quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

TCU rejeita bloqueio dos bens de Graça Foster pela compra de Pasadena

Em junho do ano passado, o TCU concluiu que houve prejuízos de US$ 792,3 milhões aos cofres da Petrobras com a compra da refinaria

Publicado em 11/02/2015, às 16h06


Da ABr

 / Foto: VANDERLEI ALMEIDA / AFP

Foto: VANDERLEI ALMEIDA / AFP

O Tribunal de Contas da União (TCU) decidiu nesta quarta-feira (11) não bloquear os bens da ex-presidenta da Petrobras, Graça Foster, em processo que investiga denúncias de irregularidades na compra da Refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, pela empresa. Cinco ministros votaram pela exclusão do nome de Foster e do ex-diretor da Área Internacional da empresa, Jorge Zelada, da lista dos dirigentes  que terão os bens bloqueados, e outros três defenderam a indisponibilidade dos bens de Foster e Zelada.
Em agosto do ano passado, o relatório  apresentado pelo então ministro José Jorge determinava a indisponibilidade dos bens da ex-presidenta da estatal, mas a maioria dos ministros acompanhou o voto do ministro revisor, Walton Alencar, que propôs a exclusão do nome de Graça Foster e de Zelada, apesar de incluir o seus nomes na lista dos responsáveis pelas irregularidades.
A votação tinha sido adiada por causa de um pedido de vista do ministro Aroldo Cedraz, que hoje preside o TCU. O último ministro que faltava votar era Augusto Nardes, que votou pelo bloqueio dos bens dos dirigentes. Ele disse que a Petrobras está doente e que o episódio de Pasadena é apenas um dos sintomas dessa doença. “É urgente que sejam corrigidas as causas primarias dos problemas, para estancar de forma definitiva a sangria de recursos, sob pena de que os atos de hoje voltem a ser escândalos amanhã”, disse. Nardes também argumentou que não apenas a imagem do país está em jogo, mas os interesses dos acionistas da Petrobras, em especial a União, que é acionista majoritária.
Em junho do ano passado, o TCU concluiu que houve prejuízos de US$ 792,3 milhões aos cofres da Petrobras com a compra da refinaria e determinou a indisponibilidade de bens de 11 dirigentes e ex-dirigentes da empresa. O relatório, no entanto, isentou de responsabilidade os membros do Conselho de Administração da empresa, que na época era presidido pela então ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, hoje presidenta da República.
Na sessão de hoje, o ministro André Luís de Carvalho pediu a inclusão do Conselho de Administração como um dos responsáveis pelos prejuízos, mas esta  questão ainda será examinada pelo atual relator da proposta, ministro Vital do Rêgo.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015


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Mercado prevê crescimento zero do PIB e inflação de 7,15% em 2015

Expectativa de crescimento deste ano passou de 0,03% para zero.
Para inflação, estimativa de analistas avançou para 7,15% em 2015.

Alexandro Martello



  Do G1, em Brasília25
Fonte: BC
As estimativas do mercado financeiro para este ano continuam piorando. Segundo pesquisa conduzida pelo Banco Central na semana passada com mais de 100 economistas de instituições financeiras, o crescimento da economia deve ser zero em 2015; e a inflação deve atingir a marca de 7,15% – a maior em 11 anos.
A expectativa do mercado para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano, que estava em 7,01% na semana retrasada, subiu para 7,15% na última semana. Foi a sexta alta seguida na estimativa para a inflação de 2015. Se confirmada, a taxa de 7,15% será a maior desde 2004, quando ficou em 7,6%. Para 2016, a previsão do mercado ficou estável em 5,60%.
Com isso, a estimativa do mercado para o IPCA de 2015 segue acima do teto do sistema de metas. A meta central de inflação para este ano e para 2016 é de 4,5%, com tolerância de dois pontos para mais ou para menos. O teto do sistema de metas, portanto, é de 6,5%. Em 2014, a inflação somou 6,41%, o maior valor desde 2011.
Na semana passada, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a inflação oficial do país, medida pelo IPCA, ficou em 1,24% em janeiro, depois de avançar 0,78% em dezembro do ano passado. Essa foi a taxa mensal mais alta desde fevereiro de 2003, quando ficou em 1,57%. Em 12 meses, o indicador acumula alta de 7,14% – a maior desde setembro de 2011, quando o índice atingiu 7,31%.
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ESTIMATIVAS PARA A ECONOMIA
Em %
7,15012,25InflaçãoPIBSelic02,557,51012,515
Fonte: BC
Cenário para a inflação em 2015
Segundo analistas, a alta do dólar e dos preços administrados (como telefonia, água, energia, combustíveis e tarifas de ônibus, entre outros) pressionam os preços em 2015. Além disso, a inflação de serviços, impulsionada pelos ganhos reais de salários, segue elevada.
O governo, para reorganizar as contas públicas, informou que não fará mais repasses para a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) neste ano, antes estimados em R$ 9 bilhões. Com isso, a alta da energia elétrica neste ano pode chegar a até 40% em 2015.
Ao mesmo tempo, também anunciou o aumento da tributação sobre os combustíveis, o que pode gerar um aumento de mais de 8% na gasolina e de 6,5% no diesel nas próximas semanas. Com isso, os chamados "preços administrados", segundo o próprio Banco Central, devem subir pelo menos 9,3% em 2015, o maior aumento desde 2004 – quando avançaram 9,77%. O peso dos preços administrados no IPCA é de cerca de 25%.
PIB zero
Ao mesmo tempo em que elevaram sua estimativa de inflação para mais de 7% neste ano, os economistas do mercado financeiro também reduziram novamente sua previsão para o crescimento da economia brasileira em 2015.
Para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2015, os economistas baixaram a estimativa de alta de 0,03% para zero na última semana – na sexta queda consecutiva. Para 2016, a estimativa de expansão da economia permaneceu em 1,50% de alta na semana passada.
O PIB é a soma de todos os bens e serviços feitos em território brasileiro, independentemente da nacionalidade de quem os produz, e serve para medir o crescimento da economia.
No fim de outubro, o IBGE informou que a economia brasileira saiu por pouco da recessão técnica no terceiro trimestre de 2014 – quando o PIB cresceu 0,1% na comparação com o trimestre anterior. De janeiro a setembro, a economia teve expansão de 0,2% frente ao mesmo período do ano passado. Já no acumulado em quatro trimestres até setembro, a alta foi de 0,7%.
Em janeiro, durante encontro reunião do Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse que espera um PIB "flat" (próximo de zero) neste ano. Ele anunciou, nas últimas semanas, aumentos de tributos e medidas para conter gastos públicos com o objetivo de resgatar a confiança na economia brasileira.
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Juros devem ficar em 12,5% (Foto: G1)
Taxa de juros
Para a taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic, que avançou recentemente para 12,25% ao ano, a expectativa do mercado é de 12,5% ao ano no fim de 2015 – o que pressupõe um novo aumento na taxa Selic. Para o término de 2016, a previsão do mercado é de que juros somem 11,5% ao ano.
A taxa básica de juros é o principal instrumento do BC para tentar conter pressões inflacionárias. Pelo sistema de metas de inflação brasileiro, o BC tem de calibrar os juros para atingir objetivos pré-determinados. Em 2015 e 2016, a meta central é de 4,5% e o teto é de 6,5%.
Câmbio, balança comercial e investimentos estrangeiros
Nesta edição do relatório Focus, a projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2015 permaneceu em R$ 2,80 por dólar. Para o término de 2016, a previsão dos analistas para a taxa de câmbio ficou estável em R$ 2,90 por dólar.
A projeção para o resultado da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações) em 2015 ficou estável em US$ 5 bilhões. Para 2016, a previsão de superávit comercial avançou de US$ 10,5 bilhões para US$ 12 bilhões.
Para este ano, a projeção de entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil avançou de US$ 59,2 bilhões para US$ 60 bilhões. Para 2016, a estimativa dos analistas para o aporte ficou caiu de US$ 60 bilhões para US$ 59,5 bilhões.
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sábado, 7 de fevereiro de 2015

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Corrida demais é tão prejudicial quanto exercício nenhum, diz estudo


Praticar corrida em excesso pode ser tão ruim para a saúde quanto não praticar exercício, segundo cientistas dinamarqueses.

Pesquisadores do Hospital Frederiksberg, em Copenhague, estudaram voluntários - todos saudáveis - ao longo de 12 anos: mais de mil praticavam corrida, ao passo que quase 4 mil não praticavam exercícios.

As menores taxas de mortalidade couberam aos praticantes de corrida a ritmo leve e moderado; já os que praticavam corridas intensas não registraram estatísticas muito diferentes das do grupo sedentário.

Quem correu a um ritmo constante durante menos de duas horas e meia por semana teve menos chances de morrer no período.

Já os que correram mais do que quatro horas por semana ou não fizeram exercício nenhum registraram o maior número de mortes.

A corrida ideal

Os cientistas analisaram questionários preenchidos pelos voluntários que participaram da pesquisa.
A partir das respostas, eles concluíram que o ritmo ideal de corrida é cerca de oito quilômetros por hora - moderado. Além disso, eles concluíram que é melhor não correr mais do que três vezes por semana, por um total de até 2,5 horas.

As pessoas que praticavam corridas mais intensas - particularmente aqueles que corriam mais de três vezes por semana ou a um ritmo mais forte do que 11 quilômetros por hora - tinham as mesmas chances de morrer que aquelas que não praticavam exercício.

"Você não precisa fazer tanto exercício para sentir um bom impacto na sua saúde. Talvez, na verdade, você não devesse praticar tanto (exercício). Não há no mundo recomendações de um limite máximo para o exercício seguro, mas deveria haver", disse o pesquisador Jacob Louis Marott.

Caminhada vigorosa

Os pesquisadores ainda não sabem o que está por trás desta tendência, mas acreditam que mudanças no coração durante a prática de exercícios extremos podem oferecer uma explicação.
Em suas conclusões, os pesquisadores sugerem que "exercícios pesados, de resistência, podem induzir a um remodelamento patológico estrutural do coração e artérias no longo prazo".

"A pesquisa mostra que você não precisa correr maratonas para manter sua saúde", disse Maureen Talbot, enfermeira especializada em problemas cardíacos da organização British Heart Foundation.

"A orientação nacional (britânica) recomenda 150 minutos de atividades moderadas por semana. Pode parecer muito, mas até uma caminhada vigorosa é um bom exercício", acrescentou.

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quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Aumenta a adesão de brasileiros ao Mais Médicos 

(Divulgação: Fundação Portal do Pantanal)

AGENCIA BRASIL 4 de Fevereiro de 2015 | 23h00

Prefeitos de todo o Brasil pediram 4.146 médicos ao Programa Mais Médicos para trabalhar na rede pública. Apesar de 1.500 municípios estarem aptos a se inscrever no programa, 1.294 solicitaram profissionais ao governo federal, além de 12 Distritos Sanitários Especiais Indígenas.
Segundo o ministro da Saúde, Arthur Chioro, todos os 1.500 prefeitos foram avisados da possibilidade de solicitarem médicos, mas pode ser que eles tenham conseguido outras formas de contratação, ou não queiram se comprometer com as obrigações do programa.
Diferentemente das outras edições do programa, rejeitadas pelos médicos brasileiros, desta vez 15.747 profissionais formados no Brasil se inscreveram para concorrer a uma vaga, mais de três vezes o número de postos oferecidos.
O grande atrativo desta versão do programa é a possibilidade de o médico receber um bônus de 10% nas provas de residência, por clinicar por um ano em local determinado, na especialização de saúde pública.
Foram 11.736 os médicos que fizeram esta opção, enquanto 3.081 escolherem receber os auxílios do Mais Médicos e permanecer três anos no posto de saúde. Do Programa de Valorização do Profissional a Atenção Básica são 930 participantes.
Para Chioro, o número de inscritos deve ser avaliado com cautela, porque o local onde os médicos desejam trabalhar pode não coincidir com as vagas abertas. Os médicos inscritos poderão indicar até amanhã quatro municípios onde preferem clinicar.
Criado em 2013 para levar médicos a regiões carentes, o Mais Médicos conta hoje com  11.429 profissionais cubanos, 1.846 brasileiros e 1.187 intercambistas de vários países, como Argentina, Portugal, Venezuela, Bolívia, Espanha e Uruguai.