Igreja Católica beatifica neste sábado a primeira negra brasileira
PAULO PEIXOTO
DE BELO HORIZONTE
A filha de escrava Nhá Chica será beatificada hoje em Baependi (MG). Francisca de Paula de Jesus (1810-1895), mineira de São João del Rei, é a primeira negra beata brasileira. Ela era leiga --não pertenceu a ordens religiosas.
À rádio Vaticano o cardeal italiano Angelo Amato, prefeito da Congregação das Causas dos Santos e representante do papa Francisco na cerimônia, destacou valores de Nhá Chica, como a vida simples dedicada à caridade.
Papa Bento 16 reconhece milagre atribuído a Nhá Chica
"Nhá Chica viveu plenamente esses valores, deixando-os como herança para todos os brasileiros, mas também para toda a Igreja."
Analfabeta, a "santinha de Baependi" e "mãe dos pobres", como foi chamada, nunca se casou. Aos dez anos, perdeu a mãe, também solteira, e cresceu com o irmão, dois anos mais velho.
O irmão, Teotônio Pereira do Amaral, ficou rico. Nhá Chica, sua herdeira, distribuiu tudo como esmola e ergueu uma pequena igreja.
Desde 1991, ela já era "serva de Deus", título recebido da Congregação das Causas dos Santos do Vaticano. Em janeiro de 2011, foi reconhecida como "venerável". A beatificação é o passo que antecede a canonização.
Ela veio com o reconhecimento de um milagre atribuído a Nhá Chica, há 11 meses, pelo então papa Bento 16. Para se tornar santa, é preciso comprovar mais um milagre.
O milagre atribuído a Nhá Chica foi a cura, há 18 anos, de uma doença cardíaca congênita sem a necessidade de cirurgia. A devota curada é a professora aposentada Ana Lúcia Meirelles Leite, 67.
Uma comissão de sete médicos do Vaticano, em outubro de 2011, reconheceu, por unanimidade, que a cura não tem explicação científica.
O bispo dom Diamantino de Carvalho disse que o livro de registro de Nhá Chica tem mais de 20 mil casos relatados como supostos milagres.
O Brasil tem dois santos: frei Galvão, nascido em Guaratinguetá (SP), e santa Paulina, que nasceu na Itália e veio para o país aos dez anos.
PAULO PEIXOTO
DE BELO HORIZONTE
A filha de escrava Nhá Chica será beatificada hoje em Baependi (MG). Francisca de Paula de Jesus (1810-1895), mineira de São João del Rei, é a primeira negra beata brasileira. Ela era leiga --não pertenceu a ordens religiosas.
À rádio Vaticano o cardeal italiano Angelo Amato, prefeito da Congregação das Causas dos Santos e representante do papa Francisco na cerimônia, destacou valores de Nhá Chica, como a vida simples dedicada à caridade.
Papa Bento 16 reconhece milagre atribuído a Nhá Chica
"Nhá Chica viveu plenamente esses valores, deixando-os como herança para todos os brasileiros, mas também para toda a Igreja."
Analfabeta, a "santinha de Baependi" e "mãe dos pobres", como foi chamada, nunca se casou. Aos dez anos, perdeu a mãe, também solteira, e cresceu com o irmão, dois anos mais velho.
Nhá Chica
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A filha de escrava Nhá Chica será beatificada hoje em Baependi (MG).
Desde 1991, ela já era "serva de Deus", título recebido da Congregação das Causas dos Santos do Vaticano. Em janeiro de 2011, foi reconhecida como "venerável". A beatificação é o passo que antecede a canonização.
Ela veio com o reconhecimento de um milagre atribuído a Nhá Chica, há 11 meses, pelo então papa Bento 16. Para se tornar santa, é preciso comprovar mais um milagre.
O milagre atribuído a Nhá Chica foi a cura, há 18 anos, de uma doença cardíaca congênita sem a necessidade de cirurgia. A devota curada é a professora aposentada Ana Lúcia Meirelles Leite, 67.
Uma comissão de sete médicos do Vaticano, em outubro de 2011, reconheceu, por unanimidade, que a cura não tem explicação científica.
O bispo dom Diamantino de Carvalho disse que o livro de registro de Nhá Chica tem mais de 20 mil casos relatados como supostos milagres.
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