segunda-feira, 31 de março de 2014

Petrobras conclui que não houve pagamento de propina a empregados da empresaEm anúncio publicado nesta segunda-fera, Petrobras informa que não encontrou fatos ou documentos que evidenciem pagamento de propina a empregados da Petrobras




 
Publicação: 31/03/2014 08:13 Atualização: 31/03/2014 08:27
 


São Paulo - A Petrobras informou, nesta segunda-feira,  que a Comissão Interna de Apuração, constituída em 13 de fevereiro para averiguar as denúncias de supostos pagamentos de suborno a empregados da companhia, envolvendo a empresa SBM Offshore, concluiu que, baseada nos trabalhos realizados e restrita à sua competência regulamentar, não encontrou fatos ou documentos que evidenciem pagamento de propina a empregados da Petrobras.
Em anúncio publicado nesta segunda-feira, 31, nos jornais, a empresa afirma ainda que durante os trabalhos da comissão interna foram prestados esclarecimentos à Controladoria Geral da União e ao Ministério Público Federal. "O relatório final da comissão interna de apuração da Petrobras será encaminhado à Controladoria Geral da União, ao Tribunal de Contas da União e ao Ministério Público Federal".

Sobre a Refinaria de Pasadena, a estatal informa que constituiu em 24 de março outra comissão, coordenada pela auditoria interna, para apurar os processos de compra da refinaria localizada no Texas. O prazo previsto é de 45 dias para apresentar suas conclusões.

A empresa destaca que desde dezembro de 2012 vem atendendo aos órgãos públicos e aos órgãos de controle (Controladoria-Geral da União, Tribunal de Contas da União, Ministério Público, Comissão de Valores Mobiliários e Requerimentos de Informações de Parlamentares), fornecendo informações e documentos sobre o processo de compra da refinaria. "O relatório final da Comissão Interna de Apuração da Petrobras será encaminhado à Controladoria-Geral da União, ao Tribunal de Contas da União e ao Ministério Público Federal", afirma.

Com Agência Estado

domingo, 30 de março de 2014

Conjunto de Favelas da Maré é ocupado para instalação de UPP

Ocupação prepara região para futura instalação da 29ª UPP do RJ.
Cerca de 1,5 homens de forças de segurança atuam na ocupação.

Do G1 Rio


 
 
Policiais prendem suspeitos após ocupação da Maré, no Rio (Foto: Alexandre Durão/G1)Policiais prendem suspeitos após ocupação da Maré, no Rio (Foto: Alexandre Durão/G1)
 
As forças de segurança do Rio de Janeiro ocuparam desde a madrugada deste domingo, a ocupação do Conjunto de Favelas da Maré, na Zona Norte do Rio. A região está sendo preparada para receber a 39ª Unidade de Polícia Pacificadora (UPP). A entrada das forças de segurança no conjunto de favelas começou às 5h, e durou 15 minutos.

Não houve confronto na operação, que terminou com pelo menos duas pessoas presas. Imagens do Globocop mostraram o comércio aberto durante a ocupação e moradores nas ruas observando a chegada dos policiais tranquilamente. Durante varredura, policiais federais encontram grande quantidade de drogas e também armas que estavam enterrados nas proximidades da Vila Olímpica e do Ciep da Maré, conforme informou a GloboNews. A grande quantidade de material apreendido foi levado em uma caminhonete para a sede da Polícia Federal.
Segundo a Secretaria de Segurança do Rio, a ocupação do Complexo da Maré conta com 1.180 policiais militares das seguintes unidades: Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), Batalhão de Polícia de Choque (BPChoque), Batalhão de Ações com Cães (BAC), Batalhão de Vias Especiais (BPVE), Grupamento Aeromóvel (GAM), 22º BPM (Maré), além de policiais da Corregedoria Interna da Polícia Militar. Policiais do 1º, 2º, 3º e 4º Comandos de Policiamento de Área estão realizando operações em outras comunidades na cidade do Rio, Baixada Fluminense e Região Metropolitana. A Polícia Federal ajuda com o serviço de inteligência e a Polícia Rodoviária Federal cerca os acessos para impedir fugas, nos mesmos moldes da ocupação do Complexo do Alemão, em 2008. Militares da Marinha também prestam apoio, com 21 blindados e 250 homens.
Uma operação paralela da Polícia Federal, que ocorria em outros pontos da cidade, teve outras prisões relacionadas a quadrilha que atua na Maré, entre elas a de Daiane Rodrigues, apontada como amante do traficante Menor P, ex-chefe do tráfico na maior parte do conjunto de favelas, preso esta semana.

Homens do Bope se reúnem antes da entrada na Maré (Foto: Divulgação/PM)Comando de Operações Especiais antes da entrada na Maré (Foto: Divulgação/PM)
 
A região, uma das violentas da capital, reúne 15 comunidades, tem cerca de 130 mil habitantes e é considerada estratégica por estar localizada entre as Linhas Vermelha e Amarela, Avenida Brasil — principais vias da cidade — e o Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão).
Desde o dia 21, o Bope está nas favelas Nova Holanda e Parque União, que fazem parte do Maré, em busca de criminosos, drogas e armas. Até sexta-feira (28), 57 prisões haviam sido realizadas em uma semana em operações em vários pontos do Grande Rio. Em meio ao cerco, a PF prendeu, na quarta-feira (26), o chefe do tráfico de drogas da Maré, Marcelo Santos das Dores, conhecido como Menor P. Ele está no Complexo de Gericinó, em Bangu, Zona Oeste. A Secretaria de Segurança e a PF vão pedir à Justiça que ele seja enviado para um presídio federal.
Procurados
Quem herdou seu poder na hieraquia da facção que domina a maior parte da região, segundo a polícia, foi Fabiano Santos de Jesus, o Zangado, irmão mais velho de Menor P. Paulo Sérgio Medeiros da Cunha, o PL, apontado como o terceiro homem mais poderosoo da quadrilha, também é um dos alvos da ação, assim como Jorge Luiz Moura Barbosa, o Alvarenga, principal nome do tráfico na Nova Holanda e no Parque União, favelas dominadas por outra facção criminosa.

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O Conjunto de Favelas da Maré, na Zona Norte do Rio em fotografia aérea feita nesta sexta (28). O complexo será ocupado neste domingo (30) numa ação conjunta das tropas federais com a polícia (Foto: Ricardo Moraes/Reuters)Visão aérea do Conjunto de Favelas da Maré (Foto: Ricardo Moraes/Reuters)
Exército
Após reunião realizada na segunda-feira (24), em Brasília, entre o governador Sérgio Cabral, o ministro da Justiça José Eduardo Cardozo, o chefe do Estado Maior das Forças Armadas, general José Carlos De Nardi, e representantes das forças de segurança estadual, ficou acertado que, após a operação deste domingo e do rescaldo nos próximos dias, o Exército vai manter a ocupação da Maré até a instalação da UPP, ainda sem data prevista.
Moradores vivem um misto de medo e esperança. O Comando de Operações Militares fez uma reunião com líderes comunitários na quinta-feira (27), na qual foi pedido pela população um canal de comunicação direta para fazer denúncias de eventuais falhas na conduta da tropa depois que for feita a ocupação.
A decisão de ocupar o complexo no dia seguinte a uma série de ataques a UPPs ocorridos no dia 20. De acordo com o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, no entanto, a UPP Maré já era prevista anteriormente.

Arte maré (Foto: Editoria de Arte/G1)
mapa arte UPPs maré 39 (Foto: Editoria de Arte / G1)


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sábado, 29 de março de 2014

Cantareira e Alto Tietê atingem recorde negativo

Redação SRZD

Os reservatórios do Sistema Cantareira atingiu mais um recorde negativo de volume acumulado. Pela primeira vez na história, o índice ficou abaixo de 14%, com 13,8%. O número é 0,2% menor do que o registrado na quinta-feira (27). O Sistema Alto Tietê também apresentou recorde. 
Sistema Cantareira. Foto: Divulgação
De acordo com Kleber Souza, meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (InMet), a expectativa é de que chova pouco no estado de São Paulo.
"A tendência é de redução das chuvas. O que tinha que chover, não choveu no verão. Agora é uma estação de transição, ainda chove um pouco, mas a tendência é de redução", disse.
O Sistema Alto Tietê atingiu o nível mais baixo dos últimos dez anos, com 37,6%, uma redução de 11,3%. Segundo a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), a redução acontece porque as represas da região têm abastecido a Zona Leste da capital, que era atendida pelo Sistema Cantareira.

sexta-feira, 28 de março de 2014

Empresários que apoiaram o golpe de 64 construíram grandes fortunas


27/3/2014 14:20
Por Redação, com Viomundo - de São Paulo
As Organizações Globo conspiraram contra o governo de Jango e sustentaram a ditadura
As Organizações Globo conspiraram contra o governo de Jango e sustentaram a ditadura
Com mestrado na Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo sobre os empresários e o golpe de 64 e em fase de conclusão do doutorado sobre os empresários e a Constituição de 1988, o professor Fabio Venturini esmiuçou os detalhes de “como a economia nacional foi colocada em função das grandes corporações nacionais, ligadas às corporações internacionais e o Estado funcionando como grande financiador e impulsionador deste desenvolvimento, desviando de forma legalizada — com leis feitas para isso — o dinheiro público para a atividade empresarial privada”. Segundo o pesquisador, é isto o que nos afeta ainda hoje, pois os empresários conseguiram emplacar a continuidade das vantagens na Carta de 88.
Em artigo no site Viomundo, Venturini cita uma série de empresários que se deram muito bem durante a ditadura militar, como o banqueiro Ângelo Calmon de Sá (ligado a Antonio Carlos Magalhães, diga-se) e Paulo Maluf (empresário que foi prefeito biônico, ou seja, sem votos, de São Paulo). Na outra ponta, apenas dois empresários se deram muito mal com o golpe de 64: Mário Wallace Simonsen, um dos maiores exportadores de café, dono da Panair e da TV Excelsior; e Fernando Gasparian. Ambos eram nacionalistas e legalistas. A Excelsior, aliás, foi a única emissora que chamou a “Revolução” dos militares de “golpe” em seu principal telejornal.
Sobre as vantagens dadas aos empresários: além da repressão desarticular o sindicalismo, com intervenções, prisões e cassações, beneficiou grupos como o Ultra, de Henning Albert Boilesen, alargando prazo para pagamento de matéria prima ou recolhimento de impostos, o que equivalia a fazer um empréstimo sem juros, além de outras vantagens. Boilesen, aliás, foi um dos que fizeram caixa para a tortura e compareceu pessoalmente ao Doi-CODI para assistir a sessões de tortura. Foi justiçado por guerrilheiros.
Brilhante Ustra foi desmentido quando afirmou que não havia tortura e assassinatos nas dependências do DOI-Codi, em São Paulo
Brilhante Ustra recebia visitas de empresários durante as sessões de tortura e assassinatos nas dependências do DOI-Codi, em São Paulo
Outros empresários estiveram na mira da resistência, como Octávio Frias de Oliveira, do Grupo Folha, que apoiou o golpe. Frias e seu sócio Carlos Caldeira ficaram com o espólio do jornal que apoiou João Goulart, Última Hora, além de engolir o Notícias Populares e, mais tarde, ficar com parte do que sobrou da Excelsior. Porém, o que motivou o desejo da guerrilha de justiçar Frias foi o fato de que o Grupo Folha emprestou viaturas de distribuição de jornal para campanas da Operação Bandeirante (a Ultragás, do Grupo Ultra, fez o mesmo com seus caminhões de distribuição de gás). Mais tarde, a Folha entregou um de seus jornais, a Folha da Tarde, à repressão.
– Se uma empresa foi beneficiada pela ditadura, a mais beneficiada foi a Globo, porque isso não acabou com a ditadura. Roberto Marinho participou da articulação do golpe, fez doações para o Instituto de Pesquisas Econômicas e Sociais (Ipes, que organizou o golpe). O jornal O Globo deu apoio durante o golpe. Em 65, o presente, a contrapartida foi a concessão dos canais de TV, TV Globo, Canal 4 do Rio de Janeiro e Canal 5 São Paulo – disse Fabio Venturini.
Globo lucrou
Ainda segundo o pesquisador, “na década de 70, porém, a estrutura de telecomunicações era praticamente inexistente no Brasil e foi totalmente montada com dinheiro estatal, possibilitando entre outras coisas ter o primeiro telejornal que abrangesse todo o território nacional, que foi o Jornal Nacional, que só foi possível transmitir nacionalmente por causa da estrutura construída com dinheiro estatal. Do ponto-de-vista empresarial, sem considerar o conteúdo, a Globo foi a que mais lucrou”.
Já que em 1985, no ocaso da ditadura, “Roberto Marinho era o dono da opinião pública”, acrescentou o professor.
Segundo Fabio Venturini, na ditadura imposta a partir de 1964 os militares se inspiraram na ditadura de Getúlio Vargas. Lembra que, naquela ditadura, o governo teve vários problemas para controlar um aliado, o magnata das comunicações, Assis Chateaubriand.
– No golpe de 64 o Assis Chateaubriand já estava doente, o grupo Diários Associados estava em decadência. O Roberto Marinho foi escolhido para substituir Assis Chateaubriand. Tinha o perfil de ser uma pessoa ligada ao poder. Tendo poder, tendo benefício, ele estava lá. A Globo foi pensada como líder de um aparato de comunicação para ser uma espécie de BBC no Brasil. A BBC atende ao interesse público. No Brasil foi montada uma empresa privada, de interesse privado, para ser porta-voz governamental. Se a BBC era para fiscalizar o Estado, a Globo foi montada para evitar a fiscalização do Estado. Tudo isso tem a contrapartida, uma empresa altamente lucrativa, que se tornou uma das maiores do mundo (no ramo) – afirma.
Venturini fala, ainda, em pelo menos dois mistérios ainda não esclarecidos da ditadura: os dois incêndios seguidos na TV Excelsior, em poucos dias, e a lista dos empresários que ingressaram no DOI-CODI para ver sessões de espancamento ou conversar com o comandante daquele centro de torturas, Carlos Alberto Brilhante Ustra. Ele comenta a tese, muito comum na Folha de S. Paulo, de que houve um contragolpe militar para evitar um regime comunista, o que chama de “delírio”.
Venturini também fala do papel de Victor Civita, do Grupo Abril, que “tinha simpatia pela ordem” e usou suas revistas segmentadas para fazer a cabeça de empresários, embora não tenha conspirado. Finalmente, explica a relação dos empresários com as nuances da ditadura pós-golpe. Um perfil liberal, pró-americano, em 64; um perfil ‘desenvolvimentista’, mais nacionalista, a partir de 67/68.

quinta-feira, 27 de março de 2014

Dilma segue em agenda positiva enquanto

 oposição se debate por CPI

25/3/2014 14:03
Por Redação - de São José dos Campos, SP


No primeiro de uma série de eventos marcados para esta semana, a president
Dilma assina a ordem de serviço para o início das obras em Pinheirinho
Dilma assina a ordem de serviço para o início das obras em Pinheirinho
a Dilma Rousseff assinou, nesta terça-feira, um contrato para construção de moradias aos sem-teto, expulsos pela Polícia Militar paulista do assentamento de Pinheirinho, em 2012.Dilma relembrou, em sua conta no Twitter, a ação truculenta da Tropa de Choque do governo do Estado de São Paulo em janeiro de 2012 ao despejar cerca de 1,5 mil famílias do bairro de Pinheirinho, em São José dos Campos. “O despejo das famílias da comunidade do #Pinheirinho, em S. José dos Campos, em 22/01/2012, nunca será esquecido”, escreveu Dilma.

– Quero dizer para as famílias do Pinheirinho. Quando vocês, daqui a um ano, entrarem na casa de vocês, entrem de cabeça erguida. Vocês não devem essa casa a ninguém, nem a mim, não devem ao governo federal, ao governo estadual nem à prefeitura. Essa casa vem primeiro, do dinheiro arrecadado do povo brasileiro. Segundo, vem também da luta de vocês. Vocês conquistaram essa casa. Vocês têm direito a ela, é uma questão de cidadania e é assim que o povo do Brasil tem de ser tratado – disse a presidenta, em seu discurso.
A presidenta assinou, sem a presença do governador Geraldo Alckmin (PSDB) – algoz dos assentados – o contrato para o início das obras do Residencial Pinheirinho, que terá 1,7 mil moradias “em área regularizada, com todos os serviços públicos”. Segundo Dilma, serão “casas que vão proporcionar a cada família a oportunidade de recomeçar a vida com dignidade”.
“Hoje um novo #Pinheirinho está surgindo no horizonte. Estou em S. José dos Campos para o início das obras do Residencial”, escreveu a presidente. Segundo ela, a construção das moradias, que se dá dois anos depois do despejo das famílias, aconteceu “a partir do diálogo com movimento social e entre os governos federal, estadual e municipal” e “que somamos recursos para os residenciais”.
A desocupação de Pinheiro foi uma ação de reintegração de posse em uma área do bairro de São José dos Campos. O terreno, de propriedade do empresário Naji Nahas, ficou abandonado por mais de dez anos e passou a ser ocupado pelas famílias em 2004 de maneira irregular. A comunidade foi retirada de suas casas de forma violenta, classificada pela própria presidente Dilma, na época, como “barbárie”.
O Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa Humana de São Paulo divulgou, em 2013, um relatório com mais de 1,8 mil denúncias de violações de direitos humanos que teriam ocorrido durante o despejo. São relatos de ameaças, agressão física, humilhação e problemas nos alojamentos temporários. A Defensoria Pública move cerca de mil ações pedindo indenização.
Sem CPI
O périplo de Dilma por uma série de eventos marcados ao longo da semana serve para apagar, de certa forma, o incêndio político que se propaga no Congresso. Nesta terça-feira, decisiva para a criação de uma CPI da Petrobras no Senado, seu principal adversário, o senador mineiro Aécio Neves, pré-candidato à sucessão presidencial, este ano, liderava os esforços da oposição para instalar uma investigação sobre a compra, pela estatal, da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos. As chances de conseguir atingir seu objetivo, segundo observadores da cena política, ouvidos pela reportagem do Correio do Brasil, eram mínimas.
Para Aécio, a resposta divulgada pela presidente Dilma Rousseff na semana passada explicando as circunstâncias da aquisição foi “insuficiente”, por isso ressalta a necessidade de uma CPI a fim de “dar respostas à sociedade”. O líder da Minoria na Câmara, deputado Domingos Sávio (PSDB-MG), pretendia apresentar um projeto de resolução para a criação da CPI na Casa. Segundo ele, os partidos de oposição se organizam para conseguir o apoio de parlamentares da base governista.
– Queremos que não seja uma CPI política ou da oposição, mas, sim, uma CPI de interesse do povo para esclarecer um assunto que envolve a maior empresa pública brasileira. Nossa proposta, embora apresentada pela oposição, é para ser abraçada por todos – completou.
Para o líder do governo, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), as iniciativas da oposição têm endereço certo, em ano eleitoral.
– Falaram que a presidência da República é a ‘principal autoridade nessa negociata’; ninguém pode se dirigir nesses termos à nação brasileira, colocando a Presidência da República ou tentando colocá-la sob suspeição. Até porque Dilma foi de uma honestidade intelectual que muitos não tiveram no cargo que ela ocupa hoje – concluiu.

quarta-feira, 26 de março de 2014

Dilma trocará Ideli por Berzoini nas Relações Institucionais, diz fonte

quarta-feira, 26 de março de 2014 09:40 BRT
 

 
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BRASÍLIA, 26 Mar (Reuters) - O governo federal vai concluir a reforma ministerial transferindo a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, para a secretaria de Direitos Humanos e colocando no lugar dela o deputado federal Ricardo Berzoini (PT-SP), disse uma fonte do Palácio do Planalto à Reuters nesta quarta-feira. O objetivo da troca é melhorar o diálogo do Executivo com o Congresso Nacional, uma área delicada para o governo e na qual a presidente Dilma Rousseff tem enfrentado dificuldades. A atual ministra-chefe da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário, deixará o posto para disputar as eleições deste ano. Ainda não está definido se ela disputará uma vaga na Câmara dos Deputados ou no Senado pelo Rio Grande do Sul. De acordo com a fonte, Ideli deve ficar nos Direitos Humanos até que abra uma vaga no Tribunal de Contas da União, quando ela será indicada ao posto. Neste ano dois ministros do TCU completam 70 anos e terão de se aposentar compulsoriamente: Valmir Campello, em outubro, e José Jorge, em novembro. A fonte afirmou também que Dilma confirmará nos cargos os ministros Mauro Borges (Desenvolvimento), Antonio Henrique Silveira (Portos) e Francisco Teixeira (Integração). (Reportagem de Luciana Otoni)
 
 

domingo, 23 de março de 2014

Aécio e Eduardo se reúnem em baile de filha de Geddel

          Foto: Edição 247:
Presidenciáveis do PSDB e do PSB se encontram em Salvador no baile de debutante de Mariana, filha mais velha do peemedebista Geddel Vieira Lima; festa reuniu alta cúpula da oposição aos governos federal e local do PT; por lá estavam, além dos citados, figuras como o prefeito ACM Neto, do DEM, o líder do PSDB na Câmara, deputado Antônio Imbassahy, o também deputado tucano Jutahy Magalhães Jr., e o ex-governador Paulo Souto (DEM); apesar do clima amigável, havia muito interesse em jogo, pois a Bahia, terceiro maior colégio eleitoral do País, é estado-chave na disputa presidencial

23 de Março de 2014 às 20:48

terça-feira, 18 de março de 2014

Putin dá sinal verde para incorporação da Crimeia à Rússia

Putin já reconheceu a Crimeia como um Estado soberano e independente.
Presidente russo discursará nesta terça (18) no Kremlin.

Da EFE
Comente agora
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, deu seu sinal verde para a minuta de um tratado para a incorporação da Crimeia à Federação Russa, informou nesta terça-feira (18) o site oficial de informação jurídica do país.
O documento, com data de segunda-feira (17), aprova, 'o projeto do Tratado entre a Federação Russa e a República da Crimeia sobre a incorporação da República da Crimeia à Federação Russa'.
"Considerar conveniente a assinatura do tratado contemplado na presente resolução ao mais alto nível", conclui a resolução do chefe do Kremlin.
Putin se dirigirá ao parlamento russo em uma reunião extraordinária nesta terça, no Kremlin, por ocasião do pedido da Crimeia sobre sua incorporação à Federação Russa.
O discurso do chefe do Estado vai acontecer na sala São Jorge do Grande Palacio do Kremlin às 15h locais (8h de Brasília), no mesmo formato em que apresenta seu relatório sobre o estado da nação uma vez por ano.
Putin reconheceu na segunda, por decreto, à região autônoma ucraniana da Crimeia como um Estado soberano e independente."Levando em conta a expressão da vontade do povo crimeano no referendo realizado em 16 de março de 2014, (decreto) reconhecer a República da Crimeia, na qual a cidade de Sebastopol tem um status especial, como um Estado independente e soberano. Este decreto entra em vigor hoje", diz o documento.
O parlamento da Crimeia aprovou na segunda uma resolução pela qual a república autônoma foi declarada independente da Ucrânia e pediu oficialmente sua incorporação à Rússia depois que mais de 95% de sua população apoiou no domingo (16) em referendo sua reunificação ao país ao qual pertenceu até 1954.
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domingo, 16 de março de 2014

Planalto tenta convencer Eduardo Cunha a apoiar Marco Civil da Internet

15/3/2014 14:02
Por Redação - de Brasília

Eduardo Cunha defende as empresas de telecomunicações contra o Marco Civil da Internet
Eduardo Cunha defende as empresas de telecomunicações contra o Marco Civil da Internet
Chefe de um levante na base aliada contra a presidenta Dilma Rousseff, o líder da bancada do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ), será recebido por ministros, no Palácio do Planalto, nesta segunda-feira, para negociar pontos do Marco Civil da Internet. O governo pediu que o projeto de lei fosse retirado de pauta, com medo de ser derrotado no plenário da Câmara.
Cunha atua como principal agente do forte lobby promovido pelas empresas de telecomunicações contra o projeto do qual é relator o deputado Alessandro Molón (PT-RJ). Se não conseguir mudar a posição do parlamentar, o Planalto já admite retirar o caráter de urgência na tramitação da matéria, que é o primeiro item da pauta de votações do plenário da Câmara para a próxima semana.
Dilma, se abrir mão da matéria, terá sofrido sua terceira derrota para o chamado ‘blocão’ – grupo parlamentar liderado por Cunha e parte do PMDB que reúne partidos aliados insatisfeitos com o governo. Na terça e na quarta, o ‘blocão’ aprovou a criação de comissão para acompanhar investigações sobre supostas irregularidades na Petrobras, além de chamar dez dos 39 ministros para dar explicações ao Congresso.
Cunha adiantou a jornalistas que, na segunda-feira, irá se reunir com os ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil) e José Eduardo Cardozo (Justiça), principal articulador do Marco Civil da Internet. O Planalto, no entanto, afirma que a reunião será com Cardozo, Ideli Salvatti (Relações Institucionais) e o vice-presidente Michel Temer, chamado para tentar controlar o aliado.
– É claro que vamos procurar distensionar o clima, não tem sentido ficar com esse clima beligerante o tempo todo – disse Cunha.
Para o líder peemedebista seria uma “boa estratégia” o governo retirar o regime de urgência do Marco Civil da Internet. O projeto é tratado com prioridade pelo Planalto porque Dilma pretendia apresentá-lo na conferência internacional sobre governança na internet que o Brasil sediará em abril.
Hoje, dos oito partidos governistas que integravam o ‘blocão’, permanecem apenas quatro: uma parcela do PMDB, PR, PTB e PSC. Na próxima terça-feira, o PR deve formalizar a saída do ‘blocão’. O Planalto tem sinalizado que vai atender demandas antigas da legenda, como o preenchimento de cargos no segundo escalão do Ministério dos Transportes, que é da cota do partido, além de nomeações no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes. O PTB reivindica a presidência de uma estatal.
Segundo o secretário-geral da Presidência da República, ministro Gilberto Carvalho, a rebeldia de parte do PMDB contra Dilma guarda um “certo jogo de cena” e que a tendência é que os ânimos sejam arrefecidos nas próximas semanas.
– É um pouco de jogo de cena, um pouco do teatro político, digamos assim, que é natural – conclui.


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