quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Dilma diz que fará o dever de casa no controle da inflação

Em entrevista a jornais, presidente disse também que vai reduzir gastos

Em entrevista coletiva, nesta quinta-feira, no Palácio do Planalto, a presidente Dilma Rousseff afirmou que vai fazer o "dever de casa" e apertar o controle da inflação e que também fará um reajuste em todas as contas do governo. "Vamos fazer o dever de casa, apertar o controle da inflação e teremos limites fiscais. Vamos reduzir os gastos. Vamos olhar todas as contas com lupa e ver o que pode ser reduzido e o que pode ser cortado. Temos que fazer um ajuste em várias coisas, várias contas podem ser reduzidas. Minha visão de corte de gastos não é similar àquela maluca de choque de gestão", disse. 
Dilma sinalizou ainda que não pretende mexer na meta de inflação (4,5% ao ano) ou no intervalo de tolerância, que hoje é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, cujo teto definido pelo Banco Central é de 6,5%. 
A presidente ressaltou ainda que não está fazendo "estelionato eleitoral" ao adotar medidas econômicas como o aumento da taxa de juros, logo após ser eleita, para acalmar o mercado.
Dilma Rousseff também comentou sobre a nomeação do futuro ministro da Fazenda, que substituirá Guido Mantega, e reafirmou que ele só será definido semanas após o G20, encontro com as vinte maiores economias do mundo que será realizado nos dias 15 e 16 deste mês. Ela, contudo, deixou claro que ainda não fez convite nenhum.
Perguntada sobre a operação Lava-Jato que investiga corrupção na Petrobras, a presidente afirmou que trata-se de uma oportunidade  para "acabar com a impunidade”. "A operação trouxe o momento para acabar com a impunidade no país. Não vou engavetar nada, não vou pressionar para não investigar, quero todos os responsáveis punidos".
Dilma voltou a defender a necessidade de saber respeitar o resultado das urnas, enfatizando que é preciso "saber perder e saber ganhar". "Saber ganhar na democracia é tão difícil quanto saber perder, porque existe a tendência das pessoas acharem que é o rei da cocada preta. Não sairá da sua cabeça o que fazer pelo país, tem que ter uma interação. Não estou propondo nenhum diálogo metafísico, sobre quem sou, o que quero, para onde vai", afirmou.
Tags: coletiva, controle, economia, Metas, presidente

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