sábado, 8 de junho de 2013

Maio tem a menor inflação dos últimos onze meses

A inflação medida pela variação do IPC-A caiu, no mês de maio. Foi a menor taxa em quase um ano, principalmente por causa do comportamento dos preços dos alimentos.

A inflação medida pela variação do IPC-A caiu, no mês de maio. Foi a menor taxa em quase um ano, principalmente por causa do comportamento dos preços dos alimentos.
É na hora de pagar a conta do supermercado que o brasileiro mais sente o efeito da inflação. “Mais da terça parte do meu salário eu gasto no mercado”, diz uma consumidora.
Os alimentos pesam muito no bolso e também no índice que mede a inflação oficial - o IPCA.
Depois de subir bastante nos primeiros meses do ano, os preços dos alimentos desaceleraram em maio. Tiveram a menor alta dos últimos 14 meses.
E pressionaram menos a inflação. O IPCA recuou em relação a abril. Ficou em 0,37%. O mais baixo desde junho de 2012.
A entrada da safra agrícola no mercado, clima melhor e a diminuição de impostos sobre a cesta básica surtiram efeito sobre os alimentos, segundo o IBGE. Alguns produtos tiveram queda. Foi o que aconteceu, por exemplo, com o óleo de soja, a cebola, o frango, o arroz, o açúcar e o tomate, que depois de subir tanto, em maio ficou 10% mais barato.
Já os feijões mulatinho e carioca, a cenoura, a batata e leite longa vida ficaram mais caros, afetados pela seca e pelo período de entressafra.
Além dos alimentos, os transportes também ajudaram a segurar o índice. Houve queda no preço do etanol e das tarifas de passagens aéreas.
Mas os remédios e os custos com habitação subiram. Depois de estourar o teto da meta em março, cair um pouco em abril, agora a inflação acumulada nos últimos doze meses é de 6,5%. Exatamente o teto da meta estabelecida pelo Banco Central.
“Não há uma perda de controle com a inflação, mas também não há uma tendência a que você reduza ela para um patamar mais aceitável, que prejudica menos o consumo, prejudica menos a atividade econômica, não há tendência que isso vá ser feito em um horizonte muito curto. Ou seja, a redução vai ser lenta e gradual”, aponta o economista Luiz Roberto Cunha.
tópicos:
veja também

Nenhum comentário: