sábado, 28 de fevereiro de 2015

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sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Com água do mar na descarga, Hong Kong dá exemplo de conservação hídrica

Rafael Barifouse
Da BBC Brasil, em São Paulo
  • JohnLSL/CC
    Hong Kong tem há mais de 50 anos sistema para captar água do mar e usá-la em descargas Hong Kong tem há mais de 50 anos sistema para captar água do mar e usá-la em descargas
Uma enorme quantidade de água potável é hoje usada para dar descarga: o uso sanitário representa cerca de 30% do consumo doméstico, segundo a ONG britânica Waterwise, e até 70% do uso em edifícios comerciais.
Mas existe uma alternativa para evitar o desperdício, especialmente em um país com um litoral tão extenso quanto o do Brasil: utilizar a água do mar.
É o que faz Hong Kong, onde 80% dos 7,2 milhões de habitantes têm suas descargas abastecidas com água salgada.
A prática começou há mais de cinco décadas por causa da falta d'água crônica na ilha, que se tornou desde então uma referência mundial em conservação hídrica neste quesito.

"É uma solução que preserva a água tratada para uso mais nobres e ajuda a garantir a oferta para o consumo humano", avalia Pedro Luiz Côrtes, especialista em gestão ambiental da Universidade de São Paulo (USP).
Glauco Kimura, coordenador do Programa Água para a Vida da ONG WWF-Brasil, acha que é "um absurdo ainda usarmos água limpa em descargas".
"Isso provavelmente ainda não mudou porque não tínhamos enfrentado uma crise, mas deveríamos importar esta tecnologia de Hong Kong."

Solução premiada

Em Hong Kong, a água do mar começou a ser usada em descargas em 1958, quando a ilha já se deparava com a perspectiva de falta d'água. Não existem em Hong Kong reservas hídricas subterrâneas expressivas em seu solo rochoso, e as chuvas atendem a apenas um quarto da demanda. O restante é importado da China por meio de dutos submarinos ou trazido do mar.
Segundo o órgão responsável pelo abastecimento da ilha, o "uso extensivo de água do mar tem ajudado a reduzir a demanda por água potável em descargas".
Em 2014, uma média de 762,5 mil metros cúbicos por dia foram usados com este propósito, o suficiente para encher 305 piscinas olímpicas.
Cerca de 5,75 milhões de pessoas usam atualmente água do mar na descarga, com a ajuda de uma infraestrutura composta por 35 estações de transmissão e 1,5 mil km de tubulações. A intenção do governo é atender 85% da população deste forma ainda em 2015.
A água potável é subsidiada pelo governo de Hong Kong, e seus preços estão congelados desde 1995. A água do mar é fornecida gratuitamente.
O Departamento de Fornecimento de Água de Hong Kong esclarece que a água do mar não recebe o mesmo padrão de tratamento da agua doce. Mas a empresa diz que ainda assim "cumpre diretrizes" para evitar eventos adversos.
Primeiro, a água é filtrada para retirar grandes partículas de impurezas. Depois, é desinfetada com cloro ou hipoclorito de sódio antes de ser levada a reservatórios, de onde é distribuída à população.
A ilha tem dois sistemas de encanamento, um para água doce e outro para a salgada.
Mas, depois de usada, a agua salgada é descartada na rede de esgoto usada para a água doce e recebe o mesmo tratamento. Cerca de 25% do esgoto em Hong Kong é composto por água do mar.
O programa da ilha foi premiado em 2001 pelo Chartered Institution of Water and Environmental Management, entidade britânica que reúne profissionais, cientistas e empresários dedicados a questões ambientais.
"Usar água do mar em descargas economiza não só água, mas também energia. Requer a metade da energia usada na produção de água potável, dez vezes menos do que no tratamento de água de esgoto e cem vezes menos do que o processo de dessalinização", disse Chen Guanghao, professor da Universidade de Ciência e Tecnologia de Hong Kong, em um artigo sobre este sistema para o The Standard, diário em inglês de Hong Kong.
"Além disso, a água salgada requer de 35% a 50% menos energia para ser resfriada, o que permite ainda mais economia se a usarmos em sistemas de ar condicionado."

É viável no Brasil?

Hong Kong é até hoje a única cidade do mundo a usar água do mar nesta escala. Há outros exemplos menores, como o de Avalon, cidade na ilha de Catalina, no Estado da Califórnia, nos Estados Unidos, com 3,5 mil habitantes, e as ilhas Marshall, também no oceano Pacífico.
Côrtes, da USP, acredita que esta alternativa poderia ser aplicada em cidades na costa brasileira.
"Poderia começar em áreas urbanas que estão se expandindo, com a criação de novos bairros já com esta infraestrutura", afirma Côrtes.
"Seria necessário que os novos edifícios tivessem duas linhas de transmissão de água. No entanto, se isso já estiver previsto no projeto, não gera quase nenhum custo a mais para a construtora."
Mas, para abastecer estes edifícios, primeiro seria preciso criar uma nova infraestrutura de tubulação, como a de Hong Kong.
E o custo de construção e manutenção de uma segunda tubulação é um dos desafios deste tipo de abastecimento, de acordo com Daniel Cheng, vice-presidente de conselho da Federação de Indústrias de Hong Kong. Isso inclui usar dutos mais resistentes à corrosão provocada pelo sal presente na água.
"O custo não é tão alto. Bastaria haver um incentivo governamental, por meio de incentivos fiscais à infraestrutura necessária", afirma Kimura, da WWF.
Outra forma de viabilizar a nova infraestrutura seria por meio de parcerias, defende Côrtes: "Grandes consumidores, como shoppings e universidades, poderiam compartilhar o custo da construção destas novas linhas de distribuição".
Ampliar

Crise hídrica atinge dezenas de cidades brasileiras319 fotos

312 / 319
23.fev.2015 - Plantas brotam na margem da represa reserva Jaguari-Jacareí, na cidade de Joanópolis, no interior de São Paulo, nesta segunda- feira (23). O índice que mede o volume de água armazenado no sistema Cantareira, voltou a registrar uma leve alta pelo 18º dia seguido. Segundo a Sabesp, o volume armazenado é de 10,6% da capacidade total, incluindo a segunda reserva técnica (volume morto) Leia mais Luis Moura/Estadão Conteúdo

Veja também

Governo paulista e TNC fecham convênio para restauração de florestas

03/12/2014 - Fonte:  Valor Online



SÃO PAULO  -  

SÃO PAULO  -  A organização ambiental The Nature Conservancy (TNC) e a Secretaria de Meio Ambiente de São Paulo assinaram convênio de cooperação para  destinar investimentos públicos e privados de até R$ 200 milhões à restauração de florestas em áreas prioritárias das bacias hidrográficas dos sistemas Cantareira e Alto Tietê. O acordo vai facilitar o plantio de até 40 milhões de mudas, em uma área que pode chegar a 20 mil hectares, nos próximos cinco anos. "O convênio é uma forma de garantir que a compensação ambiental das propriedades rurais seja cumprida de forma mais efetiva, pois as árvores serão plantadas nas áreas das bacias dos sistemas Cantareira e Alto Tietê para ajudar na saúde das represas", diz Samuel Barreto, especialista em recursos hídricos da TNC. Segundo Barreto, um  levantamento realizado pela organização indica que a recuperação de apenas 3% das áreas desmatadas em pontos críticos dessas bacias - aproximadamente 14 mil hectares - seria suficiente para reduzir o assoreamento de rios e nascentes em até 50%. "A restauração florestal é uma intervenção na paisagem que melhora bastante o carregamento de sedimentos para as represas. É, portanto, uma questão de segurança hídrica. Por dia, toneladas de areia chegam nessas represas", diz Barreto. "Isso reduz significativamente o custo com dragagem". Segundo a TNC, uma redução de 10% no aporte de sedimentos e nutrientes em rios e nascentes ainda reduziria em 5% o custo do tratamento da água. Com a convênio, a TNC  vai ajudar o governo paulista a identificar produtores rurais interessados em aderir ao projeto, de forma a criar um banco de propriedades disponíveis para receber a compensação ambiental. Do ponto de vista do produtor, restaurar áreas com florestas é uma das opções de regularização previstas pelo Cadastro Ambiental Rural (CAR), instituído pelo novo Código Florestal. A recuperação de mananciais vai aumentar a vida útil dos dois sistemas de abastecimento mais importantes do estado de São Paulo, o Cantareira e o Alto Tietê, que já perderam mais de 70% da sua vegetação original. Experiências bem-sucedidas de restauração florestal em áreas de mananciais,  como as dos municípios de Extrema (MG) e Nova York (EUA), mostram que a presença de florestas é decisiva para evitar a erosão do solo e manter a quantidade e a qualidade da água nos reservatórios.


segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Dos 3.936 profissionais com CRM Brasil convocados na primeira chamada, 3.304 compareceram às cidades escolhidas, o que representa 84% dos médicos inscritos




Segunda chamada 23/02/2015 - 20h00

Ceará tem 43 cidades com vagas disponíveis no Programa Mais Médicos

84% dos médicos se apresentaram nos municípios selecionados no Programa, em
todo o Brasil

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Fábio Lima/ O POVO
Os candidatos têm até as 20 horas desta terça-feira, 24, para selecionarem até quatro cidades onde desejem atuar
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O Ceará tem 42 municípios, mais a Capital, com vagas disponíveis para a próxima seleção do Programa Mais Médicos. Ao todo, dos 3.936 profissionais com CRM Brasil convocados na primeira chamada, 3.304 compareceram às cidades escolhidas até o dia 20 de fevereiro, em todo o País. O número representa 84% dos médicos inscritos.
As vagas não preenchidas estão disponíveis para a próxima seleção. Os candidatos têm até as 20 horas desta terça-feira, 24, para selecionarem até quatro cidades onde desejam atuar.
Em Fortaleza há duas vagas abertas, já na Região Metropolitana, em Caucaia e Maranguape, são cinco ao todo.
O município que apresenta maior oferta disponível é Quixeramobim, a 206 km da Capital, com sete vagas.
+Confira os municípios com vagas
Em todo o Brasil, são 835 vagas em 498 municípios e 12 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs) disponíveis para a segunda chamada do Programa.
O ministro da Saúde, Arthur Chioro, destacou o interesse dos médicos brasileiros no Mais Médicos e a incorporação do Programa de Valorização da Atenção Básica (Provab) como estratégia para estimular a participação dos profissionais com CRM Brasil. “O resultado até o momento é muito surpreendente e começou a ocorrer mais rápido do que o esperado, desde o início do processo quando mais de 15 mil médicos se inscreveram neste novo edital do programa, o que é muito positivo”, destaca.
No edital, lançado no último mês de janeiro, 1.294 cidades e 12 distritos indígenas aderiram ao Programa. Até o momento, 1.086 municípios e 3 DSEIs conseguiram ocupar integral ou parcialmente as vagas.
Os candidatos inscritos para a segunda chamada precisam acessar o site do Mais Médicos e optar entre as localidades disponíveis. Caso ainda sobrem vagas, uma terceira chamada está prevista para os dias 17 e 18 de março. Em 10 de abril será aberta chamada para brasileiros formados no exterior e, em 5 de maio, para médicos estrangeiros.
Redação O POVO Online
> TAGS: mais médicos chamada municípios 84% profissionais inscritos

sábado, 21 de fevereiro de 2015

Dilma atribui falha em apurar desvios na Petrobras a governos anteriores

Presidente se refere ao depoimento do ex-gerente da Petrobras
Pedro Barusco, que disse que começou a receber propinas em 1997.

Geiza Duarte Brasília, DF

ACESSE O VÍDEO:
 
http://g1.globo.com/jornal-da-globo/noticia/2015/02/dilma-atribui-falha-em-apurar-desvios-na-petrobras-governos-anteriores.html

A presidente Dilma Rousseff atribuiu ao governo anterior aos do PT, o de FHC, a falha em investigar a corrupção na Petrobras, provocando forte reação da oposição e do ex-presidente tucano.
A presidente Dilma falou com os jornalistas no Palácio do Planalto. Questionada sobre a Operação Lava Jato, ela disse que as denúncias de corrupção deveriam ter sido investigadas desde 1996.
"Se em 1996, 1997 tivessem investigado e tivessem, naquele momento, punido, nós não teríamos o caso desse funcionário da Petrobras que ficou durante mais de dez anos, quase 20 anos, praticando atos de corrupção. A impunidade, isso eu disse durante toda a minha campanha, a impunidade, ela leva a água pro moinho da corrupção. Não que antes não existia. É que antes não tinha sido investigado e descoberto. Porque quando você investiga e descobre, a raiz das questões surge e, quando surge a raiz das questões, você impede que aquilo se repita e que seja continuado", diz a presidente Dilma Rousseff.
A presidente não citou nomes. mas fez referência ao depoimento do ex-gerente da Petrobras, Pedro Barusco, que na delação premiada, confessou ter começado a receber propina em 1997, ainda no governo de Fernando Henrique Cardoso, do PSDB.
O presidente do PSDB disse que o partido não tem qualquer receio que se investigue o que quer que seja.
"A presidente da República, e essa é a questão central que eu quero trazer aqui hoje, dá crédito à declarações do seu Pedro Barusco. E nós damos crédito, sim, a todas as declarações dele, é preciso que ela dê crédito e venha a público dizer o que acha do centro do seu depoimento, onde ele afirma que US$ 200 milhões foram transferidos para o PT durante esses últimos 12 anos. Boa parte disso entregue diretamente ao tesoureiro do seu partido, aliás o que eu já denunciava durante a campanha eleitoral", afirma o senador Aécio Neves, presidente do PSDB.
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso também respondeu às declarações. Em uma carta, publicada na internet, disse que o delator mencionado pela presidente Dilma afirmou que só a partir do governo Lula a corrupção se tornou sistemática. Para Fernando Henrique, a presidente da República deveria ter mais cuidado. "Em vez de encobrir suas responsabilidades e aguardar com mais serenidade que se apurem as acusações", escreveu FHC.
A presidente Dilma Rousseff não quis responder à carta do ex-presidente. A Secretaria de Comunicação do Planalto informou que ela mantém as declarações que fez pela manhã.
Procurada, a assessoria do ex-presidente Lula respondeu que ele não iria comentar as afirmações feitas por Fernando Henrique.


sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Memória do clima será recuperada pelo MMA em arquivo digitalizado

Reprodução
Futuro arquivo: pesquisa simplificada
Projeto incluirá chuvas e estiagens no Brasil desde o século XIX

Por: Lucas Tolentino - Edição: Marco Moreira
Estudada de maneira histórica pelas autoridades brasileiras, a previsão do tempo entrou como aliada nas medidas de combate e adaptação ao aquecimento global. Informações sobre secas, tempestades e outros eventos climáticos ocorridos no país desde o século XIX serão recuperados com a conclusão, prevista para este ano, de ação financiada pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA).
Mais de R$ 6 milhões foram investidos, por meio do Fundo Nacional sobre Mudança do Clima (Fundo Clima), no projeto do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), órgão ligado ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. A iniciativa inclui a digitalização, conversão, importação e armazenamento em formato digital no banco de dados do órgão federal.
PAPÉIS
Ao todo, 12 milhões de documentos com dados meteorológicos desde o fim dos anos 1800 fazem parte do acervo do INMET. Como se encontram em papéis amarelados, os arquivos não podem ser usados, atualmente, para estudos climáticos e de frequência de fenômenos e desastres naturais de natureza atmosférica.
O armazenamento dos dados em um centro de documentação centralizado garantirá a segurança e a integração da memória do clima do Brasil. Além disso, a migração para o banco de dados já existente facilitará as consultas e o intercâmbio de informações com os setores acadêmicos, públicos e privados de maneira mais rápida e eficaz.
CURIOSIDADE
Apesar de o INMET ter sido criado em 1909, os primeiros registros das condições meteorológicas no país remontam ao fim do século XIX. Esses documentos históricos foram produzidos em diversos formatos de papel, que vão de livros e cadernetas até formulários de registradores. Neles, eram inseridas informações numéricas pontuais, resultantes da coleta de dados realizadas por um observador ou registros contínuos por equipamentos mecânicos.
Além da dificuldade de acesso, o manuseio rotineiro dos arquivos provoca a perda de resistência e o envelhecimento precoce da documentação. Para que possam ser digitalizados, os livros e cadernetas foram armazenados, em caráter transitório, em um galpão na sede do INMET, em Brasília.
SAIBA MAIS
Pioneiro no apoio a pesquisas e programas de mitigação e adaptação, o Fundo Clima é um dos principais instrumentos da Política Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC). Com natureza contábil e vinculado ao MMA, é administrado por um comitê formado por representantes de órgãos federais, da sociedade civil, do terceiro setor, dos estados e dos municípios.
Apesar de considerado um fenômeno natural, o efeito estufa se intensificou nas últimas décadas, acarretando mudanças climáticas. Essas alterações resultam do aumento descontrolado das emissões de gases como o dióxido de carbono e o metano. A liberação dessas substâncias é consequência de atividades humanas como o transporte urbano, o desmatamento, a agricultura, a pecuária e a geração e o consumo de energia.
Assessoria de Comunicação Social (Ascom/MMA) – Telefone: 61.2028 1227

domingo, 15 de fevereiro de 2015

Vila Isabel celebra música erudita com carros de visual impactante

Desfile teve maestro Isaac Karabtchevsky e Sabrina Sato de 'Cisne Negro'.
Escola homenageou obras de Carlos Gomes, Vivaldi, Villa-Lobos e Wagner.

Do G1 no Rio e em São Paulo
vila isabel (Foto: g1)



http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/carnaval/2015/noticia/2015/02/vila-isabel-celebra-musica-erudita-com-carros-de-visual-impactante.html

ÁREAS ÚMIDAS SÃO ESSENCIAS PARA A BIODIVERSIDADE

© Todos os direitos reservados. Fotos: Miguel Von Behr, Acervo Rebio Arvoredo, Josângela Jesus
Lorene Lima
lorene.cunha@icmbio.gov.br
Brasília (02/02/2015) – No dia 2 de fevereiro é comemorado o Dia Mundial das Áreas Úmidas, ecossistemas fundamentais para a fauna, a flora e para o bem-estar da humanidade. Situadas entre a água e o solo, as zonas úmidas regulam o regime de águas em extensas regiões, que funcionam como fonte de biodiversidade em todos os níveis. São importantes para a economia, cultura e recreação.
As áreas úmidas englobam de áreas marinhas e costeiras até as continentais e as artificiais. No Brasil, existem vários tipos de áreas úmidas: manguezais, campos alagáveis, praias, veredas, várzeas amazônicas, igapós, campinarana e pantanal. Há ainda, as áreas irrigadas para agricultura, reservatórios de hidrelétricas etc.
A importância das áreas úmidas
As áreas úmidas são importantes para a biodiversidade porque abrigam variadas espécies endêmicas, ou seja, formas de vida que só vivem em um lugar específico. Essas regiões são essenciais para os anfíbios, répteis e para as aves migratórias, que dependem desses locais para reprodução e migração.
Fazem parte do ciclo de reprodução da maioria dos peixes comerciais consumidos pelo homem e ajudam no reabastecimento de aquíferos, fontes de água doce para a humanidade. Além disso, cumprem um papel vital no processo de adaptação e redução das mudanças climáticas, já que muitos desses ambientes retiram grandes quantidades de carbono do ar.
O manejo sustentável das áreas úmidas também fornece madeira para construção, extração de óleo, plantas medicinais, troncos e folhas para tecelagem e alimentos para animais.
Convenção internacional
Para promover ações de conservação e o uso racional desses ecossistemas, foi estabelecido a Convenção sobre Zonas Úmidas de Importância Internacional, mais conhecido como Convenção de Ramsar, cidade iraniana onde foi assinada, em 1971. Atualmente, 150 países são signatários do tratado, incluindo o Brasil. A Convenção motivou as ações internacionais para a conservação e o uso sustentável das áreas úmidas e de seus recursos naturais.
Saiba mais sobre a Convenção de Ramsar
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O Dia Mundial das Áreas Úmidas foi instituído pelo Comitê Permanente da Convenção de Ramsar, em 1997.Homenageia a data em que ocorreu a Convenção, 02/02, e serve de alerta quanto à importância desses ecossistemas e a necessidade de protegê-los.
Saiba mais sobre o Dia Mundial das Áreas Úmidas
Sítios Ramsar
Na Convenção de Ramsar foram classificadas as áreas úmidas de importância mundial, denominados Sítios Ramsar. Os sítios são reconhecidos por suas características, biodiversidade e importância estratégica para as populações locais.
Desde que o Brasil assinou o tratado, em 1993, promoveu a inclusão de doze zonas úmidas à Lista de Ramsar. Através do tratado, o país assumiu o compromisso de manter suas características ecológicas. As zonas incluídas à Lista proporciona ao país apoio para o desenvolvimento de pesquisas, o acesso a fundos internacionais para o financiamento de projetos e a criação de um cenário favorável à cooperação internacional.
O Parque Nacional Marinho dos Abrolhos, UC gerida pelo ICMBio localizada em Caravelas (BA), foi reconhecido como Sítio Ramsar em 2010, faz parte do complexo recifal dos Abrolhos, na costa do sul da Bahia. Esse complexo inclui recifes de coral, banco de algas, manguezais, praias e restingas. A Unidade de Conservação é um importante berçário de peixes.
Saiba mais sobre os Sítios Ramsar
Brasil, exemplo de conservação
O Brasil possui a maior faixa contínua de manguezais do planeta. Esta área abrange a costa nordeste do Pará e o noroeste do Maranhão. Em 2014, o país avançou na proteção dos manguezais da região, com a criação de três reservas extrativistas no litoral paraense: Cuiarana, Mestre Lucindo e Mocapajuba e ampliação da Reserva Marinha de Araí-Peroba.
"Essa faixa de manguezais já contava com a existência de nove reservas extrativistas, que juntas contavam com 398 mil hectares. Agora, com o incremento de novas áreas, o total passou para 520 mil hectares protegidos na região",afirmou o diretor de ações socioambientais e consolidação territorial em Unidades de Conservação (UCs), João Arnaldo Novaes.
Os manguezais são os ecossistemas com maior produtividade e biodiversidade do planeta. São berçários naturais para aves, peixes, moluscos e crustáceos, além de servirem de abrigo e local de alimentação.
Os avanços alcançados em torno desses ecossistemas foram impulsionados pelo Projeto Manguezais do Brasil, que é executado pelo ICMBio e conta com recursos do Global Environment Facility (GEF). "Com o projeto, é possível testar abordagens inovadoras de manejo em áreas protegidas, gerando resultados positivos que permitam a replicação das lições aprendidas para outras ações de conservação dos manguezais em outras regiões", destacou a coordenadora do projeto, Adriana leão.
Saiba mais sobre o Projeto Manguezais do Brasil
Ajude a conservar
Para ser um aliado na conservação das áreas úmidas, cada pessoa pode adotar medidas simples como orientar amigos e familiares a respeito da importância desses ambientes e organizar uma limpeza nessas regiões, pois em meios urbanos, algumas áreas úmidas acabam se tornando depósito de lixo.
Saiba como colaborar para a conservação das áreas úmidas

Pezão lança Paes à Presidência da República em 2018

Em editorial publicado em 2012, o Jornal do Brasil já antecipava essa possibilidade

Um jornal de circulação nacional  publicou neste sábado que o governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, defendeu o nome do prefeito Eduardo Paes para disputar a Presidência em 2018 pelo PMDB. “Acredito muito no nome do Eduardo Paes, principalmente com a projeção nacional e internacional que ele terá com as Olimpíadas de 2016. O legado e a visibilidade na cidade e no país serão muito grandes. Acho que o PMDB tem que ter um candidato próprio”, disse Pezão.
Em 2012, o Jornal do Brasil  já antecipava essa possibilidade. Em editorial publicado no dia 27 de março, o JB afirmava que, com um cenário político amplamente favorável no município do Rio, o prefeito Eduardo Paes caminhava para uma tranquila reeleição. 
"Com um perfil jovem, empreendedor e técnico, Paes surge como um nome forte e que, naturalmente, poderá alçar voos mais altos. 
>> LEIA O EDITORIAL PUBLICADO NO DIA 27 DE MARÇO DE 2012
Já no dia 22 de dezembro do ano passado, o Jornal do Brasil voltou a lembrar as possibilidades de Eduardo Paes se candidatar à Presidência. No artigo, "Eduardo Paes pavimenta seu caminho rumo à presidência da República", O JB informava que o prefeito do Rio costurava sua trajetória política com um objetivo bem maior do que o governo do Estado.
>> Eduardo Paes pavimenta seu caminho rumo à presidência da República
Na entrevista publicada neste sábado, o governador Luiz Fernando Pezão disse também que o ex-governador Sérgio Cabral não tem interesse em concorrer ao governo do Estado mais uma vez: “O Sérgio não quer (disputar a eleição). O Eduardo Paes optou por eleger o Pedro Paulo, e vamos nos esforçar ao máximo para isso”.
Nesta semana, o líder do PMDB na Câmara, o deputado Leonardo Picciani (RJ), que apoiou o candidato de oposição Aécio Neves (PSDB-MG) na disputa à Presidência de 2014, sinalizou o fim da aliança com o PT.
Ele afirma que o PMDB não deve ficar ao lado do PT nas próximas eleições: “Todo partido deve almejar ter condições de lançar um presidente da República. Ainda mais um partido como o PMDB, que, ao longo da história, vem sendo garantidor da democracia”, disse.
Tags: candidaturas, eduardo, Eleições, PMDB, política

http://www.jb.com.br/pais/noticias/2015/02/14/pezao-lanca-paes-a-presidencia-da-republica-em-2018/

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

 

Doleiro e empreiteiros da Lava Jato tinham conta secreta no HSBC da Suíça

Fernando Rodrigues

imir Comunicar erro
Valor total dos depósitos chegou a US$ 110,5 milhões
Conta já conhecida do delator Barusco aparece na listagem
Relação mostra também integrantes da família Queiroz Galvão
Leia todas as reportagens do SwissLeaks no site do ICIJ
Philippe Huguen/AFP - 12.fev.2015
Pelo menos 11 pessoas ligadas ou citadas de alguma forma no escândalo da Operação Lava Jato mantiveram contas na filial suíça do banco britânico HSBC nos anos de 2006 e/ou 2007. De acordo com informações exclusivas obtidas por este Blog em conjunto com o ICIJ (The International Consortium of Investigative Journalists), essa lista de correntistas totaliza depósitos de US$ 110,5 milhões.
Qualquer brasileiro pode ter uma conta na Suíça ou em outro país. Mas para que a operação seja legal é necessário informar sobre a saída do dinheiro ao Banco Central e declarar à Receita Federal a existência da conta no exterior. Quem não procede dessa forma está cometendo uma infração fiscal e também o crime de evasão de divisas –cuja pena varia de 2 a 6 anos de reclusão, além de multa.
Embora a sonegação fiscal prescreva em 5 anos, no caso da evasão o prazo é mais longo, de até 12 anos. Ou seja, não importa que o saldos das contas bancárias sejam de 2006 ou de 2007, como é o caso dessa listagem com dados sobre os correntistas do HSBC na Suíça.
Os dados ao qual o Blog teve acesso inclui o nome do ex-gerente da Petrobras Pedro José Barusco Filho, delator do esquema e que já havia revelado ter mantido valores no HSBC.
Uma análise detalhada da lista de correntistas do HSBC na Suíça indica que, além de Barusco, tinham contas naquela instituição financeira integrantes da família Queiroz Galvão, o empresário Júlio Faerman (ex-representante da holandesa SBM) e o doleiro Henrique Raul Srour.
Em depoimento prestado em novembro de 2014 na Superintendência Regional da Polícia Federal no Paraná, Barusco admitiu ter contas na Suíça. Ele mantinha, afirmou, US$ 67,5 milhões no exterior fruto do esquema de propinas na estatal.
O ex-diretor da Petrobras declarou que a primeira das contas foi aberta no Banco Republic, em 1997 ou 1998, para recebimento de propinas nos contratos da SBM junto à Petrobras. Posteriormente, o banco foi vendido ao HSBC. Barusco disse que por questões de sigilo fez uma nova mudança, para o BBA Creditan Staut.
Nos registros do HSBC na Suíça, há a informação de que Barusco tinha US$ 1.984.208 depositados na instituição em 2006/2007.
Júlio Faerman, apontado pelo ex-diretor da Petrobras como autor de pagamentos de propinas, tinha na ocasião US$ 20.820.893 no HSBC.
Suspeito de integrar o grupo do doleiro Alberto Yousseff, Raul Henrique Srour tem também o nome grafado na lista de correntistas do HSBC. No entanto, nenhum montante é atribuído à conta dele.
Oito integrantes da família Queiroz Galvão, que controla as empreiteiras Queiroz Galvão e Galvão Engenharia, também estão relacionados na lista de correntistas do HSBC. Tanto a Queiroz Galvão quanto a Galvão Engenharia são investigadas por suspeitas de envolvimento com o esquema investigado pela Operação Lava Jato.
Eis os registros encontrados na lista de correntistas do HSBC para clientes brasileiros na Suíça em 2006/7:
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OUTRO LADOO Blog tentou contato com todos os citados nesta reportagem. A seguir, as respostas de cada um deles:
A advogada de Pedro Barusco, Beatriz Catta Preta, não quis se manifestar especificamente sobre a conta de seu cliente no HSBC da Suíça. Ela enviou uma breve nota: “Em relação a contas no exterior, o sr. Pedro Barusco reitera seus depoimentos em colaboração, já públicos”.
Na delação premiada, Barusco confirmou ter aberto 19 contas em 9 bancos da Suíça para receber propinas, inclusive na agência do HSBC em Genebra, cujo saldo atual seria de US$ 6 milhões. A Justiça suíça bloqueou os valores.
Raul Henrique Srour afirmou, por meio de seu advogado, Luiz Gustavo Pujol, que manteve uma conta no HSBC na Suíça na década de 1990, mas “não reconhece nem admite” qualquer movimentação nos anos 2006/2007.
O advogado de Mário de Queiroz Galvão, Eduardo de Queiroz Galvão e Dario de Queiroz Galvão Filho, José Luis Oliveira Lima, respondeu que não se pronunciará sobre o tema. Mário e Eduardo são irmãos de Dario, presidente do grupo,denunciado pelo Ministério Público Federal na Operação Lava Jato.
Os 3 são membros do Conselho de Administração da Galvão Engenharia. Mário acumula a função de diretor do Comitê de Risco da empreiteira e Eduardo, de vice-presidente de gestão corporativa e diretor-presidente da Galvão Finanças. A Galvão Engenharia foi fundada em 1996 por Dario de Queiroz Galvão, pai de Mário, Eduardo e Dario, após vender sua participação na empreiteira Queiroz Galvão, de sua família.
A Queiroz Galvão afirmou, por meio de nota, que “todo o patrimônio dos acionistas da companhia são devidamente declarados à Receita Federal no Brasil.''
O Blog entrou em contato com o advogado de Julio Faerman, Carlos Maurício Ribeiro, mas não obteve resposta até a publicação deste texto.
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Para saber como o Blog está apurando este caso SwissLeaks e a política editorial do UOL a respeito do que será publicado, leia o post abaixo.
(Com Bruno Lupion)