sábado, 31 de agosto de 2013

Pacto pré-eleitoral de Aécio e Campos mira o PT em cinco frentes


VERA MAGALHÃES
EDITORA DO PAINEL

 
Potenciais candidatos a presidente em 2014, Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB) selaram cinco "pactos" durante jantar anteontem na casa do governador de Pernambuco, no Recife.

Os pontos acordados pelos dois presidenciáveis representam uma espécie de protocolo de não agressão nesse momento de pré-campanha, e miram o PT e a presidente Dilma Rousseff, cuja base o PSB de Campos integra.

Cid Gomes reage a encontro entre Aécio e Eduardo Campos, presidente de seu partido

O primeiro ponto acertado é que PSDB e PSB, partidos que ambos presidem, votarão contra a minirreforma eleitoral em tramitação no Senado, que visa encurtar a campanha de 2014 e reduzir a propaganda política.

Campos e Aécio entendem que a proposta, elaborada pelo peemedebista Romero Jucá (PMDB-RR), tem como propósito impedir que candidatos pouco conhecidos sejam apresentados aos eleitores.

Roberto Pereira/Governo de Pernambuco
Aécio Neves e Eduardo Campos durante jantar na quinta-feira (29), na residência do governador de Pernambuco
Aécio Neves e Eduardo Campos durante jantar na quinta-feira (29), na residência do governador de Pernambuco

"Diminuir a campanha é golpe. É preciso tempo para que as pessoas possam conhecer os candidatos'', disse Campos durante entrevista ao "Programa do Ratinho'', levada ao ar na noite do jantar.

O segundo ponto do pacto selado pelos pré-candidatos é que eles vão procurar explicitar ''sintonia nas teses de defesa do Estado e da democracia'', segundo o senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), presente ao encontro.

Ambos deram aval à decisão do diplomata Eduardo Saboia de trazer ao Brasil o senador boliviano Roger Molina. Não foi combinado, garantem, mas a ideia é repetir esse tipo de posicionamento.

Na breve entrevista que concedeu após o jantar, Campos ressaltou essa ''convergência'' na defesa dos preceitos democráticos. "Não podemos fragilizar esses valores republicanos só porque tem o ano eleitoral'', disse.

O terceiro ponto de acordo foi que ambos farão publicamente a defesa do equilíbrio fiscal por parte da União.

O quarto pacto é de compromisso com o contraditório e o ''amplo debate'' de ideias. Trata-se de um recado direto a Dilma, a quem o governador de Pernambuco tem criticado por, segundo ele, ser pouco afeita ao diálogo.

Por fim, Campos e Aécio fizeram um balanço das sucessões nos Estados e enumeraram aqueles em que será possível unir PSDB e PSB e formar ''palanque duplo''.

Os casos com negociações mais avançadas são São Paulo e Paraná, mas há também tratativas em curso em Minas Gerais, Paraíba e Piauí.

Editoria de Arte/Editoria de Arte/Folhapress

  notícias de Poder

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

PSDB aciona STF para anular sessão da Câmara que livrou Donadon da cassação
 
Camila Campanerut
Do UOL, em Brasília               

O líder do PSDB na Câmara dos Deputados, Carlos Sampaio (SP), protocolou, na tarde desta quinta-feira (29) um mandado de segurança no STF (Supremo Tribunal Federal) para tentar anular a votação de ontem em plenário que livrou da cassação o deputado Natan Donadon (sem partido-RO).
O pedido também tem o objetivo de forçar o Supremo a se manifestar sobre o assunto e impedir que novas votações do mesmo tipo possam ser realizadas pelos parlamentares.
O temor do parlamentar é o de que os deputados condenados no processo do mensalão - João Paulo Cunha (PT-SP), José Genoino (PT-SP), Pedro Henry (PP-MT) e Valdemar Costa Neto (PR-SP) – também sejam liberados da cassação pelos seus pares.
"O STF já definiu que a Câmara tem a última palavra no caso da perda de mandato de parlamentares condenados. Se eles querem delegar para a Câmara, cabe apenas declarar a cassação e não colocar em votação de novo", argumentou o deputado.
Apesar de defender o voto aberto em votações plenárias de cassação, Sampaio tenta com a medida garantir uma manifestação do STF ainda sobre o caso de Donadon.
"O mandado visa anular este julgamento para que possamos fazer uma nova apreciação nesta Casa, para que a Câmara não tenha mais necessidade de aprovar, apenas de declarar. Se não valer para este caso, [espero] que valha para os próximos casos", completou.

Reação no Congresso

O PPS, legenda de oposição ao governo Dilma, anunciou por meio de nota à imprensa que seu presidente nacional, deputado federal Roberto Freire (SP), também pretende entrar com um pedido de anulação no STF, ainda sem data confirmada.
Mais cedo, os deputados Simplício Araújo (PPS-MA) e Amauri Teixeira (PT-BA) pediram à Mesa Diretora da Câmara que anulasse a votação. Eles argumentam que, ao permitir que Donadon votasse, o regimento da Casa foi desrespeitado.
De acordo com a Secretaria Geral da Mesa Diretora, a questão já foi resolvida e anunciada pelo próprio presidente da Câmara durante a sessão de ontem.
Alves anunciou que seria descontado um voto "não" do total de votos em vez de reiniciar a votação e impedir que Donadon votasse.  Ainda segundo a secretaria, o anúncio de Alves já descontava o voto de Donadon.
O secretário-geral da Mesa, Mozart Vianna, disse que o regimento interno da Casa Legislativa prevê que o voto (do julgado em questão) não deve ser acolhido.  "O sistema eletrônico não pode ser alterado. A única saída foi a de deduzir que ele [Donadon] não iria votar contra ele". 

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Eduardo Alves assume decisão monocrática de afastar Donadon após Câmara manter mandato

Guilherme Balza
Do UOL, em São Paulo
                               

Donadon se defende na Câmara

  • Donadon diz que sofre na prisão e reclama de algemas
  • Vozes das ruas crucificaram Jesus, afirma deputado Donadon
Em votação secreta na noite desta quarta-feira (28), 233 deputados votaram a favor da cassação, 131 contra e 41 se abstiveram. Para cassá-lo, eram necessários 257 votos, o que representa a metade do total de deputados mais um voto.
Donadon está preso há dois meses no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, após ter sido condenado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) a 13 anos e quatro meses prisão por peculato e formação de quadrilha.
A situação é inédita: pela primeira vez um deputado federal condenado, que cumpre pena em regime fechado, tem seu mandato mantido. Alves afirmou na noite desta quarta-feira (28), após a decisão da Câmara, que a decisão pelo afastamento foi sua.
"Foi uma decisão de maneira consciente, que tive que tomar. Assumo, portanto, toda a responsabilidade. Declaro a vacância do cargo, já que o parlamentar está preso e não poderá exercer seu mandato", afirmou o presidente da Casa.
Alves disse que já convocou o suplente de Donadon, que será Amir Lando (PMDB-RO). "Já conversei com o deputado Amir Lando e amanhã [quinta-feira] ele estará aqui para exercer seu mandato. A Câmara não pode ficar com um parlamentar a menos."
Para o presidente da Câmara, Donadon não poderá exercer o mandato mesmo que consiga a progressão de regime para o semiaberto, no qual o preso tem direito a trabalhar, passar o dia fora e retornar à penitenciária apenas à noite.
A decisão monocrática da Alves abre brecha para questionamentos tanto de outros deputados, quanto do próprio Donadon, que pode acionar o Supremo para tentar anular a suspensão de seu mandato.
"Se ele vai recorrer ao Judiciário, não sei, e não estou preocupado com isso. Estou preocupado com a decisão de maneira consciente que tomei, na imagem, no cuidado com a preservação dessa casa", disse Alves.
O secretário-geral da Mesa Diretora da Câmara, Mozart Vianna de Paiva, afirmou que a decisão unilateral de Eduardo Alves foi tomada pela ausência de regras para casos como este tanto no regimento interno da Casa, quanto na Constituição ou na lei.
Paiva disse que uma saída para caso esta situação ocorresse estava sendo estudada há 15 dias. De acordo com ele, vários juristas foram consultados pela presidência da Câmara.

STF mudou interpretação

No julgamento do mensalão, no segundo semestre de 2012, o STF decidiu que parlamentares condenados perderiam o mandato assim que o processo transitar em julgado.
Em agosto deste ano, com dois novos ministros - Teori Zavascki e Luís Roberto Barroso, a Corte mudou a interpretação da Constituição no julgamento na análise de ação penal contra o senador Ivo Cassol (PP-RO), condenado a quatro anos e oito meses de prisão.
Por esta razão, a cassação do mandato de Donadon teve de ser apreciada na Câmara.

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Dilma provoca oposição: "quem não gosta de mim no sul também diz que não sou gaúcha"

Na Praça da Liberdade, presidente afirma que foi expulsa de Minas Gerais pela Ditadura Militar
Felipe Rezende, do R7 MG

Dilma inaugurou em BH o quarto CCBB do PaísWellington Pedro / Imprensa MG
A presidente Dilma Rousseff cumpriu seu segundo compromisso em Belo Horizonte nesta terça-feira (27): a inauguração do CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil), na praça da Liberdade, região centro-sul da capital. Planejado desde 2009, o espaço será aberto para o público amanhã com um teatro para 270 pessoas e espaços para exposições e shows.
Leia mais notícias no R7 MG

A presidente lembrou, em discurso, que morou em sua infância perto da praça da Liberdade, na rua Sergipe. Dilma destacou que foi expulsa de Minas Gerais pela Ditadura Militar, quando atuava em grupos de oposição ao regime, e acolhida no Rio Grande do Sul, onde teve início sua trajetória política.
— As pessoas dizem que eu não sou mineira. Quem não gosta de mim no Sul também diz que eu não sou gaúcha. Gaúcho não fala 'ocê', 'uai'. Mas eu também falo 'barbaridade', sou uma mistura.
Foi o pronunciamento mais claro da presidente sobre sua origem em resposta à oposição na terceira viagem ao Estado neste mês. Opositores de Dilma, como o senador mineiro Aécio Neves (PSDB), provável adversário da petista nas eleições do ano que vem, repetem que a presidente teria perdido sua "mineiridade" e só procuraria Minas para colher frutos políticos.
Ao passar pela Praça da Liberdade, em frente à antiga sede do Governo do Estado, Dilma disse ter retornado ao local onde deu os primeiros passos, que agora está “reinventado”.

— Nós mineiros temos que nos orgulhar da praça.
Passeio sem seguranças
Antes de participar da abertura do Centro Cultural, Dilma passeou pela praça da Liberdade e chegou a pedir licença aos seguranças para andar pelas alamedas, onde os moradores da região costumam correr.
Com o prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda, o governador de Minas, Antonio Anastasia, e os ministros Marta Suplicy, Aloizio Mercadante e Helena Chagas, a presidente disse ser uma “admiradora” da arte.
— Eu não tenho talento, mas sei admirar.
O CCBB
Com investimentos de R$ 37 milhões para reforma, restauro e aquisição de mobiliário e equipamentos, o Centro Cultural vai ocupar o antigo prédio da Secretaria de Estado de Defesa Social.
Serão 1.200 metros quadrados de área para exposição e teatro com 270 lugares no quarto CCBB do País. O primeiro foi aberto em 1989 no Rio de Janeiro – os outros dois ficam em Brasília e em São Paulo.

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segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Médicos estrangeiros iniciam período de treinamento nesta segunda (26)

Do UOL
Em São Paulo
 

Médicos estrangeiros chegam ao Brasil para o programa Mais Médicos43 fotos

3 / 43
23.ago.2013 - Médicos estrangeiros desembarcam nesta sexta-feira (23) no aeroporto Internacional Deputado Luís Eduardo Magalhães, em Salvador. Os médicos passarão por um curso de acolhimento e avaliação em universidades de oito capitais a partir da próxima segunda-feira (26) Leia mais Hálice Freitas/Futura Press
Os médicos estrangeiros que chegaram ao Brasil para trabalhar no Mais Médicos  vão iniciar o período de avaliação e treinamento em universidades ligadas ao programa a partir desta segunda-feira (26). Durante três semanas, eles terão aulas sobre saúde pública brasileira, com foco na organização e funcionamento do Sistema Único de Saúde (SUS), e língua portuguesa, totalizando uma carga horária de 120 horas.
Os profissionais permanecerão, nesse período, em oito capitais: Porto Alegre, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Salvador, Recife e Fortaleza. Durante o curso de formação, os médicos também serão avaliados.

Entenda a proposta do governo

  • Arte/UOL Governo Federal quer atrair médicos para as periferias e interior do país
"Antes de exercer sua atividade, eles vão passar três semanas com professores de universidades públicas fazendo um curso intensivo, quase como internato, vendo como é o nosso sistema de saúde, conhecendo a realidade brasileira e tendo a oportunidade de serem avaliados naquilo que consideramos importante, no trato com as pessoas, não é uma avaliação puramente escrita", disse o secretário adjunto de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde, Fernando Menezes.

Durante esse período, os médicos participação de aulas expositivas, oficinas e simulação de consultas e de casos complexos. Os profissionais também farão visitas técnicas aos serviços de saúde. Nas aulas, serão abordados temas como legislação, funcionamento e atribuições do SUS, doenças prevalentes e aspectos éticos e legais da prática médica.

Você é a favor da contratação de médicos estrangeiros para atuar em áreas carentes?

Resultado parcial
Aos médicos que vão atuar em áreas indígenas, além do módulo que será oferecido a todos os profissionais estrangeiros, haverá aulas complementares específicas sobre a saúde desses povos. Nesse caso, as aulas ocorrerão em Brasília. Todo o material que será usado foi elaborado por uma comissão formada por professores de universidades federais inscritas no programa, escolas de saúde pública e programas de residência, sob orientação do Ministério da Educação (MEC).

Após a capacitação, os médicos aprovados receberão um registro provisório do Conselho Regional de Medicina. O documento terá validade restrita à permanência do médico no projeto e para atuar na atenção básica apenas na região indicada pelo programa. Por isso, segundo argumenta o governo, esses profissionais não precisarão passar pelo chamado Revalida (Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituições de Educação Superior), que se aplica para o trabalho por período indeterminado de médico com diploma de instituição estrangeira.

Médicos estrangeiros no Brasil - 8 vídeos


Supervisão

O secretário adjunto do Ministério da Saúde ressaltou que, durante todo o período de permanência no país, os profissionais com diploma de instituição estrangeira terão seu trabalho supervisionado por universidades públicas e secretarias estaduais e municipais de saúde. Eles também terão acesso aos protocolos clínicos e de regulação do SUS. "A avaliação e o acompanhamento serão contínuos pelas universidades federais, pelos estados e municípios por meio de supervisão. Isso é importante para assegurar a qualidade do atendimento, que é fundamental para o sucesso do programa", enfatizou.

O Ministério da Saúde ainda não informou a lista de municípios para onde os profissionais de Cuba serão enviados. Na primeira fase de inscrição, 701 cidades não atraíram interesse de nenhum profissional. Entre elas, 68% apresentam baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e 84% estão em regiões de extrema pobreza do Norte e Nordeste. Para esses municípios, de acordo com a pasta, serão enviados os médicos cubanos, que virão ao Brasil por meio de um acordo intermediado pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).

Veja argumentos a favor e contra o programa Mais Médicos

PRÓS CONTRAS
O programa vai aumentar o número absoluto de médicos em atuação no Brasil (hoje há 1,8 profissionais para cada 1.000 habitantes). Na Argentina, esse índice é 3,2; em Portugal, 3,9 e na Espanha, 4) Sem o Revalida, o médico estrangeiro poderá colocar a vida do paciente em risco, já que sua capacidade não foi testada adequadamente. Eventuais defasagens no currículo não podem ser supridas em apenas três semanas (período de treinamento para os estrangeiros)
Vai levar médicos para áreas onde há carência desses profissionais (em certos Estados há só 0,58 profissionais por habitante, como no Maranhão) Dificuldades com a língua portuguesa podem trazer problemas de comunicação entre o médico e o paciente
Permite melhorar o conhecimento dos profissionais em atenção básica e saúde pública, áreas nas quais os recém-formados não costumam ter interesse em atuar O programa não resolve a questão da falta de infraestrutura, nem a falta de outros profissionais importantes para o atendimento à população, como fisioterapeutas, dentistas, enfermeiros, nutricionistas etc
O programa vai melhorar o atendimento à população indígena que vive em regiões distantes e carentes onde os médicos não chegam Os estrangeiros podem não ter conhecimento suficiente sobre as doenças tropicais que assolam o país, como a dengue
Os empregos dos médicos brasileiros não estão ameaçados, porque os estrangeiros só atuarão em locais pré-determinados. Se eles fizessem o Revalida (Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos expedidos por Instituição de Educação Superior Estrangeira), aí sim poderiam atender em todo o país Os estrangeiros podem não ter conhecimento suficiente de certos medicamentos e equipamentos utilizados no país
O programa deve suprir uma demanda imediata e agilizar a regularização do sistema de saúde, dado o longo tempo de formação de novos médicos Os médicos inscritos no programa têm vínculo empregatício precário: não têm 13º salário, não recebem horas extras nem FGTS
Ainda que o foco do programa não seja a infraestrutura, extremamente precária em certas regiões, a população terá acesso ao médico Com o acordo para a vinda de médicos de Cuba, o governo está sendo conivente com um esquema de trabalho que é alvo de críticas: os profissionais recebem apenas parte da bolsa
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Médicos protestam pelo país95 fotos

77 / 95
31.jul.2013 - Médicos participam de protesto no centro de Florianópolis (SC), nesta quarta-feira (31), contra as recentes decisões do Governo, incluindo a contratação de profissionais estrangeiros Leia mais Hermeto Garcia/Futura Press

domingo, 25 de agosto de 2013

Médicos cubanos dizem que vieram ao Brasil para ajudar

Profissionais disseram que todos são especialistas em saúde da família e têm experiência em outros países

 
  • "Somos médicos por vocação, não nos interessa um salário, fazemos por amor", afirmou Nelson Rodrigues, 45 anos. "Nossa motivação é a solidariedade", assegurou Milagros Cardenas Lopes, 61. As afirmações foram pelos primeiros médicos cubanos a desembarcarem em solo brasileiro, em entrevista, na tarde deste sábado, no Aeroporto dos Guararapes, no Recife, em resposta aos questionamentos dos jornalistas sobre a informação de que os profissionais, contratados por meio de convênio com a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), só irão receber um porcentual de 25% a 40% do salário de R$ 10 mil a ser pago pelo governo brasileiro.
  • Veja também:
    Conselho Regional de Medicina de MG vai acionar polícia para estrangeiros
    Governo tem segurança jurídica sobre o Mais Médicos, afirma Padilha
    Primeira leva de médicos cubanos chega a Recife em clima de festa

    "Viemos para ajudar, colaborar, complementar com os médicos brasileiros", destacou Cardenas em resposta à suspeita de trabalho escravo. "O salário é suficiente", complementou Natasha Romero Sanches, 44.

    Eles integram o grupo de 30 profissionais que ficaram no Recife. Saíram de Havana em um voo fretado, que trouxe os primeiros 200 médicos cubanos para trabalhar nos 701 municípios que não despertaram interesse de nenhum profissional do Programa Mais Médicos. De acordo com o representante do Ministério da Saúde, Mozart Sales, que os recebeu, este número pode chegar a quatro mil até dezembro.

    Recepcionados de forma festiva, com faixas e gritos de boas vindas por vinte integrantes da União da Juventude Socialista (UJS) e da União Metropolitana de Estudantes Secundaristas (Umes), os médicos retribuíram a gentileza balançando as bandeiras do Brasil e de Cuba que traziam nas mãos. "Oh abre alas que os cubanos vão passar/ é mais saúde para a população/sejam bem vindos e a nossa gratidão" foi entoada pelos estudantes numa versão da música "Oh abre alas" de Chiquinha Gonzaga.

    Na entrevista, realizada com quatro dos médicos, eles informaram que todos são especialistas em saúde da família e têm experiência de ajuda em outros países. Citaram Haiti, Venezuela, Paquistão, Guatemala e Honduras. Disseram que o curso de graduação de Medicina em Cuba é de seis anos e destacaram que lá eles têm tudo garantido - saúde e educação. "Nossas famílias estão seguras, com o necessário para viver", disse Natasha Romero Sanchez.

    "Nós nos formamos com base na solidariedade e no humanismo", acrescentou ela, ao falar da alegria de estar no Brasil e poder "colaborar com o SUS". Ao seu ver, "o sistema de saúde brasileiro é desenvolvido".

    Sobre a rejeição da classe médica brasileira à chegada dos estrangeiros isentos do exame para validar seus diplomas, ela destacou: "Não viemos mudar nenhum sistema social, viemos aprender com nossos colegas e poder ajudar o povo pobre com carência de atenção médica primária adequada".

    Os profissionais vieram em número de 200, em voo fretado da empresa área "Cubana". Trinta ficaram em Pernambuco, vão se juntar aos outros médicos estrangeiros que estão em alojamentos do Exército e na segunda-feira (26) começam curso de treinamento de três semanas sobre a legislação sanitária brasileira e língua portuguesa.

    Passo importante

    Presidente estadual da UJS, Thiara Milhomem, 23 anos, afirmou que as mobilizações contrárias à vinda de profissionais estrangeiros pela classe médica brasileira "não deslegitima a vinda dos médicos". "A vinda deles não resolve o problema da saúde no Brasil, mas é um passo importante", afirmou.

    sexta-feira, 23 de agosto de 2013

  • Familiares de estudante desaparecido adotam morador de rua como herói
  • Jovem desaparecido que se escondia em uma caixa de papelão em frente ao prédio da antiga Rodoferroviária é localizado graças à persistência de um sem-teto


  • Renato Alves
    Adriana Bernardes
    Publicação: 23/08/2013 06:04Atualização: 23/08/2013 07:30
    Alívio e sorrisos da mãe, ao lado do filho sumido desde o início do mês: após localizá-lo na Rodoferroviária, os parentes passaram no Hospital Regional do Guará para avaliar a saúde dele (Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
    Alívio e sorrisos da mãe, ao lado do filho sumido desde o início do mês: após localizá-lo na Rodoferroviária, os parentes passaram no Hospital Regional do Guará para avaliar a saúde dele


    Nem policiais militares nem agentes da Polícia Civil. Quem encontrou o aluno do Centro Universitário de Brasília (UniCeub) Felipe Dourado Paiva, 22 anos, e o devolveu à família foi um morador de rua. Adeílson Mota de Carvalho, 37 anos, reconheceu o jovem desaparecido desde o último dia 9, ganhou a confiança dele, conferiu a foto em um cartaz colocado em uma feira popular, acionou a polícia e pediu ajuda a outras pessoas para conter o estudante até a chegada dos familiares dele.
     (Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)


    No início da noite, em casa, Priscila recebeu familiares e amigos. “Quando o vi, nossa, só queria abraçá-lo, levá-lo para casa e cuidar dele”, ressaltou a irmã. Nesse momento, o professor aposentado Ulde Dourado, tio de Felipe, estacionou o carro. Nele, estavam o sem-teto Adeílson e algumas sacolas de compras. “Vamos levá-lo para tomar um banho e fazer um lanche. A família já o adotou e vai fazer de tudo para tirá-lo das ruas. Se hoje vamos dormir em paz, devemos isso a ele”, comentou Dourado.

    De poucas palavras, Adeílson disse apenas que não sabia o que aconteceria com ele. Maranhense, o ex-marceneiro chegou em Brasília há dois meses. Desempregado, veio em busca de uma vida melhor. Deixou os dois filhos, Pedro Henrique, 8 anos, e João Paulo, 6, no Pará, com a ex-mulher. Na capital, sobrevive dos trocados que ganha descarregando caminhões na Ceasa.

    Felipe havia sido visto por amigos e parentes pela última vez em seu primeiro dia de aula no UniCeub, há duas semanas. Câmeras de segurança da universidade filmaram o estudante deixando o pátio da instituição de ensino. Na época, o advogado da família informou que ele sofre de transtornos psicológicos e usa remédios controlados. Sem os medicamentos, poderia ficar desorientado. Desde então, a família de Felipe distribuiu, por todo o DF, milhares de cartazes com fotos, dados do estudante e telefones de contatos. No fim de semana, fez um mutirão de buscas pela capital. Houve intensa mobilização nas redes sociais. Receberam diversas pistas falsas.

    Mobilização
    Pouco antes de ser localizado por Adeílson, Francisca Vanusa Lopes da Costa, 37, reconheceu Felipe por volta das 10h30, quando ele andava pela Quadra 8 do Cruzeiro Velho, onde ela mora. A dona de casa correu atrás do jovem e chegou a chamá-lo pelo nome. “Perguntei se ele era o rapaz desaparecido. Ele respondeu: ‘Será?’ E foi embora”, relatou. A mulher pediu ajuda a um vizinho, que, de moto, começou a procurar o jovem pelo bairro, sem sucesso. Sabendo disso, familiares do garoto seguiram para o Cruzeiro. Também o procuraram no Sudoeste. Mas ninguém seguiu para a Rodoferroviária, onde, àquela altura, Adeílson tinha ajudado a escrever o final feliz.


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    segunda-feira, 19 de agosto de 2013

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    sexta-feira, 16 de agosto de 2013

    Peritos vão a São Borja para preparar exumação de Jango

    Procedimento faz parte de investigação para esclarecer se a causa da morte do ex-presidente foi mesmo um ataque cardíaco
    Equipes de peritos da Polícia Federal, da Comissão Nacional da Verdade (CNV), e do Ministério Público Federal vão a São Borja na próxima quarta-feira, 21, para preparar a exumação dos restos mortais do ex-presidente João Goulart. Os técnicos vão analisar as características do túmulo e do cemitério, além de verificar se há necessidade de isolar a área e identificar a estrutura para o transporte do material até o aeroporto.
    Sem data definida, a exumação pode ocorrer na segunda quinzena de setembro. O procedimento faz parte de investigação para esclarecer se a causa da morte do ex-presidente foi mesmo um ataque cardíaco, conforme divulgaram na época as autoridades do regime militar.
    João Goulart morreu em 6 de dezembro de 1976 exilado em Mercedes, cidade do Norte da Argentina. Parentes e amigos próximos do ex-presidente sustentam a tese de que a morte pode ter ocorrido em função da substituição de medicamentos rotineiros de Goulart por agentes da repressão uruguaia. As investigações conduzidas pela CNV apontam que o ex-presidente foi mais uma vítima da Operação Condor, montada pelas ditaduras militares de Brasil, Argentina e Uruguai para perseguir opositores.


    fonte: Correio do Povo
    Só serão aceitos comentários que agreguem informação.

    segunda-feira, 12 de agosto de 2013

    Dilma sobe para 35% das intenções de voto em 2014, diz Datafolha

    Pesquisa ouviu 2.615 eleitores; margem de erro é de 2 pontos percentuais.
    Conforme levantamento, apenas Lula teria condições de vencer no 1º turno.

     


    CONFIRA:

    http://g1.globo.com/politica/noticia/2013/08/dilma-sobe-para-35-das-intencoes-de-voto-em-2014-diz-datafolha.html

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    sábado, 10 de agosto de 2013

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    sexta-feira, 9 de agosto de 2013

    Cassol cumprirá mais de quatro anos em regime semiaberto, decide STF

    http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2013-08-08/cassol-cumprira-mais-de-quatro-anos-em-regime-semiaberto-decide-stf

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