quarta-feira, 20 de agosto de 2014

PSB escolhe líder na Câmara para vice

Gustavo Pinchiaro
Do Diário do Grande ABC

O deputado federal Beto Albuquerque (PSB), do Rio Grande do Sul, foi escolhido ontem como candidato a vice-presidente da República na chapa do PSB, que será assumida pela ex-senadora Marina Silva. A nova composição será anunciada hoje, pela executiva nacional da legenda, depois da morte de Eduardo Campos, ex-governador de Pernambuco e então presidenciável do partido.
Albuquerque assumirá a posição após Renata Campos, viúva de Eduardo, declinar do convite em dividir o projeto presidencial com Marina Silva. A possibilidade de Renata Campos ser vice foi confirmada pelo novo presidente nacional do PSB, Roberto Amaral.
O deputado é líder da sigla na Câmara Federal. Ele é considerado nome para unificar o PSB em torno da candidatura de Marina, que, antes mesmo de aceitar ser vice de Eduardo Campos, anunciara que iria deixar a legenda após efetivação da Rede Sustentabilidade. Esse cenário fez com que socialistas históricos rejeitassem ingressar integralmente à campanha da ex-senadora pelo PT do Acre.
Beto Albuquerque foi líder do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Câmara e, no auge da crise do Mensalão, disse que o escândalo de corrupção não existia. Apesar disso, passou a ser um dos mais críticos à administração petista, principalmente após Dilma Rousseff (PT) assumir a principal cadeira do Palácio do Planalto.
Ele concorria a uma cadeira de senador pelo Rio Grande do Sul em coligação estadual com o PMDB. O socialista tem 51 anos, está filiado ao PSB desde 1986 e está em seu quarto mandato como deputado federal após duas passagens pela Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul. (com Agências)
Missa de sétimo dia da morte de presidenciável fica vazia em S.Paulo
A Catedral da Sé, no Centro da Capital, celebrou na tarde de ontem missa de sétimo dia da morte do presidenciável do PSB, Eduardo Campos, e de seis pessoas que foram vítimas de acidente aéreo em Santos. A celebração, entretanto, não contou com presença de nomes socialistas, que estiveram reunidos em Brasília para acertar o vice na chapa do partido que será encabeçada pela ex-senadora Marina Silva (PSB).
Nem mesmo a organizadora do ato, a deputada federal Keiko Ota (PSB), esteve no ato. Ela foi representada pelo marido, o vereador de São Paulo Masataka Ota (Pros). Gilberto Natalini (PV) foi o único candidato ao governo do Estado presente à solenidade. Missas foram feitas no Rio de Janeiro e em Brasília.
Poucos populares compareceram à cerimônia. Os lugares da catedral, que tem capacidade para 8.000 pessoas, foram ocupados apenas nas primeiras fileiras de frente ao altar, em sua maioria, por aliados da família Ota, que vestiam camisetas com a foto de Ives Ota, assassinado em 1997. 


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