Adolfo Pérez Esquivez teve encontro privado com o Papa Bergoglio.
Então cardeal preferiu 'diplomacia silenciosa' no regime militar, disse.
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O Papa Francisco "não foi cúmplice da ditadura" da Argentina, disse nesta quinta-feira (21) o ativista argentino Adolfo Pérez Esquivez, prêmio Nobel da Paz, após encontro privado com o pontífice.
"O Papa não teve nada a ver com a ditadura", disse Esquivel a jornalistas. "Não foi cúmplice da ditadura, não colaborou. Preferiu uma diplomacia silenciosa, de pedir pelos presos, pelos sequestrados."
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"Dentro da hierarquia católica argentina houve, sim, alguns bispos cúmplices com a ditadura, mas não Bergoglio', acrescentou o ativista.
'Houve poucos bispos que foram companheiros de luta contra a ditadura', reconheceu Pérez Esquivel, que foi recebido pelo Papa em sua biblioteca particular No palácio apostólico.
"'Foi um reencontro muito emotivo, apesar de já nos conhecermos", contou, depois de assegurar que conversou com o pontífice argentino diferentes temas e, em particular, sobre a defesa dos direitos humanos.
"O Papa disse com clareza que é preciso buscar a verdade, a justiça e a reparação", assegurou o Nobel da Paz 1980.
Logo após a eleição do cardeal argentino Jorge Mario Bergoglio como Papa, em 13 de março, surgiram acusações relacionando-o à ditadura argentina, mas o Vaticano negou.
Após a eleição de Bergoglio, em 13 de março, Esquivel, em nota, já havia isentado o novo Papa de ligações com a ditadura, mas frisando que lhe faltou coragem para lutar pelos direitos humanos no período.
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