Aécio não diz se pousou com helicóptero dos Perrela em aeroporto ilegal
30/7/2014 19:44
Por Redação - de Brasília
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Candidato do PSDB à Presidência, o senador Aécio Neves preferiu não responder se usou o helicóptero da família Perrela, o mesmo que foi usado para o transporte de meia tonelada de cocaína, em voos não autorizados pela Agência Nacional de Aviação (Anac) para o aeroporto de Claudio, construído em terreno de seu tio-avô, Múcio Tolentino. Aécio também omitiu, em entrevista após participar de debate com empresários na Confederação Nacional da Indústria (CNI), comentários sobre documento elaborado pela direção de sua campanha que admite o uso do aeroporto construído por cerca de R$ 14 milhões, com dinheiro público.
– Todos os investimentos do meu governo que levaram a ligação de cidades que não tinham asfalto e aproximação do setor aeroviário foram feitos dentro da lei, com absoluto planejamento. (…) Estou aberto a discutir a economia brasileira em fórum tão qualificado como esse – desconversou.
Em sua última edição, o diário conservador paulistano O Estado de S. Paulo afirma que a campanha de Aécio elaborou documento comprovando o uso do aeroporto pelo tucano, apesar dele não ter sido homologado pela Anac. O documento, segundo a reportagem, cita uma norma da Anac que permitiria a “operação ocasional” de helicópteros em aeroportos não homologados. O documento teria sido produzido a pedido do senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), candidato a vice na chapa de Aécio. Desde que o diário conservador paulistano Folha de S.Paulo denunciou a existência do aeroporto, há 10 dias, Aécio recusa-se a responder se já utilizou ou não a pista de pouso e em quais aeronaves, ou mesmo se alguma das aeronaves utilizada era da família Perrela. Na véspera, ao ser questionado se o fato de não responder aos questionamentos pode ser prejudicial para a campanha, ele disse:
– Isso é irrelevante. Vou responder sempre que achar adequado.
A construção do aeroporto ocorreu quando Aécio estava em seu segundo mandato como governador de Minas, num terreno desapropriado pelo Estado e contestado na Justiça por Tolentino, que reclama R$ 3,5 milhões pelo preço da área e não os R$ 1 milhão recebidos do Estado.
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