Mais 100 parlamentares mudaram de partido
Diário da Manhã
Agência Brasil, de Brasília
Mais de 100 deputados e dois senadores haviam comunicado a troca de partido à Secretaria-Geral da Mesa da Câmara e do Senado até sexta-feira, (6). O prazo para os que querem concorrer nas próximas eleições terminou no sábado.
Durante a semana passada, a prática foi condenada em discursos de vários parlamentares e reacendeu as discussões sobre a necessidade de uma reforma política, embora muitos reconheçam que atualmente a possibilidade é remota. "O troca-troca de partidos mostra a fragilidade do sistema político brasileiro. Mostra que há um conjunto grande de partidos sem densidade programática", disse o senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF). Apesar de não ver perspectivas nessa legislatura, Rollemberg defendeu que, a partir de 2015, com Congresso renovado, a reforma política possa finalmente ser votada. "Do jeito que está não dá para continuar."
"A culpa e a responsabilidade desse fato lamentável são do Congresso", disse o senador Paulo Paim (PT-RS). Segundo o parlamentar, apesar de ter reconhecido a fidelidade partidária, o Legislativo não manteve uma posição firme em relação a novos partidos, e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) entendeu que as regras de perda de mandato para candidatos que mudam de legenda não se aplicam nos casos em que a migração é feita para um partido novo.
"Essa situação delicada, com esse troca-troca, foi um erro do próprio Congresso. Se as regras fossem mais duras, as mudanças não ocorreriam em 90% dos casos", avaliou Paim.
Na Câmara, o Partido Social Democrático (PSD) foi a legenda com mais pedidos de adesão (52), enquanto, no Senado, a sigla já perdeu um representante: a senadora Kátia Abreu (TO) que, desde ontem, integra o PMDB.
"Passo a fazer parte do maior partido de oposição no estado [o Tocantins], para compor uma frente ampliada. O objetivo é somar forças com outros importantes partidos, recuperar o Tocantins e preparar o seu futuro", destacou a senadora.
Outra mudança no Senado foi comunicada por Vicente Alves que migrou do Partido da República (PR) para o Solidariedade. O parlamentar ocupa, há dois dias, a liderança da nova legenda no Senado. O Solidariedade foi um dos partidos recentemente criados e aprovados pelo TSE, liderado por Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (SP).
Os recém-criados Solidariedade (SDD) e Partido Republicano da Ordem Social (Pros) receberam 75% dos migrantes: 21 foram para o primeiro, e 20 para o segundo. Quem mais perdeu foi o PDT, de onde saiu o fundador do SDD, Paulinho da Força (SP). Foram nove baixas na bancada: os pedetistas perderam seis deputados para a nova sigla e outros três para o também novato Pros.
Não é sem razão que o PDT ingressou na Justiça para suspender a criação do Solidariedade. Os pedetistas agora têm apenas 18 parlamentares. Um encolhimento de 33% em relação aos 27 deputados que compunham a bancada dias atrás. Até o deputado Miro Teixeira (RJ), em seu décimo mandato na Câmara, migrou para o Pros. O deputado era um dos aliados de Marina Silva na frustrada tentativa de registrar a Rede Sustentável, a tempo de participar das próximas eleições. Acabou indo para o partido do grupo do ex-ministro Ciro Gomes e do seu irmão, o governador Cid Gomes.
Mais de 100 deputados e dois senadores haviam comunicado a troca de partido à Secretaria-Geral da Mesa da Câmara e do Senado até sexta-feira, (6). O prazo para os que querem concorrer nas próximas eleições terminou no sábado.
Durante a semana passada, a prática foi condenada em discursos de vários parlamentares e reacendeu as discussões sobre a necessidade de uma reforma política, embora muitos reconheçam que atualmente a possibilidade é remota. "O troca-troca de partidos mostra a fragilidade do sistema político brasileiro. Mostra que há um conjunto grande de partidos sem densidade programática", disse o senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF). Apesar de não ver perspectivas nessa legislatura, Rollemberg defendeu que, a partir de 2015, com Congresso renovado, a reforma política possa finalmente ser votada. "Do jeito que está não dá para continuar."
"A culpa e a responsabilidade desse fato lamentável são do Congresso", disse o senador Paulo Paim (PT-RS). Segundo o parlamentar, apesar de ter reconhecido a fidelidade partidária, o Legislativo não manteve uma posição firme em relação a novos partidos, e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) entendeu que as regras de perda de mandato para candidatos que mudam de legenda não se aplicam nos casos em que a migração é feita para um partido novo.
"Essa situação delicada, com esse troca-troca, foi um erro do próprio Congresso. Se as regras fossem mais duras, as mudanças não ocorreriam em 90% dos casos", avaliou Paim.
Na Câmara, o Partido Social Democrático (PSD) foi a legenda com mais pedidos de adesão (52), enquanto, no Senado, a sigla já perdeu um representante: a senadora Kátia Abreu (TO) que, desde ontem, integra o PMDB.
"Passo a fazer parte do maior partido de oposição no estado [o Tocantins], para compor uma frente ampliada. O objetivo é somar forças com outros importantes partidos, recuperar o Tocantins e preparar o seu futuro", destacou a senadora.
Outra mudança no Senado foi comunicada por Vicente Alves que migrou do Partido da República (PR) para o Solidariedade. O parlamentar ocupa, há dois dias, a liderança da nova legenda no Senado. O Solidariedade foi um dos partidos recentemente criados e aprovados pelo TSE, liderado por Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (SP).
Os recém-criados Solidariedade (SDD) e Partido Republicano da Ordem Social (Pros) receberam 75% dos migrantes: 21 foram para o primeiro, e 20 para o segundo. Quem mais perdeu foi o PDT, de onde saiu o fundador do SDD, Paulinho da Força (SP). Foram nove baixas na bancada: os pedetistas perderam seis deputados para a nova sigla e outros três para o também novato Pros.
Não é sem razão que o PDT ingressou na Justiça para suspender a criação do Solidariedade. Os pedetistas agora têm apenas 18 parlamentares. Um encolhimento de 33% em relação aos 27 deputados que compunham a bancada dias atrás. Até o deputado Miro Teixeira (RJ), em seu décimo mandato na Câmara, migrou para o Pros. O deputado era um dos aliados de Marina Silva na frustrada tentativa de registrar a Rede Sustentável, a tempo de participar das próximas eleições. Acabou indo para o partido do grupo do ex-ministro Ciro Gomes e do seu irmão, o governador Cid Gomes.
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