Estratégia regional afasta Campos e Marina
Apesar do discurso público de sintonia, o governador Eduardo Campos (PSB-PE) e a ex-senadora Marina Silva divergiram a portas fechadas sobre a estratégia regional da aliança, selada há um mês.
A discordância ocorreu em um encontro há uma semana, véspera do ato em que PSB e Rede Sustentabilidade, o partido de Marina, começaram a discutir as bases para construir um programa único das duas forças políticas.
De acordo com relato feitos à Folha por participantes da reunião, realizada na casa do deputado federal Walter Feldman, em São Paulo, a ex-senadora defendeu que PSB e Rede lançassem candidatos próprios e com capacidade de gerar "fato novo" em Estados como São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.
Campos, porém, lembrou que o PSB já vinha articulando outros caminhos nesses Estados, e que não tinha condições políticas de passar por cima de seus acordos.
Segundo relatos, Campos disse a Marina que o havia encontrado "vivo" após não conseguir montar a Rede a tempo de disputar a eleição porque ele tem aliados fiéis.
Alguns dos presentes relataram à Folha que a ex-senadora disse compreender as razões do neoaliado. Ambos, então, combinaram deixar a definição sobre candidaturas nos Estados para 2014.
O principal foco de divergência diz respeito a São Paulo, onde o deputado federal Márcio França (PSB), um dos escudeiros de Campos, trabalha para que a legenda mantenha o apoio à reeleição do governador Geraldo Alckmin (PSDB) e, assim, ele assuma a vaga de vice na chapa.
Apesar da reação firme à proposta feita por Marina no encontro, Campos não descartou a possibilidade de mudar de rota eventualmente.
A interlocutores, ele tem dito que pode precisar de França para coordenar sua campanha presidencial e diz que uma candidatura a vice no Estado, como é cogitado, o tiraria do foco nacional.
Internamente, Marina tem defendido o nome de Feldman, um de seus principais aliados na montagem da Rede, como candidato em São Paulo, o que não agrada ao outro lado da aliança.
A defesa de Marina por "fatos novos" nas candidaturas regionais tem como embrião o encontro em que ela e Campos selaram a aliança.
Na conversa decisiva, os dois acertaram, segundo aliados da ex-senadora, trabalhar para ter candidatos próprios. Como a Folha mostrou no último dia 18, porém, até agora só em Goiás o PSB alterou a rota que trilhava.
NATUZA NERY
RANIER BRAGON
DE BRASÍLIA
RANIER BRAGON
DE BRASÍLIA
Apesar do discurso público de sintonia, o governador Eduardo Campos (PSB-PE) e a ex-senadora Marina Silva divergiram a portas fechadas sobre a estratégia regional da aliança, selada há um mês.
A discordância ocorreu em um encontro há uma semana, véspera do ato em que PSB e Rede Sustentabilidade, o partido de Marina, começaram a discutir as bases para construir um programa único das duas forças políticas.
De acordo com relato feitos à Folha por participantes da reunião, realizada na casa do deputado federal Walter Feldman, em São Paulo, a ex-senadora defendeu que PSB e Rede lançassem candidatos próprios e com capacidade de gerar "fato novo" em Estados como São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.
Campos, porém, lembrou que o PSB já vinha articulando outros caminhos nesses Estados, e que não tinha condições políticas de passar por cima de seus acordos.
Segundo relatos, Campos disse a Marina que o havia encontrado "vivo" após não conseguir montar a Rede a tempo de disputar a eleição porque ele tem aliados fiéis.
Alguns dos presentes relataram à Folha que a ex-senadora disse compreender as razões do neoaliado. Ambos, então, combinaram deixar a definição sobre candidaturas nos Estados para 2014.
O principal foco de divergência diz respeito a São Paulo, onde o deputado federal Márcio França (PSB), um dos escudeiros de Campos, trabalha para que a legenda mantenha o apoio à reeleição do governador Geraldo Alckmin (PSDB) e, assim, ele assuma a vaga de vice na chapa.
Apesar da reação firme à proposta feita por Marina no encontro, Campos não descartou a possibilidade de mudar de rota eventualmente.
A interlocutores, ele tem dito que pode precisar de França para coordenar sua campanha presidencial e diz que uma candidatura a vice no Estado, como é cogitado, o tiraria do foco nacional.
Internamente, Marina tem defendido o nome de Feldman, um de seus principais aliados na montagem da Rede, como candidato em São Paulo, o que não agrada ao outro lado da aliança.
A defesa de Marina por "fatos novos" nas candidaturas regionais tem como embrião o encontro em que ela e Campos selaram a aliança.
Na conversa decisiva, os dois acertaram, segundo aliados da ex-senadora, trabalhar para ter candidatos próprios. Como a Folha mostrou no último dia 18, porém, até agora só em Goiás o PSB alterou a rota que trilhava.
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