Dilma critica Aécio e Campos por proposta de redução de ministérios
A presidente Dilma Rousseff criticou neste domingo (10) as propostas de redução no número de ministérios, defendidas por seus dois principais adversários na corrida à Presidência –Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB).
Para Dilma, pastas menores têm objetivos políticos e são fundamentais para implementar programas de políticas públicas. Para a presidente, secretarias como a de Direitos Humanos, Políticas de Promoção da Igualdade Racial, de Políticas para Mulheres e da Pequeno e Micro Empresa devem continuar tendo status de ministério porque ganham mais força para atuar em áreas específicas.
A presidente afirmou que quem defende a extinção destas pastas e de outros ministérios possui "uma imensa cegueira tecnocrática". "Ela [Secretaria de Políticas para Mulheres] podia ser uma secretaria, podia. Agora ser ministério dá um status para o combate à violência contra a mulher, e esse status é uma imensa cegueira tecnocrática não perceber. Tem outros ministérios que com o passar do tempo vai se poder estruturar. [...] O que está na cabeça de alguns deles é acabar com esses que eu citei", disse.
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Dilma conversa com jornalistas no Palácio da Alvorada, em Brasília
Campos também tem defendido uma redução no número de pastas do governo. No debate realizado pela CNI (Confederação Nacional da Indústria), há duas semanas, ele criticou o "aparelhamento" do Estado e o número excessivos de cargos no primeiro escalão do governo.
Ao ser questionada sobre a intenção de Aécio de acabar com o Ministério de Minas e Energia e fundi-lo com o Ministério do Transporte, Dilma afirmou que os tucanos já quiseram acabar com a primeira pasta e disse que "deu no que deu", se referindo ao racionamento que ocorreu no país no governo de Fernando Henrique Cardoso.
Dilma afirmou que quando assumiu o ministério no primeiro governo Lula, percebeu que ele estava reduzido ao mínimo. "Naquela época tinha 23 motoristas e três engenheiros no ministério. Era isso o que tinha", disse.
Ela destacou ainda que no final do ano passado, se dizia que haveria racionamento, o que não ocorreu. "Sabe por que? Nós criamos a EPE (Empresa de Planejamento Energético) e fizemos um processo de investimento", explicou e disse ainda que houve mais investimento em hidrelétricas durante o governo do PT.
Dilma convocou uma coletiva de imprensa neste domingo sem uma pauta definida. Ela iniciou falando sobre o dia dos pais e ressaltando a importância da família na formulação de políticas públicas. Para Dilma, nenhum programa de governo pode ser pensado sem se levar em conta as características da família.
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