sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Popularidade de Lula bate recorde e chega a 87%


G1/DA

Pesquisa Ibope encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e divulgada nesta quinta-feira (16) mostra que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva chega ao último mês do mandato com recorde de aprovação e popularidade de 87%.
A aprovação do governo federal, com 80%, também chega a patamares nunca antes registrados, segundo o Ibope.
Entre os dias 4 e 7 de dezembro, o Ibope ouviu 2.002 entrevistados em 140 municípios de todas as regiões do país. A pesquisa conta com margem de erro de 2 pontos percentuais para mais ou para menos e tem grau de confiança de 95%.
A pesquisa encomendada pela CNI avalia trimestralmente a popularidade e o desempenho administração federal junto à opinião pública. O estudo revela a imagem do governo, do presidente da República, e traz também a percepção da população sobre temas importantes como desemprego e medidas com impacto direto na economia.
Regiões
O Nordeste é a região com melhor avaliação do governo federal: 86% dos nordestinos entrevistados disseram considerar o governo de Lula “bom ou ótimo”. Em seguida vêm as regiões norte e Centro-Oeste (81%), Sudeste (78%) e Sul (75%).
Já a avaliação pessoal de Lula no Nordeste é de 95%, no Norte e Centro-Oeste (90%), Sudeste (85%) e Sul (80%). No último levantamento, registrado em outubro, a avaliação pessoal do presidente era de 92%, no Nordeste, 88% no Norte e Centro-Oeste, 81% no Sudeste, e 78% no Sul.
Confiança em Lula
A confiança no presidente Lula é retorna ao patamar recorde de 81%, após ter recuado para 76% na pesquisa anterior.
O percentual dos entrevistados que disseram não confiar em Lula caiu de 19% para 14% no levantamento atual, atingindo o menor patamar em oito anos.
Áreas
A pesquisa Ibope também mede a aprovação das políticas adotadas pelo governo em nove áreas. A atuação do governo na educação melhorou na opinião dos entrevistados, subindo de 50% para 57% dos entrevistados. A desaprovação caiu de 45% para 38%.
Nas questões relacionadas ao meio ambiente, 60% disseram aprovar as políticas do governo, contra 30% que desaprovaram. No levantamento passado, a aprovação era de 49% contra 41% de reprovação.
As ações do governo para combater a forme e a pobreza no país tiveram a aprovação de 71% dos entrevistados, contra 24% que desaprovaram. No levantamento passado, a aprovação era de 66% contra 29% de reprovação.
A atuação no combate ao desemprego melhorou na opinião dos entrevistados, subindo de 64% para 66% dos entrevistados. A desaprovação caiu de 30% para 28%.
As recentes ações policiais de combate ao tráfico no Rio de Janeiro, segundo o gerente executivo de Pesquisa da CNI, Renato da Fonseca, contribuíram para que, pela primeira vez em oito anos de governo, a segurança pública tivesse avaliação positiva: 49% de aprovação contra 46% de reprovação. No último levantamento, as ações de segurança eram reprovadas por 53% contra 40% de aprovação.
O combate à inflação, segundo a pesquisa, teve a aprovação de 56% contra 33% de desaprovação. Já a foram como o governo define a taxa de juros foi aprovada por 46% contra 43%.
Na área da saúde, os entrevistados demonstraram a maior insatisfação com o governo. 54% reprovaram as ações governamentais na área e 42% aprovaram. A política de impostos do Planalto também foi mal avaliada: 51% de reprovação contra 39% de aprovação.
Levantamento anterior
A última edição do levantamento, divulgada em 1º de outubro, 77% dos entrevistados consideravam o governo “ótimo” ou “bom”, contra 4% de “ruim” ou “péssimo”. A aprovação pessoal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva era de 85%, recorde na sequência histórica do levantamento.
Governo Dilma
A expectativa com o governo da presidente eleita Dilma Rousseff, que começa a partir do dia 1º de janeiro de 2011, é elevada. Para 62% dos entrevistados, a petista irá fazer um governo “ótimo ou bom”.
Comparativamente ao governo do presidente Lula, 18% acreditam que a gestão Dilma será melhor, 58% que será igual e 14% acham que será pior.
São prioridades apontadas pelos entrevistados para a próxima administração ações que privilegiem as áreas da saúde, educação, segurança, combate à fome e à pobreza, combate às drogas, geração de empregos e combate à corrupção.
Assuntos mais lembrados
Entre os assuntos publicados pela imprensa que foram mais lembrados pelos entrevistados, a ação das Forças Armadas e a ação policial nas comunidades do Rio de Janeiro foi citada por 32% dos entrevistados. A composição do governo da presidente Dilma Rousseff foi mencionada por 11% e as falhas e erros do Ministério da Educação na aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio foram lembradas por 10%.
A discussão do salário mínimo foi citada por 3% e o escândalo envolvendo a ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra, por 2%. O mesmo percentual foi obtido por assuntos como “obras do PAC”, “censo do IBGE” e “viagens do presidente Lula”.

sábado, 11 de dezembro de 2010

Ex-governador de MT e MS recebe título de doutor honoris causa pela criação da UFMT


Éser Cáceres



O ex-governador de Mato Grosso e de Mato Grosso do Sul Pedro Pedrossian foi homenageado nesta sexta-feira (10) com o título de doutor honoris causa pela UFMT (Universidade Federal de Mato Grosso). A outorga foi parte das comemorações pelos 40 anos de fundação da Universidade e aconteceu no Teatro Universitário, em Cuiabá.
De cadeira de rodas, por ter passado por uma operação realizada em março, o ex-governador foi recebido pela reitora da UFMT, Maria Lúcia Cavalli, e por políticos como o senador Jaime Campos (DEM) e seu irmão, deputado federal eleito Júlio Campos (DEM).
Pedro Pedrossian não escondeu a emoção de voltar a Cuiabá para receber o título de doutor. O ex-governador afirmou, que contou o tempo aguardando um prêmio. "Contei os anos, os meses, as semanas e os minutos. Porque o prêmio é a forma de encerrar uma vida para o qual eu não fui preparado, mas, por uma destinação divina, me colocou um papel longo, muito longo a cumprir. Fui tanta coisa para a qual eu não estava preparado. Então, isso é demais para mim", disse.
O Diretor da Faculdade de Economia, professor Fernando Tadeu de Miranda Borges, falou sobre a trajetória política de Pedrossian, que se orgulha por ser "um homem que criou três universidades federais", segundo ele próprio relata.
Governador de Mato Grosso entre 1965 e 1971, participou da criação e implantação da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Em seguida, criou a Universidade Estadual de Mato Grosso, que se tornou a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) com a criação do novo estado. Já como governador de Mato Grosso do Sul, criou a Universidade Estadual de Dourados, que atualmente é a Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD).
O ex-governador que comandou dois estados brasileiros em períodos diferentes lembra que a criação e implantação da UFMT foi "fruto da pressão da sociedade cuiabana e de sua mocidade”.
Para o ex-reitor da UFMT, Gabriel Novis Neves, “trazer Pedrossian para a sua casa é identificar o DNA do seu legítimo pai”. Segundo ele, o ex-governador revolucionou o Estado pela educação. “E a UFMT nasceu sob o signo do novo homem”, definiu.
Descendente de armênios, Pedrossian nasceu em Miranda (MS), em 13 de agosto de 1928, e reconhece em seu livro de memórias estar dividido entre quatro amores: “Mato Grosso, Mato Grosso Sul, minha família e meus amigos”.(Com informações do O Documento)


Notícias relacionadas
08/12/2010
11h44 Fundect divulga melhores colocados em processo de seleção para diretoria
03/12/2010
22h51 Universidades do Brasil e da Espanha realizam evento em Campo Grande
13h53 Professores do curso de História da UFMS rebatem reitoria
02/12/2010
17h57 UFMS: disputa entre reitora e professor já chegou na Justiça
30/11/2010
22h08 UFMS promoverá curso de aperfeiçoamento para professores
12h43 Professoras da UFMS e UFRJ lançam livros sobre o Pantanal
29/11/2010
15h30 UFMS inaugura campus em Bonito e oferece dois cursos
27/11/2010
21h15 Grupo de Estudos da UFMS realiza seminário sobre aborto
29/09/2010
22h54 UFMS prorroga período de inscrição para o curso a distância
25/09/2010
14h41 SESC e UFMS promovem o 2º Festival de Arte e Tecnologia em Campo Grande
09/08/2010
14h34 MEC divulga como universidades federais usarão o Enem no vestibular
10/01/2010
14h10 Em 28 anos, Dourados emplacou quatro dos sete vice-governadores em eleições diretas
07/01/2010
10h40 MS perde Instituto de Pesquisas do Pantanal para MT
04/12/2009
20h19 Para Pedrossian, ameaça a indígenas não “passa de mentira“
17h48 Índios que ocupam fazenda de Pedrossian denunciam ameaças de morte
02/12/2009
16h53 Justiça suspende reintegração de posse na fazenda de Pedrossian
22/11/2009
19h45 Governo de Mato Grosso cancela concurso para 10 mil vagas
15h29 Ex-governador diz que até aliado de André vai apoiá-lo
13/11/2009
13h47 Aluno é preso por molestar criança dentro da UFMT
13/10/2009
12h48 Assembleia tenta reverter perda de Instituto Pantanal para MT
09/10/2009
17h59 MS e MT disputam instituto de pesquisa no Pantanal
18/01/2009
14h40 UFMT abre inscrições para mestrado em política social
03/12/2008
16h26 Acusado de matar professores da UFMT pega 29 anos de prisão
03/08/2008
11h05 Coral da UFMS apresenta-se em Cuiabá neste domingo
26/01/2008
22h05 PF indicia suspeitos de assassinar funcionários da UFMT
03/01/2008
21h52 Jacarés albinos são furtados de zoológico da UFMT
30/06/2007
18h09 Gilberto Arruda é eleito reitor da Universidade Estadual de MS

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Câmara promete votar repasse da Lei Kandir aos Estados


CLODOALDO SILVA, BRASíLIA 24/11/2010 02h35

foto
Foto: Paulo Ribas/Arquivo
André esteve no DF, mas não participou de reunião com governadores
Acordo selado entre o presidente da Câmara, Michel Temer, vice-presidente eleito de Dilma Rousseff, cinco governadores eleitos e reeleitos e líderes do governo no Congresso Nacional vai garantir a votação de texto que prorroga o mecanismo da Lei Kandir para compensar as perdas dos Estados com a isenção de impostos. Para 2011, o Orçamento Geral da União prevê R$ 3,9 bilhões para esta finalidade.
Embora tenha ido a Brasília, o governador reeleito Andre Puccinelli (PMDB) não participou do encontro, que ocorreu na residência oficial de Temer. Estavam presentes os governadores reeleitos do Ceará, Cid Gomes, de Minas Gerais, Antonio Anastasia, e da Bahia, Jaques Wagner, e os eleitos de São Paulo, Geraldo Alckmin, e do Espírito Santo, Renato Casagrande.
Nesta reunião ficou definido que os projetos de interesse dos Estados serão votados ainda neste ano, em sessões extraordinárias da Casa, sendo que não devem ser apreciados textos que gerem novas despesas para os Estados, como a PEC 300, que equipara os salários dos policiais militares e civis aos proventos recebidos por estas corporações no Distrito Federal.
De acordo com o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, que esteve na reunião, o Governo federal concorda com a aprovação da prorrogação do mecanismo, que será definido por um projeto de lei complementar. Entretanto, o repasse não cobre todas as perdas, já que o valor das compensações é definido pela lei orçamentária, e deve ser fixado em R$ 3,9 bilhões para 2011.
O presidente da Câmara e os líderes partidários se manifestaram favoráveis ao pedido dos governadores de não se apreciar projetos que gerem impacto e vão trabalhar com demais líderes para abrir pauta de sessões extraordinárias com projetos já estabelecidos que não gerem impacto no Orçamento.
Além das compensações da Lei Kandir, os Estados pediram a prorrogação do Fundo de Combate à Pobreza, repasse que a União faz para os Estados investirem na área social.
Mistérios
A passagem do governador André Puccinelli por Brasília na noite de anteontem e ontem foi marcada por mistério e sem agenda definida.
Embora tenha sido divulgado de que participaria da reunião dos governadores com o presidente da Câmara, Michel Temer, o governador esteve apenas na Força Aérea Brasileira (FAB).
Na FAB, a reunião foi com o tenente-brigadeiro-do-ar, Juniti Saito, comandante da Aeronáutica, quando foi debatida a questão da permuta de área entre o Governo do Estado e a FAB, que vai possibilitar a ampliação do terminal de embarque e desembarque de passageiros.
O governador retornou ontem ao Estado por volta das 11h, horário de Brasília, sem falar com a imprensa.

domingo, 14 de novembro de 2010

Herói dos Palmares é lembrado na Semana da Consciência Negra

Grupo de percussão Batuque Novo Cultural Jhamayka toca com crianças, no Conjunto Santa Felicidade: valorização da cultura negra



NegraFábio Massalli A

Walter Fernandes


A semana que começa hoje é de festa para a comunidade negra. Em todo o Brasil se comemora a Semana da Consciência Negra, que culmina com a celebração do Dia de Zumbi dos Palmares no dia 20 de novembro.

Em Maringá, não é diferente. A semana será marcada pelo 2º Festival Afro-Brasileiro, que reúne eventos organizados por várias entidades, realizadas com o apoio da Assessoria da Igualdade Racial (órgão da Prefeitura) e da Associação Comercial e Industrial de Maringá (Acim).

As atividades vão de concurso de dança de rua a exposições, passando por peças de teatro, jantar-show, dança e apresentações de capoeira.

Para a professora Maria Verginia Gonçalves dos Santos, coordenadora do projeto Abrindo Gavetas, a realização dessa série de eventos e da Semana da Consciência Negra é importante para mostrar a cultura africana e afro-brasileira. "É uma cultura que sempre existiu, embora esteja camuflada e ninguém dê valor", diz.

Verginia diz que hoje a cidade vê um número crescente de entidades trabalhando pela causa da consciência negra. São pelo menos oito, numa situação que ela considera um avanço e que representa uma força maior na luta pelos direitos dos afro-descendentes.

A professora também destacou a Lei 10639/2003, que torna obrigatório o ensino da cultura afro-brasileira nas escolas. "No governo Lula tivemos muita abertura para isso e as escolas estão trabalhando. É uma verdadeira reviravolta na história e uma valorização da cultura negra, pois mostra que não existe mais apenas a visão europeia."

Pluricultural

Para Paulo Bahia, coordenador do Centro Cultural Jhamayka, a realização desses eventos é importante para formar uma sociedade pluricultural e preservar a cultura afro-brasileira em Maringá e região.

"Essas manifestações são importantes também para cumprir a Lei do Estatuto Racial, para celebrar Zumbi dos Palmares e discutir a quebra da discriminação", diz.

Bahia destacou, em especial, o papel destes eventos na discussão do preconceito e da discriminação. Ele citou como um avanço o fato de que hoje o negro está na propanganda, inclusive em out-doors, "o que era raro até há bem pouco tempo."

"As pessoas só vão respeitar as diferença quando conhecerem o outro, sua cultura, a culinária, a sua vida", diz. "As crianças estão crescendo tendo orgulho da cor negra da pele." Para Bahia, essa é a importância de se realizar eventos como o dessa semana e da cidade ter um Festival Afro-Brasileiro instituído em lei. "A gente sabe que o preconceito e o racismo existe, mas as pessoas vão verificando que é possível mudar."

Lei

A criação do Festival Afro-Brasileiro aconteceu de forma tumultuada e sua segunda edição também não está sendo tranquila. O festival surgiu após a prefeitura não ter aceitado transformar o Dia Zumbi dos Palmares em feriado municipal, ao contrário do que foi feito em diversas cidades brasileiras.

O Festival surgiu como uma espécie de compensação e foi transformado em lei municipal, passando a figurar no calendário de eventos culturais do município. Dispõe de orçamento de R$ 40 mil, verba da Secretaria da Cultura, que organizaria o evento juntamente com a Assessoria da Igualdade Racial.

Este ano, contudo, segundo o assessor da Igualdade Racial Ademir Félix de Jesus, problemas burocráticos impediram que o projeto do festival fosse concluído a tempo para os recursos serem utilizados.

O resultado foi que a Assessoria conseguiu cerca de R$ 20 mil junto à Acim para investir no festival e a Prefeitura cedeu a infraestrutura, apoiando como pode os projetos que as entidades já realizavam. Os R$ 40 mil que a Lei 8.316/2009 previa para o festival se perderam na burocracia.

sábado, 6 de novembro de 2010

Dilma deve tirar Meirelles do BC para reduzir juros logo no início do governo

Ao contrário de Lula, que deu carta branca às medidas de contenção de inflação do Banco Central, presidente eleita quer ser avalista de política mais voltada ao crescimento econômico e estímulo ao setor privado, incluindo micro e pequenas empresas

06 de novembro de 2010 | 17h 57


João Domingos, de O Estado de S.Paulo

BRASÍLIA - Embora avalie que o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, foi importante para sustentar a política de combate à inflação do governo Lula e certeiro nas medidas de contenção dos efeitos da crise econômica mundial de 2008 e 2009 no Brasil, a presidente eleita, Dilma Rousseff, tende a não aproveitá-lo no posto.

É certo que Dilma vai centralizar em torno de si todas as ações econômicas do início do governo, disse ao Estado um de seus mais importantes colaboradores.

Pretende, com isso, alcançar dois objetivos: forçar a redução nas taxas de juros logo na primeira reunião do Conselho de Política Monetária (Copom) e mostrar que, ao contrário do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ela terá o controle de todos os setores do governo, a começar pela economia.

Tanto é assim que o primeiro bloco de auxiliares a ser anunciado será o da equipe econômica.

Com a centralização e a pressão explícita para que os juros baixem - o que Lula nunca exerceu em relação ao Banco Central -, Meirelles ficará numa posição desconfortável, pois sua política de combate à inflação tem sido sempre a de, por absoluta prevenção, manter os juros altos.

A própria Dilma se garante como avalista da estabilidade econômica. Em entrevista ao SBT, na terça-feira à noite, ela avisou que fará a centralização.

"Não serão pessoas que serão responsáveis por isso", afirmou, referindo-se ao tripé formado por metas de inflação, câmbio flutuante e contas equilibradas.

"Sou eu a responsável. E como responsável, eu asseguro: seja quem esteja à frente do cargo, eu assegurarei no País a questão da estabilidade econômica."

Embaixada

Uma solução para Meirelles - e ele já se mostrou simpático à ideia - seria nomeá-lo embaixador do Brasil em Washington.

É um nome com muito trânsito nos meios financeiros e governamentais, atributos essenciais para a interlocução de um governo Dilma que ainda não tomou posse mas já faz coro e, ao lado de Lula, acusa os Estados Unidos de, junto com a China, promoverem uma "guerra cambial" no mundo.

O PMDB, ao qual Meirelles é filiado, ainda tem esperanças de emplacá-lo no Ministério da Fazenda ou no dos Transportes.

Mas Dilma tem sido aconselhada a manter Guido Mantega, decisão que contaria com a simpatia de Lula.

E o Ministério dos Transportes é um feudo do PR, embora o PMDB esteja, numa espécie de escambo político, tentando trocá-lo pela Agricultura.

Conforme um integrante do governo muito próximo de Dilma, ela quer lotar o setor econômico na Esplanada dos Ministérios com "defensores de ações desenvolvimentistas" - como ela.

A presidente eleita acredita que, assim como ocorreu na gestão Lula, principalmente depois da crise econômica mundial, o governo tem entre os seus papéis fundamentais fazer a indução para o desenvolvimento e o crescimento econômico.

Na visão de Dilma, exposta ao longo de conversas mantidas na campanha, será preciso reduzir os juros para "contaminar o setor privado" e incentivá-lo a investir cada vez mais.

O plano estratégico prevê alcançar a meta de taxa real de 2% de juros (descontada a inflação) em 2014.

Ela defende ainda a desoneração da folha de pagamentos e investimentos muito fortes nas micro e pequenas empresas.

Para tanto, Dilma pretende elevar o limite de enquadramento de empresas no Simples Nacional. "Esse foi um dos melhores modelos: aumentamos a arrecadação, o grau de formalização da economia", disse ela na entrevista ao SBT. "Pretendo aumentar o limite de enquadramento."

Dessa forma, explicou, mais empresas poderão se beneficiar do sistema tributário simplificado. Ela, porém, não revelou qual seria o novo limite.

Atualmente, são consideradas microempresas passíveis de inscrição no Simples aquelas que têm faturamento bruto de até R$ 240 mil ao ano.

O programa também admite empresas de médio porte com faturamento de até R$ 2,4 milhões.

Hoje, há cerca de 3,9 milhões de pessoas jurídicas inscritas no programa. Também está em análise a elevação do limite de enquadramento dos microempreendedores individuais (MEI), hoje em R$ 36 mil ao ano.

Pasta

Dilma revelou durante a campanha ter "vontade" de criar um ministério específico para as micro, pequenas e médias empresas.

O nome mais cotado para essa nova pasta é o de Alessandro Teixeira, atual presidente da Agência de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), um dos coordenadores da sua campanha presidencial.

Ela acredita que será possível fundir ministérios, fazendo com que a estrutura de governo fique do tamanho da atual, com 35 ministros.

O ideal seria reduzir, mas Dilma não vê como atender à base partidária governista - que tem uma dezena de legendas - promovendo uma lipoaspiração na Esplanada.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

CNT/Sensus: Dilma lidera com 51,9% e Serra tem 36,7% (Postado por Erici Oliveira)


A vantagem de Dilma para Serra aumentou de cinco pontos porcentuais da pesquisa anterior para 15,2 pontos agora

AGÊNCIA BRASIL


No levantamento anterior, Dilma Rousseff tinha 46,8% eJosé Serra, 41,8%
São Paulo - A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, tem 51,9% das intenções de voto, ante 36,7% de seu adversário, o tucano José Serra, segundo pesquisa CNT/Sensus divulgada nesta manhã.
A vantagem de Dilma para Serra aumentou de cinco pontos porcentuais da pesquisa anterior, na semana passada, para 15,2 pontos agora. No levantamento anterior, Dilma tinha 46,8% e Serra, 41,8%.
Ao se considerar somente os votos válidos - o que exclui nulos e brancos e se redistribui os indecisos proporcionalmente, Dilma tem 58,6% e Serra, 41,4%. A rejeição à candidata petista caiu de 35,2% da pesquisa anterior para 32,5%. Já a rejeição a Serra subiu de 39,8% para 43%.
O levantamento, com margem de erro de 2,2 pontos porcentuais, foi feito com dois mil eleitores, entre os dias 23 e 25 de outubro, em 136 municípios e foi registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número 37609/2010.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Países árabes pedem que EUA investiguem denúncias feitas por Wikileaks


Plantão | Publicada em 25/10/2010 às 10h49m
BBC Wikileaks sugere que EUA ignoram denúncias de abusos no Iraque

O Conselho de Cooperação do Golfo Pérsico, grupo que inclui seis países árabes, pediu aos Estados Unidos que investiguem detalhes de supostos abusos que teriam sido cometidos contra os direitos humanos no Iraque veiculados no site especializado em vazamento de informações Wikileaks.
Os documentos do site sugerem que as Forças Armadas americanas ignoraram casos de tortura praticada pelas tropas iraquianas, além de se omitir de "centenas" de mortos de civis em postos de controle.
Em um comunicado, o secretário-geral do grupo, Abdulrahman al-Attiyah, disse que os EUA são responsáveis pelas supostas torturas e assassinatos.
O conselho é formado pela Arábia Saudita, Kuwait, Oman, Catar, Bahrein e Emirados Árabes.
O Pentágono disse que não tem intenção de reinvestigar os abusos.
O material divulgado pelo Wikileaks - considerado o maior vazamento de documentos secretos da história - comprova que os Estados Unidos mantiveram registros de mortes de civis, embora já tenham negado esta prática.
Ao todo, foram divulgados registros de 109 mil mortes, das quais 66.081 teriam sido civis.
No fim de semana, o primeiro-ministro iraquiano, Nouri al-Maliki, acusou o site de tentar sabotar suas chances de reeleição e criticou o que chamou de "interesses políticos por trás da campanha midiática que tenta usar os documentos contra líderes nacionais".
Maliki, representante da etnia xiita, tenta se manter no poder depois das eleições parlamentares ocorridas em março, no qual nenhum partido obteve maioria. As negociações entre as diversas facções para formar uma coalizão prosseguem.
Seus oponentes sunitas dizem que os papeis divulgados pelo Wikileaks destacam a necessidade de estabelecer um governo de coalizão, em vez de concentrar todo o poder nas mãos de al-Maliki.
Tortura
Muitos dos 391.831 relatórios Sigact (abreviação de significant actions, ou ações significativas, em inglês) do Exército americano aparentemente descrevem episódios de tortura de presos iraquianos por autoridades do Iraque.
Em alguns deles, teriam sido usados choques elétricos e furadeiras. Também há relatos de execuções sumárias.
Os documentos indicam que autoridades americanas sabiam que estas práticas vinham acontecendo, mas preferiram não investigar os casos.
O porta-voz do Pentágono Geoff Morrell disse à BBC que, caso abusos de tropas iraquianas fossem testemunhados ou relatados aos americanos, os militares eram instruídos a informar seus comandantes.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Prefeito de Anastácio, Cáudio Valério, morre em Campo Grande

Prefeito de Anastácio, Cáudio Valério, morre em Campo Grande






 Diminuir texto
Laura Holsback
Divulgação



O prefeito de Anastácio, Cláudio Valério da Silva, de 55 anos, morreu em decorrência de uma parada cardíaca, às 3h25 dessa madrugada no Proncor, em Campo Grande. Ele será velado na Câmara Municipal de Anastácio, a partir das 10h30 (horário previsto para a chegada do corpo).
De acordo com a assessoria da prefeitura, há alguns anos Cláudio sofreu um infarto e periodicamente realizava exames. Ontem (20), teve de passar por uma cirurgia urgente para a implantação de pontes de safena, mas teve complicações, e não resistiu.
Severina Maria do Nascimento Valério estava ao lado do marido quando ele passou mal. Ela chegou ao hospital à meia-noite para acompanhá-lo. O prefeito também deixa três filhos, um deles in memória.
Cláudio Valério da Silva estava no segundo ano do seu quarto mandato de prefeito da cidade. Ele foi radialista, professor, poeta, membro da Academia Maçônica Sul-mato-grossense de Letras, Deputado Estadual e Presidente da Assomasul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul).
A princípio, o sepultamento está marcado para amanhã (22), às 8h, no Cemitério da Colônia Pulador, mas deve ser confirmado após a chegada da esposa no município.
Quem deverá assumir a prefeitura é o vice Douglas Figueiredo, do PSDB.
Recentemente, outro prefeito faleceu por problemas de saúde. Evandro Bazzo, de Jardim, lutava contra o câncer e morreu em 17 de setembro, após ter permanecido internado por uma semana em uma clínica de Campo Grande.
(Matéria editada às 10h05 para acréscimo de informações)

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Palanque do comício de Dilma e Zeca do PT, em Campo Grande: Coronel Paim e Pastora Simone Paim, na foto, atraz de Dagoberto

Presidente Lula critica duramente Puccinelli e reclama de atitude "injusta, incorreta e eticamente inaceitável"

Aumentar texto Diminuir texto
Celso Bejarano, Éser Cáceres e Valdelice Bonifácio

Alessandra de Souza
Lula durante discurso nesta noite de terça-feira, em Campo Grande, num comício do PT


O presidente Lula criticou duramente o governador André Puccinelli, do PMDB, candidato à reeleição, durante o comício do PT na noite desta terça-feira, em Campo Grande. Ele sugeriu que o peemedebista o traiu quando o chamou de “pai” e de “fada madrinha” a presidenciável Dilma Rousseff sendo que voltou atrás e “disse outra coisa” uma semana depois.
“Na presença do adversário, ela não é mais a fada madrinha e eu não sou mais o pai”, reclamou. André Puccinelli, que fazia frequentes elogios a Dilma, preferiu apoiar o tucano José Serra, principal adversário do PT na disputa presidencial.

Antes de fazer esse comentário no comício do PT de MS, realizado na noite desta terça-feira, na Avenida Fernando Corrêa da Costa com a presença do ex-governador Zeca do PT e dos principais candidatos da coligação “Força do Povo”, Lula disse que não “atacaria ninguém, não falaria mal de ninguém”.
Contudo, logo em seguida, o presidente recordou que três anos atrás, quando veio a Campo Grande com Dilma no lançamento do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), leu nos jornais locais que quem governava Mato Grosso do Sul “era ele [Lula] e não o governador”.
“Não sei se amigos ou inimigos [jornais], mas li essa notícia”. Depois Lula disse que em uma conversa com Puccinelli, o governador o chamou de “Pai Lula” e Dilma, a então ministra da Casa Civil, de “fada madrilha”.
“Não fomos nós que pedimos, eu fiquei até agradecido porque o governo era capaz de reconhecer o trabalho de uma mulher (...) Eu nunca pedi elogios para ninguém”.
Lula fez uma pausa, e disparou: “eu fiquei chateado, aos 67 anos de idade, eu não tenho idade e nem direito de me decepcionar. Não é justo, não é honesto, uma semana depois [ele, Puccinelli] dizer outra coisa, não é justo, não é correto, não é eticamente aceitável”, disparou.
Após breve pausa, o presidente voltou ao ataque contra Puccinelli: “eu sei o que acontece aqui. Que obras federais aparecem na TV como se fossem estaduais”, disse Lula. Daí em diante sugeriu que a imprensa apurasse os indicativos de obras bancadas por dinheiro estadual e dinheiro federal. “Mostrem [imprensa] quem é que fez mais por Mato Grosso do Sul”, desafiou.
"A imprensa investigativa, pesquisem. [...] A imprensa tem a obrigação de não permitir que ninguém minta em época de eleição", completou.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Fauzi Suleiman (PMDB) recebeu na última quarta-feira (07) a visita do coronel da reserva do exército, médico e odontólogo Edson Nogueira Paim

Aquidauana News)

Segunda-feira, dia 12 de Julho de 2010 às 17:20hs



O prefeito de Aquidauana, Fauzi Suleiman (PMDB) recebeu na última quarta-feira (07) a visita do coronel da reserva do exército, médico e odontólogo Edson Nogueira Paim.


Com uma rica história política e pessoal, Edson Paim acumula em seu currículo experiências das mais diversificadas. Nos anos de 1948 e 49, no então 9º GACAV/75 em Aquidauana, iniciou sua carreira militar, passando de soldado a cabo em rápida ascensão. “Fui cabo apenas com a escolaridade primária. Só depois, em 1950, já em Campo Grande, fiz o curso do antigo madureza e passei a 2º sargento. Em 1951, no Rio de Janeiro, fiz o curso de técnico em contabilidade que conclui em 1953. Depois entre 1954 a 1956 fiz a Faculdade de Odontologia Fluminense, quando foui colega do Odilon Penteado e do Hélio Codorniz”, conta ele.


Depois disso, Edson Paim chegou à função de 1º tenente dentista no 9º BEComb de Aquidauana. Em 1963 foi promovido a capitão dentista. Nesse período já estava predestinado à militância na política, quando ocupou o cargo de vice-presidente do PTB de Aquidauana. Foi candidato a deputado estadual levantando a bandeira da criação do Município de Anastácio. “Como não foi eleito, passei essa missão para o deputado eleito Carlos Medeiros”, lembra ele.


Paim foi preso durante o golpe militar de 1964, ficando preso por 66 dias e, em 1966, fui absolvido pela Auditoria da 9ª Região Militar de Campo Grande. Entrou com pedido de reparação na Comissão de Anistia e teve seu pedido deferido. “A partir dessa sentença, minha história política está resgatada. Recebi o perdão do Estado Brasileiro pelas injustiças cometidas durante o período da ditadura militar e ainda terei ressarcidos os honorários que me foram subtraídos”, disse ele sem demonstrar, entretanto, qualquer vestígio de mágoas desse período.


Chegou à formação acadêmica do curso de medicina do Rio de Janeiro e entre os anos de 1967/72, fez residência médica mo hospital Souza Aguiar como médico clínico e geriátrico. Depois fez doutorado na UFF – Universidade Federal Fluminense e aprovado como professor adjunto na mesma.


Fonte: Agecom Segunda-feira, dia 12 de Julho de 2010 às 17:20hs

quarta-feira, 17 de março de 2010

Calvície precoce pode indicar menor risco de câncer de próstata

Homens que apresentam sinais de calvície antes dos 30 anos podem ter menos chance de desenvolver câncer de próstata, segundo um estudo da Escola de Medicina da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, e divulgado na publicação especializada Cancer Epidemiology.

Os pesquisadores estudaram 2 mil homens entre 40 e 47 anos de idade e notaram uma aparente ligação entre o alto nível do hormônio masculino testosterona - presente nos homens que se tornam calvos mais cedo - e um risco mais baixo de ter a doença.

Metade dos homens que participaram do estudo sofreu de câncer de próstata. Os pesquisadores compararam a incidência de tumores entre aqueles que disseram ter começado a perder cabelo antes dos 30 e aqueles que não relataram ter sofrido queda.

Aqueles que começaram a ficar calvos até os 30 apresentavam um risco entre 29% e 45% menor de desenvolver câncer de próstata.

Raiz da calvície
Os pesquisadores acreditam que entre 25% e 30% dos homens apresentam sinais de calvície até os 30 anos de idade. Metade dos homens terá sofrido significativa queda de cabelo até os 50 anos de idade.

A calvície ocorre quando os folículos capilares são expostos a uma quantidade muito grande de dihidrotestosterona (DHT) - uma substância produzida pela testosterona.

Especialistas acreditam que homens com níveis mais altos de testosterona estão mais propensos a perder cabelo, especialmente se houver casos de calvície na família.

É comum que pacientes de câncer de próstata façam terapia para reduzir os níveis de testosterona porque o hormônio pode acelerar o crescimento de alguns tumores, uma vez que eles apareçam.

Mas este estudo sugere que os altos níveis de testosterona desde uma tenra idade podem, na verdade, proteger contra a doença.

"Claramente, a idade em que um homem começa a perder o cabelo é, infelizmente, (indicador de) um fator de risco para o câncer de próstata sobre o qual não temos nenhum controle", disse Helen Rippon, chefe da administração de pesquisas da fundação britânica The Prostate Cancer.

"Se os resultados (da pesquisa) estiverem corretos, eles podem ser úteis para aumentar nossa compreensão sobre como a testosterona se comporta no corpo humano e como pode afetar diferentes tecidos."
Alison Ross, da fundação de pesquisa britânica Cancer Research UK, disse que a ligação entre o câncer de próstata e a calvície ainda é desconhecida, porque estudos anteriores apresentaram um resultado exatamente oposto a este.

"Os resultados (do novo estudo americano) são baseados em perguntar a homens com idade entre 40 e 70 anos se eles se lembram se começaram a ficar calvos aos 30 anos, o que não significa uma medida muito confiável", disse ela.

* do UOL Notícias