Novo terremoto atinge Índia e Nepal e provoca avalanche no Himalaia
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Número de mortos no Nepal após terremoto de sábado chega a 1.805, dizem autoridades
Um
novo terremoto atingiu a região do Nepal na madrugada deste domingo
(26). Desta vez, o tremor chegou à capital da Índia, Nova Delhi, e
provocou uma avalanche no Himalaia.
De acordo com a
agência Reuters, o abalo registou magnitude 6,7 - inferior ao 7,9 que
castigou a região no sábado (25). Autoridades policiais e Ministério do
Interior nepalês confirmam a morte de 1.805 pessoas.
Terremoto destroi região de Katmandu
Além
de casas e prédios públicos, monumentos históricos também foram
atingidos, entre eles a torre Dharahara. O epicentro do terremoto, com
magnitude de 7,8 e profundidade de 15 km, se situou 77 km a noroeste de
Katmandu.
O impacto do terremoto, que durou entre 30
segundos e dois minutos, foi tanto que o tremor foi sentido pode ser
sentido também em outros países, como Índia, Paquistão e Bangladesh.
Dada a escala da destruição, o número de mortos deve subir.
Diversas
construções desabaram em Katmandu, que foi a zona mais atingida, com
cerca de 450 mortos. Somente embaixo dos escombros da torre de
Dharahara, patrimônio da Unesco com 62 metros de altura, foram
localizados 180 corpos. O terremoto também provocou uma avalanche no Monte Everest, que teria deixado ao menos oito vítimas, segundo o Ministério do Turismo nepalês. Outras 30 pessoas ficaram feridas. Porém, nas redes sociais, alpinistas afirmam que 18 estrangeiros teriam morrido.
A imprensa nepalesa disse que vários sítios arqueológicos, como a famosa Praça Darbar, com templos e um palácio real, foram danificados pelo sismo. O primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, conversou com o presidente do Nepal, Ram Baran Yadav, para oferecer ajuda.
No Twitter, Modi também informou que "várias regiões da Índia também foram atingidas pelo tremor de terra" e que "as autoridades estão recolhendo informações para fazer um primeiro balanço dos danos e das vítimas".
Até o momento, a Índia fala em 20 mortos no país. O terremoto teria feito mais duas vítimas e 100 feridos em Bangladesh, e 13 vítimas no Tibete.
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Faltavam poucos minutos para o meio-dia quando o terremoto, com magnitude preliminar de 7,9 começou a roncar em todo o vale de Kathmandu, área densamente povoada, e logo se espalhou para toda a região.
Uma hora mais tarde, a magnitude estava em 6,6 e tremores secundários menores continuaram a sacudir a região durante horas. Moradores correram para fora de casas em pânico. Paredes caíram, torres desabaram e surgiram imensas nuvens de poeira.
Em poucas horas, os hospitais começaram a se encher de pessoas feridas. Entre eles estava Pushpa Das, um operário que saiu correndo da casa quando sentiu o primeiro tremor, mas não conseguiu escapar de um muro que desabou sobre o seu braço.
"Foi muito assustador. A terra estava se movendo. Eu estou esperando por tratamento, mas o o pessoal está sobrecarregado", disse ele, cautelosamente, segurando seu braço direito com a mão esquerda. Enquanto falava, mais dezenas de pessoas apareceram com ferimentos.
O terremoto – com a mesma magnitude como o que atingiu San Francisco em 1906 – foi de cerca de 16 vezes mais poderoso do que o terremoto de 7,0 que devastou o Haiti em 2010. O Nepal sofreu seu pior terremoto em 1934, que mediu 8 e quase destruiu as cidades de Kathmandu, Patan e Bhaktapur.
Ajuda
Índia, China e os Estados Unidos anunciaram o envio de equipes e ajuda humanitária para auxiliar no socorro às vítimas do terremoto dno Nepal.
Na Índia, onde o forte abalo sísmico foi sentido em vários locais e provocou pelo menos 36 mortos, o governo anunciou o envio, ainda hoje, de um avião C-130 com uma equipe de emergência a bordo e de um Boeing C-17 com material hospitalar para Katmandu, capital do Nepal, a área mais afetada pelo tremor no país localizado na região do Himalaia.
Em Pequim, o diário oficial do Exército Popular informou que o governo chinês vai enviar uma equipe de 40 especialistas em resgates e seis cães treinados para auxiliar as operações. Nos Estados Unidos, a Agência para o Desenvolvimento Internacional (Usaid), órgão norte-americano de ajuda externa de caráter civil, anunciou que vai enviar uma equipe de socorro e repassar US$ 1 milhão para auxílio de necessidades mais urgentes.
A organização humanitária internacional Médicos Sem Fronteiras (MSF) também anunciou o envio de quatro equipes com pessoal médico e de outras áreas para o Nepal para prestar assistência às pessoas afetadas pelo terremoto. As equipes partirão domingo (26) do estado de Bihar, na Índia, próximo à fronteira com o Nepal e onde a organização trabalha desde 2007. A organização humanitária também anunciou o envio de 3 mil kits de itens de primeira necessidade e kits médicos.
Considerado o maior terremoto a atingir o Nepal, desde 1934, o abalo sísmico foi registrado exatamente às 11h56 (horário local) – nove horas a mais do que o horário de Brasília – e teve epicentro a cerca de 80 quilômetros da capital, Katmandu, a apenas dez quilômetros de profundidade.
O órgão de vigilância geológica norte-americano US Geological Survey estabeleceu inicialmente a magnitude do tremor em 7,5 na escala Richter. Posteriormente, o índice foi elevado para 7,9 e depois corrigido para 7,8. Após o abalo, pelo menos 16 réplicas, de magnitudes entre 4,2 e 6,6, foram sentidas em território nepalês e chinês.
A zona da capital nepalesa foi a mais duramente atingida, registando mais de metade (579) dos mortos já confirmados pelas autoridades do país asiático. Vários edifícios, muitos deles monumentos antigos, foram reduzidos a escombros em Katmandu, incluindo a simbólica torre Dharahar, de 50 metros de altura, construída no século 19, que ruiu por completo.
O terremoto provocou também uma avalanche em uma das montanhas do Himalaia, atingindo um campo na base do monte Everest, ponto mais alto da terra, aonde foram registradas, até o momento, dez mortes, entre elas. de alpinistas estrangeiros. Autoridades indianas informaram, no entanto, que uma equipe de montanhistas do Exército localizou 18 corpos no Everest.
O mês de abril é um dos meses de maior movimento de alpinistas no Everest, devido às condições climáticas favoráveis. Segundo o Ministério do Turismo do Nepal, estariam, atualmente, na zona de escalada, pelo menos mil montanhistas, entre os quais aproximadamente 400 estrangeiros.
* Com Ansa, AP e Agência Brasil
Terremoto de 7,8 graus na escala Richter devastou parte do Nepal neste sábado (25). Foto: Fotos Públicas/British Red Cross
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