segunda-feira, 12 de maio de 2014

Efeito ‘volta, Lula’ ainda pesa contra Dilma em pesquisa de opinião

9/5/2014 12:08
Por Redação - de São Paulo


Dilma e Lula estiveram reunidos, na noite passada, durante festa do PT em Belo Horizonte
Dilma e Lula são os dois presidentes mais queridos dos brasileiros dos últimos 50 anos
O cenário criado por um instituto de pesquisa, no qual o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva seria o candidato do PT no lugar da presidenta Dilma Rousseff, ainda fascina os eleitores. Caso Lula fosse candidato, segundo resultado de estudo do Datafolha, divulgado nesta sexta-feira, as eleições estariam resolvidas no primeiro turno, com a vitória do líder petista com 49% das intenções de voto. Nesta possível realidade, o pré-candidato tucano, senador Aécio Neves (MG), amargaria 17% da preferência do eleitorado e o ex-governador Eduardo Campos, possível candidato do PSB, não passaria de 9%, enquanto os demais candidatos fechariam a eleição com 6%.
Ainda de acordo com o Datafolha, 58% acreditam que Lula deveria ser o candidato do PT, enquanto apenas 19% defendem o nome de Dilma –18% disseram não saber e 5% acham que nenhum dos dois deveria ser o candidato. O percentual que gostaria ver Lula candidato aumenta ainda mais, para 75%, quando os entrevistados são eleitores do PT, contra apenas 23% que apoiam Dilma na legenda.
Outro número desanimador para a presidenta é que, enquanto na pesquisa 74% dos eleitores acreditam que as ações do próximo presidente deveriam ser diferentes, apenas 22% querem que elas sejam iguais. Do universo pesquisado, 38% consideram que Lula é o mais preparado para fazer as mudanças no Brasil, seguido por Aécio com 19%. Dilma aparece depois, com 15%, logo à frente de Campos.
Voo tucano
O voo do tucano Aécio Neves, segundo o estudo, ganhou mais consistência e reduziu a distância que o separa da líder da corrida eleitoral, Dilma Rousseff, aumentando as chances de a disputa ser decidida no segundo turno, segundo a pesquisa Datafolha. Aécio chega a 20% das intenções de voto, ante os 16% registrados no início de abril, enquanto Dilma oscilou para baixo 1 ponto percentual, para 37%. O terceiro colocado, Eduardo Campos, passou para 11% (ante 10%). A única movimentação real, de acordo com as normas da pesquisa, foi a de Neves, que se movimentou 2% fora da margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais.
Embora tenha oscilado dentro da margem de erro da pesquisa entre abril e maio, quando comparado com a sondagem de fevereiro Dilma perdeu 7 pontos percentuais. Somados, os números de Aécio e Campos e dos demais pré-candidatos, que têm intenções de voto entre 1% e 3%, chegam a 38% contra os 37% da presidenta, daí as maiores chances de segundo turno. No início de abril, eram 38% para Dilma e 32% para os demais candidatos.
A pesquisa mostrou também que caiu muito a diferença a favor de Dilma num eventual segundo turno contra Aécio, passando para 47% a 36%, ante 50% a 31% em abril. Contra Campos, o placar foi para 49% a 32%, ante 51% a 27%. A queda de Dilma pelo Datafolha entre fevereiro e agora é praticamente a mesma da pesquisa MDA para a Confederação Nacional do Transporte (CNT), que mostrou a presidenta com 37,0% das intenções de voto no final de abril, em comparação com 43,7% em fevereiro. Nessa pesquisa, Aécio apareceu com 21,6%, ante 17,0%.
Em outro levantamento, do instituto Sensus, divulgado no início deste mês, Dilma aparece com 35,0%, seguida pelo tucano com 23,7% e Campos com 11,0%.
O levantamento do Datafolha ocorreu após a reação da presidenta à perda de terreno na corrida eleitoral. Um de seus principais movimentos foi o pronunciamento à nação na véspera do 1º de Maio, quando anunciou um aumento nos benefícios do Bolsa Família e uma correção na tabela do Imposto de Renda.
Aprovação do governo
Do lado positivo, a avaliação do governo manteve-se praticamente a mesma de abril: ótimo/bom com 35% (era 36%), regular com 38% (39%) e ruim/péssimo com 26% (25%). Além disso, a expectativa de que a inflação vai aumentar recuou para 58%, ante 65% em abril, no primeiro recuo desde o início de 2012.
Diminuiu também o número dos que acham que o desemprego vai aumentar: agora são 42%, contra 45% no mês passado. O Datafolha ouviu 2.844 pessoas entre quarta e quinta-feira, em 174 municípios.

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