Novo naufrágio no Mediterrâneo pode ter 'matado centenas'
- Há 9 minutos
Em menos de uma semana, uma segunda tragédia marítima pode ter custado a
a vida de centenas de imigrantes em busca de refúgio na Europa.
Autoridades italianas informaram que um barco carregando de 500 a 700
pessoas virou na noite deste sábado, ao sul da ilha italiana de
Lampedusa, no Mar Mediterrâneo.
De acordo com os primeiros boletins da Guarda Costeira, apenas 28
pessoas tinham sido resgatadas até o início desta manhã. E 21 corpos
tinham sido encontrados
Na quarta-feira, 400 imigrantes se afogaram num incidente semelhante,
desta perto da costa da Líbia, país que por conta da proximidade
geográfica com a Itália é um dos principais pontos de partida de
embarcações com imigrantes em busca de asilo.
Segundo relatos divulgados pela mídia italiana, o barco virou quando os
passageiros tentaram chamar a atenção de um navio mercante para serem
resgatados - na maioria das travessias, imigrantes são colocados por
traficantes de pessoas em embarcações em estado precário.
Águas calmas
Carlotta Sami, porta-voz do Acnur, o órgão das Nações Unidas para
refugiados, disse à mídia italiana que a agência estava se preparando
"para uma tragédia de grandes proporções".
Segundo informações da Guarda Costeira, 20 navios e três helicópteros estão envolvidos nas buscas.
No ano passado, 170 mil pessoas fizeram a arriscada travessia para a
Itália, que partindo da Líbia tem cerca de 500km. Apenas na semana
passada, 10 mil pessoas foram recolhidas pelas equipes de resgate
italiana. A maioria dos imigrantes vem de países africanos e de regiões
de conflito no Oriente Médio, como a Síria.
Pelo menos mil pessoas já morreram em incidentes este ano, um número 20 vezes maior que nos primeiros quatro meses de 2014.
Em outubro, autoridades marítimas da União Europeia anunciaram uma
redução na escala de operações marítimas para tentar coibir as
tentativas de travessia. No entanto, o número de pessoas arriscando a
vida para fugir da pobreza ou de conflitos se manteve no mesmo patamar.
As autoridades agora temem um aumento de travessias, porque nos meses de
primavera e verão as condições de navegação no Mediterrâneo melhoram.
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