quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Quem teme mais Marina: Dilma ou Aécio?

O que pode acontecer na disputa eleitoral se a ex-senadora assumir a vaga de Eduardo Campos e se tornar candidata à Presidência da República pelo PSB

ALBERTO BOMBIG
13/08/2014 21h52 - Atualizado em 13/08/2014 22h03
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Aécio Neve e Dilma Rousseff, nesta quarta-feira, ao falar sobre a trágica morte de Eduardo Campos (Foto: Agência O Globo)
É difícil mensurar neste momento quem tem mais temor da entrada de Marina Silva na disputa pela Presidência, se a campanha de Aécio Neves (PSDB) ou de Dilma Rousseff (PT). Com Marina candidata, dizem os analistas em pesquisas, os políticos e os marqueteiros consultados por ÉPOCA, a eleição deve ir para o segundo turno, o que atualmente é apenas uma possibilidade segundo as mais recentes pesquisas.
>> As condições para Marina assumir a candidatura à Presidência
Isso porque é muito provável que ex-senadora e vice de Eduardo Campos apresente imediatamente um piso de 15% nas pesquisas, tirando inclusive votos de Dilma, a primeira colocada nas sondagens. Conforme um levantamento feito pelo Instituto Datafolha em abril deste ano, com Marina Silva no lugar de Campos como nome do PSB, Dilma atingia 39% das intenções de voto, com queda de quatro pontos na comparação com fevereiro, quando tinha 43%.
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Este é o ponto que amedronta os petistas: os estrategistas de Dilma estão empenhados em vencer a eleição ainda no primeiro turno. As simulações de segundo turno são ruins para a presidente. Basta lembrar que algumas recentes pesquisas chegaram a apontar um empate técnico entre Dilma e Aécio nessa circunstância.
Outro ponto importante a ser ressaltado: reservadamente, o PT e o Palácio do Planalto comemoraram, em outubro do ano passado, a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de negar o registro ao partido de Marina, a Rede Sustentabilidade, o que a excluiu automaticamente da disputa porque uma nova agremiação, conforme a lei, precisa estar criada um ano antes da eleição para poder concorrer nas urnas.
Há, no entanto, a possibilidade de Marina extrapolar seu teto de 20% (votos alcançados na eleição de 2010) e passar a representar um risco para Aécio, por isso, paira um clima de apreensão dentro do PSDB quanto ao futuro da ex-senadora. Aécio vem apresentando um crescimento lento nas pesquisas de intenção de voto e, segundo o mais recente levantamento do Ibope, está com 24%, na segunda posição. Em abril deste ano, quando Marina já estava no PSB, mas ainda não havia sido confirmada como vice de Eduardo Campos, ela atingia 27% das intenções conforme uma pesquisa do Instituto Datafolha. Aécio Neves tinha 16%.
 
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Diante desse cenário, não é exagero afirmar que os próximos dias poderão decidir a eleição deste ano.


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