Marina dá aval ao PSB para encaminhar sua candidatura
Marina afirmou que não se oporia ao "processos do partidos". Para PT, ela irá 'colar' em Aécio nas pesquisas
A ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva sinalizou nesta sexta-feira (16/08) disposição de disputar a Presidência da República no lugar de Eduardo Campos, morto na quarta-feira em um acidente aéreo em Santos, no litoral paulista. Candidata à vice na chapa do ex-governador pernambucano, ela recebeu em seu apartamento em São Paulo durante todo o dia de ontem dirigentes do PSB e aliados da Rede - partido que tentou criar sem sucesso no ano passado. Foram os primeiros encontros políticos realizados por Marina após a tragédia de três dias atrás.
A ex-ministra recebeu uma comitiva do PSB formada por Roberto Amaral, que assumiu a presidência nacional do partido após a morte de Campos, pelo coordenador-geral da campanha, Carlos Siqueira, por outro integrante da coordenação, Milton Coelho, pela deputada Luiza Erundina, e pelo porta-voz da Rede, Walter Feldman. O grupo indagou Marina sobre a candidatura. Ela respondeu, de acordo com relato dos presentes, que não se oporia "aos processos do partido".
No PSB, sigla à qual Marina aderiu em outubro do ano passado após não conseguir o registro da Rede -, a maioria dos dirigentes apoia a candidatura da ex-ministra do Meio Ambiente. A escolha está ligada ao capital político da neoaliada, que quatro anos atrás, quando disputou o Palácio do Planalto pelo PV, obteve 19,33% dos votos e ficou na terceira colocação. Campos ainda não havia atingido dois dígitos nas pesquisas.
Para PT, Marina 'vai colar' em Aécio
Marina Silva deverá aparecer nas próximas pesquisas de intenção de voto "colada" em Aécio Neves, candidato do PSDB à Presidência que hoje ocupa o segundo lugar na disputa. A avaliação foi feita ontem, no Palácio da Alvorada, por ministros e lideranças petistas presentes na primeira reunião do núcleo da campanha de Dilma Rousseff.
Em três horas de conversa com Dilma, que ontem também gravou cenas para o programa de TV em um estúdio montado no Alvorada, ministros e coordenadores da campanha avaliaram que Marina subirá por causa da comoção nacional provocada pela morte de Campos. Dilma lidera todas as sondagens, mas dirigentes do PT acreditam que, agora, com a reviravolta no cenário eleitoral, a disputa pela Presidência será em dois turnos.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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