quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Dilma provoca oposição: "quem não gosta de mim no sul também diz que não sou gaúcha"

Na Praça da Liberdade, presidente afirma que foi expulsa de Minas Gerais pela Ditadura Militar
Felipe Rezende, do R7 MG

Dilma inaugurou em BH o quarto CCBB do PaísWellington Pedro / Imprensa MG
A presidente Dilma Rousseff cumpriu seu segundo compromisso em Belo Horizonte nesta terça-feira (27): a inauguração do CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil), na praça da Liberdade, região centro-sul da capital. Planejado desde 2009, o espaço será aberto para o público amanhã com um teatro para 270 pessoas e espaços para exposições e shows.
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A presidente lembrou, em discurso, que morou em sua infância perto da praça da Liberdade, na rua Sergipe. Dilma destacou que foi expulsa de Minas Gerais pela Ditadura Militar, quando atuava em grupos de oposição ao regime, e acolhida no Rio Grande do Sul, onde teve início sua trajetória política.
— As pessoas dizem que eu não sou mineira. Quem não gosta de mim no Sul também diz que eu não sou gaúcha. Gaúcho não fala 'ocê', 'uai'. Mas eu também falo 'barbaridade', sou uma mistura.
Foi o pronunciamento mais claro da presidente sobre sua origem em resposta à oposição na terceira viagem ao Estado neste mês. Opositores de Dilma, como o senador mineiro Aécio Neves (PSDB), provável adversário da petista nas eleições do ano que vem, repetem que a presidente teria perdido sua "mineiridade" e só procuraria Minas para colher frutos políticos.
Ao passar pela Praça da Liberdade, em frente à antiga sede do Governo do Estado, Dilma disse ter retornado ao local onde deu os primeiros passos, que agora está “reinventado”.

— Nós mineiros temos que nos orgulhar da praça.
Passeio sem seguranças
Antes de participar da abertura do Centro Cultural, Dilma passeou pela praça da Liberdade e chegou a pedir licença aos seguranças para andar pelas alamedas, onde os moradores da região costumam correr.
Com o prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda, o governador de Minas, Antonio Anastasia, e os ministros Marta Suplicy, Aloizio Mercadante e Helena Chagas, a presidente disse ser uma “admiradora” da arte.
— Eu não tenho talento, mas sei admirar.
O CCBB
Com investimentos de R$ 37 milhões para reforma, restauro e aquisição de mobiliário e equipamentos, o Centro Cultural vai ocupar o antigo prédio da Secretaria de Estado de Defesa Social.
Serão 1.200 metros quadrados de área para exposição e teatro com 270 lugares no quarto CCBB do País. O primeiro foi aberto em 1989 no Rio de Janeiro – os outros dois ficam em Brasília e em São Paulo.

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