terça-feira, 15 de setembro de 2015

Governo quebra tabu e recria CPMF

Ministros anunciam estimativa de arrecadação de R$ 32 bilhões com o tributo

Após muitos desencontros com o Congresso, com os partidos da base aliada e dentro do próprio governo, ontem a equipe econômica conseguiu finalmente emitir uma sinalização bem aceita pelos agentes econômicos. Os ministros Joaquim Levy (Fazenda) e Nelson Barbosa (Planejamento) quebraram o tabu: anunciaram a contenção de R$ 26 bilhões no Orçamento federal em 2016, a recriação da CPMF para obter R$ 32 bilhões da arrecadação adicional total de R$ 45 bilhões no próximo ano, dentre outras medidas como a suspensão de reajuste de salário de servidores e de novos concursos, além do corte de verbas de programas sociais. 

Corte de ministérios
Além dos "cortes no osso" e da ousadia em criar um tributo em plena recessão da economia, Levy e Barbosa também avisaram que o megapacote de ajuste fiscal vai continuar. Tudo indica que desta vez é para valer a ideia de reduzir o número de ministérios, pois, segundo os dois ministros, dentro de algumas semanas o governo anunciará a reforma da máquina governamental. E a negociação das medidas, que em boa parte dependerão de senadores e deputados para se tornar leis, exigirá muita saliva e poder de convencimento do governo. 


Cenário adverso não influencia...
O cenário adverso no Brasil não influenciou a nota das empresas que compõem a carteira global do Índice Dow Jones de Sustentabilidade. Bradesco, Banco do Brasil, Itaú Unibanco, Itaúsa, Embraer e Cemig continuam integrando o índice global, formado por 2.500 empresas. A Fibria, do setor de papel e celulose, acabou deixando o índice na categoria World, porém permaneceu na categoria Emerging Markets. A nova carteira, válida para o período 2015/2016, foi divulgada ontem pela RobecomSAM, empresa independente que faz a avaliação das companhias.


... Dow Jones de Sustentabilidade
"Pode até haver alguma influência, mas não se pode dizer que uma empresa não faz parte do índice por causa desse cenário", segundo o consultor da Keyassociados Soluções Sustentáveis, Lúcio Bianchi. Ele destaca que nos últimos ciclos do índice de sustentabilidade, o número de empresas brasileiras vem caindo. Em 2013, eram nove; em 2014, oito e, este ano, seis. "A avaliação é afetada pela falta de transparência e posicionamento em alguns temas e pela falta de visão de médio e longo prazo, essenciais para um caminho rumo à sustentabilidade." 


Supervenda
A João Fortes Engenharia e o Opportunity Fundo de Investimento Imobiliário venderam em apenas um dia, em Brasília, 43 unidades, totalizando um Valor Geral de Vendas de cerca de R$ 20 milhões. Esse foi o resultado do "Super Chance", no último sábado (12), no Noroeste. Foram oferecidas condições especiais na compra de unidades de sete empreendimentos. Mais de 200 clientes estiveram no evento e foi a primeira vez que uma incorporadora levou para Brasília um evento com esse formato. Até o final do mês as incorporadoras irão manter as condições especiais.

Liliana Lavoratti, Editora-fechamento
liliana@dci.com.br
 

Assuntos relacionados:

governocpmftributo

Nenhum comentário: