domingo, 26 de janeiro de 2014

Dilma vai do templo capitalista de Davos à ilha comunista de Cuba



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Dilma vai do templo capitalista de Davos à ilha comunista de Cuba

25/1/2014 10:48
Por Redação, com agências internacionais - de Davos, Suíça


Dilma e Raúl conversaram, recentemente, em um encontro internacional na América Latina
Dilma e Raúl conversaram, recentemente, em um encontro internacional na América Latina
Após participar do Fórum Econômico Mundial na Suíça, a presidenta Dilma Rousseff chega a Cuba, neste domingo, para agenda bilateral e evento com países da América do Sul, Central e do Caribe. Na segunda-feira, Dilma encontra o presidente cubano Raúl Castro e na terça representa o Brasil na reunião da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac). O evento tem programação também para quarta-feira, mas a participação da presidenta deve se restringir ao primeiro dia.
Criada oficialmente em 2011, a Celac visa ao diálogo político e à cooperação de todos os 33 países da América Latina e do Caribe. Esta é a segunda cúpula do órgão, e vai tratar de temas como a luta contra a fome, a pobreza e as desigualdades na região. O Chile foi a sede do primeiro encontro da Celac no ano passado. No último dia 9, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse que vai propor o ingresso na Celac de Porto Rico, território associado aos Estados Unidos.
A agenda do evento tem programação durante todo o dia 28, incluindo fotografia oficial dos chefes de Estado no Palácio da Revolução. Durante a cúpula, a presidência temporária da organização será transferida por Cuba à Costa Rica. Dilma terá ainda, na segunda-feira, encontro com o presidente cubano, Raúl Castro. Ao lado dele, participa também da inauguração da primeira fase do Porto de Mariel. A obra, segundo o Itamaraty, conta com financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, o comércio entre o Brasil e Cuba aumentou quase sete vezes no período de 2003 a 2013, subindo de US$ 91,99 milhões para US$ 624,79 milhões. Os principais produtos brasileiros vendidos a Cuba são o óleo de soja, arroz e milho.
‘Casca de banana’
Ainda em Davos, na noite passada, a presidenta Dilma evitou aprofundar os comentários acerca de uma pergunta que ela classificou como uma “casca de banana”, sobre se a reforma ministerial seria usada para divulgar, desde já, “o perfil de um eventual segundo mandato ou seria apenas uma administração para cobrir os 11 meses que restam até a segunda posse, se houver”, segundo divulgou o diário conservador paulistano Folha de S. Paulo, para assinantes, neste sábado.
“Começou dizendo que ‘é importante, quando se escolhe um ministro, que ele tenha condições de exercer esse cargo por mais tempo e que não seja um ministro-tampão, vamos dizer assim’. Parece uma indicação de que quem assumir agora já dará uma sinalização, especialmente aos mercados, de qual seria a cara de um Dilma-2. É uma tese que o padrinho de Dilma, Luiz Inácio Lula da Silva, vem defendendo, segundo interlocutores do ex-presidente”, diz o texto.
“Mas, em seguida, Dilma diz que ‘cada governo é um governo’. Ou seja, não dá para confundir o final do Dilma-1 como se fosse a cara do novo período. Por fim, a presidente solta uma terceira frase que reforça a primeira impressão: ‘Posso assegurar que (os ministros que entrarem agora) terão estatura para este período e para o próximo também, caso seja esse o desejo do povo brasileiro’. Termina com uma pitada de humildade sobre a sua reeleição: ‘Cabeça de juiz, barriga de mulher e o voto na urna, ninguém sabe o que contem até abrir. No caso da barriga da mulher, a ciência avançou. Mas, nos demais casos, não creio’.
 

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