domingo, 10 de maio de 2015

Caciques do PMDB vivem guerra fria pelo poder


O PMDB diz que cansou de ser apenas o fiador da governabilidade em troca de um latifúndio na máquina federal. Falta saber quem controlará o partido em sua nova fase. A interrogação deflagrou uma disputa entre poderosos: Michel Temer (SP), Eduardo Cunha (RJ) e Renan Calheiros (AL). O vice-presidente da República e os presidentes da Câmara e do Senado, respectivamente, lutam pela primazia da sigla e o espaço no governo Dilma Rousseff. Cada um com sua estratégia voltada para 2018.
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Cunha e Temer desejam a faixa presidencial que o partido usou pela última vez em 1990, com José Sarney. Renan, atento ao quarto mandato de senador, apela ao senso de sobrevivência que o faz participar do poder desde o governo Fernando Collor (1990-1992). Fareja um crepúsculo petista, mas se distancia sem romper.
– Essa disputa extrapola o controle do PMDB – diz o deputado Jarbas Vasconcelos (PE).
Presidente da sigla há 14 anos, Temer quer seguir no posto que definirá um eventual candidato ao Palácio do Planalto. Cunha pretende tirá-lo. Teve o projeto futuro evidenciado por um colega de bancada em fevereiro, quando cartazes que o tratavam como “A voz do Brasil” foram espalhados por Brasília como parte da campanha para a presidência da Câmara.
– Você quer ser presidente da República, né? – questionou o correligionário.
– Não, jamais – respondeu.
Operador do baixo clero, Cunha ascendeu ao derrotar o governo e o PT, avalistas da vitória de Renan. Retaliou o Planalto com a aprovação do Orçamento Impositivo (que determina o pagamento de emendas parlamentares) e forçou a queda de Pepe Vargas (PT-RS) da Secretaria de Relações Institucionais, repassada a Temer. Ainda desalojou Vinicius Lages, afilhado de Renan, do Ministério do Turismo.
A escolha de Henrique Alves (RN) para substituir Lages parecia ter acalmado o deputado, mas, na terça-feira, Cunha voltou a atacar: adiou a votação de medida provisória (MP) do ajuste fiscal, de interesse do Planalto, e emplacou a PEC da Bengala, que impede Dilma de indicar cinco ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) até o final do mandato. Cunha marcou posição, sua característica. Evangélico, já garantiu que não votará projetos sobre aborto, propôs o Dia do Orgulho Hétero e incentiva a redução da maioridade penal. Ofuscado, Renan guinou à esquerda, sinalizou a gaveta para o projeto de redução da maioridade penal, criticou a ampliação da terceirização e o “desajuste fiscal”.
A perda do Turismo irritou o senador, que ensaiava entregar a pasta após a aprovação da PEC que limita o número de ministérios. O movimento tentaria mudar a imagem do PMDB de fisiologista para uma sigla eficiente na gestão. Renan respondeu ao nomear Lages seu chefe de gabinete. Antes, o ex-ministro rejeitou convites para assumir a Caixa Econômica Federal ou a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Temer vai ignorar a oratória do presidente do Senado, que ganhará cargos sem consulta. A intenção é levá-lo de volta para o governo à força. Seu aliado na Casa, Eunício Oliveira (CE) já recebeu o Banco do Nordeste. Outro escudeiro de Renan, Romero Jucá (RR) será contemplado, o que gerou o alerta de um amigo petista ao senador:
– Você foi salvo da cassação pelo PT, foi eleito presidente com ajuda do PT, e agora nos critica? Você vai ficar sozinho…
Uma estratégia contra a Lava-Jato
A mudança de rota do senador ocorreu em março, a partir do vazamento de seu nome entre os investigados na Operação Lava-Jato. De imediato, devolveu uma MP enviada pelo Planalto ao Congresso. Há duas semanas, classificou como “ridícula” a decisão de
Dilma cancelar o pronunciamento no Dia do Trabalho e chamou o PMDB de “coordenador de RH” do palácio. Temer rebateu em nota, ao dizer que o país precisa “de políticos à altura dos desafios”.
O vice já aguardava as insubordinações. Quando Dilma convidou Eliseu Padilha para articulação política, o grupo de Temer avaliou que seria melhor repassar o posto ao vice, com maior envergadura institucional e partidária. Se pacificar as relações, o paulista quer ser visto como um líder nacional. Para tal, discreto e paciente, planeja novas vitórias em votações. Com distribuição de cargos aos parlamentares fiéis (incluindo a oposição), e punição aos rebeldes, garantiu, na quarta-feira, a aprovação da primeira MP do ajuste fiscal.
Ao contemplar bancadas, Temer tenta neutralizar Cunha e Renan, dispostos a manter imagem de um Congresso forte que peita um governo desgastado. A postura também serve para manter a investigação de ambos na Lava-Jato em segundo plano no noticiário. É uma aliança tática dos presidentes das Casas, que se elogiaram na quinta­feira, na promulgação da PEC da Bengala. Ao adiar a aposentadoria compulsória dos ministros do STF dos 70 para os 75 anos de idade, fizeram um afago nos magistrados que poderão julgá-los no futuro – mais um movimento de um xadrez político que está longe do fim.
Radiografia da disputa
Quem são os brigões
Michel Temer (SP), vice-presidente da República
Vice de Dilma nas duas vitórias eleitorais, Temer, 74 anos, ganhou espaço ao se tornar articulador político do governo. Presidente do PMDB há 14 anos, tem perfil conciliador, que lhe garante trânsito em partidos e na Câmara. Deputado por seis mandatos, presidiu a Casa em três oportunidades. Advogado e professor universitário, ingressou na política no governo de Franco Montoro em São Paulo (1983-1987). Aliado do PSDB na gestão de FHC, aproximou-se do PT quando Lula chegou ao Planalto.

Renan Calheiros (AL), presidente do Senado
No terceiro mandato, Renan, 59 anos, preside o Senado pela quarta vez. Aliado do Planalto, afastou-se após o vazamento do seu nome na lista da Lava-Jato. Foi líder do governo Fernando Collor na Câmara e ministro de FHC. Em 2007, renunciou à presidência do Senado e escapou da cassação duas vezes, após suspeitas de ter contas pagas por lobista de uma construtora, e de usar laranjas para adquirir rádios e um jornal. Retomou espaço e elegeu seu herdeiro, Renan Filho, governador de Alagoas.

Eduardo Cunha (RJ), presidente da CâmaraAos 57 anos, Cunha derrotou o Planalto ao ser eleito presidente da Câmara com discurso contra a submissão do parlamento ao governo. Está no terceiro mandato. Iniciou a carreira no PP, presidiu a estatal de telecomunicações do Rio de Janeiro nos anos 1990. Ex-líder da bancada, articulou a posse de Leonardo Picciani (RJ) como seu substituto e manteve o controle sobre os deputados. Captador de recursos para campanhas, influencia parlamentares de outras legendas. Está entre os investigados da Lava-Jato.
Os motivos da rixa
Espaço no governoApesar do discurso de independência, Renan e Cunha buscam mais cargos e poder. Os dois pressionam o Planalto com críticas ao governo, uma agenda própria de projetos e embaraços em votações. Com maior influência após assumir a articulação política, Temer administra seu quinhão da Esplanada e a distribuição de cargos. Cunha foi contemplado no Ministério do Turismo em detrimento a Renan, que, publicamente, afirma não querer novas vagas e sustenta a tese de redução de ministérios.
Controle do PMDBCom a possibilidade de o PMDB lançar candidato à Presidência em 2018, quem comandar a executiva terá controle da escolha do concorrente e influenciará decisões nos Estados. Presidente da sigla desde 2001, Temer deseja ficar no posto. Cunha trabalha para que Sérgio Cabral, ex-governador do Rio, ou outro nome de seu grupo substitua Temer. Renan quer participar das decisões da legenda independentemente de quem for o presidente. A eleição na sigla deve ocorrer em 2016.
Eleições de 2018Cunha e Temer têm pretensões de concorrer ao Planalto. Com o PT enfraquecido e o crescimento da camada conservadora do eleitorado, Cunha planeja voo direto da Câmara para o Planalto – a segunda opção é o governo do Rio. Na articulação política, Temer amplia sua exposição. Pretende construir a imagem do líder que vai pacificar o país e garantir a continuidade do governo Dilma. Renan arquiteta a manutenção de seu poder com o quarto mandato de senador e a reeleição de Renan Filho em Alagoas.
A trincheira de cada um
Vice-presidência da RepúblicaSubstituto imediato do presidente, o vice auxilia na representação do país e costuma participar de fóruns internacionais. Ao assumir a função de articulador político do governo, Temer responde pelas relações do Planalto com Senado e Câmara. Junto, controla as nomeações dos cargos de segundo escalão na máquina federal.
Presidência da CâmaraTerceiro nome na linha sucessória ao Planalto, atrás apenas do vicepresidente, define quando e quais projetos de lei entram na pauta de votações da Câmara. Também dispõe do poder para arquivar ou dar andamento a eventuais pedidos de impeachment contra o presidente da República. A Casa vota a abertura ou não do processo.
Presidência do SenadoQuarto na linha sucessória ao Planalto, define as pautas do Senado e do Congresso. No Senado, ocorrem as sabatinas dos indicados ao Supremo Tribunal Federal (STF), à Procuradoria-Geral da República (PGR) e outros cargos, que devem ser aprovados em plenário. Um processo de impeachment contra o presidente tramita na Casa.
Fonte: Zero Hora http://zh.clicrbs.com.br/rs/

sábado, 9 de maio de 2015

Petrobras move as primeiras ações judiciais contra empresas da Lava Jato

Estatal pede R$ 298 milhões à Mendes Júnior e R$ 154 milhões à Engevix.
No total, empresa quer recuperar R$ 6,2 bilhões perdidos com corrupção.

Do G1 Rio
A Petrobras e o Ministério Público Federal (MPF) ingressaram com uma ação judicial contra a empreiteira Mendes Júnior, pedindo uma indenização de R$ 298 milhões, parte de uma estratégia para recuperar recursos desviados, revelou a estatal nesta sexta-feira (8). No último dia 30, a empresa foi à Justiça contra outra empreiteira, a Engevix, da qual reivindica o pagamento de quase R$ 154 milhões, a título de ressarcimento. A petroleira passa a atuar como assistente do MPF.
As duas ações são as primeiras que a Petrobras move contra empreiteiras envolvidas no esquema investigado pela operação. Outras três ações que estão sendo preparadas contra as empreiteiras Queiroz Galvão, OAS e Camargo Corrêa somam R$ 826 milhões, de acordo com a estatal. Os valores pedidos já incluem multas e reparações por danos morais.
Para a próxima segunda-feira, está previsto o recebimento pela Petrobras de R$ 157 milhões recuperados do ex-gerente da empresa Pedro Barusco, que admitiu ter cometido desvios em depoimentos à Justiça por meio de acordo de delação premiada. Segundo a gerente executiva do Departamento Jurídico da Petrobras, Taísa Maciel, o dinheiro irá para o cofre da companhia “imediatamente”.
No total, a Petrobras tenta reaver na Justiça R$ 6,2 bilhões perdidos com corrupção em 2014. Foi este o cálculo divulgado no balanço auditado da companhia, divulgado no último dia 22 de abril. O valor foi definido no demonstrativo como "baixa de gastos adicionais capitalizados indevidamente".
Conforme declarou à Globo News a gerente executiva do departamento jurídico da Petrobras, Taísa Maciel, caso a justiça decida aplicar multas e danos morais pelos atos ilícitos, a petroleira pode conseguir de volta um valor até maior que os R$ 6,2 bilhões perdidos com as irregularidades.
Caso a decisão da Justiça seja favorável à Petrobras na ação contra a Mendes Júnior, poderão pagar o valor cobrado, além da própria empresa, o diretor vice-presidente executivo Sérgio Cunha Mendes; o diretor de óleo e gás, Rogério Cunha de Oliveira; o diretor vice-presidente corporativo, Ângelo Alves Mendes; o representante da Mendes Junior nos contratos com a Petrobras, Alberto Elisio Vilaça Gomes; o engenheiro da área operacional de obras e gerente de contratos, José Humberto Cruvinel Resende; e o ex-diretor de abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa.
Procurada pelo G1 na noite desta sexta-feira, a Mendes Junior afirmou que "não tem conhecimento da ação e por isso não irá se manifestar".
No caso da ação contra a Engevix, são responsabilizados a empresa Jackson Empreendimentos S/A, holding da Engevix; o vice-presidente Gerson de Melo Almada; os representantes da Engevix em contratos Carlos Eduardo Strauch Albero, Newton Prado Junior e Luiz Roberto Pereira; e o ex-diretor de abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa.
Procurada pelo G1 nesta sexta-feira, a Engevix afirmou que não vai se pronunciar sobre o assunto.
Danos morais e materiais
De acordo com a gerente jurídica da Petrobras, as duas primeiras ações tentam não só a reparação material, mas também a moral, já que a imagem da companhia teria sido abalada.

“A Petrobras está tomando todas as medidas necessárias para a integral reparação dos prejuízos sofridos, inclusive com relação à sua reputação. Essa medida de hoje se insere num contexto de diversas medidas que têm esse objetivo, incluindo aí medidas na esfera penal, quando a gente entrou como assistente de acusação, ao lado do Ministério Público, administrativas e as medidas civis que são essas das ações de improbidade”, disse.
Taísa também destacou que, se a Justiça for favorável aos pedidos da Petrobras, o valor ressarcido poderá ser superior às quantias desviadas. “Para ter ideia, nessas duas primeiras ações que a Petrobras está entrando, o pedido é de cerca de R$ 500 milhões. E já está em preparação o ingresso de mais três ações com o objetivo de obter o ressarcimento de cerca de R$ 800 milhões. Então, virão ainda outras ações contra outras empresas e outros contratos à medida que as investigações forem avançando”.

sexta-feira, 8 de maio de 2015

Câmara rejeita mudanças e termina de votar MP do seguro-desemprego

Medida provisória faz parte do esforço do governo pelo ajuste fiscal.
Oposição criticou proposta com argumento de que prejudica trabalhador
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Nathalia Passarinho e Laís AlegrettiDo G1, em Brasília
A Câmara dos Deputados concluiu nesta quinta-feira (7) a votação da medida provisória 665, que endurece as regras de acesso ao seguro-desemprego, ao abono salarial e ao seguro-defeso (leia mais abaixo o que mudou em cada um dos benefícios). Os deputados rejeitaram todos os destaques que visavam modificar o teor da MP. A medida agora segue para votação no Senado.
O texto-base da MP foi aprovado nesta quarta (6) em sessão tumultuada da Câmara, que teve bate-boca entre deputados, panelaço no plenário e retirada de sindicalistas das galerias. A votação foi apertada: 252 votos a favor e 227 contra (saiba como votou cada deputado).
Um dos principais pontos do texto é a ampliação do tempo de trabalho necessário para a requisição do seguro-desemprego (de seis para 12 meses). Considerada pelo governo como necessária para o ajuste fiscal que visa reequilibrar as contas públicas, a medida provisória 665 foi editada em dezembro de 2014 pela presidente Dilma Rousseff juntamente com a MP 664, que restringe o acesso à pensão por morte – a 664 foi aprovada na última terça em comissão especial e será apreciada na próxima semana.
A oposição tentou modificar o teor da MP 665 para resgatar as regras atuais. Um dos destaques, de autoria do DEM, visava restituir o tempo de seis meses de trabalho para obtenção do seguro-desemprego, mas foi derrubado pelo plenário.
“Essa medida vai penalizar, sobretudo, os trabalhadores de menor renda. Veja como age o governo da presidente Dilma, que negou na campanha política que retiraria direitos, e que quer agora, com essa proposta, justamente retirar direito de trabalhadores de menor renda”, afirmou o líder do DEM, deputado Mendonça Filho (PE).
O líder do governo, José Guimarães (PT-CE), disse que as medidas são necessárias para que o país “retome o crescimento” e defendeu a tese de que as propostas só “corrigem” distorções que resultavam em gasto excessivo para a Previdência.
“As duas medida provisórias visam fazer correções, algumas alterações nas regras de acesso aos benefícios previdenciários. Todos os benefícios estão mantidos. O governo da presidenta Dilma jamais vai encaminhar medida ao Congresso visando retirar direitos.”
Manifestantes
Durante a votação desta quinta, integrantes da Força Sindical fizeram um ato no Salão Verde da Câmara. O secretário-geral do Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos (SP), Célio Malta, disse que os manifestantes foram impedidos de entrar nas galerias do plenário.
Por isso, segundo Malta, os sindicalistas decidiram fazer a manifestação no Salão Verde e jogaram papéis que imitam dólares, da forma como fizeram na terça-feira no plenário, durante a votação do texto-base.
Os papéis trazem imagens da presidente Dilma Rousseff, do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, preso na Operação Lava Jato, da Polícia Federal. Em cada cédula, há a foto de um dos três políticos, com a expressão “Petro Dólar”.
Críticas ao PT
Antes de iniciar a votação dos destaques, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), fez uma crítica ao PT por não ter garantido todos os 64 votos dos deputados da bancada na votação do texo-base.
Apesar de ter oficializado “fechamento de questão” em favor da MP, dos 64 deputados petistas, 55 votaram pela aprovação do texto, um votou contra – o deputado Weliton Prado (PT-MG) –, e nove não registraram voto e terão salário referente ao dia cortado se não apresentarem atestado médico. 
As ausências e o voto contrário representam 14% da bancada petista. Dos 67 deputados do PMDB, 50 (74,6%) votaram a favor da MP – 13 votaram contra, três não compareceram e, como presidente da Câmara, Eduardo Cunha não votou.
Uma posição mais “enfática” do PT era cobrada pelo PMDB, que temia levar sozinho o ônus político da aprovação de uma medida provisória impopular. “Eles simplesmente se evadiram. Acho que quem tem que cobrar isso é o próprio PT. Apenas constatei o fato que tem alguns que fizeram discurso e se ausentaram. PT cumpriu com 80% [do compromisso de apoiar a MP]”, disse Eduardo Cunha.
O líder do governo minimizou as ausências de petistas em plenário. “Foi uma demonstração do compromisso da base aliada com o Brasil. As ausências foram muito pequenas”, disse Guimarães.

Seguro-desemprego
Pelo texto aprovado pela Câmara, o trabalhador terá direito ao seguro-desemprego se tiver trabalhado por pelo menos 12 meses nos últimos dois anos. O prazo inicial proposto pelo governo era de 18 meses. Antes, o trabalhador precisava de apenas seis meses.

Para poder pedir o benefício pela segunda vez, o projeto estipula que o trabalhador tenha nove meses de atividade. Antes, esse prazo exigido era de seis meses de trabalho, e o governo queria ampliar para 12 meses. A proposta mantém a regra prevista na MP (seis meses) se o trabalhador requisitar o benefício pela terceira vez.

Abono salarial
Em relação ao abono salarial, o texto prevê que o trabalhador que recebe até dois salários mínimos deverá ter trabalhado por três meses para ter direito ao benefício. O texto do Executivo exigia seis meses.

O abono salarial equivale a um salário mínimo vigente e é pago anualmente aos trabalhadores que recebem remuneração mensal de até dois salários mínimos. Atualmente o dinheiro é pago a quem tenha exercido atividade remunerada por, no mínimo, 30 dias consecutivos ou não, no ano.

O texto aprovado na Câmara mantém o pagamento do abono ao empregado que comprovar vínculo formal de no mínimo 90 dias no ano anterior ao do pagamento. Paulo Rocha explicou que a regra seguirá a mesma linha de pagamento do 13º salario. Por exemplo, quem trabalhou um mês ou cinco meses receberá respectivamente 1/12 e 5/12 do abono, explicou o senador.

Seguro-defeso
Para o seguro-defeso, pago ao pescador durante o período em que a pesca é proibida, foi mantida a regra vigente antes da edição da medida provisória - o pescador necessita ter ao menos um ano de registro na categoria. A intenção do governo era aumentar essa exigência para três anos.
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quarta-feira, 6 de maio de 2015

Câmara finaliza votação da PEC da Bengala e texto vai à promulgação

  • 05/05/2015 23h46
  • Brasília
Iolando Lourenço - Repórter da Agência Brasil Edição: Aécio Amado

A Câmara rejeitou os três destaques supressivos apresentados à  proposta de emenda à Constituição (PEC) que aumenta de 70 para 75 anos a idade para a aposentadoria compulsória de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), do Tribunal de Contas da União (TCU) e de outros tribunais superiores. Com isso, é concluída a votação da PEC, que teve o texto-base aprovado sem modificação. Ele obteve 333 votos a favor, 144 contra e 10 abstenções. 
A PEC agora vai para promulgação das mesas diretoras do Senado e da Câmara nos próximos dias e passará a integrar a Constituição Brasileira. O primeiro turno da PEC foi aprovado no dia 4 de abril por 318 votos a favor, 131 contra e 10 abstenções. A proposta já foi aprovada, em dois turnos, no Senado. Na votação em primeiro turno na Câmara, os deputados mantiveram o texto apreciado pelos senadores.
Com a aprovação da PEC, pelo menos cinco ministros do STF que completarão 70 anos até 2018 poderão continuar na Corte por mais cinco anos. Como o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), prometeu que não daria autorização para viagens oficiais de deputados, em pelo menos duas semanas de maio, a fim de garantir quórum alto para votações das MPs do ajuste fiscal, é grande a presença de deputados no plenário, dos 513 parlamentares que compõem a Casa, 492 estão presentes.

terça-feira, 5 de maio de 2015

Temer pede apoio da base aliada no Congresso para aprovação do ajuste fiscal

Agência Brasil | 04/05/2015 18:13

Para o vice-presidente, o corte de gastos do governo será “muito radical” caso as propostas não passem pelo Congresso
Agência Brasil


O vice-presidente da República, Michel Temer, fez nesta segunda-feira (4) um apelo ao PT e aos partidos da base aliada para que se empenhem na aprovação das medidas de ajuste fiscal que tramitam no Congresso Nacional. Ele disse ter certeza de que toda a base do governo “estará convencida e unificada” para que as duas medidas provisórias sejam aprovadas.
Para Michel Temer, o corte de gastos do governo será “muito radical” caso as propostas não passem pelo Congresso.
Murilo Constantino/iG - 17.4.15
"É importante que haja unidade dos votos em relação à matéria", afirmou o vice-presidente
Antes de se reunir à tarde com os líderes da base aliada na Câmara e no Senado, Michel Temer convocou os jornalistas para uma entrevista. Segundo ele, as negociações para que as MPs 664 e 665 sejam aprovadas terão êxito esta semana, quando os parlamentares devem apreciar as proposições que alteram as regras de acesso a benefícios trabalhistas e previdenciários.
“Estou sugerindo ao PT, que tem entrosamento com trabalhadores e centrais sindicais, para que, por inteiro, se dedique à aprovação, assim como os demais partidos da base aliada”, informou o vice-presidente, que, desde o mês passado, acumula a chefia da articulação política do governo.
Temer explicou que, durante as reuniões, tem procurado convencer os empresários e trabalhadores de que a aprovação do ajuste permitirá que o país continue com uma “economia saudável e forte”.
Leia também:
Michel Temer volta a reunir ministros e base aliada para discutir ajuste fiscal
Segundo Temer, o corte nos gastos do governo, previsto para este mês, deve ser maior caso as medidas não sejam aprovadas. “Se não houver ajuste, o contingenciamento será muito radical. Se houver ajuste, contingenciamento será muito menor”, previu.
“Tenho certeza que o PT e os partidos da base aliada estarão convencidos e unificados. É importante que haja unidade dos votos em relação à matéria.” Temer ligou para todos os ministros, solicitando que eles conversem com os deputados para que o ajuste seja aprovado. Ele disse esperar que o PMDB vote em peso a favor das propostas. "Estou trabalhando para isso."
De acordo com o vice-presidente, embora não seja possível garantir toda a economia prevista (R$ 18 bilhões para este ano) na edição das medidas, o governo trabalha com o “ajuste viável nesse momento”. “As negociações estão em curso. Fizemos muitas reuniões. Os bons resultados devem se concretizar amanhã”, conclui Michel Temer.

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segunda-feira, 4 de maio de 2015

Fotos podem esclarecer queda de helicóptero com Thomaz Alckmin

Nenhuma pá se soltou, o que também foi confirmado agora pela Aeronáutica, a possibilidade mais concreta é que tenha acontecido uma quebra.

O que provocou a queda de um helicóptero, no mês passado, em São Paulo? Cinco pessoas morreram, entre elas Thomaz, o filho mais novo do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. As investigações avançam, e novas informações estão surgindo.
Até agora, as três fotos, mostradas no vídeo acima, eram inéditas. Elas trazem uma informação fundamental sobre a queda de um helicóptero, mês passado, em Carapicuíba, na Grande São Paulo. Cinco pessoas morreram. Entre elas, Thomaz, 31 anos, filho caçula do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin.
Logo depois da queda, surgiu uma suspeita: pelo menos uma das cinco pás do rotor principal da aeronave teria se soltado em pleno voo. Pilotos e especialistas em aviação chegaram a suspeitar que alguém podia não ter apertado direito um dos parafusos. O Fantástico mostra, em detalhes, que, agora, esta possibilidade está descartada pelos investigadores.
Até a tarde da queda, o helicóptero estava na oficina, onde pelo menos uma das pás foi retirada. E depois de passar por manutenção, recolocada. Cada pá é fixada ao rotor por dois pinos que são presos por um grampo.
No Rio de Janeiro, o Fantástico conversou com Fernando Catalano professor de engenharia aeronáutica da USP ao lado de um modelo idêntico ao que caiu. Ele explica que, depois da manutenção, é preciso fazer uma série de testes que começam no chão. “Se estiver ok, ele passa para a próxima fase, que é o helicóptero em voo pairado, próximo ao solo”, explica o professor de engenharia aeronáutica.
Fantástico: De quantos metros mais ou menos?
Fernando Catalano: Um metro, dois metros próximo do solo. Se passar dessa fase, ele vai para um voo pairado longe do solo.
Dia 2 de abril. Segundo as investigações, o piloto do helicóptero, dois mecânicos e um auxiliar vão fazer o primeiro voo, depois da manutenção. Thomaz Alckmin é convidado a participar. O filho do governador também era piloto profissional. Depois de 12 minutos, o helicóptero cai e atinge duas casas.
Em uma imagem, é possível ver que alguma peça cai da aeronave. Agora, as fotos obtidas pelo Fantástico. Elas mostram exatamente o material analisado pelos peritos oficiais. São os destroços do rotor principal, aquela parte de cima do helicóptero, e o que sobrou das pás.
“Tem um aspecto de madeira mas não é. É feita de camadas de fibra de carbono, com uma resina ultra-resistente e com enchimento de uma espuma muito especial, fibrosa, que dão a ela uma resistência praticamente para vida toda”, explica Fernando Catalano, professor de engenharia aeronáutica da USP.
Repare no principal: todos os pinos das cinco pás estão intactos. Por isso, a conclusão de quem investiga o acidente é que nenhum desses pinos se desprendeu durante o voo. Ao contrário do que se imaginava, nenhuma pá se soltou. A possibilidade mais concreta é que tenha acontecido uma quebra. Ou seja, pelo menos uma das pás se partiu quando o helicóptero ainda estava no ar.
Pelas fotos, não dá para saber qual delas quebrou, e todas estão partidas, danificadas, devido à queda violenta sobre o telhado das casas. O Fantástico foi a um simulador de voo, em São Paulo.
Fantástico: Se uma das pás quebrar durante o voo?
Rodrigo Duarte, piloto: O helicóptero vai ficar absolutamente desbalanceado. E ai, o helicóptero vai se desestabilizar e vai exatamente acontecer isso. Nada pode ser feito.
A pergunta agora é: o que pode ter causado a quebra de pelo menos uma pá do helicóptero que caiu com o filho do governador de São Paulo?
O modelo é fabricado na França e tem dois motores. O helicóptero pesa 5 toneladas e é considerado um dos mais seguros do mundo. Mas diante da quebra de uma das pás, os cinco tripulantes estavam em uma aeronave igual a do vídeo e não tinham muito o que fazer.
“Ela não se quebrou do nada. Uma falha ou um impacto com alguma outra superfície mais resistente do que essa própria pá”, explica Fernando Catalano, professor de engenharia aeronáutica da USP.
Outra possibilidade: uma das cinco peças que formam o chamado sistema de comando do rotor pode ter se soltado ou até quebrado, provocando uma forte vibração.
“Pode acontecer de uma das pás ou várias pás tocarem a fuselagem, por exemplo. Possivelmente quebrando a pá”, destaca Fernando Catalano, professor de engenharia aeronáutica da USP.
O Fantástico procurou outros três especialistas nesse tipo de aeronave. Eles preferiram não gravar entrevista mas citaram outras possíveis causas para a quebra de uma pá. Por exemplo: pode ter havido uma falha na caixa de transmissão do rotor principal. Uma pane na caixa de transmissão poderia diminuir muito a velocidade do rotor, de uma hora para outra. Já as pás tenderiam a continuar em movimento, o que provocaria a quebra.
Outra possibilidade seria uma falha na caixa de transmissão do rotor de cauda, fazendo com que ele parasse de funcionar. Se isso acontecesse, os dois motores poderiam jogar toda a força para o rotor principal provocando um disparo. Essa vibração poderia quebrar pelos menos uma das pás.
Os especialistas ouvidos pelo Fantástico também não descartam uma falha durante a manutenção da aeronave. Dizem que o uso de qualquer produto inapropriado, uma tinta, por exemplo, já causaria problemas.
Veja, no vídeo, como uma pequena modificação nas pás pode mesmo comprometer toda a estrutura de um helicóptero. O vídeo é de um teste das Forças Armadas dos Estados Unidos. Os engenheiros tiraram, de propósito, um pedaço muito pequeno de umas das pás, uma lasca de poucos gramas. A aeronave fica presa ao chão. Depois de 30 segundos, a aeronave fica destruída.
O Fantástico procurou as empresas responsáveis pela manutenção do helicóptero que caiu na Grande São Paulo. Nenhuma quis se manifestar.
“Dos relatórios que eu li de acidente no mundo inteiro, eu não me lembro de ter visto um acidente desse perfil. A grande lição que a gente vai tirar disso tudo pode ser a salvação para outros futuros acidentes que possam eventualmente acontecer e que não ocorrerão justamente pelas atitudes que venham a ser tomadas para evitar que isso aconteça no futuro”, diz Rodrigo Duarte, piloto de helicóptero.

sábado, 2 de maio de 2015

É uma menina! Nasce segundo filho de Kate Middleton e príncipe William

Bebê veio ao mundo neste sábado, 2, em Londres. Ela nasceu às 8h34, pesando 3,700kg.

Juliana Maselli e Victor Hugo Câmara do EGO, no Rio
Kate Middleton e Príncipe William (Foto: Reuters)Kate Middleton e Príncipe William (Foto: Reuters)
Nasceu neste sábado, 2, o segundo bebê do Príncipe William e de Kate Middleton. É uma menina e nasceu às 8h34 (horário de Londres) com 3,700kg, diz comunicado oficial do palácio de Kensington.
Ainda segundo a mensagem, Kate e o bebê passam bem. William acompanhou o parto. O nome da criança será anunciado no devido tempo.
Elizabeth II e seu marido, Príncipe Phillip, o Príncipe Charles - pai do príncipe - e a mulher, Camilla, Príncipe Harry e outros membros de ambas famílias já foram informados. A criança é o quinto bisneto da rainha e agora é a quarta na sucessão do trono.
Segundo a jornalista Victoria Murphy, do "Mirror", assim que o nascimento foi anunciado por Tony Appleton, fã que faz às vezes de arauto da família real vestido à caráter - ele fez o mesmo com George -, depois de tocar um sino, a multidão que aguardava ansiosa em frente ao hospital comemorou aos gritos. O anúncio formal do nascimento deve ser colocado em breve, de acordo com a tradição, em frente ao palácio de Buckingham.
Tony Appleton, fã da família real, anuncia nascimento vestido a caráter (Foto: AFP)Tony Appleton, fã da família real, anuncia nascimento
vestido a caráter (Foto: AFP)
Kate deu entrada no hospital às 6h
Horas antes de anunciar o nascimento, a página oficial do Palácio de Kensington também aumentou a ansiedade da imprensa e dos fãs do casal real ao revelar que Kate havia dado entrada no St. Mary's Hospital às 6h (horário de Londres), 2h do horário de Brasília. Segundo o comunicado, Kate viajou de carro do palácio de Kensington para a maternidade acompanhada do Príncipe William e estava nos primeiros estágios do trabalho de parto.

Segurança dobrada
O hospital montou um esquema especial para chegada de bebê de Kate Middleton. A princípio os profissionais responsáveis pela segurança do entorno do hospital ficariam até a quinta-feira, 30, mas a permanência deles foi prorrogada até a terça-feira, 5, como mostrou em seu perfil no Twitter o repórter da rede "BBC", Peter Hunt.

Kate dirige carro poucos dias antes de dar à luz
Às vésperas de dar à luz seu segundo filho, Kate parecia estar bem tranquila e levando a rotina dentro da sua normalidade. A Duquesa de Cambridge foi fotografada na manhã de terça-feira, 28, dirigindo o próprio carro ao deixar o palácio de Buckingham, residência oficial da Rainha Elizabeth II, após levar o filho, George, para nadar.

Imprensa do mundo inteiro na porta do hospital onde Kate dará à luz (Foto: Reuters)Imprensa do mundo inteiro na porta do hospital onde
Kate está (Foto: Reuters)
Casal real enviou café da manhã aos fãs acampados em frente a hospital
No mesmo dia, a intensa movimentação de funcionários da família real britânica em frente à maternidade causou certa comoção entre a imprensa presente no local. Segundo o jornal "Mirror", o número de jornalistas e fotógrafos na porta do local aumentou muito depois que uma equipe de segurança passou por lá pela manhã com um cão farejador e membros do alto escalão da assessoria de imprensa chegaram. Também naquela manhã os fãs que já estavam acampados na frente do hospital receberam um agrado de William e Kate. O casal real enviou café da manhã para o grupo que monta vigília no local há dias.

Na expectativa para o nascimento do caçula de Kate e William, fontes do jornal inglês "Telegraph" chegaram a dizer que a duquesa de Cambridge poderia induzindo o parto, já que a previsão inicial era que a criança nascesse no dia 23 de abril. O jornal explicou que é costume esperar até duas semanas para fazer a indução, mas uma fonte do St. Mary contou que a equipe não constuma esperar mais do que uma semana.
Bebê animado
Aos seis meses de gestação a Duquesa de Cambridge teria dito a um adolescente, durante a reabertura de uma escola de crianças carentes, em Londres, que sentia o bebê mexendo muito. "Ele está mexendo o tempo todo. Estou sentindo ele chutando agora", contou a mulher do príncipe William, que na época afirmou que não sabia o sexo do bebê, segundo o site do "Mail Online".

Náuseas e vômitos
Os enjoos que Kate sentia regularmente durante sua segunda gestação chegaram a atrapalhar seus compromissos oficiais. Middleton foi para a casa dos pais ficar um tempo tranquila e os meses de gravidez, segundo o "Daily Mail". De acordo com a publicação, a duquesa de Cambridge está sofrendo de hiperêmese gravídica, que provoca o excesso de náuseas e vômitos, atrapalha a rotina e impede a gestante de se alimentar adequadamente, podendo-a fazer perder peso.

Palácio de Kensington Palace anuncia nascimento do bebê de Kate Middleton e Príncipe William (Foto: Twitter / Reprodução)Palácio de Kensington Palace anuncia nascimento do bebê de Kate Middleton e Príncipe William (Foto: Twitter / Reprodução)
Tony Appleton, fã da família real, anuncia nascimento vestido a caráter (Foto: AFP)Tony Appleton, fã da família real, anuncia nascimento vestido a caráter (Foto: AFP)
O anúncio do nascimento foi escrito em um pergaminho (Foto: AFP)O anúncio do nascimento foi escrito em um 'pergaminho' (Foto: AFP)
Policiais vigiam entrada principal da ala Lindo do hospital St Mary, em Londres (Foto: AFP)Policiais vigiam entrada principal da ala Lindo do hospital St Mary, em Londres (Foto: AFP)
Fãs da família real esperam novidades na porta do hospital (Foto: Reuters)Fãs da família real esperam novidades na porta do hospital (Foto: Reuters)
Fãs da família real esperam novidades na porta do hospital (Foto: Reuters)Fãs da família real esperam novidades na porta do hospital (Foto: Reuters)
Imprensa do mundo inteiro na porta do hospital onde Kate dará à luz (Foto: AFP)Imprensa do mundo inteiro na porta do hospital onde Kate dará à luz (Foto: AFP)