia]. Pode falar o que quiser do Putin, mas sem ele os Estados Unidos fariam o que quisessem do mundo”, disse ao G1 um deputado do PR que não quis se identificar.
O líder do governo na Câmara, Henrique Fontana (PT-RS), minimiza, porém, o impacto do voto secreto no resultado. “Nós confiamos dos deputados que se comprometeram conosco e que reconhecem que a candidatura do Arlindo é a melhor no momento”, disse. Na última sexta (30), após obter o apoio do PDT, Chinaglia disse não se preocupar eventuais traições.
“Se eu for me preocupar com as estradas vicinais, eu perco. Eu tenho uma viagem longa, mais importante, é isso que estou perseguindo. Desde quando eu comecei a campanha, curtíssima, você há de convir que a própria imprensa está recuando de um suposto favoritismo [de Eduardo Cunha]”, afirmou. Mas os petistas também apostam em ganhar alguns votos de dissidência na eleição de domingo, sobretudo do PRB, partido que apoia oficialmente Eduardo Cunha.
Tem muito deputado com quem converso que diz: ‘Eu tenho compromisso
com outro candidato, mas na hora da urna, se eu votar com o coração, vai
ser em você [Júlio Delgado]'"
Deputado Júlio Delgado (PSB-MG),
candidato à presidência da Câmara
candidato à presidência da Câmara
A expectativa é de que o candidato do PSB ao comando da Câmara, Júlio Delgado (PSB-MG), também perca votos com o sigilo da eleição. Delgado tem o apoio oficial de PSB, PSDB, PPS e PV. No entanto, nos bastidores, é esperado que um grupo de tucanos, principalmente da bancada de São Paulo, opte por votar em Eduardo Cunha.
O peemedebista lançou forte ofensiva na semana passada para conquistar os votos do PSDB, principalmente dos parlamentares da capital paulista. A ação chegou a gerar rumores de que o maior partido de oposição desistiria da aliança com Delgado.
Para reforçar o apoio, o senador Aécio Neves, presidente nacional do PSDB, telefonou pessoalmente para colegas de legenda e das siglas que compõem o bloco de sustentação de Delgado. Na última sexta (29), após reunião em Brasília, os partidos declararam novamente que votarão no deputado do PSB.
Apesar da instabilidade gerada com os boatos, Delgado diz que pode se beneficiar com a votação secreta. Segundo ele, muitos parlamentares acreditam em seu projeto de governo, mas já firmaram acordos formais com os adversários e podem “trair” na hora da votação.
“Tem muito deputado com quem converso que diz: ‘Eu tenho compromisso com outro candidato, mas na hora da urna, se eu votar com o coração, vai ser em você'”, disse, em entrevista ao G1.
Para o parlamentar, a votação secreta garante independência aos deputados e evita que eles sejam coagidos a votar em candidatos com amplo poder de manobra. "Claro que ninguém é ingênuo a ponto de achar que não haverá dissidência nas bancadas. Mas, na nossa, haverá a menor dissidência de todas."
Votação
A sessão para eleger presidente da Câmara e membros da Mesa Diretora terá início às 18h. Cada um dos quatro candidatos ao comando da Casa poderá discursar na tribuna para pedir apoio e apresentar propostas.
Foram distribuídas pelo plenário 14 urnas eletrônicas. Cada deputado escolherá, em uma única votação, o candidato para presidente da Câmara e para outros 10 cargos da Mesa Diretora, entre eles o de vice-presidente e 1 º secretário, que cuida das finanças da Casa.
A apuração para o cargo de presidente da Câmara é anunciada antes. A previsão é de que a contagem dos votos termine por volta das 22h. Para ser eleito em primeiro turno, é preciso obter metade mais um dos votos dos deputados presentes à sessão.
Se houver segundo turno, a apuração dos votos para os demais cargos da Mesa só é anunciada depois. Neste caso, ocorre nova votação somente para definir o presidente da Casa. A expectativa em caso de segundo turno é que o resultado só saia depois da meia-noite.
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