O fundador do Wikileaks, o australiano Julian Assange, que vive exilado na embaixada do Equador em Londres desde 2012, garantiu nesta quinta-feira (4) que, se o painel das Nações Unidas (ONU) anunciar na sexta (5) que perdeu seu caso contra Reino Unido e Suécia, abandonaria a embaixada equatoriana no mesmo dia.
No perfil do Wikileaks no Twitter, uma mensagem de Assange garante que ele está disposto a "aceitar a detenção da polícia britânica" se não houver expectativas sérias de um novo recurso nos tribunais.
"No entanto, se, pelo contrário, se for considerado que os países citados agiram de maneira ilegal", espero a devolução imediata do meu passaporte e o fim de novas tentativas de me prender", disse o fundador do Wikileaks.
Assange completou no dia 19 de junho do ano passado três anos refugiado na embaixada equatoriana em Londres, ao término de um longo processo legal no Reino Unido, que decidiu por sua extradição à Suécia, onde é investigado por crimes sexuais.
A intenção do jornalista australiano é evitar ser extraditado ao país escandinavo, pois teme ser enviado depois para os Estados Unidos, onde poderia enfrentar um julgamento por ter revelado no Wikileaks segredos sobre questões de segurança do país.
Em Quito, o ministro das Relações Exteriores do Equador, Ricardo Patiño, disse na quarta (3) que estava "preocupado" com a saúde de Assange, e afirmou que o ativista sofre com problemas de saúde pelos quais deve se submeter a uma revisão médica fora da embaixada.
O responsável pela diplomacia equatoriana insistiu que espera "somente que o Reino Unido possa oferecer o salvo-conduto" para que Assange possa viajar ao Equador.
Patiño também disse que não tem informação oficial sobre a decisão do painel da ONU que se pronunciará na sexta sobre o caso a pedido dos advogados de Assange, segundo informações de imprensa.
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