Maior legado da Copa é ‘auto-estima mais elevada’, afirma Dilma
7/7/2014 15:08
Por Redação - de Brasília
Por Redação - de Brasília
Na conta do Palácio do Planalto em uma rede social, nesta segunda-feira, em uma rápida conversa com internautas, a presidenta Dilma Rousseff disse que o maior legado da Copa do Mundo, para o Brasil, é o aumento na auto-estima dos brasileiros. Ela reafirmou, enquanto conversava no Facebook a partir do Palácio da Alvorada, antes de seguir para o expediente no Palácio do Planalto, que pretende ir ao Rio de Janeiro, entregar a taça ao vencedor da Copa do Mundo, no Maracanã, neste próximo domingo. A partida final será disputada às 16h.
“Vou entregar a taça no domingo, e torço para que seja para o Brasil”, disse a presidenta.
Ao repórter Jose Roberto Castro, do diário conservador paulistano O Estado de S. Paulo, que lhe perguntou se ela não “teme passar por um constrangimento como ocorreu na abertura”, dilma foi objetiva:
“Jose Roberto, são ossos do ofício”.
O cartomante Wes Nunes perguntou se Dilma prefere na final, “Argentina ou Holanda? Sem ficar em cima do muro, presidenta. Haha!”
“Wes, não é uma questão de muro, mas de prudência: não escolho adversário”, afirmou.
Sobre o placar, Dilma disse que “na vitória, qualquer placar serve”. Perguntada por um internauta sobre a possibilidade de o Brasil sediar mais uma Copa, já que o Mundial está acabando, Dilma respondeu:
“Veja você, (…), antes falavam que não ia ter Copa. Agora, muita gente boa quer mais Copa. Tudo com gosto de quero mais”. A resposta resvala na selfie que o candidato tucano à sucessão presidencial, Aécio Neves, fez com a filha no estádio do Mineirão, em Belo Horizonte, durante o jogo entre a Bélgica e a Argentina. Neves adotou um tom mais cauteloso sobre a Copa, após as pesadas críticas capitaneadas por ele e o comentarista de futebol da Rede Globo, o ex-craque Ronaldo Nasário. Pesquisas internas do PSDB teriam mostrado que a organização do torneio é bem avaliada e está ajudando Dilma Rousseff a se recuperar na eleição. Se antes ele criticava atrasos em obras de infraestrutura, no primeiro dia oficial de campanha, agora diz que o governo tenta se “apropriar” do evento.
Sobre o uso dos estádios após a Copa, Dilma respondeu, ao internauta Luís Manuel Araújo, que a infraestrutura do Mundial será usada nas próximas décadas por toda a população:
“Por exemplo, os aeroportos, em 2002, 33 milhões de brasileiros usavam aeroportos por ano. Em 2014, em torno de 113 milhões de brasileiros têm renda suficiente para usar o avião como meio de transporte. Por isso, a expansão dos aeroportos foi feita para receber a Copa, mas, sobretudo, para atender a esses milhões de brasileiros que hoje têm renda suficiente para pagar uma passagem de avião porque melhoraram de vida”.
“Os estádios são a mesma coisa. O que nós queremos é que a Copa sirva para ampliar a ida aos estádios devido a valorização do atleta, do futebol e dos clubes. Se o craque permanecer no Brasil, porque tem condições de ficar no Brasil, pode ter certeza, Luís, que os estádios vão estar cheios de torcedores. Além disso, em muitas cidades, como Brasília, por exemplo, eles se tornaram pólos de eventos culturais, de shows e até de casamentos”.
O estudante Rubens Lima também perguntou: “sobre o efeito da Copa na economia, com tanto pessimismo para o resultado do PIB de 2014, quanto a senhora acha que a Copa vai impactar no crescimento deste ano”?
“Rubens, o mesmo pessimismo que anteciparam para a Copa e que se mostrou equivocado, ocorre quando falam sobre o PIB de 2014. Nós acreditamos na força da economia brasileira para se superar diante das dificuldades derivadas da crise internacional.
Já o repórter do diário esportivo carioca Lance Michel Castellar perguntou se “a dificuldade da máquina brasileira em tirar uma obra do papel e as brigas políticas são dois fatores que levaram ao atraso das obras da Copa. Como impedir que essas mesmas questões atrapalhem a preparação para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio-2016? Visto que as obras de reforma e construção do Complexo Esportivo de Deodoro, que deveriam ter sido iniciadas em 2012, só teve o lançamento de sua pedra fundamental na quinta-feira passada”.
“Michel, não é verdade que houve brigas politicas que atrasaram as obras da Copa. Não concordo que houve qualquer prejuízo para a Copa do Mundo com obras atrasadas. Não podemos repetir na Olimpíada o indevido pessimismo que houve na preparação da Copa. Isso é algo que devemos aprender. A prefeitura do Rio informa que 60% das obras do Complexo Deodoro estão prontas, restando 40%”.
O engenheiro Edu Godinho quis saber “com a copa praticamente terminando… Qual o maior legado na sua visão?”
“Edu, o maior legado desta Copa é a renovação da confiança do povo brasileiro no país e na sua capacidade. Sairemos dessa Copa com a nossa auto-estima mais elevada”, concluiu.
Nenhum comentário:
Postar um comentário