PMDB não é aliado, é o governo, diz Temer
Indagado se o partido continuará com os cinco ministérios, Temer disse que a decisão é da presidente Dilma
Foto: ABr
O vice-presidente da República e
presidente nacional do PMDB, Michel Temer, reiterou a importância de seu
partido neste segundo mandato da presidente Dilma Rousseff (PT) e, em
entrevista ao jornal Destak, disse não ter dúvidas de que a legenda
ocupará posições de destaque no governo, compatíveis com o seu tamanho.
"Não somos aliados do governo, somos o governo", disse Temer, em
entrevista ontem ao jornal. O perfil oficial do vice-presidente no
Twitter divulgou os principais trechos da entrevista na tarde desta
sexta-feira (7), destacando o papel da sigla no novo mandato de Dilma e
dizendo que, na disputa pela presidência da Câmara, se tiver um
candidato, mesmo do PMDB, que se coloque contra o governo, ele estará se
colocando contra ele próprio, que é vice-presidente da República.
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Indagado se o partido continuará com os
cinco ministérios, Temer disse que a decisão é da presidente Dilma. "Ela
terá sensibilidade para verificar o tamanho do PMDB e o que entrega ao
PMDB. Não por ser um partido aliado, mas por ser um partido que está no
governo. Agora, se serão cinco, seis, sete, quatro, é uma coisa a ser
decidida. O que é importante é que o PMDB possa participar da formulação
das políticas públicas do País", disse, citando as áreas da educação,
saúde, política econômica e cultura. Ao falar da proposta de reforma
política, o vice-presidente da República disse que esta é uma decisão do
Congresso Nacional, por meio de consulta popular, seja de plebiscito ou
de referendo.
Sobre as diversas correntes que seu
partido abriga, algumas contrárias ao próprio governo, Temer disse que
isso é natural e legítimo e repetiu o discurso da presidente Dilma
Rousseff sobre a importância do diálogo. "O que faço como presidente do
PMDB e vice-presidente da República? Tento compor estes interesses. Como
você compõe? Primeiro o diálogo. Você tem de conversar muito. Na
democracia, você tem de conversar. E saber, especialmente, ouvir."
A respeito do imbróglio para a
presidência da Câmara, que está opondo seu partido ao PT, em razão da
candidatura de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Temer disse que é preciso
esperar os acontecimentos. Questionado se apoiará o correligionário, foi
taxativo: "Eu só posso apoiar se não ficar na oposição, se tiver um
candidato, ainda que seja do PMDB, que se coloque contra o governo, ele
está se colocando contra mim, que sou vice-presidente da República."
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